PARTICIPAÇÃO DO SELÊNIO NO CÂNCER DE COLO DO

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PARTICIPAÇÃO DO SELÊNIO NO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO
Stéfany Rodrigues de Sousa Melo1, Loanne Rocha dos Santos2, Geórgia Rosa Reis Alencar3, Jennifer
Beatriz Silva Morais4, Juliana Soares Severo5, Daila Leite Chaves Bezerra 6.
1
Universidade Federal do Piauí, Departamento de Nutrição, Teresina, Piauí;
2
Universidade Federal do Piauí, Departamento de Nutrição, Teresina, Piauí;
3
Universidade Federal do Piauí, Departamento de Nutrição, Teresina, Piauí;
4
Universidade Federal do Piauí, Departamento de Nutrição, Teresina, Piauí;
5
Universidade Federal do Piauí, Departamento de Nutrição, Teresina, Piauí;
6
Nutricionista, Mestranda, Universidade Federal do Piauí, Departamento de Nutrição, Teresina, Piauí;
[email protected]
INTRODUÇÃO
O câncer de colo do útero é uma das principais
causas de morte por neoplasia maligna entre as
mulheres no mundo. A etiologia dessa doença,
no entanto, permanece pouco conhecida. Sabese que a alimentação parece exercer papel
protetor sobre a manifestação do câncer de colo
do útero, e diversos estudos têm sido
conduzidos na tentativa de esclarecer a
contribuição de nutrientes oriundos da dieta na
redução do risco e tratamento da doença. De
forma particular, a literatura tem evidenciado o
papel relevante do selênio, mineral com ação
antioxidante que participa do processo de
incidência e progressão do tumor maligno,
sugerindo um possível efeito protetor no câncer
de colo do útero1, 2.
OBJETIVO
Trazer informações atualizadas sobre a
participação do selênio no câncer de colo do
útero.
MATERIAIS E MÉTODOS
Realizou-se uma revisão de literatura, com
busca de artigos publicados nos últimos cinco
anos nas bases de dados Pubmed e Scielo,
utilizando-se as palavras chave: “selenium” e
“Uterine Cervical Neoplasms”. Dos 59 artigos
encontrados, 20 foram utilizados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Estudos sugerem que o selênio desempenha
função relevante na tumorigênese do câncer de
colo do útero. Esse nutriente regula os níveis do
sistema redox celulares por meio das
selenoproteínas e vias de sinalização redox, que
estão alteradas na manifestação da doença.
Dessa forma, tem sido relatado que na presença
do câncer de colo de útero ocorre deficiência de
selênio tanto no soro como no tecido, redução
na atividade da enzima antioxidante GPx, da
qual esse mineral é cofator, bem como aumento
nas concentrações de marcadores do estresse
oxidativo, como MDA e EROS. Pesquisas in
vitro sugerem que a utilização de selenito de
sódio tem sido eficaz na redução da progressão
do câncer de colo do útero, provavelmente
devido à indução de apoptose nas células HeLa
cancerígenas, por meio da ação do selênio sobre
a via mediada pelas EROS na mitocôndria, o
que geraria uma toxicidade à célula maligna. No
entanto, a suplementação com esse mineral
tanto isolada quando combinada não reduziu o
risco do câncer de colo do útero em mulheres,
embora tenha restaurado status sérico do
mineral. Por outro lado, quando investigado o
efeito da suplementação sobre a redução de
sintomas decorrentes do tratamento, a
intervenção reduziu episódios e severidade de
diarreia na radioterapia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pacientes com câncer de colo do útero
apresentam redução nas concentrações de
selênio em diferentes compartimentos celulares.
Acredita-se que esse nutriente exerce papel
protetor, embora esse efeito não tenha sido
observado em humanos. Além disso, pode
auxiliar na redução de sintomas associados ao
tratamento radioterápico, embora mais estudos
sejam necessários para comprovar a efetividade
da suplementação com esse mineral sobre o
câncer de colo do útero.
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS
1. Ji J, et al. Comparison of Serum and Tissue
Levels of Trace Elements in Different Models of
Cervical Cancer. Biol Trace Elem Res, 159,
346–350, 2014.
2. Fuchs-Tarlovsky V, et al. Suplementación con
antioxidantes no previene nefrotoxicidad por
cisplatino en pacientes con cáncer cérvico
uterino avanzado. Rev Venez Oncol, 23, 21-25,
2011.
PALAVRAS-CHAVE
Selênio, Câncer de Colo do Útero, Deficiências
Nutricionais.
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