Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: EFEITO DO TREINAMENTO COMBINADO NA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO E NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO, DURANTE E APÓS EXERCÍCIO EM IDOSOS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL AUTOR(ES): TIAGO NOVATO ORIENTADOR(ES): DENISE DE OLIVEIRA ALONSO COLABORADOR(ES): FERNANDO LUIZ AFFONSO FONSECA CATEGORIA CONCLUÍDO EFEITO DO TREINAMENTO COMBINADO NA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO E NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO, DURANTE E APÓS EXERCÍCIO EM IDOSOS 1. RESUMO O exercício combinado (EC), utilizado na prescrição de exercício físico para idosos, ainda apresenta dúvidas sobre a ordem em que devem ser realizados. Este trabalho teve como objetivo analisar a percepção subjetiva de esforço (PSE) e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), em repouso, durante e o EC. Foram avaliados 14 idosos (63,58±2,81 anos), em duas sessões de EC, sendo: AR: aeróbico + resistido; RA: resistido + aeróbico. No repouso, durante e após cada sessão foram medidos a VFC (Polar RS800CX®; análise pelo Software CardioSeries®) e a PSE. Foram utilizados os testes de Wilcoxon e de Friedman (post hoc de Dunnett), com p<0,05. A PSE foi semelhante entre as sessões AR vs. RA (Aeróbico: 11,35±1,15 vs. 12,57±1,45; Resistido: 12,78±1,57 vs. 12,78±1,62). Nas duas sessões, o intervalo R-R diminuiu do repouso para o exercício e aumentou deste para a recuperação (AR: 801,46±87,14; 525,84±41,24; 590,71±50,26; 668,22±82,52; RA: 797,48±97,51; 512,34±48,69; 658,44±73,51; 682,75±67,48. Somente a variável SD apresentou diferença do repouso para o exercício e deste para a recuperação (AR: 28,44±8,74; 27,94±16,91; 50,70±21,35; 24,89±19,24; RA: 37,38±28,79; 23,26±19,61; 64,12±30,42; 25,25±16,50). Não foram observadas diferenças no intervalo R-R e na VFC, comparando as duas sessões. A ordem de execução dos tipos de exercício não influenciou a resposta do intervalo R-R, da VFC e da PSE, durante o exercício e na recuperação. 2. INTRODUÇÃO A população idosa vem aumentando nas últimas décadas (FERREIRA et al, 2010) e, com isso, tem aumentado também a busca de intervenções para que a velhice aconteça de forma saudável. A prática de exercício físico tem sido recomendada com forma de promoção da saúde, prevenção e reabilitação de diversas doenças crônicas (SILVA F. M., 2010) e, atualmente, preconizam pelo menos 30 minutos de atividades físicas aeróbias, todos os dias, em associação com exercícios de resistência ou força muscular, em dias alternados (HASKELL, 2007), mesmo para idosos, sendo o exercício combinado o tipo de sessão mais 1 CATEGORIA CONCLUÍDO utilizada (SILVA R. F. et al, 2010). No entanto, ainda existem várias controvérsias relativamente a ordem de execução dos exercícios. De forma crônica, tem sido sugerido que a realização do treinamento aeróbio previamente ao treinamento com pesos prejudicaria o ganho de força muscular, especialmente quando a intensidade de ambos os exercícios é alta (KRAEMER et al, 1995). No entanto, Souza (2010) não verificou diferenças na força ou na hipertrofia muscular entre dois grupos com ordens inversas de exercício, após oito semanas de treinamento combinado. Da mesma forma, Silva M.C. et al (2010) não verificaram diferença entre dois tipos de ordem de treinamento aeróbio e com pesos, no ganho de força de mulheres idosas, após 12 semanas de treinamento. Adicionalmente, Raddi et al (2008) observaram que o treinamento de corrida, realizado previamente, não interfere no ganho de força de membros superiores. Finalmente, de acordo com Cadore et al (2012), apesar