IDADE MODERNA: GRANDES NAVEGAÇÕES E DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA CONTEÚDOS A causa da expansão O pioneirismo ibérico As principais expedições navais Descobrimento da América e os Tratados Internacionais AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS A causa da expansão O comércio das especiarias (pimenta do reino, o noz-moscada, o açafrão, gengibre, alecrim, o anis, o cravo, a canela dentre outros) e de outros produtos raros na Europa como o papel, a seda, a pólvora, a porcelana e as joias (trabalhadas em ouro, prata e pedras preciosas), motivaram um rico e lucrativo comércio, que enriqueceu a burguesia mercantil e patrocinou a formação das monarquias nacionais. As rotas comerciais desses produtos eram feitas da Europa, a partir do Mar Mediterrâneo, para o Oriente (Índia e China) e norte da África. Durante a Baixa Idade Média as cidades do norte da atual Itália (Gênova e Veneza) dominaram esse comércio. Observe a seguir, um esquema dos principais percursos utilizados por esses comerciantes: Figura 1 – Principais rotas de comércio de especiarias Fonte: Fundação Bradesco Na transição para a Idade Moderna, enquanto na Europa formavam-se as primeiras monarquias nacionais, o Império Turco-Otomano, invadia e dominava o território do Império Bizantino que entrava em decadência. Após consolidarem seu domínio, os turcosotomanos, entraram em contato com o islamismo e, ao se converterem para essa nova fé, decidiram fechar as rotas comerciais das especiarias que passavam pelos seus domínios. Desse modo, os comerciantes das especiarias se viram obrigados a buscarem novas rotas para esse comércio. Contudo, o problema estava em como chegar às Índias sem passar pelos domínios do Império Turco-Otomano. Uma possível solução seria contornar o continente africano, mas mesmo os ricos comerciantes de Gênova e Veneza, não teriam capital para investir em uma expedição de tão grande porte. O pioneirismo ibérico Durante o processo de formação das monarquias nacionais, os países ibéricos (Portugal e Espanha) tiveram relativa vantagem ao se formarem, quando comparados com os demais países da Europa. O muçulmano que ocupava a região centro sul da Península Ibérica, tornou-se o inimigo comum desses reinos católicos, garantindo com que eles se unissem por meio de grandes alianças, ao invés de disputarem o poder em grandes guerras internas como ocorreu nos demais países. Isso favoreceu a forte aliança entre o rei e a burguesia que buscava melhorar as relações mercantis das especiarias visando o lucro. Desse modo, pode-se dizer que Portugal e Espanha, rapidamente tornaram-se Estados Absolutistas e puderam gozar de relativa paz interna e externa. Vale lembrar que a Inglaterra e a França enfrentaram a Guerra dos 100 Anos, que atrasou a consolidação de suas monarquias absolutas e consequentemente a sua participação no processo de expansão marítima do século 15. Figura 2 – Caravela portuguesa Fonte: Wikimedia Commons Além da presença de uma monarquia absoluta capaz de centralizar recursos para investir em grandes expedições navais, os países ibéricos ainda puderam contar com a sua posição estratégica de frente para o Oceano Atlântico, com os conhecimentos herdados com o contato com os Mouros (muçulmanos) e, no caso de Portugal, com a escola de Sagres (reunião itinerante de marinheiros para trocar mapas e experiências navais). Todos esses fatores contribuíram para que, as primeiras grandes expedições pelo Oceano Atlântico em busca de uma nova rota para o comércio das especiarias, fossem encabeçadas por esses países Ibéricos. As principais expedições navais A falta de conhecimento naval motivou os navegantes a irem para o mar mas não se afastarem muito da costa. Existiam muitas lendas sobre um mar tenebroso, habitado por monstros e sereias, que dificultavam essa expansão por novas rotas desconhecidas. Para agravar esse cenário, ao sul, onde o Oceano Atlântico se funde ao Oceano Índico, existe uma área bastante instável chamada de Cabo das Tormentas. Nessa região, muitos navios naufragavam e, por isso, os navegantes não conseguiam passar desse ponto para continuar as expedições rumo as Índias. Nesse contexto, surge um navegante Genovês (nascido na cidade comercial de Gênova, no nordeste da atual Itália), chamado Cristóvão Colombo com uma proposta inovadora. Se apoiando na tese de que o planeta Terra é redondo e imaginando a existência de apenas três grandes continentes (Europa, África e Ásia), ele passou a acreditar que ao navegar em linha reta rumo ao oeste, seria possível cruzar o oceano e chegar às Índias. Figura 3 – Colombo apresentando seu projeto para a corte espanhola Fonte: Wikimedia Commons O plano ousado de Cristóvão Colombo, não foi bem aceito pelos monarcas europeus. A maioria deles acreditava na teoria defendida pela Igreja Católica de que a Terra era plana e que, se navegassem em linha reta, os navios poderiam cair para fora do planeta. Assim, os reis de Portugal, Espanha e Inglaterra, recusaram-se a financiar o seu projeto. Porém, em uma segunda visita a Espanha, Cristóvão Colombo conseguiu ser mais convincente e recebeu dos monarcas espanhóis Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, o apoio para realizar a sua expedição. Na primeira expedição Cristóvão Colombo chega as Antilhas em 1492, sem saber que tinha descoberto um novo continente. Depois dessa expedição ele faz essa mesma viagem por mais três vezes em 1493, 1498 e 1502, sem nunca ter atingido seu objetivo de chegar às Índias. Outro navegante que realizará expedições rumo ao novo continente descoberto por Colombo é o navegante Florentino (nascido cidade de Florença no noroeste da atual Itália) chamado Américo Vespúcio. Sabe-se que esse navegante atuou na Espanha auxiliando na organização da terceira e quarta expedições de Colombo e que em 1502 e 1503 ele chegou a liderar expedições portuguesas para explorar a costa do Brasil que havia sido recém descoberta por Pedro Alvares Cabral. Acredita-se que, Américo Vespúcio foi o primeiro navegante que chegou à conclusão que Colombo não havia chegado as Índias, mas sim a um novo continente, que ele denominou de América em sua própria homenagem. Figura 4 – Américo Vespúcio Fonte: Wikimedia Commons Já em Portugal, os navegantes Bartolomeu Dias e Vasco da Gama, dedicaram-se a tentar contornar o continente africano para chegar às Índias. Em 1487 Bartolomeu Dias consegue dobrar o Cabo das Tormentas que passou a ser chamado de Cabo da Boa Esperança. Apesar do grande feito, ele regressa a Portugal sem chegar às Índias. Essa expedição se completa apenas em 1498 sob o comando de Vasco da Gama que chega a Calicute. Ao estabelecer uma rota segura para as Índias, Vasco da Gama, comandará mais duas expedições para essa região em 1502 e 1524, consolidando a presença portuguesa nas mais lucrativas áreas mercantis do comércio de especiarias. Buscando seguir a rota de Vasco da Gama, o navegante português Pedro Álvares Cabral, sai em uma grande expedição rumo as Índias. Porém, seus navios saíram da rota original devido a uma grande tempestade, que deixou-o à deriva conduzindo-lhe acidentalmente ao novo continente. Esse fato fez com que esse navegante acabasse descobrindo o Brasil e, dias depois dessa descoberta, retomasse o caminho rumo às Índias. Figura 5 – As rotas dos principais navegadores da Idade Moderna Fonte: Fundação Bradesco Descobrimento da América e os Tratados Internacionais As grandes navegações, que buscavam uma rota alternativa para reestabelecer o lucrativo comércio das especiarias, que estava ameaçado com o fechamento das antigas rotas que passavam por dentro do Império Turco-Otomano, foram responsáveis pela descoberta de novos territórios. Nesse contexto, buscando garantir os seus domínios sobre as áreas conquistadas na África, Portugal negociou com o reino de Castela o Tratado de Alcáçovas (1479). Esse tratado foi ratificado pelo Papa Sisto IV em 1481, por meio da bula AEterni regis, que dividia as novas terras do mundo em dois hemisférios onde o norte, pertenceria a Castela e o sul, pertenceria a Portugal. Os anos se passaram e a descoberta de novas terras feitas por Cristóvão Colombo ao navegar o Oceano Atlântico, motivou novas disputas territoriais entre Portugal e Espanha. Os cosmógrafos portugueses argumentaram que essas terras descobertas encontravam-se em áreas que pertenceriam a sua coroa. Desse modo, os monarcas espanhóis rapidamente articularam-se com o Papa Alexandre VI, para estabelecer uma nova divisão do mundo. Assim, em 1493, nasceu a Bula Inter Coetera que estabelecia uma nova marcação, que seria feita por meio de um meridiano e não mais uma paralela como determinava a Bula anterior. Essa nova linha meridional separaria as novas terras descobertas entre Portugal e Espanha. O meridiano seria traçado a cem léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, de modo que as novas terras a Oeste do meridiano pertenceriam a Espanha e as terras a leste, pertenceriam a Portugal. A bula excluía todas as terras conhecidas já sob controle de um estado cristão. Portugal sentiu-se prejudicado com a nova divisão, principalmente por ficar com uma parcela muito pequena das novas terras descobertas por