universidade federal do rio de janeiro

Valores intervenientes no cuidado do enfermeiro ao cliente com HIV/AIDS
AUTOR1*
AUTOR 2
RESUMO
Objetivo: O presente estudo teve por objetivos analisar valores intervenientes no cuidar, pelo
enfermeiro, a clientes com HIV/AIDS. Método: Trata-se de pesquisa social, descritiva e
exploratória, com abordagem qualitativa. Os sujeitos/cenário foram 23 enfermeiros de três
instituições de saúde do estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada de janeiro/2010
a dezembro/2012 através de entrevista semi-estruturada com roteiro pré-estabelecido, gravado em
fita magnética. O projeto de pesquisa foi submetido ao CEP HUAP 279/09, com CAAE Nº
980.0.000.258-09. Resultados: Do processo de categorização emergiram quatro categorias. Os
valores mais ressaltados foram: discriminação, respeito, preconceito, sexualidade, vida, igualdade
e solidariedade. Conclusão: Conclui-se que, cada membro da equipe de saúde deve se autoconhecer, implicando a reflexão de seus valores, crenças e cultura a fim de que estes não
interfiram negativamente na realização de suas ações. Assim, mediante o conhecimento de seus
valores e reconhecimento de valores alheios, poder-se-á, numa maior dimensão, realizar uma
assistência de melhor qualidade, proporcionando aos portadores de HIV, bem como aos clientes
de quaisquer patologias, um cuidado digno dentro dos preceitos preconizados pela profissão.
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, cuidado, HIV, AIDS (Fonte: DeCs, BIREME).
Intervenients values in the care of the nurse to the client with HIV/AIDS
1
* Enfermeira, Especialista em Terapia Intensiva pela UERJ, Professora Substituta da UFF, Universidade
Federal Fluminense/UFF, Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
2
Enfermeira Doutora em Enfermagem pela UFRJ, Professora Adjunta da Universidade Federal
Fluminense, Universidade Federal Fluminense/UFF, Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
ABSTRACT
Objective: The present study had for objective to analyze participating values in him takes care,
by the nurse, to clients with HIV/AIDS. Method: It is a question of an exploratory, descriptive,
and social research, with qualitative research. The subjects/scenarium were 23 nurses from three
hospitals of Rio de Janeiro. The data collection was realized from
January/2010 to
December/2012 through the semi – structured interview with pre –established norm, recorded in
magnetic tape. The research project was submitted to the CEP HUAP 279/09, with CAAE Nº
980.0.000.258-09. Results: From the categorization process they emerged four categories. The
values that more were emphasized by the subjects of the study toward the clientele were:
discrimination, respect, prejudice, sexuality, life, equality and solidarity.
concluded that, each member of the health team must
Conclusions: I
know him (her) self, implying the
reflection of his (her) values, beliefs and culture in order to not interfere in a negative form in the
realization of his (her) actions. Thus, through the knowledge of his values and recognizing of
foreign values, he may, in a higher dimension, realize an assistance of better quality, providing to
the HIV´s carriers , as well as to the clients with any other pathologies, a care worthy into the
precepts preconized by the pela profession.
KEY WORDS: Nursing, care, HIV, AIDS (Source: DeCs, BIREME).
Los valores involucrados en el cuidado de enfermería al cliente con el VIH / SIDA
RESUMEN
Objetivo: El presente estudio tuve por objetivos analizar valores intervinientes en el cuidar, por el
enfermero, a clientes con VIH/SIDA y discutir las implicaciones de esos valores para asistencia
de enfermería. Método: Se trata de pesquisa social, descriptiva e exploratoria, con abordaje
cualitativa. Los sujetos/escenarium fue 23 enfermeras, que compusieron tres muestras de los
grupos, de tres hospitales de grande porte del Rio de Janeiro. La colecta de datos fue realizada de
enero/2010 a diciembre/2012 a través de entrevista semiestructurada con guión preestablecido,
grabado en cinta magnética. El proyecto de investigación fue sometido al CEP HUAP 279/09 con
CAAE Nº 980.0.000.258-09. Resultado: Del
proceso de codificación emergieron cuatro
categorías. Los valores que más fueron resaltados por los sujetos del estudio para con la clientela
fueron: discriminación, respeto, prejuicio, sexualidad, vida, igualdad y solidaridad. Conclusión:
Se concluye que, cada miembro del equipo de la salud debe conocerse a sí mismo, implicando la
reflexión de suyo valores, creencias y cultura para no interveniren de una forma negativa en la
realización de suyas acciones. Así, por medio del conocimiento de suyos valores y
reconocimiento de valores alheios, podrá a él mismo, en una mayor dimensión, realizar una
asistencia de mejor calidad, proporcionando a los portadores de VIH, bién como a los clientes de
cualquier patologías, un cuidado digno dentro de los preceptos recomendado por la profesión.
