As armas contra o protagonismo e independência do Brasil nos

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As armas contra o protagonismo e
independência do Brasil nos BRICS
Blog da Ligia Deslandes
Se você acha que o partidarismo do judiciário ajudando o golpismo da
oposição é historinha para boi dormir e que a insistência do PSDB em pedir
impeachment e inviabilizar o PT como partido e suas candidaturas também
são somente uma briguinha infantil de torcidas, se ligue! Não há espaços na
geopolítica para amadores e ingênuos.
Nosso país nos últimos 13 anos se tornou independente e começou a fazer
diferença no mundo como jamais teve antes. Não é toa que está incomodando
muita gente em muitos países e, também, os brasileiros que sempre optaram
por políticas de subserviência e subalternidade aos EUA e Europa.
Foi o projeto político de independência econômica e política que o PT vem
implantando ao longo dos 13 anos de gestão que foram responsáveis por toda
essa onda de ódio e conservadorismo golpista.
Se você só sabe ler a Veja, o Globo e outras mídias corporativistas e
interessadas em continuar ganhando dinheiro à sua e à minha custa, através da
ligação espúria com grandes corporações que abrigam verdadeiros bandidos
contra os povos de seus países, sinto muito, mas, você não sabe de nada. É tão
ignorante quanto um bebê.
O Brasil junto com outros países está conseguindo mudar as estruturas de
poder do mundo e está sendo protagonista na transformação do sistema
capitalista atual.
São as grandes corporações que mandam nos governos, sem pensar em nada
nem em ninguém a não ser nos lucros astronômicos que possam garantir seus
ganhos milionários independente se estão ou não prejudicando ou matando os
povos ou o meio ambiente dos países onde estão atuando. A união dos BRICS
provocou uma revolução que muitos ainda não conseguiram ver.
O histórico de formação do grupo a partir de 2006 se deu através de um
acordo entre Brasil, Rússia, Índia e China. Nessa época se chamava apenas
BRIC. A partir de 2011 com a chegada da África do Sul no grupo ele passou a
se denominar BRICS.
O grupo que está se consolidando como um Bloco Geopolítico representa
mais de 40% da população mundial e tem mais da metade do número de
pessoas sofrendo com a fome e a miséria. A prioridade em resolver essa
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questão para esses países vai na contramão dos interesses dos grandes grupos
econômicos.
Por outro lado, esses países vem apresentando sucessivos aumentos no IDH
(Índice de Desenvolvimento Humano), no PIB (Produto Interno Bruto) e na
renda per capita. Nos últimos anos, foram responsáveis por cerca de 55% do
crescimento econômico mundial, cenário no qual os países desenvolvidos
contribuíram com apenas 20%.
A mídia burguesa brasileira tem sido totalmente contra o protagonismo do
Brasil e a aliança com o grupo. Pouco falou no assunto a não ser para ser
contra, falar mal e dizer que o Brasil tem sido incompetente em sua política
externa. Uma completa bobagem, colocada de forma a formar a opinião de
incautos e desinformados, pois, o nascimento e desenvolvimento do BRICS
foi “pressentido” e anunciado pelo economista inglês Jim O’Neill que foi
exatamente quem cunhou o nome para designar aqueles países emergentes
com grande capacidade de investimento e que poderiam se transformar em
potências econômicas até 2050.
Várias lideranças internacionais estão vendo o Brasil com outros olhos. Não
foi a toa que a partir de 2011 quando a crise internacional começa a trazer
efeitos devastadores na Europa e EUA, se desenvolve também aqui no Brasil
um jogo cada vez mais pesado da mídia burguesa junto com a oposição de
direita com a conivência de parte do judiciário contra o Governo Brasileiro e o
Partido dos Trabalhadores. Todos contra os ventos dessas mudanças.
A criação do Banco dos BRICS com outras configurações passa a competir
com o Banco Mundial e com o FMI e vem selando a independência do Bloco.
Isso deixou os colonialistas brasileiros e os exploradores estrangeiros que
sempre nos quiseram humilhados e subalternos, nervosos. Os interesses da
Europa e dos EUA são ameaçados e com eles também os interesses da elite
econômico-financeira mundial e brasileira. Veja como a leitura crítica dos
acontecimentos nos mostram o que existe por trás deles.
Não foi a toa que a partir de 2011 houve uma verdadeira lavagem cerebral nas
mentes dos brasileiros contra o Governo Lula e contra o partido dos
trabalhadores através do processo que ficou conhecido como “Mensalão do
PT”.
Não foi casual que as condenações das maiores lideranças do partido, apesar
de todas as provas no processo a favor da inocência deles que nunca foram
apreciadas com o cuidado necessário pelo STF aconteceram em 2013. Além
de tentar prejudicar as eleições, também estimularam a desconstrução do PT e
de suas lideranças, propiciando à mídia a construção de um processo de
linchamento e ódio contra o partido e seus dirigentes.
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Não foi por acaso que vimos passeatas em julho de 2013 facilitadas por
facções do MP e do Judiciário em conluio com a Mídia onde o fascismo nas
ruas despontou e mais uma vez o ódio contra o PT e contra todos os partidos
de esquerda foram estimulados.
A verdadeira avalanche de vários anos de linchamento do PT na mídia com a
ajuda de parte do MP e do Judiciário provocou em parte da classe média o
caldo cultural necessário para que o ódio se tornasse cada vez mais potente.
Os golpismo enrustido se tornou explícito.
