a Química dAs estrelAs - Base Integradora da TV Escola

Propaganda
A Química
das estrelas
Além do Big Bang
PROFESSORES
Felipe Damasio Física
João Roberto Fortes Mazzei Química
Sinopse do Programa
No documentário, astrônomos e cientistas contemporâneos contam a história do universo e as
diferentes teses que ao longo do tempo foram
elaboradas para tentar compreender o que
acontece aqui na Terra e fora do planeta também. O filme revela que para chegar à Teoria do
Big Bang foi necessário o trabalho intenso de
cientistas, que por séculos levantaram hipóteses, debateram, discordaram e acumularam o
conhecimento que hoje permite defender essa
Teoria que explica a origem do Universo. No programa “Sala de Professor”, os convidados das
disciplinas de Física e Química propõem atividades que ajudam a entender como os astrônomos
determinam a composição de estrelas.
Apresentação
O documentário levanta questões sobre como
podemos entender o funcionamento do Universo e permite discutir acerca da invenção de um
aparelho simples revolucionou nossa visão de
mundo. O entendimento de conceitos básicos
sobre o que é luz, e como podemos classificá-la, é o ponto de partida para a exploração
do documentário por parte do professor de
Física. A Química está presente na sustentação
e fundamentação teórica da ideia de átomo e
no conceito de transmutação dos átomos em
novos elementos químicos.
Um olhar para o documentário
a partir da física
O documentário é uma excelente oportunidade para
o docente de Física desenvolver conteúdos ligados
aos conceitos básicos de Astronomia, Óptica Física e Geométrica. Para explorar didaticamente o
documentário, que conta como foi o início de nosso
Universo, podemos começar com a introdução do
vídeo. No início (1min30s) o narrador diz: “Compilamos um vasto conhecimento sobre o Universo:
de como ele se originou até como ele poderá acabar”. Na hora e meia seguinte, o documentário traz
inúmeras informações acumuladas durante séculos
e séculos por grandes cientistas.
O professor de Física pode abordar a seguinte
questão: Como nós, que estamos em um planeta
pequeno, que orbita uma estrela comum na periferia de uma galáxia comum, podemos saber tanto
do Universo se não viajamos para além da Lua?
A resposta é simples: a luz! Grande parte do que sabemos sobre o Universo, sabemos por meio da luz
que chega até nós. O desenvolvimento da atividade
se dá então a partir da definição de luz e como podemos, a partir dela, saber tanto sobre o Universo.
O professor de Física deve ressaltar que grandes
avanços no entendimento do Universo foram feitos
a olho nu. Um exemplo disso são os dados que Kepler, citado no documentário (22min42s), coletados
pelo astrônomo Tycho Brahe. Porém, no mesmo
período em que Kepler desenvolvia sua ciência, um
instrumento foi inventado: o telescópio. Essa invenção e o modo como ela revolucionou nossa visão
do Universo a partir do trabalho de Galileu, são
discutidos largamente no documentário (25min15s).
Toda a proposta começa com a realização de um
experimento simples, que os próprios alunos devem executar, promovendo entre eles a interação
sociocultural (Gaspar, 2005) que será essencial
para todas as atividades. A partir desse experimento a discussão teórica será retomada.
construção de um telescópio caseiro
A construção de um telescópio caseiro (uma
reconstituição da luneta que Galileu teria construído) é simples e utiliza apenas materiais de baixo
custo e fácil acesso, como:
Corte a extremidade inferior da garrafa pet e fixe as
lupas com a fita adesiva nas extremidades. A lente
de relojoeiro deve ser anexada na parte superior
da garrafa. Na parte inferior você deve fixar a lupa.
lente de relojoeiro
fita adesiva
lente de relojoeiro
fita adesiva
fita adesiva
Garrafa pet
sala de professor
lupa
tesoura
garrafa pet
além do big bang
lupa
telescópio caseiro
3
Caso tenha dúvidas, consulte o “Veja mais...”. Nele
há a indicação de um vídeo que explica a montagem
passo a passo do telescópio.
O professor precisa expor que Maxwell, no final
do século XIX, mostrou que a radiação eletromagnética se movia a uma velocidade c, ou seja, a
velocidade da luz no vácuo. Estava, assim, unificada a ótica com o eletromagnetismo. Dez anos
após a morte de Maxwell, sua teoria foi comprovada experimentalmente por Hertz.
