o estudo da sentença matriz das sentenças subordinadas

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ANAIS ELETRÔNICOS
ISSN 235709765
O ESTUDO DA SENTENÇA MATRIZ DAS SENTENÇAS
SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS EM DUAS GRAMÁTICAS
FUNCIONALISTAS
Raissa Gonçalves de Andrade MOREIRA
[email protected]
Universidade federal de campina grande (UFCG)
Samyra Ferreira Ramos RODRIGUES
[email protected]
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Orientadora: Maria Augusta Gonçalves Macedo Reinaldo
[email protected]
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
RESUMO
Os estudos na área da língua foram se ampliando, trazendo-nos além da famosa e tão
temida gramática tradicional, outras que diferem no que diz respeito à divisão,
sequência e definição dos conteúdos. Visamos problematizar a sentença Matriz em
cada uma das gramáticas, a saber: Gramática do português brasileiro (2010) de Ataliba
Teixeira de Castilho e Gramática de usos do português (2000) de Maria Helena de
Moura Neves. A presente pesquisa é motivada pelo questionamento: Como a sentença
matriz das orações subordinadas substantivas é abordada pelas gramáticas
funcionalista de Neves (2000) e Castilho (2010)? Buscamos, através desse trabalho,
apresentar a abordagem das gramáticas funcionalistas nas referidas gramáticas quanto
ao estudo da sentença matriz nas sentenças subordinadas substantivas. Também
pretendemos verificar as diferenças e semelhanças teóricas encontradas nas duas
gramáticas mencionadas e as implicações da perspectiva funcionalista para o ensino
de gramática para os alunos de nível médio. Sendo assim, o desenvolvimento desta
pesquisa é de cunho bibliográfico. Numa breve avaliação deste estudo acerca das
gramáticas de Neves (2000) e de Castilho (2010), ambos respaldados em descrições
funcionalistas e assentados em usos coletados de corpus de grande representatividade
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e dimensão, apreendemos que as descrições pelos autores encontradas são
complementares, não divergentes. No decorrer do estudo, encontramos as várias
propriedades que são apontadas pelos dois autores, e percebemos que elas possuem
algumas peculiaridades que se somam, sem entrar em contradição.
Palavras-Chave: Gramática tradicional. Gramática funcional. Sentença matriz. Ensino
de sintaxe
1. INTRODUÇÃO
Quando se fala no estudo da língua, inevitavelmente pensamos em gramática.
Ao falar sobre a gramática o comentário que frequentemente escutamos dos alunos é
que “a gramática é apenas um livro que dita à forma como se deve escrever”, “não
consigo decorar todas as regras que constam na gramática”. A partir dessas
concepções podemos preferir que os alunos estão habituados ao ensino restrito da
gramática tradicional (GT). Apesar de a concepção tradicionalista ser vigente até os
dias de hoje, muitas foram às transformações sofridas pela gramática. Os estudos na
área da língua foram se ampliando, trazendo-nos além da famosa e tão temida
gramática tradicional, outras que diferem no que diz respeito à divisão, sequência e
definição dos conteúdos.
Tendo isso, refletimos sobre a amplitude dos estudos gramaticais, e
observamos que o estudo das sentenças – orações para a gramática tradicional – no
português apresenta diferentes vertentes. Alguns gramáticos tradicionalistas
categorizam que as orações são divididas em dois grandes grupos: o grupo de orações
que não dependem uma da outra, as chamadas orações coordenadas, e as orações que
interdependem, as chamadas orações subordinadas.
Considerando apenas o estudo da matriz das sentenças subordinadas,
buscamos, através desse trabalho, apresentar a abordagem das gramáticas
funcionalistas Gramática de usos do português de Neves (2000) e a Gramática do
português brasileiro de Castilho (2010). Também pretendemos verificar as diferenças e
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semelhanças teóricas encontradas nas duas gramáticas mencionadas e as implicações
da perspectiva funcionalista para o ensino de gramática para os alunos de nível médio.
