Uma arte do degelo: a bio-arte e a tectónica do presente Luís Quintais

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A Companhia das Ilhas apresenta
Uma arte do degelo:
a bio-arte e a tectónica
do presente
Luís Quintais
Apresentação
O livro Uma arte do degelo: a bio-arte e a tectónica do presente é uma reflexão sobre as implicações
das biotecnologias no campo artístico. A bio-arte usa, como media, a vida, manipulando-a
em laboratório, recontextualizando-a no espaço público, exigindo ponderação reflexiva. Os
trabalhos que se fazem aí inscrever parecem sugerir uma perturbação profunda das fronteiras
que opõem natureza a cultura, arte a ciência, estética a ética, conhecimento a poder. Para
lá da perturbação, a discussão encetada pretende levantar a hipótese de que o que está em
jogo aqui se prende com a possibilidade desta forma de arte estar tão-só a solicitar, de todos
nós, uma leitura mais atenta e mais participada do território dos especialistas ou oficiantes de
laboratório. É não tanto a arte que é, através da bio-arte, objecto de uma torção crítica ou
reflexiva (como se fosse ainda possível fazê-lo em arte após as aventuras e derivas que o século
XX, em particular, nos ofereceu), mas a tecno-ciência na sua relação com a pólis. Não é a arte
que se torna perigosa ao cooptar as biotecnologias de última vaga. É antes esse mundo híbrido
que a tecno-ciência instaura que reclama tal perigo.» (Luís Quintais, Junho de 2015)
Excerto
Ficha técnica
A afirmação das biotecnologias no espaço
público global faz, hoje, apelo a possibilidades de redefinição profunda do que
consideramos essencial na natureza. Tais
possibilidades de redefinição vêm mostrarnos que a sua declinação fáustica poderá
revestir-se de consequências imprevisíveis, consequências que estarão para lá
da regulação. A fluidificação das nossas
consabidas e estafadas noções do que é o
humano está em marcha. Tudo está em
movimento, como sugere Nietzsche. Mas
esse movimento talvez se torne duplamente ameaçador quando invisível. O que a
bio-arte se propõe é tornar socialmente
visível a fluidez de essências e atributos
que resulta da implicação biotecnológica.
Género: Ensaio
ISBN: 978-989-8592-77-04
Dimensões: 14×22
Nº páginas: 80
Ano: 2015
Nº Edição: 058
PVP: 10 €
Luís Quintais
Nasceu em 1968. É antropólogo, ensaísta, poeta e
professor junto do Departamento de Ciências da
Vida da Universidade de Coimbra. Como investigador está associado ao Centro de Estudos Sociais
(CES). Trabalha actualmente sobre acidentes e sobre
arte. Na Universidade de Coimbra, lecciona cadeiras
sobre história e teoria da antropologia social e cultural, culturas visuais, literatura e antropologia, antropologia médica e antropologia cognitiva. Publicou
onze livros de poesia: A imprecisa melancolia (1995),
Lamento (1999),Umbria (1999), Verso antigo (2001),
Angst(2002), Duelo (2004), Canto onde (2006),Mais
espesso que a água (2008), Riscava a palavra dor no
quadro negro (2010), Depois da música (2013) e O
vidro (2014). Como poeta, foi distinguido com os
prémios Aula de Poesia de Barcelona, PEN Clube
Português, Prémio Fundação Luís Miguel Nava, e
Prémio Fundação Inês de Castro. A sua página pessoal na web pode ser encontrada em: luisquintaisweb.
wordpress.com
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