TÍTULO: EFEITO DO TREINAMENTO COMBINADO NA

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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904
TÍTULO: EFEITO DO TREINAMENTO COMBINADO NA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO E NA
VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO, DURANTE E APÓS EXERCÍCIO EM
IDOSOS
CATEGORIA: CONCLUÍDO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL
AUTOR(ES): TIAGO NOVATO
ORIENTADOR(ES): DENISE DE OLIVEIRA ALONSO
COLABORADOR(ES): FERNANDO LUIZ AFFONSO FONSECA
CATEGORIA CONCLUÍDO
EFEITO DO TREINAMENTO COMBINADO NA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE
ESFORÇO E NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO,
DURANTE E APÓS EXERCÍCIO EM IDOSOS
1. RESUMO
O exercício combinado (EC), utilizado na prescrição de exercício físico para idosos, ainda
apresenta dúvidas sobre a ordem em que devem ser realizados. Este trabalho teve como
objetivo analisar a percepção subjetiva de esforço (PSE) e a variabilidade da frequência
cardíaca (VFC), em repouso, durante e o EC. Foram avaliados 14 idosos (63,58±2,81 anos),
em duas sessões de EC, sendo: AR: aeróbico + resistido; RA: resistido + aeróbico. No
repouso, durante e após cada sessão foram medidos a VFC (Polar RS800CX®; análise pelo
Software CardioSeries®) e a PSE. Foram utilizados os testes de Wilcoxon e de Friedman
(post hoc de Dunnett), com p<0,05. A PSE foi semelhante entre as sessões AR vs. RA
(Aeróbico: 11,35±1,15 vs. 12,57±1,45; Resistido: 12,78±1,57 vs. 12,78±1,62). Nas duas
sessões, o intervalo R-R diminuiu do repouso para o exercício e aumentou deste para a
recuperação (AR: 801,46±87,14; 525,84±41,24; 590,71±50,26; 668,22±82,52; RA:
797,48±97,51; 512,34±48,69; 658,44±73,51; 682,75±67,48. Somente a variável SD
apresentou diferença do repouso para o exercício e deste para a recuperação (AR:
28,44±8,74; 27,94±16,91; 50,70±21,35; 24,89±19,24; RA: 37,38±28,79; 23,26±19,61;
64,12±30,42; 25,25±16,50). Não foram observadas diferenças no intervalo R-R e na VFC,
comparando as duas sessões. A ordem de execução dos tipos de exercício não influenciou
a resposta do intervalo R-R, da VFC e da PSE, durante o exercício e na recuperação.
2. INTRODUÇÃO
A população idosa vem aumentando nas últimas décadas (FERREIRA et al, 2010) e,
com isso, tem aumentado também a busca de intervenções para que a velhice aconteça de
forma saudável. A prática de exercício físico tem sido recomendada com forma de promoção
da saúde, prevenção e reabilitação de diversas doenças crônicas (SILVA F. M., 2010) e,
atualmente, preconizam pelo menos 30 minutos de atividades físicas aeróbias, todos os
dias, em associação com exercícios de resistência ou força muscular, em dias alternados
(HASKELL, 2007), mesmo para idosos, sendo o exercício combinado o tipo de sessão mais
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CATEGORIA CONCLUÍDO
utilizada (SILVA R. F. et al, 2010). No entanto, ainda existem várias controvérsias
relativamente a ordem de execução dos exercícios.
De forma crônica, tem sido sugerido que a realização do treinamento aeróbio
previamente ao treinamento com pesos prejudicaria o ganho de força muscular,
especialmente quando a intensidade de ambos os exercícios é alta (KRAEMER et al, 1995).