Cristóvão Colombo. Como argumento os portugueses justificavam que era necessário mover a linha mais para oeste, pois ele se estenderia por todo o globo e isso limitaria as pretensões espanholas de dominar algumas terras da Ásia. Os castelhanos recusaram a proposta, mas aceitaram discutir uma nova divisão. Desse modo foi em 1494 que finalmente Portugal e Espanha chegam ao consenso e assinam o Tratado de Tordesilhas que dividia o mundo por um meridiano imaginário que seria traçado a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. As terras a leste dessa linha pertenceriam a Portugal e as terras a oeste pertenceriam a Espanha. Esse tratado foi revalidado em 1506 pelo Papa Júlio II. Dica: Para entender melhor e se aprofundar nesse assunto, ouça o Podcast e resolva as atividades propostas pela respectiva Sequência Didática, sobre Grandes Navegações disponível no Portal EJ@, na Biblioteca Digital, Ciências Humanas, Ensino Médio: Grandes Navegações Figura 6 – O Tratado de Tordesilhas de 1494 Fonte: Fundação Bradesco Anos mais tarde, quando Inglaterra, França e Holanda começam a realizar sua expansão marítima, todas as terras já pertenciam a Portugal e a Espanha pelo Tratado de Tordesilhas. Desse modo, para que esses países excluídos conseguirem colônias na América, eles passaram a invadir e conquistar os territórios desses países Ibéricos ATIVIDADES 1. Explique quais os fatores que levaram os europeus das nações ibéricas lançarem-se em grandes expedições marítimas pelo Oceano Atlântico durante a Idade Moderna. 2. Leia a frase a seguir, do ano de 1540, que foi atribuída ao rei francês Francisco I: "O Sol brilha para todos e desconheço a cláusula do testamento de Adão que dividiu o mundo entre meus irmãos portugueses e espanhóis” Pode-se afirmar que o descontentamento do monarca da França com o Tratado de Tordesilhas está relacionado ao fato de a) suas antigas colônias africanas passarem a pertencer a Portugal. b) o país não ter uma tradição católica e não aceitar a autoridade do Papa. c) os territórios da região norte da América serem doados a Inglaterra. d) excluírem a Espanha dessa divisão por ela ser aliada da França. e) o seu país ter sido excluído da divisão das terras da América. 3. (FUVEST-2003) “Antigamente a Lusitânia e a Andaluzia eram o fim do mundo, mas agora, com a descoberta das Índias, tornaram-se o centro dele”. Essa frase, de Tomás de Mercado, escritor espanhol do século 16, referia-se a) ao poderio das monarquias francesa e inglesa, que se tornaram centrais desde então. b) à alteração do centro de gravidade econômica da Europa e à importância crescente dos novos mercados. c) ao papel que os portos de Lisboa e Sevilha assumiram no comércio com os marajás indianos. d) ao fato de a América ter passado a absorver, desde então, todo o comércio europeu. e) ao desenvolvimento da navegação a vapor, que encurtava distâncias. LEITURA COMPLEMENTAR A Escola de Sagres Em meados do século 15, a Europa passava por diversas transformações no âmbito cultural. Chegava ao fim a Idade Média para dar início à Idade Moderna, período de grandes descobertas. No campo econômico, o feudalismo dava lugar ao mercantilismo, prática econômica em que o Estado intervinha nas negociações. O período também ficou conhecido como Era das Grandes Navegações. Com o fim da Idade Média, um novo período se instaurou: o Renascimento. A Europa necessitava se renovar. O “período das trevas” havia ruído e era tempo de mudanças. Um novo horizonte havia de ser explorado; e com ele, novos continentes, a fim de acúmulo de capitais para repor os prejuízos da era anterior. Nesse contexto, dois países se destacavam: Portugal e Espanha. Ambos os países, controlados pela Igreja Católica, possuíam interesses em comum na descoberta de novas terras para a colonização e, consequentemente, na extração de riquezas e expansão do catolicismo. Sentindo a necessidade de aperfeiçoar a tecnologia marítima e sair na frente na corrida expansionista, Portugal surpreendeu. O infante Dom Henrique, um dos filhos do rei João I, selecionou um grupo com os melhores pilotos, astrônomos, construtores de navios, cartógrafos e matemáticos da época e, em 1417, fundou a Escola de Sagres. Nesse período, os navegantes não tinham noção do que poderiam encontrar fora do continente europeu. Mitos povoavam suas mentes, como o medo de o mar ferver em águas tropicais ou o temor de ficarem negros ao passarem pelo Cabo. Também não possuíam o conhecimento geográfico, tampouco sabiam da existência de outros continentes. Havia só rumores. Com o surgimento da Escola de Sagres, Portugal aperfeiçoou