Finalizado o experimento, inicia-se a exposição dos
conceitos necessários para a explicação das propriedades da luz. Também é possível desenvolver uma
discussão sobre a velocidade da luz e as grandes
escalas astronômicas, e de que maneira podemos
especular sobre o Universo e seu funcionamento.
Atualmente, entendemos que a luz pode ser dividida em visível e não visível ao olho humano. Todos
os tipos de luz podem ser resumidos no espectro
eletromagnético, cada tipo possui uma frequência
ou comprimento de onda.
Analisaremos a grande questão: Do que é luz?
espectro eletromagnético
Do tamanho do
comprimento de onda
Frequência (Hz)
Comprimento
de onda (m)
aumento de energia
RÁDIO
MICROONDAS
infravermelho
visível
ultravioleta
raios x
raios gama
10 3-10 -1
10 -1-10 -3
10 -3-10 -5
10 -6 - 10 -7
10 -7-10 -8
10 -8-10 -11
10 -11-10 -15
Baixa frenquência = elevado comprimento de onda
10 6-10 10
Prédios
10 10-10 12
Pessoas
Formiga
10 12-10 15
Buraco
de agulha
Elevada frenquência = baixo comprimento de onda
10 15-10 16
Protozoário
Espectro
Visível
10 16-10 17
Vírus
LUZ INFRAVERMELHA
10 17-10 21
Proteína
10 21-10 24
Átomo
Núcleo
atômico
LUZ ULTRAVIOLETA
700 600
500
400
Comprimento de onda (nm)
Espectro Eletromagnético. Disponível em: <http://andre-godinho-cfq-8a.blogspot.com.br/2013/06/espectro-eletromagnetico.html>. Acesso em 07/04/2014.
Para explorar mais o entendimento do funcionamento do telescópio, o professor tem disponível
no Portal do Professor do MEC o objeto de ensino
“Instrumentos de observação”. Se desejar explorar
mais os conceitos de ótica, também no Portal do
Professor está disponível o material “Kit Ótico”.
4
além do big bang
ETAPAS
Construção de um telescópio caseiro;
Exposição teórica sobre a luz
sala de professor
veja mais
Como construir um telescópio caseiro. Disponível em: <http://youtube/MqDaGoy4QLg>;
Portal do Professor do MEC. A física e o cotidiano - Laboratório virtual: Kit Ótico. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=33254>;
Portal do Professor do MEC. Óptica – Instrumentos de observação. Disponível em: <http://portaldoprofessor.
mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=30462>
Um olhar para o documentário
a partir da química
Nesta atividade, trabalharemos com os conceitos
de estrutura atômica, radioatividade, matrizes
energéticas, tabela periódica, mudanças de estados físicos e termoquímica.
Após a exibição do documentário, o professor de
Química pode iniciar a sua fala com a seguinte pergunta: “O que o Big Bang tem a ver com a Química?”.
Devido à gama de assuntos que podem ser abarcados pelo documentário, é aconselhável que o
professor faça um recorte e escolha um tema para
ser estudado. Com isso, diminui a chance de se
perder o foco sobre as habilidades e competências
que se deseja contemplar.
Dada a importância do tema e a curiosidade que o
assunto provoca, espera-se que os alunos tenham
um grau de participação elevado. O professor poderá aproveitar as discussões para tecer comentários
sobre o fato de o Big Bang estar relacionado a todas
as coisas do Universo. Vale lembrar que, segundo
especialistas, o Big Bang teria dado origem ao Universo em que vivemos, incluindo as estrelas, que
são verdadeiras usinas de compostos químicos.
A atomística, por exemplo, é um assunto que poderá
ser intensamente enriquecido com o apoio desse
documentário. O professor poderá relacionar a identificação atômica e a fundamentação de conceitos, tais
como: regiões mais importantes do átomo, número
de prótons, número de massa, número de elétrons,
partículas radioativas, fissão e fusão nucleares etc.
Não cabe aqui escrevermos aprofundadamente sobre tais conceitos, e sim fomentar ideias e estímulos
para que estes sejam melhor transferidos da fala do
professor para o saber do aluno.
Sob a ideia prévia de que a Química é o estudo
das transformações dos elementos, o professor
deve pontuar que o Big Bang não deixa de ser
uma transformação interessantíssima de estudo.