No entanto, Souza (2010) não verificou diferenças na força ou na hipertrofia muscular entre
dois grupos com ordens inversas de exercício, após oito semanas de treinamento
combinado. Da mesma forma, Silva M.C. et al (2010) não verificaram diferença entre dois
tipos de ordem de treinamento aeróbio e com pesos, no ganho de força de mulheres idosas,
após 12 semanas de treinamento. Adicionalmente, Raddi et al (2008) observaram que o
treinamento de corrida, realizado previamente, não interfere no ganho de força de membros
superiores. Finalmente, de acordo com Cadore et al (2012), apesar de o treinamento
combinado promover melhora neuromuscular inferior ao treinamento de força em idosos,
este tipo de treino é o mais recomendado para esta população, pois promove algum ajuste
neuromuscular, além de melhoras cardiovasculares.
Considerando o efeito agudo do exercício, a literatura tem apresentado dados
controversos em jovens e poucos dados em idosos. Estudo realizado com homens jovens
comparou sessões de treinamento aeróbio, treinamento de força, treinamento aeróbio +
treinamento de força, treinamento de força + treinamento aeróbio, encontrando maior
consumo de oxigênio pós-exercício após a sessão treinamento aeróbio + treinamento de
força, indicando que a ordem de realização dos exercícios pode interferir no gasto
energético (LIRA et al, 2007). Por outro lado, Panissa et al (2009) verificaram, em homens
jovens, que a realização de exercício de força antes do exercício aeróbio não alterou o gasto
energético, medido pelo consumo de oxigênio, mas aumentou a concentração de lactato no
sangue durante a realização do exercício aeróbio, o que sugere que, nesta situação, o
exercício aeróbio é realizado em intensidade mais alta do que quando realizado antes do
treinamento de força. Intensidades altas de exercício estão associadas a maior percepção
de esforço e maior ativação do sistema nervoso simpático. Abad et al (2010) verificaram
maior redução da variabilidade da frequência cardíaca em jovens, no período de
recuperação após exercício resistido, comparando com o aeróbio. Lovato et al (2012)
também não verificaram diferenças nas respostas cardiovascular e autonômica após duas
sessões de exercício combinado, mas as intensidades dos dois tipos de exercícios eram
moderadas e os indivíduos eram jovens.
Dessa forma, o efeito da ordem de execução do exercício combinado sobre a
percepção subjetiva de esforço e a variabilidade da frequência cardíaca em idosos ainda
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CATEGORIA CONCLUÍDO
permanece com pouco subsídio na literatura. Considerando que o envelhecimento promove
alterações fisiológicas que afetam o controle autonômico cardiovascular, é importante
fundamentar cada vez mais os efeitos do exercício sobre essa variável, para que este traga
benefícios para a saúde dos idosos.
3. OBJETIVOS
Este trabalho teve como objetivo analisar a percepção subjetiva de esforço e a
variabilidade da frequência cardíaca, em repouso, durante e após diferentes sessões de
treinamento combinado.
4. METODOLOGIA
Foram avaliados 14 idosos jovens, com média de idade de 63,58 ± 2,81, sedentários,
após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado de acordo com
as orientações da Resolução 196/96 da CONEP. Não participaram do estudo os idosos com
alterações ortopédicas que impediam a realização dos exercícios propostos; com obesidade
(IMC > 30 kg/m2), diabetes, hipertensão, cardiopatias ou qualquer outra doença ou em uso
de medicamentos que pudessem interferir na resposta de frequência cardíaca ao exercício.