Tendo isso, a presente pesquisa é motivada pelo questionamento: Como a sentença
matriz das orações subordinadas substantivas é abordada pelas gramáticas
funcionalista de Neves (2000) e Castilho (2010)?
Os objetivos anteriormente elencados foram motivados pela nossa intenção
de pensar a influência do estudo funcionalista para o ensino de nível médio nas
escolas. Consideramos de fundamental importância refletir sobre os conceitos
propostos pela perspectiva funcionalista. Acreditamos que é necessário refletir sobre
esses estudos inovadores para o ensino nas escolas, uma vez que subordinar o aluno a
uma abordagem estritamente tradicional pode restringir o conhecimento. Visando
isso, decidimos nos centrar apenas no estudo da sentença matriz por entender a
amplitude do estudo das sentenças subordinadas substantivas.
Tendo isso, para desenvolvermos esta pesquisa de cunho bibliográfico, iremos
apresentar na seção seguinte o patamar teórico das gramáticas referidas, quanto ao
estudo da matriz da sentença subordinada, a fim de chegarmos a possíveis
constatações sobre este estudo.
2. A ABORDAGEM FUNCIONALISTA PARA O ESTUDO DA ORAÇÃO MATRIZ NAS
SENTENÇAS SUBSTANTIVAS
Como apresentamos na seção anterior, nesta seção discorreremos sobre as
considerações teóricos das gramáticas funcionalistas de Neves (2000) e Castilho (2010)
atentando para as inovações trazidas por cada um desses autores.
2. 1 Sentença matriz da oração subordinada substantiva para Neves (2000)
Na Gramática de Usos do Português (2000), Neves inicia o estudo das orações
substantivas conceituando que esse tipo de oração equivale ao sintagma nominal.
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Apresentando características de um elemento nominal, elas podem apresentar
correspondência a) com um substantivo (+ determinante) como em: É preciso esperar
A VINDA de outro outono. Com o sintagma o fato de que, o fato de + verbo, como em:
O senhor notou O FATO DE QUE frei Tito teve enterro religioso, mesmo sendo suicida.
Ou com um infinitivo substantivado como em: Ouviu-se o PARTIR violento de vidros.
Neves (2000) inova ao apresentar primeiramente o modo de construção da
sentença (como consta anteriormente) e o modo de conexão da sentença, quando
apresenta que as sentenças substantivas: a) podem vir introduzidas por uma
conjunção integrante, estando o verbo (que, em alguns casos pode estar elíptica),
nesse caso, sempre em uma forma finita (indicativo ou subjuntivo), e b) vêm
justapostas, iniciando-se por palavras interrogativas ou exclamativas, podendo o
verbo estar em sua forma finita ou infinita.
Só após apresentar esses dois modos em relação às sentenças substantivas é
que Neves (2000) vai adentrar na tipificação das orações propriamente falando. Ao
apresentar o tópico, a autora introduz a relação da oração matriz (ou principal, na
denominação tradicional) com as orações substantivas, salientando que elas se
encaixam ou se integram.
Outra inovação da gramática de Neves (2000), em relação à gramática
tradicional, é que ao invés de apresentar a tipologia das orações substantivas, a autora
identifica três grandes funções desse tipo de sentença subordinada: a função
argumentativa, a função predicativa e a função apositiva.
A primeira função, ou função argumentativa¸ são caracterizadas por Neves
(2000) como aquelas que são introduzidas por conjunção integrante e geralmente
funcionam como complemento de um termo dentro da oração. Em relação ao estudo
da oração principal, a pesquisadora aponta que essas orações completivas funcionam
como argumento ou participante. Os argumentos se dividem em três, o primeiro é o
Argumento do verbo, ou seja, é quando um verbo é exigido pela oração principal. Essa
oração completiva pode exercer todas as funções argumentais ligadas a verbo que são
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exercidas por um sintagma nominal, sendo essas as funções de sujeito, objeto direto –
essas sem preposição – e objeto indireto – essa com preposição.
