“As empresas europeias procuram gestores que falem português”

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ID: 40425274
27-02-2012 | Emprego & Universidades
Tiragem: 18729
Pág: 5
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 27,57 x 29,22 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
20.000
O MBA Atlântico custa 20 mil euros, valor
que inclui as semanas em Angola e no Brasil.
ENTREVISTA
“As empresas europeias procuram
gestores que falem português”
Álvaro Nascimento, responsável pelo MBA Atlântico, diz que quadros portugueses são alvo apetecido de multinacionais.
O
Paula Nunes
MBA Atlântico foi criado para
formar gestores que saibam fazer negócios com o mundo que
falaportuguês.Paraisso,osalunos portugueses passam um
trimestre em Angola e outro no
Brasil, revela em entrevista ao “Capital Humano”,
Álvaro Nascimento, director da EGP e da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade CatólicadoPorto.
Como nasceu o MBA Atlântico?
O MBA Atlântico nasceu para responder ao que
achamos ser uma das debilidades da economia
portuguesa e do sector empresarial. Consideramos que uma das formas de internacionalizar a
nossa economia é sermos capazes de criar empresas competitivas a nível mundial, o que significa
formar quadros que possam responder a este desafio de se afirmarem num espaço económico
constituído pelos países de expressão portuguesa.
Primeir surge Angola e depois o Brasil, até porque
são países com os quais a Universidade Católica
tem relações muito estreitas, a quem lançámos o
desafiodelançarumprogramainovadorediferenciador, que pudesse reforçar a relação empresarial
entre os três países. O MBA Atlântico nasce do sonho de criar um bloco economico sólido assente
nalínguaportuguesa,naeconomiamundial.
Estão a terminar a segunda edição, que balanço faz da inserção dos alunos no mercado
internacional?
O que posso dizer é que a maioria dos alunos que
frequentou o MBA Atlântico acabou por mudar
de emprego. Muitos escolheram empresas fora de
Portugal. Há um caso de um gestor que escolheu
uma empresa em França, que não tem a ver com
Portugal,AngolaouBrasil.MashojenaEuropahá
uma procura muito grande por gestores que falem português, porque esses países em desenvolvimento estão a crescer rapidamente e isso transforma estas pessoas, com estes conhecimentos de
mercado e formação, em alvos preferenciais para
recrutamento. Achamos que este é um processo
de sedimentação, porque o programa está ainda
numa fase de afirmação. Mas começamos a ter resultados muito interessantes no reforço da relação entre alunos, entre universidades e empresas,
Álvaro Nascimento, director da EGP e da
Faculdade de Economia e Gestão da
Universidade Católica do Porto,
entrevistado no “Capital Humano” do ETV.
“
A maioria dos
alunos que
frequentou [o
MBA Atlântico]
acabou por
mudar de
emprego.
num processo de solidificação de uma relação internacional num activo que é muito nosso que é a
línguaportuguesa.
O domínio da língua é o principal factor que
torna os portugueses tão atractivos no mercado internacional?
Não é apenas a língua. Mas o domínio da língua é
um elemento importante para esses países, porque a percentagem de gestores que falam português, no Brasil e em Angola, é muito reduzida. O
que significa que qualquer empresa que queira
entrar nesses mercados terá essa dificuldade que
pode ser resolvida com o recrutamento de portugueses. Principalmente se for um português que
perceba desses mercados Há outras questões
como as competências técnicas, porque as uni-
versidades portuguesas são conhecidas internacionalmente por terem currículos muito ajustados e serem muito exigentes na preparação dos
seus alunos. E isso transforma os portugueses
num alvo apetecível nos mercados internacionais. Por isso, o número de portugueses qualificados a emigrar tem vindo a crescer. Mas convém
perceber que hoje em dia há uma grande dificuldade em gerir expatriados e muitas empresas internacionais procuram para as suas operações
locais quadros locais que percebam o que está
para além da realidade local. No MBA Atlântico
quando formamos angolanos com experiência
no Brasil e Portugal, é mais que formar quadros
que percebem dos mercados do Brasil e Portugal,
porque quando vêm a Portugal conhecem a realidade europeia. ■ Madalena Queirós
ID: 40425274
27-02-2012 | Emprego & Universidades
Tiragem: 18729
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 14,73 x 10,87 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
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Europa quer quadros
portugueses, diz
Àlvaro Nascimento,
director da EGE P.5
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