O MICROCLIMA DE SÃO LOURENÇO 1 Leonardo Fernandes da Costa2 [email protected] Geografia Unifran O presente trabalho tem o objetivo, de analisar o microclima de São Lourenço, para isto, temos observado vários elementos climáticos determinantes neste tipo de estudo, como as temperaturas, precipitações, direção dos ventos, e influência das Palavras chave- Microclima; “Ilhas de Calor”; Elementos Climátic frentes frias na cidade de São Lourenço. Verificaremos como o microclima se comporta sobre a influência do macro, o fenômeno “ilhas de calor” e qual sua atuação. palavras-chave: Microclima; “ilhas de calor”; elementos climáticos. A qualidade da vida humana está diretamente relacionada com a interferência da obra do homem no meio natural, sendo assim, um estudo do microclima de uma região ou município é de suma importância para o planejamento urbano, bem como para o bem estar de sua população. Foram analisados registros de temperatura do ar no período de 22 anos na cidade de Atenas (1961-1982), cobrindo a área de maior densidade populacional. Seus resultados mostram um aumento da temperatura mínima e média no período de estudo, relacionado com o crescimento urbano, (KATSOULIS & THEOHARATOS, 1985). Notamos que o crescimento urbano, expressa uma relação direta com o clima da cidade de Atenas. O objetivo deste trabalho é analisar o microclima da cidade de São Lourenço e atender a população no seu uso econômico, o turismo, e o seu próprio bem estar e analisar o fenômeno ilhas de calor. Em 1933 foi fundada uma estação meteorológica em São Lourenço, considerada uma das primeiras do Brasil. Se encontra em estado incipiente a analise dos dados meteorológicos obtidos na estação de São Lourenço. Os dados utilizados nesta pesquisa foram da estação climatológica do instituto nacional de Meteorologia (inmet). Localizada em São Lourenço, estação nº 83736 Lat22º 06’ S e Long- 45º 01’ W. A analise desses dados permitirá uma melhor compreensão dos 2 Graduado em geografia pela Universidade de Franca UNIFRAN. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 260 padrões de temperatura de São Lourenço nos últimos anos, A estação coleta os seguintes parâmetros meteorológicos: temperatura do ar, umidade relativa, velocidade e direção do vento, radiação solar, pressão atmosférica e precipitação. São Lourenço é constituída por aterros na área central. Quando se faz uma drenagem numa área pantanosa, aumenta a temperatura na região, (Trigueiro, 2005), como São Lourenço é constituída por aterros na área central, temos este fator presente na cidade de São Lourenço. Todo o centro sofreu aterramento (segundo depoimento de moradores), este setor da cidade era área de várzea, quando aterrado virou o centro da cidade, que combinado com a ação antrópica, contribuiu para o aumento local de temperatura e para a formação das ilhas de calor localizadas no ponto central da cidade, como vamos ver no (gráfico 6) no decorrer deste estudo Com dois graus Celsius a mais na temperatura média, São Paulo sofreu um aumento de 60% na quantidade de tempestades e de descargas elétricas nos últimos 50 anos, (PINTO, 2000), sendo assim, as ilhas de calor causam aumento de tempestades, e isto pode estar ocorrendo em São Lourenço; Os eventos de tempestades podem ser conseqüências de vários fenômenos meteorológicos que ocorrem em escala local ou sinótica. Exemplos desses fenômenos são as circulações geradas pelas ilhas de calor urbana (LOMBARDO,1984;FREITAS, 2003), que acumulados com outros fatores desequilibram e geram instabilidade nas precipitações, podendo acarretar em tempestades. A área central é plana e cercada de vertentes, toda água decorrente de precipitações alcança muito rápido o centro através do escoamento superficial, o piso não é impermeável, mas mesmo assim não consegue absolver à água das precipitações. Causando, muitas vezes, alagamentos nas áreas centrais. Diante disso, ocorrem muitos prejuízos no comercio local, e eventualmente, o esquecimento de automóveis na região alagada. A analise dos resultados a seguir, permitira uma melhor compreensão do que pode estar ocorrendo no microclima de São Lourenço. Analise dos resultados A urbanização, de acordo com Lombardo (1985), (SARTORI, 1986), e Gonçalves (2003), impõe modificações no clima local comprometendo a própria atmosfera da cidade, originando o clima urbano. Na (figura 6) é possível perceber o fenômeno das ilhas de calor. A análise das temperaturas registradas em São Lourenço no ano de 2000 a 2009 revela que neste período, que as temperaturas tiveram uma amplitude térmica de 5,4º (figura 1), o que nos permite observar uma discrepância de temperatura