de o treinamento combinado promover melhora neuromuscular inferior ao treinamento de força em idosos, este tipo de treino é o mais recomendado para esta população, pois promove algum ajuste neuromuscular, além de melhoras cardiovasculares. Considerando o efeito agudo do exercício, a literatura tem apresentado dados controversos em jovens e poucos dados em idosos. Estudo realizado com homens jovens comparou sessões de treinamento aeróbio, treinamento de força, treinamento aeróbio + treinamento de força, treinamento de força + treinamento aeróbio, encontrando maior consumo de oxigênio pós-exercício após a sessão treinamento aeróbio + treinamento de força, indicando que a ordem de realização dos exercícios pode interferir no gasto energético (LIRA et al, 2007). Por outro lado, Panissa et al (2009) verificaram, em homens jovens, que a realização de exercício de força antes do exercício aeróbio não alterou o gasto energético, medido pelo consumo de oxigênio, mas aumentou a concentração de lactato no sangue durante a realização do exercício aeróbio, o que sugere que, nesta situação, o exercício aeróbio é realizado em intensidade mais alta do que quando realizado antes do treinamento de força. Intensidades altas de exercício estão associadas a maior percepção de esforço e maior ativação do sistema nervoso simpático. Abad et al (2010) verificaram maior redução da variabilidade da frequência cardíaca em jovens, no período de recuperação após exercício resistido, comparando com o aeróbio. Lovato et al (2012) também não verificaram diferenças nas respostas cardiovascular e autonômica após duas sessões de exercício combinado, mas as intensidades dos dois tipos de exercícios eram moderadas e os indivíduos eram jovens. Dessa forma, o efeito da ordem de execução do exercício combinado sobre a percepção subjetiva de esforço e a variabilidade da frequência cardíaca em idosos ainda 2 CATEGORIA CONCLUÍDO permanece com pouco subsídio na literatura. Considerando que o envelhecimento promove alterações fisiológicas que afetam o controle autonômico cardiovascular, é importante fundamentar cada vez mais os efeitos do exercício sobre essa variável, para que este traga benefícios para a saúde dos idosos. 3. OBJETIVOS Este trabalho teve como objetivo analisar a percepção subjetiva de esforço e a variabilidade da frequência cardíaca, em repouso, durante e após diferentes sessões de treinamento combinado. 4. METODOLOGIA Foram avaliados 14 idosos jovens, com média de idade de 63,58 ± 2,81, sedentários, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado de acordo com as orientações da Resolução 196/96 da CONEP. Não participaram do estudo os idosos com alterações ortopédicas que impediam a realização dos exercícios propostos; com obesidade (IMC > 30 kg/m2), diabetes, hipertensão, cardiopatias ou qualquer outra doença ou em uso de medicamentos que pudessem interferir na resposta de frequência cardíaca ao exercício. 5. DESENVOLVIMENTO A intensidade da sessão de exercício aeróbio foi determinada pela frequência cardíaca atingida no limiar anaeróbio (limite inferior), determinado em teste ergoespirométrico submáximo, mais 10% deste valor (limite superior). O exercício resistido foi realizado em 60% da carga máxima estimada por teste de carga máxima por repetição (GUEDES; GUEDES, 2006). Foram realizadas duas sessões de treinamento, em ordem aleatória, sendo: AR: aeróbico + resistido; sessão RA: resisitido + aeróbico. O exercício aeróbico consistiu em caminhada na esteira, durante 30 minutos. O exercício resistido consistiu em 11 exercícios (cadeira extensora, supino sentado, cadeira flexora, pulley posterior, cadeira