Assim, quando apesar de tudo isso, Dilma Roussef ganhou as eleições em
2014 surge a Operação Lava Jato. A função da Lava Jato não foi de acabar e
punir a corrupção de pessoas que desde os anos 70 vem dilapidando nosso
patrimônio. A Operação vem para acabar com o protagonismo da Petrobras,
das empresas brasileiras e contra o desenvolvimento que estava acontecendo
no país e nos países do Bloco.
Em que pese a questão da corrupção que existe e é vergonhosa, a forma
seletiva, ilegal, desonesta e inconstitucional com que vem sendo desenvolvida
pelo Judiciário, mais uma vez tentando comprometer o PT e outras lideranças
do partido baseado somente em delações e sem as provas necessárias quando
há delações e provas abundantes contra membros de outras agremiações
partidárias demonstra que não há isenção e nem seriedade de parte do
Judiciário para com os fatos. Demonstra mais. Que essa operação tem
somente um fim. Prejudicar o Brasil e o projeto que vem sendo construído
com muitas dificuldades ao longo de 13 anos.
Você duvida?
O site Independência Sul Americana comentava o assunto em 2014
vislumbrando não só a transformação que isso traria, como também a
resistência que a hegemonia burguesa neoliberal iria provocar nesses países.
Vamos relembrar?
Um fundo financeiro de 100 bilhões de dólares, germe de nova moeda
mundial, para promover a paz econômica, que os BRICs estão criando para
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tentar estabilizar os estragos produzidos pelo dólar, moeda da guerra, parece
pouco, diante de um PIB mundial de 63 trilhões de dólares, literalmente,
afogado e paralisado pelos 600 trilhões de dólares especulativos lançados
pelos EUA na circulação global, responsáveis maiores pela crise do
capitalismo detonado em 2007-2008.
Porém, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que possuem PIB total de
12 trilhões de dólares e 3,2 bilhões de habitantes, têm, como garantia, como
lastro real da nova moeda, o BRIC, riquezas incomensuráveis – energia,
petróleo, alimentos, matérias primas, terras, água, mercado consumidor
poderosíssimo e base industrial e tecnológica avançada.
Bastam-se a si mesmo na criação de ambiente cooperativo internacional, com
poder de fogo para arrastar o resto, os ricos, por exemplo, que estão em crise.
No momento em que o perigo de uma nova guerra, agora, essencialmente,
tecnológica, está no ar, impulsionada pelos Estados Unidos, para desviar a
atenção do mundo da falência do dólar, incapaz de, isoladamente, continuar
sendo, com segurança, o equivalente geral das trocas globais, visto que perdeu
confiança e credibilidade gerais, os BRICs, com o fundo financeiro e o
potencial econômico que representam, criam, com o BRIC, moeda nascente,
nova correlação de forças na esfera mundial das trocas multilaterais.
Pode falar grosso a linguagem do multilateralismo contra o falido
unilateralismo guerreiro, protecionista, individualista, espião e egoísta norteamericano.
A visão multilateral é a da paz , é a da integração dos povos, tem o
compromisso com o resgate da pobreza, por meio da prática de políticas
sociais, como a que está em curso no Brasil.
Eis nova força que pode avançar sobre o mercado africano, libertando os
negros, que, ainda, se encontram na escravidão econômica e política.
Pode impulsionar as economias emergentes mediante cooperação mais
intensa. Fortalece a democracia mediante disseminação do direito de
consumo, assegurado por melhor distribuição da renda.
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Remove elites políticas conservadoras aliadas ao império, na guerra pela
preservação do direito da força no lugar da força do direito.
O Estado Industrial Militar Norte-Americano, cujo alimento é a guerra,
garantida pela emissão de dólar especulativo sem lastro, desestabilizador da
economia mundial, ficou em xeque-mate na reunião do G-20, onde o peso dos
BRICs se tornou decisivo.
Que farão, agora, os congressistas americanos? Os dois partidos dominantes,
republicano e democrata, estão divididos. A divisão entre eles paralisa a
política fiscal, ou seja, a possibilidade de o governo ampliar seus gastos para
puxar a demanda global da economia. E essa puxada tem sido feita,
essencialmente, pela guerra.
O mercado financeiro desconfia da capacidade de endividamento de Tio Sam.
Mas, se entra em cena a guerra, aquilo que Obama, serviçal de luxo do
Pentágono, chama de credibilidade dos Estados Unidos no mundo, ameaçada
pela Síria – vejam só! – , o que farão os congressistas americanos, com a
batata quente na mão?
Guerra custa dinheiro. Quem tem dinheiro para bancar a guerra? A coisa
muda de figura quanto entra em discussão a necessidade de o governo gastar
em produção bélica, espacial e nuclear, fazendo avançar a fronteira
tecnológica no espaço.
O império precisa continuar espionando os inimigos (todos são inimigos),
anulando-os militarmente. Só assim consegue continuar dando as cartas na
geopolítica mundial. O Congresso americano vai fazer o que fez o parlamento
inglês, anulando os estrategistas da guerra?
Nesse ínterim, os cinco líderes dos BRICs – Brasíl, Rússia, Índia, China e
África do Sul -, sufocados pela política monetária expansionista
hiperinflacionária americana, criam o FUNDO BRICS, a base da moeda
BRIC. O mercado poderá começar a comprar BRICs, de olho nas garantias
que estão por trás dele. Ou não? Tio Sam ficaria de saia justa.
É muito importante que você leia mais e conheça melhor o assunto! Os
golpistas neoliberais contam com sua ignorância e sua alienação para mudar a
rota que colocou o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, da independência e
do protagonismo mundial. Não se deixe levar!
O país precisa continuar crescendo cada vez com mais igualdade e
desenvolvimento social. Seu apoio e participação nessa história fará diferença.
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