em um curto período. Podemos perceber que no ano de 2006 a temperatura mais alta registrada foi 34,6º sendo coletada no dia 25 de janeiro ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 261 as 15 horas, e a temperatura mais baixa no período foi de 29,2º no dia 30 de janeiro de 2009 (figura 1). Percebemos claramente que a temperatura não manteve em um padrão, elas se alteraram muito. A Oscilação Sul é a flutuação inter anual da pressão atmosférica ao nível do mar, no Oceano Pacífico, devido a variações na circulação atmosférica. Normalmente, os ventos alíseos sopram para sudoeste (no hemisfério sul), levando a água da superfície do mar aquecida na região do equador para a costa da Indonésia e Austrália e, com ela, massas de ar também aquecidas. 262 . Figura-1-Distribuição da temperatura por ano e mês. Fonte: estação climatologica do inmet, de São Lourenço. No entanto, a força dos ventos varia de um ano para outro, provocando diferenças na temperatura e pluviosidade nos vários continentes; Através dos fenômenos El Niño e La Niña, que pode estar presente nos outros oceanos também. E com isso, podemos compreender a alteração de temperatura de um ano para o outro. Esse fenômeno, como vemos, altera a temperatura de um ano para o outro no continente, percebemos a temperatura tendo uma discrepância no que concerne a diferença do passar dos anos como podemos ver na figura-1, vamos ver nesse trabalho outro fenômeno de uma macro escala que pode interferir na micro escala, de acordo com a figura-5, onde uma frente fria interferiu no microclima de São Lourenço. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 Na figura 2 percebemos a distribuição das temperaturas durante o ano de 2013, no qual será o objetivo do presente trabalho, temos um padrão sudeste presente neste gráfico, pois segue os meses de começo e final de ano de temperaturas mais elevadas. 263 figura-2 Distribuição da temperatura mês. Fonte: estação climatologica do inmet, de São Lourenço. O mês de Janeiro é de 21,6º as 9 horas, de 26º as 15 horas e de 20,1º as 21 horas; a média do mês de Fevereiro, 22,2º as 9 horas, 28.1º as 15horas e 20.7º as 21horas; no mês de Março, 21º as 9 horas, 25.6º as 15 horas e 20.2º as 21 horas;no mês de Abril, 17.6º as 9 horas, 24.1º as 15 horas e 17.8 as 21 horas; no mês de Maio, 14.8º as 9 horas, 23.7º as 15 horas e 16º as 21 horas; no mês de Junho, 14.2º 9 horas, 23.1º as 15 horas e 16º as 21 horas; no me de Julho, 12.6º as 9 horas, 23º as 15 horas e 14.3º as 21 horas; no mês de Agosto, 14.1º as 9 horas, 24.9º as 15 horas e 15.4 as 21 horas; no mês de Setembro, 18º as 9 horas, 25.9º as 15 horas e 18.3º as 21 horas; no mês de Outubro, 19.5º as 9 horas, 25.2º as 15 horas e 18.5º as 21horas; no mês de Novembro, 21.3 As 9 horas, 25.6º as 15 horas e 19.7º as 21 horas; no mês de dezembro, 23.2 as 9 horas, 26º as 15 horas e 20.8º as 21 horas. Essas são as médias da temperatura do ar do ano em questão, claramente se nota que a temperatura segue o padrão da região sudeste, vai diminuindo de janeiro a julho e depois começa a subir novamente, percebemos isto observando a hora mais quente das temperaturas registradas ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 que são as 15 horas no horário de Brasília, com exceção do mês de Janeiro que foi mais frio do que o mês de Fevereiro. Essa alteração pode ter ocorrido por razão de precipitações prolongadas no mês de Janeiro, pois a chuva e um regulador de temperatura. Nas temperaturas de 21 horas acontece no mesmo sentido dos outros horários observados; Fevereiro é mais quente que Janeiro, nos outros meses percebemos as temperaturas diminuindo até Julho e depois aumentando até chegarmos a Dezembro. Mas esta observação não acontece apenas quando nos focamos nas médias entre Janeiro e Fevereiro, a máxima temperatura de Janeiro é de 30.4º, que ocorre no dia 08|01|13, sendo a de Fevereiro 31º, no dia 22|02|13. Percebemos neste ano uma temperatura maior no mês de Fevereiro em detrimento do mês de Janeiro. Na figura 3 observamos a umidade relativa do ar de São Lourenço no horário de Brasília distribuída ao longo do ano, nos meses de Janeiro a dezembro. Foram captadas as seguintes médias de porcentagens de umidade no ar: no mês de Janeiro, 84 as 9 horas, 68 as 15 horas e 91 as 21 horas; no mês de Fevereiro, 84 as 9 horas, 59 as 15 horas e 87 as 21 horas; no mês de Março, 87 as 9 horas, 69 as 15 horas e 89 as 21 horas; no mês de Abril, 91 as 9 horas, 64 as 15 horas e 89 as 21 horas; no mês de Maio, 94 as 9 horas, 58 as 15 horas e 88 as 21 horas; no mês de Junho, 96 as 9 horas, 62 as 15 horas e 93 as 21 horas; no mês de Julho, 