adutora, elevação lateral, cadeira abdutora, rosca simultânea, gêmeos 3 CATEGORIA CONCLUÍDO sentado, tríceps pulley e abdominal), com duas séries de 15 repetições cada, com intervalo de 30-45 segundos entre as séries. A percepção subjetiva de esforço foi medida pela escala de Borg (CARVALHO, 2010). A variabilidade da frequência cardíaca foi medida pelo frequencímetro POLAR , modelo RS 800CX, no domínio do tempo (desvio-padrão, variância e RMSSD) e no domínio da frequência (VLFabs, LFabs, HFabs, LF/HF), sendo analisada pelo software CardioSeries . Foi realizado teste de Shapiro-Wilk para verificação da normalidade da amostra, e, pela distribuição da amostra não ter sido caracterizada como normal, foram utilizados os testes de Wilcoxon e de Friedman, bem como o post hoc de Dunnett. 6. RESULTADOS No presente estudo, a percepção subjetiva de esforço não demonstrou diferença significativa entre os dois tipos de sessão de exercício (Tabela 1). Tabela 1: Percepção subjetiva de esforço após exercício aeróbio e exercício resistido, nas sessões AR e RA. N AR RA P 14 Aero 11,35 ± 1,15 12,57 ± 1,45 0,720 Resist 12,78 ± 1,57 12,78 ± 1,62 1,000 Nas sessão AR e RA, o intervalo R-R diminuiu do repouso para o exercício e aumentou deste para a recuperação (p<0,05; Figura 1). Nas duas sessões, O intervalo R-R foi menor durante o exercício aeróbio, em relação ao exercício resistido. Na sessão AR, a variável SD, foi maior durante exercício resistido, quando comparado aos demais estágios (p<0,05; Figura 2). Na sessão RA, a variável SD, foi maior durante exercício resistido, somente quando comparado ao exercício aeróbio (p<0,05; Figura 2). Não foi verificada diferença nos parâmetros Variance e RMSSD entre os estágios em nenhuma sessão (Figura 2). Não se observou diferença nos parâmetros de VFC em nenhuma sessão, com exceção da variável LFabs, que apresentou diferença estatisticamente significante entre o exercício aeróbio e o exercício resistido (p<0,05) (Figura 3). 4 CATEGORIA CONCLUÍDO Figura 1: Comportamento do intervalo R-R ao longo das sessões AR e RA (p<0,05). * - diferente da sessão AR; † - diferente do repouso; ‡ - diferente do exercício aeróbio; § - diferente do exercício resistido. Figura 2: Comportamento da variabilidade da frequência cardíaca avaliada no domínio do tempo, ao longo das sessões AR e RA (p<0,05). * - diferente da sessão AR; † - diferente do repouso; ‡ diferente do exercício aeróbio; § - diferente do exercício resistido. Figura 3: Comportamento da variabilidade da frequência cardíaca avaliada no domínio da frequência, em valores absolutos (abs), ao longo das sessões AR e RA (p<0,05). * - diferente da sessão AR; § diferente do exercício resistido. Figura 4: Comportamento da variabilidade da frequência cardíaca avaliada no domínio da frequência, pela razão LH/HF, ao longo das sessões AR e RA. * - diferente da sessão AR (p=0,05) Comparando o intervalo R-R e VFC entre os exercícios aeróbios realizados nas duas sessões de treino (RA e AR), verificou-se diferença nas variáveis: R-R (Mean), SD, Variance, VLFabs, LFabs, HFabs e LF/HF. Nos períodos de exercício resistido, verificou-se 5 CATEGORIA CONCLUÍDO diferença nas variáveis: R-R (Mean), SD, Variance, RMSSD e VLFabs, LFabs, HFabs. Já nos períodos de repouso e de recuperação, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes no intervalo R-R e na sua variabilidade entre as sessões (Tabelas 2 e 3; Figuras 1 a 4). Não foram observadas diferenças significantes em nenhuma das variáveis comparando os períodos completos de exercício (aeróbio + resistido vs. resistido + aeróbio) (Tabelas 4 e 5). Tabela 2: Intervalo R-R, SD, Variance e RMSSD, nas sessões AR e RA. Grupo Mean SD Variance RMSSD N AR 801,46 ± 87,14 28,44 ± 8,74 RA 797,48 ± 97,51 37,38 ± 28,79 2074,1 ± 4048,78 16,75 ± 9,75 AR 525,84 ± 41,24 27,94 ± 16,91 1046,80 ± 1093,17 11,13 ± 12,32 RA 512,34 ± 48,69* 23,26 ± 19,61* 898,52 ± 1440,16* 9,02 ± 8,64 AR 590,71 ± 50,26 50,70 ± 21,35 2994,00 ± 2756,47 14,42 ± 9,64 RA 658,44 ± 73,51* 64,12 ± 30,42* 4971,30 ± 5766,90* 16,04 ± 9,33* AR 682,75 ± 67,48 24,89 ± 19,24 990,19 ± 1957,34 9,45 ± 4,18 RA 668,22 ± 82,52 * - diferente da sessão AR (p=0,05). 