As ferramentas desse estudo são os elementos
químicos, o estudo do átomo e sua constituição.
Um aspecto interessante que pode ser tratado é
a correlação entre o modelo heliocentrista, isto é,
aquele que tem o Sol como centro do universo, e o
modelo atômico proposto por Ernest Rutherford
baseado no experimento do bombardeio de partículas alfa sob uma lâmina de ouro.
sala de professor
além do big bang
5
a descoberta de rutherford
5.Outra porção de raios, bem menor, era rebatida
e voltava na direção oposta na que havia sido
enviada.
1.A descoberta começou quando o pesquisador
posicionou um raio de partículas alfa em frente
a uma folha muito fina de ouro.
2.Ao redor da folha, ele posicionou uma tela que,
quando entrava em contato com as partículas,
produzia luz.
6.Com isso, o pesquisador concluiu que o átomo
é formado por um núcleo pequeno que concentra praticamente toda a massa do átomo
(responsável por rebater a pequena porção de
partículas) e uma imensa região praticamente
vazia, onde os elétrons orbitavam (por isso a
maior parte das partículas atravessava a folha
ou era rebatida para outras regiões, ao se chocarem com outro elétron).
3.Ao bombardear a folha de ouro com as partículas alfa, ele percebeu que a grande maioria
atravessava a placa de ouro, sendo detectada
pela parte da tela atrás dela.
4.Uma parcela pequena dessas partículas era
desviada em diferentes direções, sendo detectada em outras partes da tela.
Fonte radioativa
emissora de
partículas alfa
Raio de
partículas alfa
Partículas
desviadas
Bloco de chumbo
Átomos de ouro
Partículas alfa
Elétrons
Lâmina de ouro
Placa revestida por
material fluorescente
Núcleo do átomo
No momento da fundamentação teórica, o professor
poderá, explicar ao aluno que esse experimento foi
realizado em 1911. A lâmina de ouro foi bombardeada por partículas alfa positivas, oriundas do núcleo
do radioisótopo polônio, e o mesmo foi protegido
por um bloco de chumbo, pois este é meta-estável.
O professor pode inclusive lembrar aos alunos que,
quando se realiza um exame de raio X, é necessário
que o técnico que realiza essa operação esteja protegido por um colete de chumbo.
A partir desse experimento, Ruherford fez as seguintes observações:
6
além do big bang
A maioria das partículas alfa positivas atravessava a lâmina de ouro sem sofrer desvios;
Um número muito pequeno de partículas alfa
positivas sofrem desvio;
Pouquíssimas partículas alfa não atravessavam,
isto é, ficavam retidas pela lâmina de ouro.
Os resultados mostravam que a lâmina de ouro não
era maciça, como postulou John Dalton, em 1803, e
sim que era composta por uma grande região vazia,
como uma “peneira”, ou seja, a massa seria dis-
sala de professor
tribuída de maneira desuniforme. Para um melhor
entendimento podemos imaginar que, se atirássemos certa quantidade de grãos de areia em uma
peneira de buracos grandes, conseguiríamos resultados similares aos encontrados por Rutherford.
alunos e que, portanto, eles também podem se
tornar cientistas, e até mesmo descobridores de
novidades científicas que ajudem a humanidade a
ser e viver melhor, deixando para as novas gerações um mundo mais tranquilo.
Baseados nas observações realizadas por Rutherford, podemos concluir que:
Quando achar conveniente, o professor poderá
lançar a pergunta: Afinal, quais são os elementos
que constituem as coisas? Como resposta, ele
poderá discutir o conceito de Bohr e levar esta discussão para a identificação em laboratório de tais
elementos. Nesse momento, pode ser interessante
falar sobre técnicas modernas de identificação dos
compostos químicos, tais como cromatografia, espectrometria e polarimetria.
1. Por meio do modelo atômico de J.J. Thomson
(pudim de passas), o efeito esperado seria
que o feixe de partículas atravessasse a lâmina de ouro sem sofrer desvios.
2. Porém, o efeito mostra a repulsão e, consequentemente, o desvio da partícula alfa
positiva, se opondo ao modelo de Thomson
que sustenta a ideia da distribuição uniforme das cargas.