sua tecnologia e se tornou pioneiro na expansão marítima. Suas expedições ficaram famosas pelas descobertas de novos continentes, inclusive a América (mais precisamente, o Brasil) e a Coroa, que já era rica, se tornou milionária. Escravos, especiarias, pedras preciosas, tudo o que encontravam em terras descobertas era apoderado. Foi nesse período que houve o aperfeiçoamento da bússola, instrumento que indica o ponto cardeal Norte, e a invenção do Astrolábio, usado para medir a posição das estrelas. Esses instrumentos facilitaram as expedições marítimas, pois muitos navegantes se perdiam mar afora, acarretando copiosos prejuízos. Também foi inventado o Sextante (para medir ângulos) e o Quadrante (para medir alturas). Alguns historiadores afirmam que a Escola de Sagres nunca existiu. Por não ter nenhum registro histórico, autores dizem que a história não passa de uma lenda que visava promover o Infante de Sagres. SILVA JR, Demercino José. A Escola de Sagres. Alunos On-line do Uol. Disponível em: <http://alunosonline.uol.com.br/historia/a-escola-sagres.html>. Acesso em: 26 fev. 2016. 12h. Curiosidade: Em Portugal, não existe o mínimo sinal de um antigo edifício ou consta em qualquer documento a fundação de um observatório e de uma escola em Sagres. Os portugueses se tornaram navegantes com base em experiências práticas (com acertos e erros), e não tinham exclusividade sobre o conhecimento naval, pois muitos dos instrumentos que usavam (astrolábios e bússolas, etc.) eram invenções de outros povos. Dessa forma, eles não se preocuparam em fundar uma escola para ensinar suas técnicas. Acredita-se que na verdade essa “escola” era reunião itinerante de marinheiros para trocar mapas e experiências navais, ou seja, tratava-se de um tipo de intercâmbio de conhecimentos informais. O ensino era, portanto, rudimentar e foi somente nos últimos anos do reinado de dom João II que houve investimentos nos estudos científicos da navegação portuguesa, que chegaria ao apogeu com dom João III, entre 1521 e 1557. INDICAÇÃO FUNDAÇÃO BRADESCO. Portal EJ@ - Podcast: Grandes Navegações. Disponível em: <http://www.eja.educacao.org.br>. Acesso em: 29 fev. 2016. 8h15min. REFERÊNCIAS ALENCASTRO, L. F. O Trato dos Viventes. Formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Cia das Letras, 1997. CHAUNU, P. Expansão Europeia do Século XIII ao XIV. São Paulo: Pioneira, 1978. FUVEST. Prova tipo V da Primeira Fase do Vestibular da USP de 2003. Disponível em: <http://www.fuvest.br/vest2003/provas/p1f2003v.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2016. 16h. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do Paraíso. São Paulo: Brasiliense, 2002. SILVA JR, Demercino José. A Escola de Sagres. Alunos On-line do Uol. Disponível em: <http://alunosonline.uol.com.br/historia/a-escola-sagres.html>. Acesso em: 26 fev. 2016. 12h. SILVA, Janice T. Descobrimentos e Colonização. São Paulo: Ática, 1991. WIKIMEDIA COMMONS. Américo Vespúcio. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Amerigo_Vespucci.jpg>. Acesso em: 26 fev. 2016. 9h. WIKIMEDIA COMMONS. Caravela Portuguesa. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Caravela_Vera_Cruz_no_rio_Tejo.jpg>. Acesso em: 25 fev. 2016. 15h. WIKIMEDIA COMMONS. Colombo apresentando seu projeto para a corte espanhola. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Emanuel_Gottlieb_Leutze_- _Columbus_Before_the_Queen.JPG>. Acesso em: 26 fev. 2016. 8h30. GABARITO 1. Comentário: Os reinos católicos do norte da Península Ibérica, unificam as suas forças para combater o inimigo comum que eram os Mouros (muçulmanos) que ocupavam a região centro-sul desse território. Assim, nasceram as primeiras monarquias nacionais absolutistas da Europa que logo se associaram a burguesia mercantil. Além disso, Portugal e Espanha, gozavam de uma relativa paz interna, posição geográfica privilegiada e bons conhecimentos navais. 2. Alternativa E. Comentário: Devido ao Tratado de Tordesilhas ter dividido as terras recém descobertas entre Portugal e Espanha, países como França, Inglaterra e Holanda ficaram sem colônias na América. Esse fator os levou a invadir as terras dos países ibéricos e dominá-las, sob a justificativa que não havia um testamento de Adão (personagem bíblico que foi expulso do paraíso e povoou a terra), que determinava quem eram os legítimos donos das terras do mundo. 3. Alternativa B. Comentário: O texto enfatiza como o Mar Mediterrâneo foi gradativamente perdendo sua importância econômica para o Oceano Atlântico, por onde se traçou novas rotas de comércio de especiarias entre a Europa e às Índias.