O segundo tipo de argumento é o de Complementação de substantivo
(preposicionado) no qual a oração completiva exige um substantivo. Ex: Tenho certeza
de QUE ela não vem. O terceiro e último argumento é o de Complementação adjetiva
(preposicionado). Nesse argumento a oração completiva exige um adjetivo. Ex: Todo
mundo está interessado em QUE se melhore o planeta.
Após fazer colocações em relação à função argumentativa das orações
substantivas, a autora apresenta a segunda função: predicativa. Neves (2000)
conceitua que “As orações completivas podem ser predicativas, isto é, funcionam
como predicativo do sujeito da oração principal”. Por último, a autora apresenta a
função apositiva das orações substantivas, na qual as orações completivas funcionam
como aposto da oração principal.
Além de todas as inovações apresentadas anteriormente acerca da classificação
das orações, a autora ainda sistematiza o estudo das orações ao classificá-las em dois
subtipos: os subtipos semânticos de orações substantivas e os subtipos funcionais das
orações substantivas. Não adentraremos no estudo desses subtipos porque nossa
pesquisa visa o estudo das sentenças matriz. Abaixo encontramos um esquema que
ilustra a teoria anteriormente mencionada:
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1 - Esquema das orações subordinadas substantivas – Neves (2000)
2.2 Sentença matriz da oração subordinada substantiva para Castilho (2010)
Na gramática do português brasileiro, Castilho (2010) inicia o estudo das
orações subordinadas substantivas explicando a gramaticalização das conjunções
integrantes, uma vez que essa conjunção gramaticaliza a subordinação da segunda a
primeira sentença como em: O menino falou que o professor tinha saído o professor,
ou ainda o verbo aparece em uma forma nominal, não aparecendo à conjunção, como
em: O menino falou ter saído o professor. Dessa forma, verificamos que a relação de
subordinação foi gramaticalizada.
Logo, as orações subordinadas substantivas podem ser conjuncionais, com o
verbo no indicativo ou no subjuntivo, ou não conjuncionais, com o verbo no infinitivo,
no gerúndio ou no particípio. Salvo ainda que se o verbo da matriz aparecer na forma
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interrogativa, no lugar da conjunção que teríamos a conjunção se, organizando-se
numa substantivas interrogativa indireta.
Para a caracterização das orações subordinadas substantivas, Castilho (2010)
faz a descrição de cinco pontos que mostra a relação da sentença matriz com a oração
subordinada substantiva:
1. Verbos e substantivos organizam a sentença matriz;
2. A subordinada pode ter o verbo em forma infinitiva ou em
forma finita;
3. Elas desempenham uma função argumental, posicionando-se
em geral após a matriz;
4. Há uma correlação modo-temporal entre o verbo da matriz e o
verbo da subordinada;
5. A matriz modaliza a subordinada. (CASTILHO, 2010, p. 357)
Essas observações feitas pelo teórico permitem fazer um estudo das orações
subordinadas substantivas de acordo com a proposta multissistêmica, tendo em vista
que ele inova o estudo das orações subordinadas substantivas ao focalizar a sentença
matriz e mostrar que está apresenta propriedades lexicais, propriedades semânticas e
propriedades discursivas.
As propriedades lexicais da sentença matriz podem ser organizadas em quatro
classes de palavras. A primeira é constituída por verbos impessoais e estruturas
formadas por ser + adjetivo especificam uma sentença subjuntiva como em: Começa
que eu não sei onde isso vai parar. A segunda é constituída pelos verbos transitivos
diretos especificam uma sentença objetiva direta como em: Eu acho que não vai mais
parar de chover. A terceira é constituída pelos verbos transitivos oblíquos como em:
Gosto de que ele tenha essas companhias. E por fim, a quarta é constituída por
substantivos e adjetivos transitivos oblíquos como em: Não há necessidade de que
você se preocupe.
Dessa forma, após essa classificação, Castilho (2010) aponta que a sentença
matriz pode funcionar como projeção de argumento, e explica que as sentenças
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matrizes projetam sobre as subordinadas substantivas os seguintes argumentos:
sujeito, objeto direto, complemento oblíquo do verbo da matriz, e complemento
oblíquo do substantivo contido na matriz.