3. O retorno de algumas partículas alfa positivas
mostra que estas colidem com algo maciço,
capaz de fazê-las “ricochetear”. Desta forma,
o modelo atômico proposto por Rutherford,
desabilita o modelo atômico de Thomson.
Em fevereiro de 1911, Rutherford defendeu a tese
intitulada “Da dispersão das partículas alfa e beta
pela matéria e da estrutura do átomo”, na qual postula um novo modelo atômico: o átomo nuclear.
A comparação entre o número de partículas alfa
que atravessavam a lâmina e o número de partículas alfa que retornavam possibilitou a Rutherford
concluir que o raio do núcleo era 10 mil vezes
menos que o raio do átomo. Assim, ele propôs um
modelo atômico similar ao Sistema Solar.
A partir da explicação desse experimento, o professor poderá levar ao alunos as ideias de hipótese, de
experimentação e de conclusão científica. Em relação a essa última, é muito importante o professor
fazer referência ao fato de que a ciência vive e experimenta mudanças a todo instante, e que mesmo as
observações científicas, a proposição de modelos e
as conclusões sobre os mesmos não são definitivos
e nem representam verdade absoluta.
Nesse momento, o professor, atuando como divulgador da ciência, poderá contar a história de
cientistas como Ernest Rutherford, mostrando que
todos eram pessoas comuns como os próprios
sala de professor
Vale a pena desenvolver um experimento simples
em sala de aula. Uma proposta experimental interessante é o ensaio de chamas, que em laboratório
é a base do princípio da espectrofotometria de
absorção atômica para determinação de traços
metálicos em materiais.
O teste é um procedimento simples para a detecção da presença de cátions metálicos. Ele se
baseia no espectro de emissão dos elementos e
no princípio proposto por Neils Bohr:
Quando uma certa quantidade de energia é fornecida a um determinado elemento químico (no
caso da chama, energia em forma de calor), alguns elétrons da camada de valência absorvem
esta energia e passam para um nível de energia
mais elevado, produzindo o que chamamos de
estado excitado. Quando um desses elétrons
excitados retorna ao estado fundamental, ele libera a energia recebida anteriormente em forma
de radiação. Cada elemento libera a radiação em
um comprimento de onda característico, pois a
quantidade de energia necessária para excitar
um elétron é única para cada elemento”.
A radiação liberada pelos elementos situa-se em comprimento de onda na faixa do espectro visível, isto é,
pode ser enxergada pelo olho humano em forma de
cores. Assim, torna-se possível identificar a presença
de certos elementos devido à cor característica que
eles emitem quando aquecidos por uma chama.
O teste de chama consiste em levar diferentes
amostras de sais ao fogo para que, por meio da
além do big bang
7
coloração das chamas, possamos identificar o
elemento presente em cada composto.
A chama do bico de Bunsen fornece temperatura suficiente para excitar os elétrons de um nível
mais interno da eletrosfera para um mais externo.
Ao retornar ao estado fundamental, esses elétrons
devolvem a energia restante em forma de radiação
luminosa (luz), que pode ser detectada qualitativamente por meio da observação visual da chama.
Fonte disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Espectro_eletromagnetico-pt.svg&page=1>.
As cores originadas pelos metais mais comuns no
nosso cotidiano são:
MATERIAL
sódio: amarelo-alaranjado
potássio: violeta-pálido
cálcio: vermelho-alaranjado
cobre: verde-azulado
Para a realização do teste sem grandes riscos, propõe-se o uso de uma lamparina a álcool, soluções
dos sais e palitos de churrasco com um algodão enrolado na ponta. Molha-se esse algodão em uma das
soluções para, em seguida, introduzi-lo no fogo. É
possível visualizar bem a mudança na cor da chama.
O processo deve ser repetido para as outras soluções, sempre trocando o algodão para cada solução.
Uma boa dica para enriquecer este trabalho é o
professor estabelecer uma correlação entre a coloração apresentada pelos fogos de artifício com o
fenômeno observado durante o experimento.
A avaliação pode ser feita com base na participação dos alunos em um debate. Sugerimos, para
isso, o tema “A Química das estrelas”.
Este documentário é muito adequado para turmas
de primeiro e terceiro anos do Ensino Médio, e
contempla a matriz do Enem 2011 no que tange às
habilidades (H8, H9; H10 e H17-23).