92 as 9 horas, 52 as 15 horas e 87 as 21 horas; no mês de Agosto, 84 as 9 horas, 42 as 15 horas 77 as 21 horas; no mês de setembro, 79 as 9 horas, 48 as 15 horas e 76 as 21 horas; no mês de Outubro, 78 as 9 horas, 56 as 15 horas e 81 as 21 horas; no mês de Novembro, 78 as 9 horas, 62 as 15 horas e 84 as 21 horas; no mês de Dezembro, 79 as 9 horas, 65 as 15 horas e 86 as 21 horas, detalhando as umidades relativas dos meses do ano percebemos um padrão normal na região sudeste que são de umidades mais altas pela manha e noite e uma umidade mais baixa durante o dia, o padrão do Estado de Minas Gerais. O Posto de Meteorologia de São Lourenço registrou a Umidade Relativa do Ar mais baixa na cidade, nos 12 meses. A umidade do ar é mais baixa principalmente no final do inverno e início da primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas. A umidade fica mais alta: sempre que chove devido à evaporação que ocorre posteriormente, em áreas de floresta, como a do parque das águas, ou próxima ao rio Verde, que abastece a região. Nos meses de Setembro, Outubro e Novembro o ar seco inibe a formação de nuvens de chuva. E referindo a recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que estabelece ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 264 que índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana, São Lourenço, registrou durante o ano, nos meses de Agosto, Setembro, Outubro e Novembro umidades abaixo do indicado pela ( OMS). Esses registros não comprometem a saúde da população, apesar de terem ficado abaixo do 265 Figura-3 distribuição da umidade relativa do ar mês Fonte: estação climatologica do inmet, de São Lourenço. Ideal e de ter registrado baixa umidade, isso é exceção, pois não é ao longo de todo o dia, a cidade raramente sofre com problemas de baixa umidade relativa do ar. Mesmo no mês mais seco, Setembro, a média da umidade relativa é igual a 70.1% ( inmet), Na (figura 4), a precipitação segue o padrão do sudeste, percebendo-se uma estiagem nos meses de Maio, Junho, Julho e Agosto com um leve aumento nos mês de Setembro, seguindo de grande período de precipitação nos outros meses do ano. A precipitação, no começo de ano e final, é de suma importância, pois o rio que passa em São Lourenço abastece a represa de Furnas e quando não a presença da chuva na região, pode ser comprometido o fornecimento de energia. Nos mês de Janeiro temos precipitações constantes, podendo acarretar em enchentes no centro da cidade, mas no ano de 2013 não ocorreu esse desastre no município, pois quando ocorre, temos grandes prejuízos ao comercio local. Esse problema costuma ocorrer quando temos ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 o fenômeno “trombas d’águas”, são despejadas grandes volumes de água na cidade de Passa Quatro provocando enchentes nos municípios que estão abaixo na bacia hidrográfica. 266 Figura-4 distribuição das precipitações mês. Fonte: estação climatologica do inmet, de São Lourenço. O último grande problema de São Lourenço, relacionado a enchente, foi no ano de 2000, (segundo depoimentos de moradores), ocorreu 4 fenômenos “trombas d’águas”, na cidade de Passa Quatro, e já tinha ocorrido um grande volume de precipitações (inmet) no ano de 2000 em São Lourenço, acarretando enchente na cidade. Encheu todo o Centro, chegando a alguns bairros, como Federal, Estação. No Centro, alguns moradores ficaram ilhados em seus apartamentos. Mas nesse período se deu após 2000, ocorreram vários momentos em que o Rio Verde transbordou, mas não causando maiores transtornos. Para termos uma melhor compreensão da distribuição do clima em São Lourenço, vamos analisar a figura 5, que mostra uma frente fria chegando ao país, e assim podemos ver a influencia do macro clima em um clima local, com a chegada dessa frente fria a temperatura cai em São Lourenço, podemos observar que a temperatura no dia 11 Janeiro era de 20.8º no dia da chegada da frente fria, a temperatura caiu drasticamente, pois era de 21.8º no dia 10, e de 25.4º no dia 9 de Janeiro (inmet). ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 Na aproximação da frente fria verificamos temperaturas um pouco mais altas, devido à presença do ar quente e úmido que estava atuando horas antes da frente fria, percebemos que o choque térmico, provocou uma tempestade. Notamos como esse ar quente e úmido causou a formação de muitas nuvens que resultaram em precipitação. A massa de ar seco e frio empurrou a massa de ar quente e úmido, ou seja, o vento de quadrante sul que ocorreu na passagem da frente fria. Podemos observar que a frente aumentou a velocidade do vento (inmet) e causando uma grande tempestade, com uma precipitação de 107.4 mm de chuva (inmet) o dia que mais choveu, sendo mais do que o dobro da somatória da coleta do mês de Janeiro até então, e não notamos um volume de chuva tão grande em outros dias do mês de Janeiro. Figura-5 imagem de satélite (11\01\2013)demonstrando uma Passagem fonte: Cptec/impe Após dias chuvosos, o ar frio polar entrou com força sobre a região causando queda acentuada da temperatura. O ar polar vai perdendo força e a temperatura entra em elevação. Mas a sensação de frio persiste por um tempo. O frio facilita a formação da neblina ao amanhecer nos dias após a frente, mas se dissipa e dá lugar ao sol, nos dias pela manhã. O fenômeno ilha de calor em São Lourenço é notado na figura 6, mostrando o registro da temperatura às 15h, no horário em que mais se torna perceptível, o fenômeno, por ser a hora que mais se intensifica a incidência solar. Nesse momento é registrado uma elevada temperatura. O cronograma mostra como a temperatura se torna diferente em alguns pontos da cidade, notamos um aumento de temperatura no centro da cidade, onde temos os fatores que mais agrega a presença do fenômeno ilhas de calor, como a verticalização, o próprio calçamento que ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 267 ajuda a esquentar e o intenso movimento de veículos e pedestres (pois trata-se da área mais desenvolvida da cidade), como podemos notar na (fig-6). No bairro Nossa Senhora de Fátima onde captamos as temperaturas mais amenas, por razões de muitas áreas desabitadas, pouco transito (área residencial), caracterizando uma resposta na temperatura do bairro, onde podemos perceber uma temperatura de 32ºc às 15h na parte sul do 268 Figura-6-.Distribuição da temperatura em São Lourenço as 15 h. Fonte: dados do pesquisador – coleta em trabalho em campo. Temperatura medida em 26/12/2013 município, e a noroeste da cidade temos uma temperatura de 32,5ºc onde se localiza o bairro Carioca, trata-se de uma área também residencial, mas com um fluxo maior de veículos, e com uma pequena presença de comércio no bairro. Percebemos como o fenômeno “ilhas de calor” esta presente nomunicipio, e onde as temperaturas são mais elevadas. Conclusão ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 Ficou demonstrado neste trabalho que São Lourenço registrou um aumento da temperatura, causado pelo adensamento populacional, comprometendo o bem estar da população. Uma questão que esta clara é que São Lourenço tem uma estação climática bem definida quanto as estações chuvosas e secas: o verão ( dezembro, janeiro, fevereiro), um período chuvoso, e o inverno (junho, julho, agosto), um período de estiagem, consoante ao clima do estado de Minas Gerais. Outra questão que buscamos definir é como a mesoescala interfere no clima de São Lourenço, como no caso da passagem da frente fria que alterou o clima do município, bem como o aumento das precipitações. Quanto ao fenômeno Ilhas de calor em São Lourenço, podemos notar a sua presença, sobretudo, no centro da cidade, percebendo que o processo de urbanização teve um importante papel neste aumento e o registro desta elevada diferença de temperatura nos pontos da cidade, já esta em estagio de comprometer o bem estar de sua população. Analisando o microclima de São Lourenço, percebemos que ele já esta comprometido pela ação antrópica, como foi demonstrado no presente trabalho, mas em se tratando de planejamento ambiental urbano, precisamos de outros estudos para melhor compreender as interferências locais que esse pode ter sofrido. Abstract This paper aims to analyze São Lourenço’s microclimate. For this purpose, many climate determining elements had been observed in this kind of study, such as temperature, precipitation, wind direction, and cold fronts influence over the city of São Lourenço. We’ll look into the heat inslands phenomena and what is it’s role in this micro climate. Key words: Microclimate; hot islands; climatic elements. Referências bibliográficas CPTEC/INPE- Centro de pesquisas técnicas espaciais/Instituto Nacional de pesquisas Espaciais. Ilhas de Calor e frescor urbanas no Bairro Camobi, Santa Maria/RS, em situação atmosférica de domínio da massa polar atlântica no inverno.................. 23 Franciele Francisca M. Rovani, Eduino ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 269 Rodrigues da Costa, Roberto Cassol, Maria da Graça Barros Sartori Publicação da Associação Brasileira de Climatologia. GONÇALVES, N. M. S. Impactos pluviais e desorganização do espaço urbano em Salvador. In: MENDONÇA, F de A.; MONTEIRO, C. 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