PALABRAS-CLAVE: Enfermería, cuidado, HIV, SIDA (Fuente: DeCs, BIREME).
Introdução
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) surgiu, oficialmente, no início da
década de 80. De 1980 até junho de 2012, o Brasil tem registrado 656.701 casos de Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (Aids). No ano de 2011 a taxa de incidência da doença chegou a
20,2 para cada 100 mil habitantes(1). Verifica-se que os casos de Aids vêm apresentando
diminuição da razão de sexo, quando antes, em 1989, os homens eram os mais acometidos (1:6).
Em 2011, último dado disponível, chegou a 1,7 caso em homens para cada 1 em mulheres(1,2).
Independente do sexo, a faixa etária mais habitual de notificação da Aids é de 25 a 49
anos, porém é importante lembrar que existem pessoas mais jovens e de mais idade
contaminadas. Atualmente, o índice de jovens brasileiros contaminados cresce muito. Calcula-se
que cerca de 10 milhões de adolescentes vivem hoje com o Vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV) e correm o risco de desenvolver a Aids nos próximos 3 a 15 anos(3).
No tocante ao cenário internacional, 4 milhões de pessoas vivem com HIV, o que
representa, ainda uma grave epidemia, apesar da significativa redução da mortalidade devido ao
tratamento com os coquetéis antiretrovirais(4). Um dos motivos da redução é o esforço de todos os
países, no combate ao HIV, uma vez que a Aids encontra-se entre um dos oito objetivos do
milênio que deverão ser alcançados até 2015(5).
Tais estatísticas apontam para a necessidade de termos profissionais de alta qualidade,
preparamos para assistir não apenas os portadores do HIV. Mas também, sua família, amigos e
demais pessoas que estejam apoiando o cliente, no momento de seu tratamento ambulatorial ou
hospitalar.
Isto posto, justifica-se, a presente pesquisa, tendo em vista a escassez de publicações face
a conduta profissional da enfermagem com foco nos valores profissionais. Outra justificava
refere-se ao alto índice do HIV que ainda perdura no cenário nacional e internacional e, desta
forma, tem o intuito de contribuir com reflexões face à prática profissional no que tange aos
valores intervenientes no cuidado de profissionais de enfermagem. Neste sentido, a presente
pesquisa tem por objetivo analisar valores intervenientes no cuidar pelo enfermeiro a clientes
portadores do HIV/Aids visando discutir as implicações desses valores para assistência de
enfermagem.
Método
Trata-se de pesquisa qualitativa, de natureza descritivo-exploratória. Os sujeitos desta
pesquisa foram enfermeiros que assistiram ou estavam assistindo clientes com HIV/Aids. Os
critérios utilizados para seleção destes profissionais foram: aceite em participar voluntariamente
do estudo, ser enfermeira (o), ter no mínimo dois anos de experiência profissional; estar ou ter
assistido clientes com HIV/Aids.
Os cenários de pesquisa foram três hospitais de grande porte situados no Estado do Rio
de Janeiro. A preferência em desenvolver o estudo nestas instituições atribui-se ao fato das
mesmas desenvolverem trabalhos em parceria ao Programa Nacional de DST/Aids, onde uma
delas consiste num Centro de Pesquisa em Aids, além de ter despontado no início da epidemia na
luta contra esta síndrome.
A coleta de dados foi realizada durante o primeiro semestre de 2010 ao segundo semestre
de 2012, através de entrevista gravada em sistema digital, por consistir no “procedimento mais
usual do trabalho de campo”(6:57). Através dela, o pesquisador busca obter informes contidos na
fala dos atores sociais, se insere como meio de coleta dos fatos relatados pelos atores, enquanto
sujeitos-objetos da pesquisa que vivenciam uma determinada realidade que está sendo focalizada.
Cumpre-me ainda ressaltar que o quantitativo de depoimentos foi determinado de acordo
com a saturação teórica. Desta forma, não foi delimitado o número de participantes, contudo este
quantitativo foi determinado de acordo com o conteúdo e consistência dos dados oriundos dos
depoimentos(7), que totalizaram 23 enfermeiras.
Como forma de adquirir respaldo legal para realizar esta pesquisa e transitar pelas
dependências da instituição, foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa, angariando a
devida autorização, por meio do protocolo CEP HUAP 279/09, com CAAE Nº 980.0.000.258-09.
Para cada sujeito, antes da realização da entrevista, foi fornecido um termo de consentimento,
conforme preceitua a Resolução 196/96(8), de modo a resguardar o anonimato dos sujeitos e a
divulgação dos dados coletados pelos pesquisadores.
