O Avanço do Islão dá Razão à sua Estratégia de Islamização do

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O Avanço do Islão dá Razão à sua Estratégia de Islamização do
Mundo
António Justo
A Turquia já é muçulmana. As últimas ilhas cristãs no mundo dominado pelos
muçulmanos parecem ser o Líbano e a Etiópia que se terão de render também eles à sua
pressão.
Numa perspectiva muçulmana a sua estratégia revela-se eficiente e vitoriosa. Na
realidade quem vence conquista geralmente a razão e torna-se também o dono da
verdade. Facto é que as regiões onde o islão entra tornando-se maioritário, essas zonas
vão sendo pouco a pouco purificadas de todas as outras religiões, sejam elas o animismo
ou mesmo o Cristianismo. Nas regiões onde entram instalam-se em guetos e daí
organizam a sua influência. Têm com eles a paciência e o orgulho de saberem que
vencem porque têm o deus Alá do seu lado.
O islão afirmou-se no Médio Oriente, que era o berço do Cristianismo, através da sua
convicção e da identificação da identidade civil com a identidade religiosa: a sua Nação
é o Islão, o resto é constructo decadente. No mundo islâmico o conceito Nação foi
fomentado pelos cristãos em minoria, o que os tornou suspeitos como cidadãos nos
regimes muçulmanos. No tempo em que os portugueses ainda se lembravam dos árabes,
foram também eles eficientes nos seus descobrimentos!... Agora é a hora do islão!... O
Mamon petróleo pode muito e também a nação está à disposição dado cidadãos serem
incómodos pelo que há pressa em fazer deles proletários carentes.
No tempo das conquistas os soberanos muçulmanos subjugavam os seus súbditos
cristãos com um imposto especial (Sura 9,29) sendo apoiados pela pressão social
muçulmana duma maioria consciente que se sabia na posse duma verdade superior à dos
cristãos. A medida islâmica de determinar que é muçulmano quem tem um pai
muçulmano e de proibir aos cristãos o casamento com mulheres muçulmanas ou de
quem deixar de ser muçulmano arriscar a própria vida parece dar-lhes razão. De facto,
ainda hoje há muitas mulheres de outras religiões que ao casarem com um parceiro de
religião diferente, abandonam a sua para adoptarem a religião do marido.
Muitos cristãos, para fugirem à repressão e discriminação tornam-se muçulmanos ou
emigram. É o que nos tempos modernos acontece na Turquia, no Iraque e noutros países
africanos de influência árabe. Assim, dos países pré-islâmicos, antigamente cristãos,
ainda se encontram alguns redutos de arménios, Coptas, Sírios, Arameus, Etíopes,
Eritreus, e Caldeus.
A estratégia muçulmana é fomentada por uma elite política europeia que apenas acredita
no comércio e desacredita a própria cultura e a sua alma cristã. A religião e a política
querem-se como o sal na comida! Os muçulmanos com o seu monoteísmo absolutista
ganham razão perante outras civilizações em que o relativismo cultural já mostra a sua
fraqueza latente. Há que aprender não só dos relativistas mas também dos absolutistas.
Estes, da sua perspectiva têm razão em considerarem-nos decadentes.
Naturalmente que somos mais avançados com o nosso secularismo, mas, de facto os
romanos também o eram e como nós preocupavam-se apenas com o “cum quibus” e
desprezavam os seus deuses. Os bárbaros mostraram-lhes então como se faz História!...
O progresso tem o seu preço. Pena seria que os nossos progressistas na sua
unilateralidade, em nome do modernismo e do socialismo, preparassem o retrocesso e a
lógica hegemónica do poder e duma moral vulgar fácil. Então talvez seja possível a
homossexualidade masculina mas coitadas das lésbicas e dos mais fracos.
Com o êxodo dos cristãos do Iraque e do médio oriente a monocultura islâmica ganha;
porém com ela perde o mundo aberto à diferença.
O islão não permitirá uma pluralidade religiosa enquanto se afirmar através da
jurisprudência e não aceitar uma ciência teológica.
Ele afirma-se sem contrapartidas para a outra parte. Será que estamos a preparar a Era
do absolutismo ideológico e económico? Então será tudo mais fácil: Teremos a paz dos
que mandam e a dos que obedecem; teremos a área masculina e a área feminina; o nosso
Céu e o Inferno dos outros.
Perseguição aos Cristãos no Iraque
Cerca de 150.000 – 200.000 cristãos iraquianos vivem no exílio. São obrigados a sair da
terra que já os acolhia antes do islão ter chegado. Os muçulmanos iraquianos arranjam
todos os motivos para atacarem os cristãos. Argumentos para justificar a discriminação
não faltam: proibição do exercício duma profissão em que cristãos tocam em
muçulmanos ( médicos, cableireiros…). Argumentam que o Corão não o permite visto
os cristãos serem considerados impuros; para o não serem devem converter-se. A
identificação dos cristãos com os americanos vem mesmo a calhar!
Nas casas abandonadas pelos cristãos vivem agora os seus perseguidores. Alguns que
voltaram foram assassinados. O assassínio dum padre e o rapto do Arcebispo Paulos
Faraj Rahho, que morreu nas mãos dos raptores, querem sinalizar que os cristãos
iraquianos têm que abandonar o Iraque.
É escandalosa a atitude dos políticos que não dizem uma palavra de apoio moral aos
cristãos perseguidos. Em vez disso, como se nada fosse e para alardearem o seu
multiculturalismo, organizam conferencias inter-religiosas para darem mais direitos
religiosos aos muçulmanos sem qualquer contrapartida. A tolerância deve fomentar-se
dos dois lados. Os minaretes que, pela Europa fora, se vão erguendo são lanças contra o
povo ortodoxo e outros exilados cristãos que vivem em países cristãos devido ao
contraste do trato. Os muçulmanos podem contar com a cobardia do Ocidente em nome
duma tolerância irresponsável. Naturalmente que individualmente e como pessoas não
deve ser distinguido entre eles e nós; todos devem participar dos mesmos direitos e dos
mesmos deveres; direitos culturais deveriam ser vistos na reciprocidade. A dignidade
humana não pode ser condicionada à religião ou credo.
António da Cunha Duarte Justo
Alemanha
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