Lição 13 – Cristãos Exemplares Texto Bíblico: Romanos 16.1-15 O apóstolo Paulo termina sua Carta aos Romanos citando os nomes de cristãos que se tornaram exemplos e passaram a ser bênçãos, pela maneira como desenvolveram a sua vida cristã. Juntos a nomes pessoais estão citações de famílias que também adotaram o mesmo padrão de fidelidade. Certamente essas famílias foram exemplares tanto na igreja como na comunidade onde viviam. O capítulo 11 de Hebreus é conhecido como “a galeria dos heróis na fé do Antigo Testamento”. Nessa linha, seria possível chamar a citação nominal do capitulo 16 de Romanos de “a galeria de crentes do Novo Testamento”. É correto afirmar que em outras igrejas neotestamentárias, havia também homens e mulheres especiais que eram modelos de comprometimento com o Reino de Deus. Os judeus do primeiro século exerciam com muita propriedade atividades comercias. No exercício dessas funções, eles percorriam estradas para concretizar os seus negócios. Paulo pode não ter estado com esses cristãos em Roma, mas onde os encontrou tornou-se amigo deles, e estes cristãos sempre evidenciavam de algum modo a sua fidelidade a Jesus Cristo. No conjunto das citações, há 24 nomes pessoais, sendo que 1/3 desses nomes são de mulheres, que naquele tempo se tornaram muito importantes na fixação do Reino de Deus. Acrescentou-se ainda a referência de duas famílias, igualmente fiéis. Todos os nomes são igualmente importantes. Destacaremos alguns para efeito do nosso estudo, sem menosprezo aos demais, porque são igualmente muito importantes; por isso fazem parte do texto bíblico. Essas vidas exemplares na Igreja em Roma é um apelo para todos em todos os tempos que lessem a Carta aos Romanos. Nenhuma Igreja fica restrita ao espaço físico do templo e suas dependências. Ela está também inserida em uma comunidade. Pode ser comum, nos dias de hoje, vermos pessoas levando nas mãos uma Bíblia, identificando que caminham na direção de um templo evangélico. Mas precisamos ser identificados como crentes, principalmente, por ter uma vida bem relacionada com o divino livro que carregamos. Podemos ter hoje igrejas numericamente maiores. Mas a maior expressão numérica precisa ter também maior número de crentes exemplares, a exemplo do que acontecia na Igreja em Roma. Nossas comunidades precisam multiplicar vidas exemplares, como foram a da Diaconisa Febe, a do casal Áquila e Priscila, a das irmãs Trifena e Trifosa e tantos outros fiéis que marcaram a Igreja em Roma. 1 – Febe Diaconisa na Igreja de Cencréia. No silêncio do exercício do seu ministério diaconal, ajudou a muitas pessoas, inclusive ao apóstolo Paulo. Exerceu seu ministério na prática, com dedicação muito especial. Foi o instrumento para que a Carta aos Romanos chegasse com segurança aos seus destinatários. Soube compartilhar os seus recursos para ajudar aqueles que precisavam. 2 – Priscila e Áquila Foi um casal reconhecidamente companheiro de Paulo no serviço a Jesus Cristo, mesmo que para isso tivesse que arriscar as suas próprias vidas. Paulo os encontrou em Corinto, e unidos ficaram também pelo exercício da mesma função profissional: fabricantes de tendas. Paulo se hospedou na casa deles. Eles desfrutaram do privilégio de receber em sua casa a Igreja. Nos primeiros tempos do cristianismo havia poucos templos. Áquila e Priscila ofereceram não apenas o espaço físico de sua casa, mas eles mesmos eram exemplo para a Igreja que ali estava congregada. 3 – Epêneto Estava entre os primeiros frutos de conversão no ministério de Paulo, na cidade de Corinto. Tornou-se um amigo especial do apóstolo. Soube aproveitar este feliz relacionamento para crescer na vida cristã e tornar-se um exemplo para a sua comunidade. 