5. DESENVOLVIMENTO
A intensidade da sessão de exercício aeróbio foi determinada pela frequência
cardíaca atingida no limiar anaeróbio (limite inferior), determinado em teste
ergoespirométrico submáximo, mais 10% deste valor (limite superior). O exercício resistido
foi realizado em 60% da carga máxima estimada por teste de carga máxima por repetição
(GUEDES; GUEDES, 2006). Foram realizadas duas sessões de treinamento, em ordem
aleatória, sendo: AR: aeróbico + resistido; sessão RA: resisitido + aeróbico. O exercício
aeróbico consistiu em caminhada na esteira, durante 30 minutos. O exercício resistido
consistiu em 11 exercícios (cadeira extensora, supino sentado, cadeira flexora, pulley
posterior, cadeira adutora, elevação lateral, cadeira abdutora, rosca simultânea, gêmeos
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CATEGORIA CONCLUÍDO
sentado, tríceps pulley e abdominal), com duas séries de 15 repetições cada, com intervalo
de 30-45 segundos entre as séries. A percepção subjetiva de esforço foi medida pela escala
de Borg (CARVALHO, 2010). A variabilidade da frequência cardíaca foi medida pelo
frequencímetro POLAR , modelo RS 800CX, no domínio do tempo (desvio-padrão,
variância e RMSSD) e no domínio da frequência (VLFabs, LFabs, HFabs, LF/HF), sendo
analisada pelo software CardioSeries . Foi realizado teste de Shapiro-Wilk para verificação
da normalidade da amostra, e, pela distribuição da amostra não ter sido caracterizada como
normal, foram utilizados os testes de Wilcoxon e de Friedman, bem como o post hoc de
Dunnett.
6. RESULTADOS
No presente estudo, a percepção subjetiva de esforço não demonstrou diferença
significativa entre os dois tipos de sessão de exercício (Tabela 1).
Tabela 1: Percepção subjetiva de esforço após exercício aeróbio e exercício resistido, nas sessões
AR e RA.
N
AR
RA
P
14
Aero
11,35 ± 1,15
12,57 ± 1,45
0,720
Resist
12,78 ± 1,57
12,78 ± 1,62
1,000
Nas sessão AR e RA, o intervalo R-R diminuiu do repouso para o exercício e
aumentou deste para a recuperação (p<0,05; Figura 1). Nas duas sessões, O
intervalo R-R foi menor durante o exercício aeróbio, em relação ao exercício
resistido. Na sessão AR, a variável SD, foi maior durante exercício resistido, quando
comparado aos demais estágios (p<0,05; Figura 2). Na sessão RA, a variável SD, foi
maior durante exercício resistido, somente quando comparado ao exercício aeróbio
(p<0,05; Figura 2). Não foi verificada diferença nos parâmetros Variance e RMSSD
entre os estágios em nenhuma sessão (Figura 2). Não se observou diferença nos
parâmetros de VFC em nenhuma sessão, com exceção da variável LFabs, que
apresentou diferença estatisticamente significante entre o exercício aeróbio e o
exercício resistido (p<0,05) (Figura 3).
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CATEGORIA CONCLUÍDO
Figura 1: Comportamento do intervalo R-R ao longo das sessões AR e RA (p<0,05). * - diferente da
sessão AR; † - diferente do repouso; ‡ - diferente do exercício aeróbio; § - diferente do exercício
resistido.
Figura 2: Comportamento da variabilidade da frequência cardíaca avaliada no domínio do tempo, ao
longo das sessões AR e RA (p<0,05). * - diferente da sessão AR; † - diferente do repouso; ‡ diferente do exercício aeróbio; § - diferente do exercício resistido.
Figura 3: Comportamento da variabilidade da frequência cardíaca avaliada no domínio da frequência,
em valores absolutos (abs), ao longo das sessões AR e RA (p<0,05). * - diferente da sessão AR; § diferente do exercício resistido.
Figura 4: Comportamento da variabilidade da frequência cardíaca avaliada no domínio da frequência,
pela razão LH/HF, ao longo das sessões AR e RA. * - diferente da sessão AR (p=0,05)
Comparando o intervalo R-R e VFC entre os exercícios aeróbios realizados nas duas
sessões de treino (RA e AR), verificou-se diferença nas variáveis: R-R (Mean), SD,
Variance, VLFabs, LFabs, HFabs e LF/HF. Nos períodos de exercício resistido, verificou-se
5
CATEGORIA CONCLUÍDO
diferença nas variáveis: R-R (Mean), SD, Variance, RMSSD e VLFabs, LFabs, HFabs. Já
nos períodos de repouso e de recuperação, não foram observadas diferenças
estatisticamente significantes no intervalo R-R e na sua variabilidade entre as sessões
(Tabelas 2 e 3; Figuras 1 a 4). Não foram observadas diferenças significantes em nenhuma
das variáveis comparando os períodos completos de exercício (aeróbio + resistido vs.
resistido + aeróbio) (Tabelas 4 e 5).