Os instrumentos, após coletados, foram submetidos a sucessivas leituras e as respostas dos
alunos agrupadas em núcleos de ideias, de modo a atender ao processo de categorização(9).
Resguardando o anonimato, foi atribuído um pseudônimo a cada sujeito da seguinte
forma: Enfa (X,X), onde Enfa refere-se a uma forma contracta para enfermeira (tanto para os
profissionais do sexo masculino quanto para o feminino) e X refere-se a um algarismo cardinal,
onde o primeiro representa o grupo amostral por instituição a que pertence, e o segundo a ordem
de realização da entrevista. Exemplo: Enfa (1,2) significa que este sujeito pertence a primeira
instituição de saúde, tendo sido entrevistado em segundo lugar.
Resultados
Foram entrevistados 23 enfermeiros dos quais a maioria pertence ao sexo feminino (total
de 16). Em relação ao tempo de atuação profissional, 7 possuem entre 2 a 9 anos; 10 possuem
entre 10 a 19 anos; 5 possuem entre 20 a 29 anos e 1 possui entre 30 a 39 anos. Em relação ao
cargo ocupado, dois são chefes de serviços, um trabalha na educação permanente do hospital e a
maioria (total de 20) é gerente de serviço. Em relação aos setores desses 20 enfermeiros, eles
estão distribuídos da seguinte forma: 8 em clínica médica, 5 em clínica cirúrgica, 2 enfermaria de
gestante e 5 ambulatório de DST/Aids.
Ao questionar os sujeitos sobre cursos de atualização na área de Doenças Sexualmente
Transmissíveis/Aids, realizados até um ano atrás, 13 relatam ter participado de algumas das
seguintes atividades: eventos científicos, cursos do Ministério da Saúde, palestras e aula do curso
de pós graduação.
Categoria central: Valores intervenientes no cuidar de clientes com HIV/AIDS
O valor atribuído às ações cotidianas interfere na forma como nos relacionamos com o
mundo. A interpretação e o significado que damos às ações concorrem para o desencadear da
ação humana. Todo ser humano, na tomada de decisão, age com base em significados que são
construídos ao logo de sua vida pessoal e profissional decorrentes das relações humanas. Muitas
dessas construções são feita com base moral fortemente influenciada pelo meio que, em dadas
situações, refletem o desejo no meio, mas não da pessoa que o vivencia.
Frente a tais considerações, ao analisar os valores sob a ótica de enfermeiros frente ao
cuidado ao portador de HIV, provenientes da questão: “o que é pra você cuidar de um cliente
com HIV e como você percebe o cuidado realizado pela equipe de enfermagem?”, possibilitou a
organização
das
RECONHECENDO
seguintes
SEUS
subcategorias
VALORES,
de
análise:
RESPEITANDO
CONHECENDO
VALORES
VALORES,
ALHEIOS
e
TRABALHANDO VALORES. Cada subcategoria será apresentada, a seguir.
CONHECENDO VALORES
Valor da discriminação: tem como significado o fato do profissional segregar os portadores do
HIV, sendo esta segregação em diversos âmbitos: social, ético, sexual, físico, assistencial. Ou
seja, através dos discursos ficou caracterizado o valor da discriminação em atos que se observam
no dia-a-dia, onde, principalmente nos que são remanejados para o setor de doenças infectoparasitárias, ou nos que são escalados para cuidar, naquele plantão, de clientes com diagnostico
de aids. Assim, essas pessoas que tem este valor aflorado tende a volver suas ações para o âmbito
da separação da clientela em relação aos demais, impedindo que seja imparcial e que, desta
forma, não desenvolve um cuidado igualitário, pleno e digno. “As pessoas que não trabalham
aqui, as que vêm de fora têm um certo receio em lidar com esses pacientes, elas têm até um certo
medo mesmo. E, aí, percebo nessas pessoas que o cuidado para o cliente fica prejudicado. (Enfa
3,6)”
Infelizmente a sociedade ainda associa a AIDS a homossexualismo, prostituição,
drogas, o que dificulta a aceitação desse cliente pela sociedade. E, mais infelizmente
ainda é que este fato é percebido não só entre pessoas da sociedade, mas também, em
alguns profissionais da própria equipe de saúde. (Enfa 2,1)
Valor do preconceito: as enfermeiras associam um certo “parar no tempo”. As pessoas que
ainda hoje, manifestam posturas de preconceito para o HIV são aquelas que a informação ainda
não modificou da forma que deveria ser modificada. Alguns profissionais ainda possuem
conceitos sobre a doença que não foram vencidos com tanta informação que há atualmente na
mídia.