8
além do big bang
Rolo de algodão para curativos;
10 palitos de churrasco;
1 lamparina;
Álcool etílico (1L);
Sal de cozinha;
Biotônico fontoura. (para obter o potássio)
ETAPAS
Exibição do documentário;
Discussão sobre o Big Bang e a formação das
substâncias que formam o universo;
Abordargem teórica sobre um assunto de
interesse (nesta proposta o assunto será a
estrutura atômica);
Procedimento experimental: “O ensaio de chamas”.
sala de professor
UMA CONVERSA
ENTRE AS DISCIPLINAS
Para realizar essa atividade interdisciplinar, o
primeiro passo se dá pela construção de um espectrômetro com materiais de baixo custo e fácil
acesso. Esse experimento permitirá a visualização
do espectro de luz emitida por diferentes fontes,
como luz incandescente, fluorescente e muitas
outras. Ao comparar os diferentes espectros, o
estudante perceberá como podemos inferir a composição dos materiais por esse método.
montagem de um espectrômetro caseiro
A montagem do espectrômetro é relativamente simples:
• Em um dos lados da caixa, coloque duas lâminas
de um aparelho de barbear descartável com as faces afiadas viradas uma para a outra. Dessa forma
é feita uma fenda de 0,2mm.
• No lado oposto da caixa, coloque um CD usado
em um ângulo de 60° com o fundo.
• Abra um orifício na parte de cima da caixa, através
do qual se possa observar o CD.
• Feche com fita isolante preta todos os pequenos
orifícios em volta do CD, bem como seus lados; isso
impedirá que a luz entre na caixa por essa parte.
Depois de pronto, o aparelho deve ficar semelhante ao
que se vê na figura abaixo. Caso necessário, consulte um
vídeo que orienta a construção do espectrômetro, disponível em: <www.youtube.com/watch?v=37GL_BVaf1U>.
Olho
CD
Fenda
CD
Fonte
Luminosa
60˚
Faça as observações com diferentes fontes de luz,
como lâmpadas e velas.
sala de professor
além do big bang
9
Finalizado o experimento, propõe-se criar, no Facebook, um perfil com todas as informações que
os professores abordaram em sala de aula. Utilizando esse perfil, os alunos poderão contribuir, por
meio de comentários e indicações de sites, com
mais informações relevantes sobre o tema, além
de abrir discussões e debates.
Entre as informações presentes no perfil do Facebook, inclua a decomposição da luz por Isaac
Newton e a discussão em torno da variação do
espectro contínuo com a temperatura.
O primeiro ponto é a descoberta do químico alemão Robert Bunsen de que um elemento químico
poderia ser identificado pela cor por meio de uma
chama incolor. A isso se seguiu a contribuição de
seu colaborador, Kirchhoff, que associou linhas do
espectro com elementos específicos. As três leis
empíricas da espectroscopia de Kirchhoff devem
ser abordadas e discutidas com a definição de
espectro de emissão e absorção.
leis de kirchhoff
Espectro contínuo
A origem dessas linhas espectrais descritas por
Kirchhoff é outro ponto relevante. Elas estão associadas com a estrutura dos átomos descrita por
Rutherford e com a natureza da luz.
Para encerrar o debate, aborde o tema da classificação espectral. Ressalte como cada linha escura do
espectro de uma estrela está associada à presença
de um elemento, e como a análise dessas linhas
permite inclusive saber a temperatura da estrela.
Para avançar no debate, e como forma de avaliação, os professores irão propor aos alunos que
formem grupos. Para cada grupo, uma questão
será proposta e gerará pesquisa sobre temas específicos. Para cada um desses temas, deverá ser
produzido um perfil no Facebook no qual os alunos
de outros grupos poderão interagir.
Entre os temas que poderão ser discutidos estão:
• Como sabemos a quantidade específica de
cada elemento que forma as estrelas?
• Como sabemos do que são feitos os planetas,
se eles apenas refletem a luz das estrelas?
• Como sabemos que o Universo está se expandido apenas analisando a luz das estrelas?
• Por que achamos que o Universo teve início
com o evento chamado Big Bang?