25,25 ± 16,50 1076,30 ± 1556,39 8,87 ± 5,12 Rep Aero 14 Resist Rec 880,22 ± 562,98 Tabela 3: VLFabs, LFabs, HFabs e HF/LH, nas sessões AR e RA. Grupo VLF abs LF abs HF abs N Rep Aero 14 Resist Rec 13,23 ± 5,11 LF/HF AR 204,98 ± 166,86 156,07 ± 117,68 208,71 ± 221,72 1,91 ± 2,04 RA 620,87 ± 1575,30 2,81 ± 2,93 744,27 ± 1390,86 259,12 ± 260,21 AR 134,23 ± 198,62 98,41 ± 166,33 63,52 ± 100,93 1,80 ± 1,74 RA 134,85 ± 218,30* 68,59 ± 98,31* 102,07 ± 244,04* 2,77 ± 3,58* AR 486,64 ± 489,18 174,05 ± 152,15 181,42 ± 188,59 3,69 ± 3,42 RA 815,18 ± 957,72* 276,56 ± 229,17* 616,31 ± 1103,06* 4,39 ± 4,53 AR 184,28 ± 248,27 97,46 ± 79,49 98,15 ± 89,97 3,14 ± 3,12 151,40 ± 275,12 4,76 ± 6,30 RA 207,56 ± 259,55 116,5 ± 104,61 * - diferente da sessão AR (p=0,05). Tabela 4: Intervalo R-R, SD, Variance e RMSSD, nas sessões AR e RA, durante o período completo de exercício. N Sessão Mean SD Variance RMDDS 14 AR 558,27 ± 55,91 39,32 ± 22,17 2020,37 ± 2284,01 12,77 ± 10,98 RA 585,39 ± 96,32 43,69 ± 32,61 2934,91 ± 4616,47 12,534 ± 9,52 6 CATEGORIA CONCLUÍDO N 14 Tabela 5: VLFabs, LFabs e HFabs, nas sessões AR e RA, durante o período completo de exercício. Sessão VLF abs LF abs HF abs LFHF AR 310,43 ± 407,93 136,23 ± 161,09 122,47 ± 160,10 2,74 ± 2,83 RA 475,01 ± 764,57 172,57 ± 202,86 359,18 ± 826,48 3,58 ± 4,09 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A percepção subjetiva de esforço não apresentou diferença entre as sessões, indicando que ambas apresentaram a mesma intensidade. Esta variável representa um bom parâmetro para monitoramento da intensidade de exercício aeróbio, pois seu aumento está relacionado ao aumento no consumo de oxigênio (SHIGUEMATSU et al, 2004) e, além disso, tem sido usada para monitorar a intensidade do exercício resistido (RASO et al, 2000). De acordo com a escala do Borg utilizada (CARVALHO, 2010), os valores de percepção subjetiva de esforço encontrados indicam que ambos os tipos de exercícios foram realizados em intensidade baixa (Relativamente fácil). De fato, os percentuais de frequência cardíaca atingidos nos dois tipos de exercício corroboram os dados observados pela percepção subjetiva de esforço: entre os quatro períodos avaliados, a frequência cardíaca, avaliada pelo intervalo R-R, foi maior durante a execução do exercício aeróbio, correspondendo a aproximadamente 74% da frequência cardíaca máxima, enquanto, no exercício resistido, correspondeu a aproximadamente 62% da frequência cardíaca máxima. Assim, a baixa intensidade de exercício realizada foi determinante na resposta da frequência cardíaca e da sua variabilidade nas duas sessões de exercício. A frequência cardíaca aumentou (redução de R-R) do repouso para o exercício, diminuindo (aumento de R-R) na recuperação, em ambas as sessões. No entanto, a variabilidade da frequência cardíaca não se alterou significativamente do repouso para o exercício ou desse período para a recuperação, com exceção da variável SD, que se apresentou mais alta durante o exercício resistido, em ambas as sessões. Alonso et al (1998) verificaram redução da variabilidade da frequência cardíaca no domínio do tempo do repouso para o exercício, mas