Foram dados depoimentos os quais revelaram que ainda hoje existem alguns profissionais
que para punção de cliente sem diagnóstico de aids puncionam sem luva, quando sabidamente
conhecem o diagnóstico, puncionam com luva ou pedem a outro colega para puncionar. Ou
então, aquele profissional que ao terminar o exame do cliente portador do HIV com pele integra,
lava as mãos com anti-séptico e passa álcool por todo corpo. Isto são casos de pré-conceito, onde
ainda permanece a ignorância, não da falta de conhecimento, mas do não aceite das informações
veiculadas na mídia por conceituados órgãos de saúde.
Alguns dos depoimentos são exemplificados a seguir.
Teve até uma situação, uma vez na enfermaria, que uma menina estava
passando álcool no braço todo, na mão toda porque tinha pego na mão de um cliente
com HIV. Em pleno ano de 2011 quando eu vi aquela cena eu falei assim: ‘não, eu
acho que eu não estou creditando, não é possível’. E era uma colega enfermeira, não
era de curso técnico nem de auxiliar, e fazendo isso. Ela olhando para mim disse:
‘não, de repente, sei lá, pode ter alguma contaminação’. Então por mais que saibam,
os preconceitos, as lendas que existem em nosso subconsciente ainda afloram muito
na hora de a gente cuidar de um cliente HIV. Por mais que tenha, a explanação do que
é HIV, do que é o paciente portador de HIV, de como se transmite, ainda tem muita
dúvida, muitas dúvidas mesmo. (Enfa 2,5)
A respeito dos dois valores anteriormente apresentados, discriminação e preconceito, há
de se dizer que se revestem de toda uma questão sócio-cultural os quais em pleno século XXI,
encontra-se arraigado no ímpeto de algumas pessoas. Tais valores são encontrados em todo ser
humano, seja nos profissionais da área da saúde, seja nos próprios clientes. Os discursos apontam
para um significado de segregação e desconsideração, o que faz com que o segregado seja
ignorado. Tais considerações são observadas nos discursos dos enfermeiros, que, assim como
muit0s frisaram, existem profissionais que baseiam sua prevenção nos próprios preconceitos.
Muitos discriminam sem dar conta de seus atos. Simplesmente não ofertam a atenção necessária
para o cliente que se sente acuado e, aos poucos, por ter medo de tentar vencer esta barreira,
interage menos, compartilhando menos do seu estado de saúde.
Valor da solidariedade: consiste naquele onde o profissional dá sem querer receber nada em
troca. O profissional cuida pelo simples fato de cuidar, de querer ver o cliente bem, pronto para
alta. Assim, o cliente chega ao hospital, carece de cuidado e além do cuidado rotineiro, os
profissionais voltam-se para auxílio deste cliente sem nada em troca receber, numa perspectiva
humana. Para ser solidário, o ser humano precisa apenas querer ajudar, compartilhar uma causa.
Vejo que aqui os profissionais fazem o cuidado sem interesse, fazem e gostam
do que fazem.... Poucos são aqueles que discriminam... pelo menos aqui... a equipe
tem um objetivo em comum: proporcionar o melhor cuidado possível, apesar das
dificuldades que temos em termos de recursos materiais e humanos.... mas pelo
menos, tentamos ser solidários... damos o ombro quando o cliente quer chorar,
principalmente o HIV onde percebo que a família o abandona e que na maioria das
vezes quem passa a ser família é o próprio parceiro... “ (Enfa 2,4)
As pessoas deveriam ter mais solidariedade com o cliente portador do HIV...
Ainda bem que são poucas as pessoas que tratam com discriminação, pelo menos
aqui são poucos... Geralmente o pessoal da antiga, que parou de estudar... (Enfa 3,8)
Valor do respeito: tem significado de aceite do outro, independente de sua opção sexual, raça,
cor, condições sociais, econômicas, enfim, o respeito é um valor o qual deve existir em qualquer
relacionamento humano. No que pese ao portador do HIV, verifica-se aquele respeito voltado
para questão, principalmente da sexualidade. Entretanto, este valor tem significado amplo, que
transcende o âmbito da sexualidade, correspondendo ao mais simples dos significados que seria o
de não interferir na escolha do outro seja em palavras ou em gesto, uma vez que não adianta ter
um discurso de respeito ao próximo se durante a interação os tratamos com pré-julgamentos. “O
cuidado é um cuidado como de quem cuida de qualquer um outro paciente respeitando a
particularidade do mesmo”. (Enfa 2,7). Outro depoimento reforça que: “ Temos que respeitar o
posicionamento dos outros. Cuidar para que isso não interfira no cuidado aos pacientes. Temos
que fornecer meios para que a equipe como um todo, em especial os que ainda apresentam
resistência, possam mudar... “(Enfa 2,5)
Valor da vida: denota a valorização da vida, do ser humano. A vida, como um valor, tem um
significado de manter-se num cenário de inter-relações com demais membros de uma sociedade,
buscando sempre pelo crescimento pessoal, profissional e sentimental.