Após a categorização dos argumentos, o pesquisador explica a relação da
sentença matriz e colocação das substantivas em que as subordinadas se dispõem
após o verbo da sentença matriz, do mesmo modo que os argumentos nominais, na
ordem não marcada como em: Ordenei que fechasse a porta. Na ordem marcada, elas
se antepõem à sentença matriz como em: Que a Maria não tenha vindo à festa
surpreendeu o João.
Logo, o teórico explica que há uma correlação modo-temporal entre a sentença
matriz e a substantiva como em: Declaro que você está aprovado, esclarecendo que
apenas os verbos declarativos e perceptivos demandam o indicativo na substantiva; os
demais verbos selecionam o subjuntivo. Castilho (2010) observa uma correlação entre
o tipo de modalização desempenhada pela sentença matriz e a morfologização. Assim,
asseverações comandam o indicativo, não asseverações comandam o subjuntivo.
O estudioso ainda apresenta a gramaticalização do verbo na sentença matriz
em que alguns verbos da matriz vêm-se fundidos com a conjunção integrante que: as
palavras diz que e acho que reunir-se numa só palavra. Três alterações apontam para
essa gramaticalização: A primeira, fonologização, do ponto de vista fonológico,
desaparece a fronteira entre o verbo e a conjunção, que se aglutinam. A segunda,
morfologização, do ponto de vista morfológico, esses vocábulos fonéticos são
reanalisados como uma conjunção-adverbio, ora em processo de afixação, de que
surgirão os marcadores de subordinação disuqw, ach’que. E a terceira, sintaticização,
do ponto de vista sintático diz que e acho que se dessentencializam (= desativam seu
estatuto de sentença), funcionando como uma conjunção-advérbio que se movimenta
livremente pela sentença.
Depois das explicações acerca das propriedades lexicais da sentença matriz,
Castilho (2010) apresenta as propriedades semânticas da sentença matriz, explicando
que está expressa uma avaliação do conteúdo proposicional da subordinada
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substantiva, que pode ser: (1) asseverativo, (2) posto em dúvida e (3) considerado
como uma ordem. Dessa forma, quando um verbo ou um adjetivo modal constituem a
sentença matriz, as seguintes possibilidades podem ocorrer de acordo com o
pesquisador:
1. Modalizadores epistêmicos asseverativos: integram o núcleo
da matriz quando o falante apresenta o conteúdo da
proposição numa forma asseverativa (afirmativa ou
negativa), ou interrogativa (polar ou não polar). Ex: Eu sei
que os filmes eram muito ruins.
2. Modalizadores epistêmicos dubitativos: integram o núcleo da
matriz quando o falante expressa sua dúvida em relação ao
conteúdo proposicional. Ex: Eu acho que esse salário de dez
mil cruzeiros fará diferença.
3. Modalizadores deônticos: integram o núcleo da matriz quando
o falante considera obrigatório o conteúdo proposicional. Ex:
Toda cirurgia tem de implicar em despesas. (CASTILHO, 2010,
p.361)
Além dos modalizadores epistêmicos que enquadram a proposição do ângulo
de seu valor de verdade, os modalizadores dubitativos que expressam uma avaliação
sobre o conteúdo proposicional da subordinada, dado pelo falante como quase certo,
próximo da verdade, como uma hipótese que depende de confirmação e os
modalizadores deônticos que o fazem do ângulo da obrigatoriedade de sua ocorrência
Castilho (2010) também mostra que a matriz contém verbos e adjetivos de
modalização pragmática.
