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Resumos dos Painéis apresentados no XIX Congresso
de Iniciação e Produção Científica e XVIII Seminário
de Extensão da Escola de Ciências Médicas e da
Saúde da Universidade Metodista de São Paulo,
realizado nos dias 11 e 12 de novembro de 2016
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO E MANEJO
DE PACIENTES COM SINDROME DE DOWN
Maria Cristina Duarte FERREIRA
Marcela Simões VALENTE
Kelbia Anunciação FERREIRA
Sucena Matuk LONG
Erika Josgrilberg GUIMARÃES
INTRODUÇÃO: A Síndrome de Down (SD), é a síndrome genética mais comum na
raça humana, caracterizada pela trissomia do cromossomo 21 e está associada a deficiência
intelectual, anormalidades físicas e craniofaciais. O primeiro relato da síndrome ocorreu
em 1866, pelo médico inglês John Langdon Down, daí a denominação dessa síndrome.
Sua incidência é de 1/700 crianças nascidas vivas, e está relacionada com a idade materna,
podendo ocorrer em qualquer família, independentemente da classe social ou raça. Com
o avanço das ciências médicas, observa-se um aumento na sobrevida desses pacientes.
Cerca de 40% dos indivíduos com SD apresentam cardiopatia congênita, podem apresentar obstrução das vias aéreas superiores, frouxidão ligamentar com comprometimento do
ligamento atlanto-axial, hipotonia muscular generalizada o que promove uma macroglossia
relativa, associada a atresia de maxila, apresentam atraso na erupção dentária e sequência
de erupção pode se aesyar alterada com agenesias e microdontias. A maloclusão ocorre
com alta prevalência de mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior. Também é
observada a alta frequência de doença periodontal, que pode ser atribuída a baixa imunidade e a frouxidão ligamentar. Na odontologia, é muito importante estabelecer uma boa
comunicação, para auxiliar no manejo do paciente, e para ele tenha confiança no cirurgião dentista, colaborando com o tratamento. RELATO DE CASO: Paciente I.L.F, gênero
feminino, 8 anos, com diagnóstico de Síndrome de Down apresentou-se na na Clínica
Infantil da Universidade Metodista de São Paulo para tratamento. Na anamnese a mãe
relatou que a criança é a filha mais nova, muito mimada, que fez cirurgia cardíaca aos 2
meses de vida, cateterismo aos 5 meses e apresenta hipotireoidismo. No exame clinico foi
observado a presença de dentição mista, com apinhamento, giroversões e falta de espaço
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para erupção dos dentes permanentes, com necessidade de moldagem para planejamento
ortodôntico. Na avaliação do diário alimentar foi observado uma dieta não cariogênica e o
mapa de higiene mostrou um resultado de baixo risco com índice de placa de 23%. Houve
muita dificuldade para realização dos procedimentos para exame clinico, evidenciação,
profilaxia e moldagem, sendo necessário o uso das técnicas de manejo, como dizer/mostrar/fazer e repetir muitas vezes. Ao final optou-se para a não realização do tratamento
ortodôntico no momento e aguardar para quando a paciente apresentar mais compreensão
e maturidade para a instalação e manutenção de aparelho ortodôntico. CONCLUSÃO: A
execução das técnicas de manejo e incentivo familiar são fundamentais para a realização
do tratamento odontológico em pacientes com SD e, os cuidados preventivos devem ser
instituídos precocemente, para promover saúde bucal adequada e melhor qualidade de vida
PALAVRAS CHAVE: síndrome de Down; Adaptação psicológica; Odontologia
R E F E R ÊN C I A S :
Abanto J, Ciamponi AL, Francischini E, Murakami C, de Rezende NP, Gallottini M. Medical problems and
oral care of patients with Down syndrome: a literature review. Spec Care Dentist. 2011 Nov-Dec;31(6):197-203.
Oliveira AC, Czeresnia D, Paiva SM, Campos MR, Ferreira EF. [Utilization of oral health care for Down syndrome patients]. Rev Saude Publica. 2008 Aug;42(4):693-9.
Diéguez-Pérez M, de Nova-García MJ, Mourelle-Martínez MR, Bartolomé-Villar B. Oral health in children with
physical (Cerebral Palsy) and intellectual (Down Syndrome) disabilities: Systematic review I. J Clin Exp Dent.
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