O sentido da vida imbrica-se no fato de termos saúde, de termos vontade de viver e
termos um motivo pra sorrir. A luta pela vida é algo que faz o ser humano sempre querer
melhorar de vida ou serve de estímulo para acreditar que dias melhores virão.
O portador do HIV, ao se descobrir portador, perde o gosto pela vida. O
profissional deve estar atento a tais comportamentos de modo a investir nesse
paciente, para que o mesmo compreenda que apesar da doença, que ele pode viver
com uma melhor qualidade de vida desde que siga as recomendações estabelecidas...
(Enfa 2,10)
Valor da sexualidade: é um dos principais valores que o ser humano necessita trabalhar. O
sentido da sexualidade enquanto valor, pauta-se numa questão ainda machista, na qual veda-se
qualquer relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. A sociedade tende a não aprovar tais
comportamentos os quais são tidos como desregrados. Neste sentido, cabe esclarecer que muitos
ainda associam o ter HIV a promiscuidade e não se pode esquecer que um dos maiores índices de
HIV tem crescido entre mulheres casadas, com um único parceiro.
Isto serve para ratificar o fato de que necessita modificar a concepção deste valor, em
especial no que pese a aids, uma vez que as formas de transmissão do vírus consiste não
necessariamente a via sexual, outrossim, transfusão sanguínea e transmissão vertical.
Embora o ser humano diga que não tem preconceito, que não leva em consideração a
sexualidade, o que se tem observado é o fato de que em discursos processa-se desta forma,
entretanto na prática os gestos corporais e faciais denunciam a controvérsia. “Mas eu já ouvi
relatos de enfermeiras discriminando outros pacientes não pelo fato dele ter o HIV e sim pela
questão sexual mesmo, da opção, da escolha, que seriam homossexuais, travestis” (Enfa 2,7)
Valor da igualdade: é aquele onde se deve tratar o cliente independente do que ele tenha ou
venha a ter. È tratá-lo como a um ente querido. É usar o mesmo material para realização de um
curativo, que o profissional usaria para realizar o próprio curativo. É não ser injusto diante dos
julgamentos, tendo por base doenças, opção sexual, raça, cor, religiões, condição financeira,
dentre outros.
A seguir encontram-se alguns dos fragmentos das entrevistas das enfermeiras a respeitos
dos valores anteriormente apresentados. “Eu não vejo o paciente com HIV como um paciente
diferente dos outros... É um paciente com uma patologia (AIDS) como outra qualquer”. (Enfa
2,8)
Mas como hoje em dia a gente não tem como saber quem é HIV e quem não
é, as precauções de início são as universais. Então, a gente tem que ter o mesmo
cuidado com HIV que a gente teria com qualquer outro, sabendo ou não que é HIV:
cuidado com sangue, com secreção... (Enfa 2,6)
RECONHECENDO SEUS VALORES
O reconhecimento dos valores é uma virtude, a qual o ser humano deve buscar para
melhor se relacionar com o demais integrantes da sociedade. Assim, no contexto hospitalar, em
virtude da fragilidade que o cliente se encontra, no qual ao adentrar este contexto, normalmente o
mesmo entrega seu corpo sem questionar pelo tratamento ou intervenção. Neste momento, temos
que reconhecer nossos valores para não interferirem negativamente em nossa assistência.
O reconhecimento dos valores pauta-se na reflexão acerca de nossas ações de modo a
refletir e avaliar nosso agir de modo que converta para um cuidado com qualidade, vedado dos
valores de discriminação e preconceito, principalmente.
Neste contexto, tal reconhecimento é um processo constante onde o ser humano, de modo
a otimizar seu cuidado, busca o repensar de suas ações, caminhando para um agir pautado no
respeito ao cliente. Isto posto, denota-se uma necessidade incessante de aprimoramento de suas
ações, no tocante aos seus valores, os quais direcionam nossos atos. “A enfermeira tem que saber
seus limites, saber lidar com seus valores, suas crenças, buscar sempre a atualização de seus
conhecimentos e atos” (Enfa 2,1). “Acho que tudo na vida dá certo quando somos nós mesmos,
principalmente no relacionamento com nossos pacientes” (Enfa2,3)
Não tenho nada contra os novos sem prática, seja em tempo de serviço ou
inserção em setor especializado... Mas cada um deve se conhecer e por o pé apenas
aonde sabe que vai alcançar... Vejo dois tipos de profissionais que chegam aqui e que
não sabem nada com dois desfechos: tem aquele que entra sem saber nada e sai da
mesma forma, e tem aquele que entra sem saber nada e sai sabendo mais que eu...