Tabela 2: Intervalo R-R, SD, Variance e RMSSD, nas sessões AR e RA.
Grupo
Mean
SD
Variance
RMSSD
N
AR
801,46 ± 87,14
28,44 ± 8,74
RA
797,48 ± 97,51
37,38 ± 28,79
2074,1 ± 4048,78
16,75 ± 9,75
AR
525,84 ± 41,24
27,94 ± 16,91
1046,80 ± 1093,17
11,13 ± 12,32
RA
512,34 ± 48,69*
23,26 ± 19,61*
898,52 ± 1440,16*
9,02 ± 8,64
AR
590,71 ± 50,26
50,70 ± 21,35
2994,00 ± 2756,47
14,42 ± 9,64
RA
658,44 ± 73,51*
64,12 ± 30,42*
4971,30 ± 5766,90*
16,04 ± 9,33*
AR
682,75 ± 67,48
24,89 ± 19,24
990,19 ± 1957,34
9,45 ± 4,18
RA
668,22 ± 82,52
* - diferente da sessão AR (p=0,05).
25,25 ± 16,50
1076,30 ± 1556,39
8,87 ± 5,12
Rep
Aero
14
Resist
Rec
880,22 ± 562,98
Tabela 3: VLFabs, LFabs, HFabs e HF/LH, nas sessões AR e RA.
Grupo
VLF abs
LF abs
HF abs
N
Rep
Aero
14
Resist
Rec
13,23 ± 5,11
LF/HF
AR
204,98 ± 166,86
156,07 ± 117,68
208,71 ± 221,72
1,91 ± 2,04
RA
620,87 ± 1575,30
2,81 ± 2,93
744,27 ± 1390,86
259,12 ± 260,21
AR
134,23 ± 198,62
98,41 ± 166,33
63,52 ± 100,93
1,80 ± 1,74
RA
134,85 ± 218,30*
68,59 ± 98,31*
102,07 ± 244,04*
2,77 ± 3,58*
AR
486,64 ± 489,18
174,05 ± 152,15
181,42 ± 188,59
3,69 ± 3,42
RA
815,18 ± 957,72*
276,56 ± 229,17*
616,31 ± 1103,06*
4,39 ± 4,53
AR
184,28 ± 248,27
97,46 ± 79,49
98,15 ± 89,97
3,14 ± 3,12
151,40 ± 275,12
4,76 ± 6,30
RA
207,56 ± 259,55
116,5 ± 104,61
* - diferente da sessão AR (p=0,05).
Tabela 4: Intervalo R-R, SD, Variance e RMSSD, nas sessões AR e RA, durante o
período completo de exercício.
N Sessão
Mean
SD
Variance
RMDDS
14
AR
558,27 ± 55,91
39,32 ± 22,17
2020,37 ± 2284,01
12,77 ± 10,98
RA
585,39 ± 96,32
43,69 ± 32,61
2934,91 ± 4616,47
12,534 ± 9,52
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CATEGORIA CONCLUÍDO
N
14
Tabela 5: VLFabs, LFabs e HFabs, nas sessões AR e RA, durante
o período completo de exercício.
Sessão
VLF abs
LF abs
HF abs
LFHF
AR
310,43 ± 407,93
136,23 ± 161,09
122,47 ± 160,10
2,74 ± 2,83
RA
475,01 ± 764,57
172,57 ± 202,86
359,18 ± 826,48
3,58 ± 4,09
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A percepção subjetiva de esforço não apresentou diferença entre as sessões,
indicando que ambas apresentaram a mesma intensidade. Esta variável representa um bom
parâmetro para monitoramento da intensidade de exercício aeróbio, pois seu aumento está
relacionado ao aumento no consumo de oxigênio (SHIGUEMATSU et al, 2004) e, além
disso, tem sido usada para monitorar a intensidade do exercício resistido (RASO et al,
2000). De acordo com a escala do Borg utilizada (CARVALHO, 2010), os valores de
percepção subjetiva de esforço encontrados indicam que ambos os tipos de exercícios
foram realizados em intensidade baixa (Relativamente fácil).