Espectro de emissão
Gás quente
Espectro de absorção
Gás frio
10
além do big bang
A avaliação deve considerar todo o processo de pesquisa e publicação da página no Facebook, além da
maneira como ocorre a interação entre os diferentes
grupos por meio de comentários e curtidas. As postagens de novos assuntos feitas na página construída
no facebook e o número de curtidas podem ser um
bom parâmetro para a avaliação dos trabalhos. Isso
torna a avaliação menos rígida e mais atual, além
de prazerosa para o estudante, pois leva em conta
a modernização das tecnologias e acompanha às
tendências dos alunos em seu cotidiano.
sala de professor
MATERIAL
ETAPAS
Caixa de cereal vazia;
Montagem do espectrômetro caseiro;
CD usado;
Exposição de conceitos teóricos;
Lâminas de barbear de aparelhos descartáveis;
Produção de perfis no Facebook.
Tesoura;
Fita adesiva.
SUGESTÕES DE LEITURA E OUTROS RECURSOS
Livros e Revistas
ATKINS, P. Princípios de Química. cap. 1, pp. 17-52. São Paulo: BOOKMAN, 2001.
BRADY, J. E. Química geral. 2 ed., v.1., cap. 3, pp. 92-98. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
FELTRE, R.; SETSUO, Y. Química Geral. cap. 2, pp. 32-40. São Paulo: Moderna, 1995.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia – saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GASPAR, A. Experiências de Ciências para o Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 2005.
MOREIRA, M. A. Aprendizagem Significativa. Brasília: UnB, 1999.
RUSSELL, J. B. Química geral. 2 ed., v. 1., caps.1, 2 e 3, pp. 11- 62. São Paulo: Makron Books, 2004.
SAGAN, C. O mundo assombrado por demônios – a ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
filmes e documentários
Poeira das Estrelas. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=aEwmX8yerWQ>.
Cosmos – uma viagem pessoal. Disponível em: <http://ensinofisicaquimica.blogspot.com.br/2008/05/cosmos-de-carlsagan-legendado-em.html>.
sala de professor
além do big bang
11
SUGESTÕES DE LEITURA E OUTROS RECURSOS
sites e outros recursos
Ministério da Educação. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html#>. Acesso em 15 fev. 2013.
Parâmetros curriculares nacionais. Disponível em: <http://www.infoenem.com.br/competencias-e-habilidades/>. Acesso em: 15 fev. 2013.
Sociedade Brasileira de Física. Píon – Ligado na Física! Disponível em: <http://pion.sbfisica.org.br/pdc/>. Acesso em 15 fev. 2013.
Teste de chama. Disponível em: <http://www.infoescola.com/quimica/teste-da-chama/>. Acesso em: 15 fev. 2013
Universidade do Colorado. PhET – Simulações interativas de Ciências. Disponível em: <http://phet.colorado.edu/
pt_BR/>. Acesso em 15 fev. 2013.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Centro de Referência para o Ensino de Física. Disponível em: <http://www.
if.ufrgs.br/cref/>. Acesso em 15 fev. 2013.
passeios e visita
Catavento Cultural e Educacional. Mais informações em: <http://www.cataventocultural.org.br/>.
Museu de Ciência e Tecnologia – PUC-RS. Mais informações em: <http://www.pucrs.br/mct/>.
Parque Viva a Ciência. Mais informações em: <http://www.vivaciencia.ufsc.br/>.
Planetário do Rio de Janeiro. Mais informações em: <http://www.planetariodorio.com.br/>.
12
além do big bang
sala de professor
FOTO
Um documentário da TV Escola. Um ponto
de partida para grandes trabalhos com os
alunos. Assim é o Sala de Pofessor. O programa incentiva os professores de Ensino Médio
a desenvolverem projetos que mudem a rotina em sala de aula. Em cada programa, dois
professores convidados criam um projeto a
partir de documentários exibidos na TV Escola. São sempre propostas e experimentos
inovadores, que podem ser reaplicados em
qualquer escola do país.
Os trabalhos apresentados são detalhados
em dicas pedagógicas como essa e ficam
disponíveis no site da TV Escola. Os professores também podem usar as artes criadas
para o programa: são animações, tabelas,
mapas e infográficos que tornam os conteúdos mais visuais e interativos. As dicas
pedagógicas e as computações gráficas foram transformadas em fascículos interativos
para tablets. E o professor também pode
navegar pelo material extra do programa no
blog do Sala. Para ter acesso a esses produtos, acesse o site tvescola.mec.gov.br ou
curta a fan page da TV Escola no Facebook.
FOTO
Download