Este ultimo soube trabalhar, teve determinação, traçou objetivos...(Enfa 2,7)
RESPEITANDO VALORES ALHEIOS
Todo ser humano almeja o respeito e consideração dos demais membros que
compartilham de seu ambiente de convívio. Respeitando valores alheios consiste no fato de
aceitar sem questionamentos a conduta do outro, desde que não esteja causando nenhum dano
para outrem. Fato notório é que com a cliente HIV o simples fato de possuir este diagnóstico leva
as pessoas a pensarem em homossexualidade.
A homossexualidade, enquanto opção sexual de vida, é algo que cabe apenas ao ser
humano decidir. Uma vez não faltando com respeito e nem prejudicando o próximo, acredita-se
no dever de respeitar a autonomia do outro, a qual constitui num direito constitucional.
Assim como possuímos nossos valores e gostamos de ser respeitados, temos que proceder
com demais seres humanos e não, como em muitos casos, fazer prevalecer nossas vontades,
nossos valores, de modo obrigatório sobre o outro. Algo a se diferenciar é que ao cuidar de
nossos clientes, devemos mostrar-lhe um leque de opções, sinalizando os diversos caminhos a
serem seguidos, e não, restringir as opções apresentando apenas aquelas que julgamos correta.
Por exemplo, quando se orienta adolescentes quanto ao uso de preservativos, alguém pode pensar
que estamos fazendo apologia ao sexo precoce, quando na verdade, queremos promover a saúde
sexual do adolescente.
Outro exemplo refere-se ao uso individual de seringas, onde algumas pessoas podem
pensar que ao orientar o uso individual estamos promovendo a utilização de drogas, quando na
verdade, almejamos a redução da incidência de doenças, dentre elas, hepatite e o próprio HIV,
conforme acontece nos programas de redução de risco proposto pelo Ministério da Saúde.
Seguem fragmentso de algumas das entrevistas realizadas com as enfermeiras: “O
respeito é a base de tudo, principalmente quando se trata de uma doença com forte estigma social,
embora estejamos em pleno século XXI” (Enfa 2,1). “A opção sexual é do cliente e isso, embora
seja diferente da minha, não deve interferir no meu cuidado”. (Enfa 2,4).
TRABALHANDO VALORES
Antes de qualquer coisa, de qualquer escolha na vida, o profissional tem que
se conhecer, saber de suas fraquezas, de seus pontos fortes, mas principalmente os
fracos para que possam ser trabalhados,... E aqui vejo que as pessoas precisam
trabalhar seus valores, seus conhecimentos sobre a aids (Enfa 2,5)
Esta subcategoria assenta-se no fato que o ser humano carece de aperfeiçoamento
constante. Os valores, muitos possuem referenciais que carecem ser trabalhados sob o ponto de
vista da humanidade de modo a manter um melhor relacionamento com demais pessoas da
sociedade, em especial no que concerne o cliente com HIV.
Pessoas, em especial, aqueles em posições de liderança, de chefia, devem primar para que
sua clientela esteja sendo atendida da melhor forma possível não apenas em termos técnicos,
outrossim em termos de humanização. Assim, a enfermeira deve voltar-se para a qualificação de
seus funcionários não apenas no contexto da prática do cuidar, mas também do relacionamento
cliente-profissional. E muitas das questões imbricadas neste contexto, parte refere-se aos nossos
valores, os quais dependendo do que temos em termos de concepção que fazem com que
tenhamos conclusões equivocadas a respeito das questões que norteiam o cotidiano de ação.
Cabe ao enfermeiro trabalhar, em especial, através de dinâmicas com todos os integrantes
de sua equipe de modo que todos tenham o conhecimento da realidade em questão, que no caso é
o cliente portador do HIV. Assim, deve-se fazer com que os membros reflitam sob suas ações.
Desta forma, poder-se-á despertar para uma nova concepção e abordagem no cuidar.
Os valores são essenciais para o processo de cuidar os quais sobressaíram preconceito,
discriminação, solidariedade, sexualidade, respeito e vida. No tocante ao discurso de enfermeiras,
verifica-se que inicialmente, para cuidarmos de alguém independente de patologia, temos que ter
e reconhecer os limites de nossos valores. Temos que estar cientes daquilo que acreditamos
enquanto seres humanos e vida afim de desenvolver um cuidado de modo a não prejudicar aquele
que busca pela resolutibilidade de seus problemas. Assim, torna-se necessário uma introspecção
visando nos conhecer e, principalmente, nos aceitar para que, de fato, possamos aceitar os outros.