De fato, os percentuais de frequência cardíaca atingidos nos dois tipos de exercício
corroboram os dados observados pela percepção subjetiva de esforço: entre os quatro
períodos avaliados, a frequência cardíaca, avaliada pelo intervalo R-R, foi maior durante a
execução do exercício aeróbio, correspondendo a aproximadamente 74% da frequência
cardíaca máxima, enquanto, no exercício resistido, correspondeu a aproximadamente 62%
da frequência cardíaca máxima. Assim, a baixa intensidade de exercício realizada foi
determinante na resposta da frequência cardíaca e da sua variabilidade nas duas sessões
de exercício.
A frequência cardíaca aumentou (redução de R-R) do repouso para o exercício,
diminuindo (aumento de R-R) na recuperação, em ambas as sessões. No entanto, a
variabilidade da frequência cardíaca não se alterou significativamente do repouso para o
exercício ou desse período para a recuperação, com exceção da variável SD, que se
apresentou mais alta durante o exercício resistido, em ambas as sessões. Alonso et al
(1998) verificaram redução da variabilidade da frequência cardíaca no domínio do tempo do
repouso para o exercício, mas avaliaram jovens. Idosos apresentam menor variabilidade da
frequência cardíaca em repouso (TREVIZANI, 2012), o que pode ter contribuído para
redução na amplitude de adaptação da variabilidade da frequência cardíaca do repouso
para o exercício. Simões et al (2013) verificaram adaptação da variabilidade da frequência
cardíaca do repouso para o exercício resistido, porém, com menor resposta em idosos
7
CATEGORIA CONCLUÍDO
quando comparados aos jovens.
Comparando as sessões a cada estágio, não foram observadas diferenças
significantes no intervalo R-R e na variabilidade da frequência cardíaca, tanto no domínio do
tempo como no domínio da frequência, no repouso e na recuperação. A igualdade de
condições no repouso indica que os avaliados realizaram as duas sessões partindo de
condições cardiovasculares e autonômicas semelhantes. Já a semelhança de resposta na
recuperação indica que não houve influência da ordem de execução dos tipos de exercício
na resposta de frequência cardíaca ou no seu controle autonômico. Este resposta corrobora
os dados encontrados por Lovato, Anunciação e Polito (2012) em homens jovens. Além
disso, demonstra que, do ponto de vista de controle cardiovascular, a ordem de execução
dos tipos de exercício não provoca alterações na resposta autonômica em idosos.
De fato, ao se comparar o comportamento da frequência cardíaca e da sua
variabilidade entre os dois períodos de exercícios, analisados de forma unificada (aeróbio +
resistido vs. resistido + aeróbio), também não foram observadas diferenças entre as
sessões, mostrando que ambas promoveram adaptações cardiovasculares e autonômicas
semelhantes. Tal fato foi também evidenciado pela semelhança de resposta da percepção
subjetiva de esforço entre as sessões. No entanto, é importante ressaltar que, a resposta da
frequência cardíaca ao exercício aeróbio foi maior quando este foi realizado após o resistido.
Da mesma forma, a resposta da frequência cardíaca ao exercício resistido foi maior quando
este foi realizado após o exercício aeróbio.
Assim, embora a resposta global ao exercício tenha sido semelhante entre as
diferentes sessões, a diferença na resposta de frequência cardíaca em virtude da ordem de
execução do exercício pode ser um parâmetro para definição de qual ordem utilizar,
dependendo do objetivo a ser alcançado com o treinamento físico. A ordem de execução do
dos tipos de exercício não influenciou a resposta da frequência cardíaca e da sua
variabilidade, durante o exercício e na recuperação. A percepção subjetiva de esforço foi
semelhante em ambas as sessões.
8. FONTES CONSULTADAS
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