4 – Andrônico e Júnia Eram hebreus a exemplo de Paulo. Tornaram-se cristãos muito especiais porque se tornaram solidários a Paulo, quando os três estiveram presos e compartilhavam a fidelidade a Jesus Cristo, acima de qualquer coisa. Tudo indica que se converteram a Cristo antes de Paulo ter contado a sua experiência pessoal na estrada de Damasco. Andrônico e Júnia forampregadores missionários e transmitiram a mensagem com fidelidade, como fazia os crentes exemplares. 5 – Apeles Ele está entre os nomes que não há nenhuma outra citação em outra parte do texto bíblico. A referência sobre ele é curta, mas é tudo o que deveria ser dito sobre um cristão, principalmente sobre crentes exemplares. Diz o texto bíblico: “Apele aprovado em Cristo” (Rm 16.10). Tudo quanto realizou, tudo quanto compartilhou, na visão de Deus foi: “aprovado em Cristo”. Ser crente exemplar não é estar à procura da aprovação humana, mas poder ser aprovado por Deus. 6 – Família de Aristóbulo e de Narciso Entre o grupo de nomes de pessoas estão incluídas essas duas famílias. Elas se destacaram por formarem também uma comunidade cristã. A fidelidade pessoal poderia ser compartilhada pela família e seria um instrumento mais amplo para fazer conhecido a multiplicidade de crentes fiéis, o que poderia alcançar também outras famílias. 7 – Trifena e Trifosa Provavelmente eram irmãs gêmeas. Os seus nomes significavam delicada (Trifena) e deliciosa (Trifosa). Sobre elas Paulo se referiu: “muito trabalharam no Senhor” (Rm 16.12). Não háuma dimensão para colocar a extensão do trabalho que realizaram. A palavra “muito” significa que elas trabalharam muito além daquilo que imaginamos. Pode-se afirmar que a palavra de Paulo à Igreja em Corinto também se aplica a Trifena e Trifosa: “... sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor” (1Co 15.58). Na mesma dimensão de servir ao Senhor estava Pérsida. 8 – Maria É um nome muito conhecido no texto bíblico. Diversas irmãs tiveram este nome e foram bênçãos. Algumas marcadas por presença significativa durante o ministério terreno de Jesus. Sobre esta Maria é dito: “trabalhou muito por nós” (Rm 16.6). Ela teve dedicação integral no servir. Foi sempre muito útil ao ministério de Paulo. Quanto à sua Igreja em Roma, sempre se colocou como serva disponível para o trabalho. Desta maneira, foi igualmente bênção para Paulo e para a sua Igreja em Roma. 9 – Urbano Este era o nome de um escravo, mas que tinha sempre muito prazer em ser útil. Sobre ele, Paulo disse: “nosso cooperador em Cristo” (Rm 16.9). Desenvolvia ações sem escolhê-las ou requerer posições. Estava consciente de que para cooperar não se impõe condições. Ficava sempre pronto para o exercício da cooperação que era solicitado. Seu trabalho era primeiramente para Cristo, por isso estavaajustado à expressão do hino 410 do Cantor Cristão: “No serviço do meu Rei eu sou feliz”. Para pensar e agir - Nossa famílias, a exemplo das famílias de Aristóbulo e Narciso, podem ser modelares na fidelidade a Deus. - Neste tempo Deus procura outros Apeles, cujas vidas possam receber o título: “aprovado em Cristo”. - Trifena, Trifosa e Pérsida foram conhecidas porque muito trabalharam para o Senhor. Como é o nosso trabalho no Senhor? - Neste tempo em que há multiplicidade de templos, a relevância da nossa família pode ser referida como “a igreja que está em sua casa”? - Crentes companheiros de outros crentes precisam sê-lo também nas horas das adversidades. É assim que procedemos? - Bons relacionamentos entre crentes podem favorecer o aumento de crentes fiéis. - Ser abençoado com muitos recursos materiais deve ser visto como um feliz caminho para abençoar outras pessoas, a exemplo do que fez a Diaconisa Febe. Leitura Bíblica Diária: Segunda-feira: Atos 18.2; 2Timóteo 4.19 Terça-feira: Atos 18.18 Quarta-feira:1Coríntios 16.15; 3João 5-6 Quinta-feira: Colossenses 4.15; Gálatas 1.22 Sexta-feira:2João 1; Atos 2.26 Sábado:1Coríntios 16.19; Atos 18.28 Domingo: Salmos 133.1