CRO-SP LAB 441 Alianews | Informativo nº 7 | Ano 2012 Informativo interno do Laboratório Aliança Placas Oclusais e miorrelaxantes Cada vez mais os pacientes procuram os consultórios odontológicos com queixas de bruxismo e apertamento dental. Para trazer mais informações para nossos clientes, esta edição do Alianews conta com informações a respeito das placas oclusais e miorrelaxantes baseadas no artigo dos professores dr. Tadashi Carlos Orii, dr. Reinaldo Missaka e dr. Ivo Contin. Para a Academia Americana de Dor Orofacial, o termo DTM abrange vários problemas clínicos que envolvem a musculatura da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM) e as estruturas associadas. Entretanto, embora quase metade da população possua desordens, apenas 10 a 20% apresenta sintomas. Dentre o arsenal de recursos utilizados temos as placas oclusais e, mais especificamente, as placas estabilizadoras (miorrelaxantes) como dispositivos para diagnóstico e/ou tratamento de grande importância para o clínico. Placa Directiva Tem por objetivo posicionar a mandíbula numa relação específica com a maxila, alinhando côndilo e disco. Como tipos de placas directivas temos as placas de reposicionamento anterior, que propiciam à mandíbula assumir uma posição mais anterior do que a posição de intercuspidação. Seu objetivo é promover um melhor relacionamento côndilo-disco na fossa mandibular de tal forma que os tecidos adjacentes tenham uma oportunidade maior de reparo e adaptação. Placas Oclusais Conceito A placa é um aparelho de resina acrílica que recobre as superfícies incisais e/ou oclusais dos dentes em um dos arcos, criando um contato oclusal adequado com os dentes antagonistas e/ou um melhor relacionamento côndilo-disco. Placa oclusal superior de reposicionamento anterior. Placa Miorrelaxante A placa miorrelaxante ou estabilizadora é um aparelho que permite aos côndilos excursionarem sem limitação de movimentos. Pode ser construída tanto para o maxilar superior como para o inferior, porém, em geral, é construída para o maxilar superior. Uma vez instalada, permite ou proporciona um relacionamento maxilomandibular ótimo para o paciente. Sua superfície oclusal é lisa, sem impressões cuspídicas dos dentes antagonistas, promovendo a estabilização mandibular como contatos dente/placa sem imbricamento ou intercuspidações, o que leva à perda do reflexo neuromuscular condicionado pela máxima intercuspidação. Atua, portanto como um desprogramador muscular. Quando em posição na boca, os côndilos se situam em sua posição músculo-esqueletal estável (RC) ao mesmo tempo em que ocorre contato dental de forma bilateral, simultânea e uniforme. Durante os movimentos excursivos (protusão e lateralidade), ocorre desoclusão dos dentes posteriores com guia no canino. Placa oclusal miorrelaxante superior de cobertura parcial posterior. TIPOS Existem diversos tipos de placas, confira abaixo a classificação de Dawson. Placa Permissiva Os côndilos ficam livres para excursionar sem restrições de movimento. Nesta categoria se encontram as placas miorrelaxantes (estabilizadoras), que podem ter cobertura total ou parcial. Placa oclusal miorrelaxante superior de cobertura total com contatos cêntricos em preto, guias caninos e guias anteriores (sobre os caninos) em vermelho. 