A discriminação é um valor muito presente, assim como, todos os demais valores segregantes
onde o que pesa, na maioria das vezes, é a questão sexual, ou seja, o valor da sexualidade, que se
encontra historicamente e culturalmente, por detrás da patologia. O ser humano necessita de uma
vez por todas de se conhecer, aceitar os defeitos dos outros de modo que os defeitos destes
também sejam aceitos.
Para que o processo tenha êxito, temos que saber o que é um valor. Após compreender o
que seja um valor, temos que reconhecer em nós os valores que possivelmente em alguns casos,
possam estar prejudicando a nós mesmos de nos relacionar com os demais e, em especial, com o
cliente portador do HIV. Ninguém é igual a ninguém, portanto, devem-se respeitar os valores dos
outros e tomar nossas decisões baseadas em fatos e não em crenças ou opiniões.
Desta forma, o respeito aos valores vai desde os nossos mesmos até os dos demais
membros da equipe e também do cliente, para que este não se sinta tolhido, e não seja cerceado
de um dos princípios morais mais importantes: respeito à autonomia.
Um dos valores principais, o que diria ser o principal por ainda termos a discriminação,
refere-se ao valor da sexualidade. Existem outras doenças que causam imunossupressão, existem
outras doenças que causam doenças de pele, existem outras doenças que causam emagrecimento,
existem outras doenças que causam diarréia e vômitos, existem outras doenças que não tem cura.
Mas a aids tem uma característica peculiar de cunho cultural: sua descoberta no tocante às formas
de transmissão foi num primeiro momento atribuída a pessoas com vida desregrada em especial
no que concerne a homossexualidade.
DIAGRAMA VALORES INTERVENIENTES NO CUIDADO
FONTE: COLETA DE DADOS (2010-2012)
Discussão
Conhecendo os valores é o primeiro passo para se caminhar em direção a uma assistência
de qualidade com igualdade no cuidado ao portador do HIV. Verifica-se através dos discursos
que as pessoas precisam refletir sobre seus valores, reconhecê-los e respeitar os valores alheios.
Em estudo(10) que delineou um modelo de cuidado ao portador do HIV, verificou-se que um
modelo de cuidado deve estar pautado em três pilares: no profissional, na patologia e no paciente.
Em relação ao profissional, deste deve primar pela sua atualização e conhecimento de suas
habilidades e competências, perpassando por seus valores profissionais, visando ao oferecimento
de uma assistência de qualidade. Esta afirmativa tem subsídios na formação do enfermeiro
apontando para a necessidade de preparar as pessoas para as mudanças no mundo e no contexto
de trabalho, procurando conciliar as necessidades de desenvolvimento pessoal e de grupo com a
instituição e a sociedade. Nesta linha de raciocínio, pesquisadores reforçam a necessidade de
reafirmar a questão da educação como um compromisso para o crescimento pessoal e
profissional, com o objetivo de melhorar a qualidade da prática profissional(11,12).
Defende-se que a competência profissional é um conceito educacional e político
abrangente, um processo de articulação e mobilização gradual e contínua de conhecimentos
gerais e específicos, as habilidades teóricas e práticas, hábitos e atitudes e valores éticos, que
permitem que os indivíduos para exercer eficazmente o seu trabalho, a ativa, consciente e crítica
no mundo do trabalho e na esfera social, bem como a auto-realização(13,14).
Percebe-se que os símbolos que as pessoas possuem sobre o ser HIV positivo precisam,
em alguns casos, serem trabalhados. Neste contexto, o conhecimento de valores é um fato que
muitas das vezes requer esclarecimento para equipe, e muitas vezes para nós mesmos.
Os valores que possuímos devem ser destituídos de preconceitos, não deixando que
valores morais e éticos interfiram na assistência que desenvolvemos a cada dia, pois uma vez não
sabendo lidar com eles, tende a agir de modo que achamos correto ao ponto de considerar
inválido todas as posturas que são contraditórias daquilo que pensamos, inclusive em termos de
ofensa/afronta pessoal.
Assim, os profissionais devem não apenas conhecer os valores, mas principalmente saber
reconhecer o seu e assim, respeitar os dos demais indivíduos que dividem seu meio de atuação.
Uma vez identificando possíveis problemas em termos de relacionamento da equipe com o
portador de HIV deve-se proceder a dinâmicas, atualizações treinamentos, aprimoramento com a
equipe, visando um cuidado igualitário e digno ao portador do HIV.