avaliaram jovens. Idosos apresentam menor variabilidade da frequência cardíaca em repouso (TREVIZANI, 2012), o que pode ter contribuído para redução na amplitude de adaptação da variabilidade da frequência cardíaca do repouso para o exercício. Simões et al (2013) verificaram adaptação da variabilidade da frequência cardíaca do repouso para o exercício resistido, porém, com menor resposta em idosos 7 CATEGORIA CONCLUÍDO quando comparados aos jovens. Comparando as sessões a cada estágio, não foram observadas diferenças significantes no intervalo R-R e na variabilidade da frequência cardíaca, tanto no domínio do tempo como no domínio da frequência, no repouso e na recuperação. A igualdade de condições no repouso indica que os avaliados realizaram as duas sessões partindo de condições cardiovasculares e autonômicas semelhantes. Já a semelhança de resposta na recuperação indica que não houve influência da ordem de execução dos tipos de exercício na resposta de frequência cardíaca ou no seu controle autonômico. Este resposta corrobora os dados encontrados por Lovato, Anunciação e Polito (2012) em homens jovens. Além disso, demonstra que, do ponto de vista de controle cardiovascular, a ordem de execução dos tipos de exercício não provoca alterações na resposta autonômica em idosos. De fato, ao se comparar o comportamento da frequência cardíaca e da sua variabilidade entre os dois períodos de exercícios, analisados de forma unificada (aeróbio + resistido vs. resistido + aeróbio), também não foram observadas diferenças entre as sessões, mostrando que ambas promoveram adaptações cardiovasculares e autonômicas semelhantes. Tal fato foi também evidenciado pela semelhança de resposta da percepção subjetiva de esforço entre as sessões. No entanto, é importante ressaltar que, a resposta da frequência cardíaca ao exercício aeróbio foi maior quando este foi realizado após o resistido. Da mesma forma, a resposta da frequência cardíaca ao exercício resistido foi maior quando este foi realizado após o exercício aeróbio. Assim, embora a resposta global ao exercício tenha sido semelhante entre as diferentes sessões, a diferença na resposta de frequência cardíaca em virtude da ordem de execução do exercício pode ser um parâmetro para definição de qual ordem utilizar, dependendo do objetivo a ser alcançado com o treinamento físico. A ordem de execução do dos tipos de exercício não influenciou a resposta da frequência cardíaca e da sua variabilidade, durante o exercício e na recuperação. A percepção subjetiva de esforço foi semelhante em ambas as sessões. 8. FONTES CONSULTADAS ABAD, C.C.C.; SILVA, R.S.; MOSTARDA, C.; SILVA, I.C.M.; IRIGOYEN, M.C. Efeito do exercício aeróbico e resistido no controle autonômico e nas variáveis hemodinâmicas de jovens saudáveis. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v.24, n.4, p.5358 CATEGORIA CONCLUÍDO 44, 2010. ALONSO, D.O.; FORJAZ, C.L.M.; REZENDE, L.O.; BRAGA, A.M.F.W.; BARRETTO, A.C.P.; NEGRÃO, C.E.; RONDON, M.U.P.B.R. Comportamento da frequência cardíaca e da sua variabilidade durante as diferentes fases do exercício físico progressivo máximo. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 71, n. 6, p. 787-792, 1998. CADORE, E.L.; PINTO, R.S.; KRUEL, L.F.M. Adaptações neuromusculares ao treinamento de força e concorrente em homens idosos. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 14, n. 4, p. 483-495, 2012. . CARVALHO, V.O. A escala de Borg como ferramenta de auto-monitorização e autoadaptação do esforço em pacientes com insuficiência cardíaca na hidroterapia e no solo: estudo randomizado, cego e controlado. Tese [Doutorado]. