1 Escola Secundaria Manuel Teixeira Gomes – Portimão – 2011/2012 Aluno: Rodrigo Vieira | e-mail: [email protected] | Nº: 17 Latim A | Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades 11º ano de escolaridade | Turma: N A morte entre os Romanos - Ritos fúnebres; - Forma e localização dos sepulcros. Roma Antiga – Fórum (Local de culto durante um funeral) Os Romanos tinham uma esperança de vida muito inferior à da atualidade. As inúmeras doenças, a má alimentação, a falta de cuidados médicos e as condições precárias tornavam difíceis as hipóteses de sobrevivência. Uma em três crianças morria, as mulheres corriam enormes riscos durante o parto. Era pouco provável que mais de metade da população conseguisse alcançar os cinquenta anos, embora houvesse exceções, pois houve pessoas que ultrapassaram os oitenta anos. A morte, em Roma, era rodeada de muitos ritos nas comunidades. Os rituais funerários modificaram-se, passando da cremação até ao sepultamento do corpo. A lei religiosa romana proibia os enterros dentro das cidades, a fim de prevenir o risco de doenças. Os melhores locais eram junto das estradas, onde quem passava podia ver os túmulos e recordar os entes, conferindo-lhes, assim, uma certa imortalidade. Recordar os mortos, especialmente os antepassados das famílias, era de grande importância para os Romanos. Em Roma, existiam dois ritos: a incineração e a inumação. O processo da incineração consistia em colocar o cadáver sobre uma pira (rogus) onde depois se ia recolher as cinzas numa urna (loculus) que depois era introduzida num túmulo. Para a inumação, o corpo era colocado num caixão, que era posto numa cova. 2 Os funerais seguem-se aos ritos. Não os observar equivale a condenar as almas dos mortos e a atormentar os vivos. As “libitinarii” (pompas fúnebres) encarregavam-se de todos os pormenores das cerimónias. Depois de lavado pela última vez, o cadáver é exposto e vestido com os melhores trajes. A exposição do corpo prolongava-se por vários dias. O leito funerário era coberto de flores. Havia flautistas que tocavam uma música fúnebre. No decorrer do funeral, um cortejo acompanhava o cadáver para fora da cidade, até ao local onde se realizaria o enterro, de noite. Com o passar dos tempos, consta que este se realizaria de dia. No cortejo, entram atores com máscaras dos antepassados, de tal modo que a ascendência do defunto vinda do Além, participa no funeral. Em seguida, as flautistas cantam “nenias” (hinos de louvor) em sua honra. Por fim, os parentes e amigos iam com vestes de luto (de cor para os homens e de tons sóbrios para as mulheres). O cortejo é conduzido à luz de tochas, mesmo durante o dia. Se o defunto fosse uma figura importante, o cortejo atravessava o Fórum, onde o parente mais próximo clama um elogio fúnebre. Por fim, chegava-se ao local do enterro. Uma refeição completa encerrava o funeral (comia-se no próprio local do enterro). Punha-se flores nos túmulos bem como alimentos e bebidas, todos os anos. Anualmente consagrava-se uma semana aos parentes falecidos (de 13 a 21 de fevereiro) – “dies parentales”. Referências Bibliográficas: 1.James, Simon (1990). Enciclopédia Visual – Roma Antiga. Lisboa: Editorial Verbo. 2.Fredouille, Jean-Claude. Dicionário Temático Larousse – Civilização Romana. Porto: Círculo de Leitores. 3.http://www.alunosonline.com.br/historia/os-funerais-na-roma-antiga, (fonte da imagem: acedido a 2 de dezembro ás 15:15).