Os modalizadores pragmáticos deixam o conteúdo sentencial num discreto
segundo plano, tomando por escopo basicamente os participantes do discurso,
verbalizando as reações do locutor (ou do locutor em face do interlocutor) com
respeito ao conteúdo sentencial. Com isso, Castilho (2010) classifica os modalizadores
pragmáticos em subjetivos, que põem em relevo os sentimentos que são despertados
no locutor pelo conteúdo sentencial como em: Eu lamento que não exista essa
preocupação no Brasil. E em intersubjetivos, que põem em relevo os sentimentos do
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locutor diante do interlocutor com respeito ao conteúdo sentencial como em: Sou
sincero com você em que não consegui entender.
Por fim, Castilho (2010) explica as propriedades discursivas da sentença matriz
assinalando que quando atentamos para as sentenças do ângulo de seu papel na
organização do texto, podemos identificar pelo menos quatro possibilidades: 1)
introduzimos um tópico discursivo como em: Acontece que fulano apareceu quando
menos se esperava. E aí... 2) fazemos declarações sobre esse tópico como em:
Declarou perante todos que estava exausto. 3) argumentamos com base em
evidências indiretas como em Parece que os deputados estão querendo ver o circo
pegar fogo. 4) manifestamos nossa vontade sobre como tal tópico deveria ser como
em: Daqui em diante, quero que todo mundo fique lendo dicionários.
2 - Esquema das orações subordinadas substantivas – Castilho (2010)
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisarmos as duas gramáticas funcionalistas, percebemos que a gramática
precursora de Neves (2000) desenvolve o estudo descritivo das orações substantivas,
dividindo-lhe em dois momentos: o modo de construção e as funções que
desempenham na sentença. É nesse segundo momento que a teoria de Neves (2000)
se funde à teoria de Castilho (2010), visto que os dois autores compartilham a
definição de que as substantivas apresentam uma função argumentativa e assim
podem ser classificados em relação à sua atuação como sujeito, objeto – direto e
indireto – predicativo, complemento e aposto.
Apesar de considerarmos os conhecimentos desenvolvidos por Neves (2000) e
Castilho (2010) complementares, é notório que existem diferenças no tratamento da
oração matriz nas orações subordinadas substantivas. Enquanto Neves (2000) – ao
apresentar o estudo das orações subordinadas substantivas – focaliza nas orações
subordinadas – que a autora denomina orações completivas – Castilho (2010)
desenvolve todo o estudo das substantivas pautado na sentença matriz.
Como foi mostrado anteriormente, Castilho (2010) desenvolve o estudo
aprofundado da sentença matriz, apresentando suas propriedades lexicais, semânticas
e discursivas. Além disso, o autor também comenta a gramaticalização do verbo nas
sentenças matriz, salientando que essas orações contêm verbos e adjetivos de
modalização pragmática. Todas essas classificações em relação à sentença matriz são
desdobramentos da teoria proposta por Neves (2000).
Acreditamos que as considerações e denominações no trabalho aqui
apresentado são destinadas aos alunos universitários e aos pesquisadores da área.
Apesar de se classificar como um estudo complexo, o que consideramos fundamental
na abordagem funcionalista é a concepção reflexiva quanto ao estudo gramatical. Haja
vista que se instruirmos nossos alunos de que a gramática não está posta apenas para
restringir o uso da língua, podemos diminuir com as reclamações retratadas na seção
introdutória desse trabalho.
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No mais, a proposta deste trabalho apresenta relevância para o
desenvolvimento de professores e alunos quanto ao estudo gramatical, e uma análise
em relação à sentença matriz das orações subordinada substantiva que pode
desencadear diversas outras análises que possam complementar o estudo da sintaxe.
Dessa forma, apresentamos uma nova perspectiva – funcionalista – que pode ser
acrescentada ao ensino tradicional.
5. REFERÊNCIAS
CASTILHO, Ataliba T. de. Nova gramática do português brasileiro. 1ed, 1ª Reimpressão.
São Paulo: Contexto, 2010.
NEVES, Maria Helena Moura. Gramática de usos do português. São Paulo: Editora
UNESP, 2000.
OLIVEIRA, Vera Lúcia Menezes. NASCIMENTO, Milton do. Sistemas adaptativos
complexos: Língua (gem) e aprendizagem. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da
UFMG, 2009.
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