Considerando que são os valores que movem nossa ação, uma vez estando estes valores
corrompidos por uma visão equivocada dos fatos, esses valores tendem a constranger e a
prejudicar ao invés de estimular o relacionamento/interação do profissional da equipe de
enfermagem com o cliente portador do HIV.
Vários foram os valores ressaltados pelas enfermeiras como fundamentais para a
construção de um ambiente harmônico no qual o inter-relacionamento seja otimizado. São eles
(valores): discriminação, preconceito, solidariedade, respeito, vida, sexualidade e igualdade. Eles
guiam nossa ação nossos cuidados, e uma vez não estando cientes de nossos valores, torna-se
difícil o exercício de uma assistência justa e digna ao cliente. A esse respeito, destaca-se que
(15:368)
:
Na assistência ao paciente, muitas vezes esse tenta fazer suas escolhas ou
tomar suas decisões, mas, por acharmos que podemos fazer melhores escolhas que ele
e por sabermos o que é melhor para ele, na maioria das vezes ignoramos suas
vontades, decisões, valores, história de vida e cultura.
Tais autores, assim como encontrados nesta pesquisa, defendem que os valores “são
fundamentos do agir profissional da enfermeira”
(16:370)
os quais nem sempre são claramente
identificados por tais profissionais, fazendo com que exista um certo distanciamento entre seus
atos e os fundamentos éticos desses atos que as enfermeiras não podem identificar o significado
de seu cuidar de modo nítido.
Isto se deve ao fato do homem perceber que todas as coisas que o cercam possuem um
determinado valor e diante disso, sempre assume uma escolha podendo aceitá-la ou rejeitá-la,
mas por um ato de vontade, não é possível passar indiferente aos valores, os quais
(17:56)
não
existem por si mesmos, pelo menos no mundo necessitam de um depositário. Aparecem como
meras qualidades desses depositários, no caso do estudo, enfermeiros. Uma qualidade faz parte
da própria existência do objeto ao passo que o valor refere-se ao sujeito em relação ao objeto.
O sentimento da vida de um homem é dado pelos valores e, por meio deles o homem vive
plenamente a sua condição humana, sendo possível observar que o indivíduo exerce uma atitude
axiológica diante de tudo que o cerca, sendo com isso capaz de julgar se alguma coisa é boa ou
ruim, agradável ou desagradável, justa ou injusta(16:581).
Neste contexto, refere-se o profissional em relação ao cliente portador do HIV, onde por
valores atribuída à questão de sexualidade, preconceito, discriminação e respeito que possuem,
dependendo do valor atribuído a tais questões, este profissional tenderá a desenvolver uma
assistência satisfatória ou insatisfatória em termos de qualidade, tendo em vista o fato da aids
incluir-se dentre outras situações estigmatizantes, num âmbito de doenças sexualmente
transmissíveis, carecendo da compreensão e maturidade no lidar com tal valor.
Abordar as temáticas das doenças sexualmente transmissíveis implica
invariavelmente deparar-se com a questão do exercício da sexualidade e dos valores
sexuais de cada pessoa que, por sua vez, antecedem e fundamentam suas atitudes
sexuais. Trata-se de um tema que está envolto de uma rede de subjetividade repleto
de significações pessoais pelas quais se aprendem a realidade (18:37).
No tocante ao portador do HIV, assim como demais clientes com diversas outras
patologias, ao necessitar de uma internação e, conseqüentemente dão entrada em um hospital,
eles saem de sua casa, seu apartamento, seu lar residencial para outro ambiente, onde passará a
ser regido por outras rotinas, compartilhará espaço com pessoas estranhas, em condições de saúde
em necessidade também de restabelecimento.
Quando o cliente dá entrada em um hospital, a enfermagem detém dos profissionais que o
acompanharão por toda sua estadia, devendo, portanto a enfermeira cuidar para que todas as
questões inerentes aos cuidados sejam realizadas, em especial no que concerne os da
enfermagem, visando a melhor qualidade possível.
Conclusão
Verificou-se, através das categorias e subcategorias, que os valores mais ressaltados foram:
discriminação, respeito, preconceito, sexualidade, vida, igualdade e solidariedade. Conclui-se
que, cada membro da equipe de saúde deve se auto-conhecer, implicando a reflexão de seus
valores, crenças e cultura a fim de que estes não interfiram negativamente na realização de suas
ações. Assim, mediante o conhecimento de seus valores e reconhecimento de valores alheios,
poder-se-á, numa maior dimensão, realizar uma assistência de melhor qualidade, proporcionando
aos portadores de HIV, bem como aos clientes de quaisquer patologias, um cuidado digno dentro
dos preceitos preconizados pela profissão.
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