1 Alianews | Informativo nº 7 | Ano 2012 Informativo interno do Laboratório Aliança Princípio de Ação das placas A razão da eficiência na redução de sintomas não está totalmente clara, mas várias teorias foram propostas para tentar explicar seu mecanismo de ação. Um autor chamado Clark reuniu, em sua revisão de literatura, cinco teorias que podem explicar o mecanismo de ação das placas interoclusais: •Teoria do desengrenamento oclusal, que proporciona ao paciente, por meio da placa, uma oclusão “ideal”; •Teoria da restauração da dimensão vertical de oclusão que devolveria ao paciente a dimensão vertical de oclusão (DVO) que foi perdida, reduzindo ou eliminando todas as atividades musculares anormais; •Teoria do realinhamento maxilomandibular que preconiza o alinhamento da posição mandibular em relação à maxila por meio de placas interoclusais baseando-se em detalhes anatômicos que orientariam a montagem dos modelos em articulador; •Teoria do reposicionamento da ATM para uma posição determinada por meio de exames radiográficos; •Teoria da consciência cognitiva que se baseia no conceito de que a presença de qualquer tipo de aparelho interoclusal na boca alerta o paciente constantemente a alterar os comportamentos anormais ou danosos ao sistema estomatognático. Alguns desses conceitos estão relacionados à oclusão, embora o papel da oclusão em DTMs seja controverso. Estudos atuais indicam que fatores oclusais (por exemplo, interferências no lado de trabalho, ausência de guia incisal) por si só não causam DTM. Contudo, quando cargas excessivas (apertamento, por exemplo) são impostas na presença dos fatores oclusais, sintomas podem ser precipitados. Nesses casos os fatores oclusais são considerados fatores secundários. Seleção do Dispositivo Interoclusal Cada dispositivo é desenhado para atuar sobre um fator etiológico específico e por isso possui vantagens e desvantagens. A terapia de placa deve ser baseada em objetivos de tratamento específicos. A placa estabilizadora é utilizada para desordens de natureza muscular, uma placa de reposicionamento anterior pode ser recomendada para um paciente com deslocamento de disco. Mesmo pacientes com deslocamento de disco apresentam características diferentes, como extensão do deslocamento, cronicidade e grau de alterações teciduais patológicas, e um só tipo de dispositivo pode não ser suficiente. Um caso complexo envolvendo tanto componentes articulares como musculares pode requerer uma combinação de dispositivos. Para garantir a cooperação do paciente no que se refere ao uso da placa não se deve iniciar qualquer procedimento antes de uma discussão e consulta para obter sua aprovação e consentimento. Uma vez que a placa atua apenas sobre um aspecto do problema, o tratamento de outros fatores deve ser incentivado para atingir uma melhora geral dos sintomas. Os dois principais tipos de placas utilizados no tratamento de DTMs são a placa estabilizadora ou miorrelaxante e a placa de reposicionamento anterior. Este texto foi baseado em um artigo científico dos professores dr. Tadashi Carlos Orii, dr. Reinaldo Missaka e dr. Ivo Contin. Para conferir as referências bibliográficas, acesse http://www.laboratorioalianca.com.br/outras_placas.php NOTÍCIAS No dia 29 de novembro, o [esthetics in motion] reuniu os grandes nomes da odontologia estética nacional e internacional. Os participantes puderam conferir os tratamentos estéticos mais modernos atualmente e dicas dos especialistas na área. Para 2013 a comissão organizadora está preparando um evento ainda melhor. Aguarde! Confira as fotos do evento. Fotos: DOA COMM [ ESTHETICS IN MOTION ] Marcos Celestrino, Dr. Eric Van Dooren, Herbert Mendes e Dr. Marcelo Calamita Dr. Marcelo Kyrillos, Dr. Marcelo Moreira e Dr. Luis Callichio Dr. José Carlos Garófalo Palestrante Dr. Sidney Kina Ricardo de Andrade, Dr. Mario Kawagoe, Dr. Marcelo Calamita Dr. Gustavo Marinho e Marcelo Kunisawa Dra. Simone Magalhães e Dr. Luiz Akaki Participantes do [ESTHETICS IN MOTION] Participantes recebendo o certificado do evento [ESTHETICS IN MOTION] Acesse o site do laboratório, leia ou faça o download dos números anteriores. É gratuito para todos os cirurgiões-dentistas. Boa leitura! Rua Simão Alvares, nº 464 | Pinheiros | CEP 05417-020 | São Paulo | SP | Tel: 11 3032.0079 | Site: www.laboratorioalianca.com.br 2