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2010. FERREIRA, O.G.L.; MACIEL, S.C.; SILVA, A.O.; SANTOS, W.S.; MOREIRA, M.A.S.P. O envelhecimento ativo sob o olhar de idosos funcionalmente independentes. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 44, n. 4, p.1065-1069, 2010. GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Manual prático para avaliação em educação física. Sao Paulo: Manole, 2006. HASKELL, W.L.; LEE, I.; PATE, R.R.; POWELL, K.E.; BLAIR, S.N.; FRANKLIN, B.A.; MACERA, C.A.; HEATH, G.W.; THOMPSON, P.D.; BAUMAN, A. Recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Circulation, v. 116, p.1081-1093, 2007. KRAEMER, W.J.; PATTON, J.F.; GORDON, S.E. Compatibility of high intensity strength and endurance training on hormonal and skeletal muscle adaptations. Journal of Applied Physiology, p. 78, n. 3, p. 976-989, 1995. LIRA, F.S.; OLIVEIRA, R.S.F.; JULIO, U.F.; FRANCHINI, E. Consumo de oxigênio pósexercícios de força e aeróbio: efeito da ordem de execução. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 13, n. 6, p. 402-406, 2007. LOVATO, N.S.; ANUNCIAÇÃO, P.G.; POLITO, M.D. Pressão arterial e variabilidade de frequência cardíaca após o exercício aeróbio e com pesos realizados na mesma sessão. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 18, n. 1, p. 22-25, 2012. PANISSA, V.L.G.; BERTUZZI, R.C.M.; LIRA, F.S.; JÚLIO, U.F.; FRANCHINI, E. Exercício 9 CATEGORIA CONCLUÍDO concorrente: análise do efeito agudo da ordem de execução sobre o gasto energético total. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 15, n. 2, p. 127-131, 2009. RADDI, L.L.O.; GOMES, R.V.; CHARRO, M.A.; BACURAU, R.F.P.; AOKI, M.S. Treino de corrida não interfere no desempenho de força de membros superiores. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 14, n. 6, p. 544-547, 2008. RASO, V.; MATSUDO, S.M.M.; MATSUDO, V.K.R. Determinação da sobrecarga de trabalho em exercícios de musculação através da percepção subjetiva de esforço de mulheres idosas: Estudo piloto. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 8, n. 1, p. 27-34, 2000a. SHIGEMATSU, R.; UENO, L.M.; NAKAGAICHI, M.; NHO, H.; TANAKA, K. Rate of perceived exertion as a tool to monitor cycling exercise intensity in older adults. Journal of Aging and Physical Activity, v. 12, n. 1, p. 3-9, 2004. SILVA, F.M. (Org.). Recomendações sobre condutas e procedimentos do profissional de Educação Física na atenção básica à saúde. Rio de Janeiro: CONFEF, 2010. SILVA, M.C.; ROMBALDI, A.J.; CAMPOS, A.L.P. Ordem dos exercícios físicos aeróbio e com pesos na aptidão física de mulheres acima de 50 anos. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 12, n. 2, p. 134-139, 2010. SILVA, R.F. Os efeitos de três treinamentos concorrentes nas adaptações neuromusculares e cardiorrespiratórias de mulheres jovens. Dissertação [Mestrado]. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010. 105 p. SIMÕES, R.P.; CASTELLO-SIMÕES, V.; MENDES, R.G.; ARCHIZA, B.; SANTOS, D.A.; MACHADO, H.G.; BONJORNO JR., J.C.; OLIVEIRA, C.R.; REIS, M.S.; CATAI, A.M.; ARENA, R.; BORGHI-SILVA, A. Lactate and heart rate variability threshold during resistance exercise in the young and elderly. International Journal of Sports Medicine, v. 24, n. 5, p. 1313-1320, 2013. SOUZA, E.O. Efeito do treinamento concorrente na expressão gênica e protéica associadas à hipertrofia muscular. Dissertação [Mestrado]. Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, 2010. 88p. TREVIZANI, G.A.; BENCHIMOL-BARBOSA, P.R.; NADAL, J. Effects of age and aerobic fitness on heart rate recovery in adult men. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. v. 99, n. 3, p. 802-810, 2012. 10