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REB Volume 2 (3): 1-18 , 2009
ISSN 1983-7682
.
Revista Eletrônica de Biologia
_______________________________________________________________
Conhecimento popular de plantas medicinais no bairro
Aparecidinha na cidade de Sorocaba/SP
Popular knowledge on medicinal plants in the district of Aparecinha,
Sorocaba/SP
Fabricia Rosa Madia e Vanessa Rodrigues
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde. Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, PUC-SP, Campus Sorocaba, SP
E-mail: [email protected]
_______________________________________________________________
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo realizar o levantamento etnobotânico de
plantas com propriedades terapêuticas (fitoterápicos), utilizados no bairro
Aparecidinha, na cidade de Sorocaba (SP). Foram entrevistados 56 residentes, de
ambos os sexos, de diferentes níveis de escolaridade, usuários ou não de plantas
medicinais. As amostras vegetais foram coletadas para devida identificação e
descrição de suas possíveis utilizações terapêuticas. Logo após verificou a
predominância das famílias Myrtaceae ( 4 espécies ), Laminaceae (4 espécies),
Asteraceae (4 espécies) e Rutaceae (2 espécies), sendo as mais citadas o hortelã,
erva-cidreira, babosa e o guaco. As plantas mais utilizadas foram as de maior
popularidade e cujo conhecimento passa através de gerações. Foi observado também,
que a maioria dos tratamentos consistiam em chás e infusão em álcool, e que as
partes das plantas frequentemente mais usadas são as folhas. A maioria dos nomes
citados pelos moradores, correspondiam aos nomes já conhecidos na literatura. Um
estudo bibliográfico feito das propriedades medicinais das plantas mais citadas,
comprova que muito do conhecimento popular já foi comprovado cientificamente.
Palavras – chave: plantas medicinais, conhecimento popular, fitoterapia
Abstract
This article has the purpose of accomplishing an etnobothanical study of therapeutic
plants used by people from Aparecidinha, Sorocaba (SP). Fifty-six people from the
area were interviewed and this group of people included men and women with different
school levels. Some of them used the plants and some did not. Sample of those plants
were collected, identified and their possible medicinal uses were described. The major
specimens found were the following - Myrtaceae ( 4 species), Laminaceae (4 species),
Asteraceae (4 species) and Rutaceae (2 species) –the most commom ones mentioned
by the study group were menta, babosa, cymbopogon and mikania. The plants more
frequently used were also the most popular ones and that knowledge kept going on
from one generation to another. The study also indicates that most treatments included
teas and infusions with alcohol, and that leaves were the parts more often used. Most
of the plant names mentioned by the study group were related to the ones found in the
books. A bibliographical study was performed in order to verify the possible medicinal
effects of those treatments using the plants mentioned in this article showing that most
of the popular knowledge has been scientifically proved.
Keywords: medicinal plants, popular knowledge, phytotherapy
1. Introdução
A utilização de plantas medicinais é uma prática milenar (MARODIN et
al., 2002; ATTENBOROUG et al., 2001; CASTRO, 1995; BALBACK, 1983),
sendo seu conhecimento obtido através de gerações por meio de benzedores,
xamãs e curandeiros, herdados de magos e feiticeiros e que, após
experimentos científicos, tiveram sua veracidade comprovada (STASI, 1995;
MING & SILVA, 2006 ). Supõe-se que mais de 70% dos medicamentos
derivados de plantas medicinais foram desenvolvidos baseados nestes
conhecimentos folclóricos (BARBOSA, 2003).
A expansão do comércio destas plantas se deve à falta de acesso de
grande parte da população aos medicamentos, associados com a precária
estrutura e qualidade do atendimento médico e dos serviços de saúde pública;
além da facilidade de aquisição e compatibilidade cultural (ADALBERTO et al.,
2003; MATOS, 1994; ARNOUS et a.l, 2005; YUNES, 2001).
Dada a importância das plantas medicinais, a Organização Mundial da
Saúde tem incentivado desde 1977 (LOGUERCIO et al., 2005) estudos
referentes à suas propriedades terapêuticas e em 15/12/2005 foi aprovado pelo
Conselho Nacional da Saúde a “Política Nacional de Medicina Natural e
2
Práticas Complementares”, que visa a introdução destes no Sistema Único de
Saúde (IBPM, 2006). Ainda segundo este órgão, 80% da população mundial
utiliza alguma planta em busca do alívio de algumas dores; sendo que deste
total apenas 30% ocorre por indicação médica (PEREIRA et al., 2005).
De acordo com pesquisas realizadas pela EMBRAPA, a maioria das
plantas medicinais utilizadas no Brasil são nativas, estimando-se que 50%
destas possuem alguma propriedade terapêutica útil à população. Entretanto
não chega a1% o número de espécies estudadas, devido a falta de pesquisas
nessas área (CARVALHO, 2006).
A inacessibilidade ao conhecimento cientifico existente, acaba por
provocar uma má utilização de fitoterápicos por parte da população, a qual
confunde seus nomes populares (devido a existência de várias espécies com o
mesmo nome popular) ou mesmo por consumo excessivo (OMS, 2003;
ALBUQUERQUE, 1998; BOMBARDELLI, 2005).
As formas de obtenção das plantas medicinais consistem em
comercialização por feiras livres, mercados populares e encontradas em
quintais residenciais (WILKINSON, 1998). Podem ser utilizados em forma de
chás, pós ou até mesmo na forma de extrato (OLIVEIRA & AKISUE, 1998).
2. Objetivo
Este projeto tem como objetivo identificar, através de exsicatas, as
diferentes espécies de plantas empregadas na medicina popular; analisar as
partes das plantas empregadas e seus eventuais tratamentos; verificar se os
nomes
populares dados pela população
correspondem
aos nomes
já
empregados na literatura.
3. Metodologia:
A área em estudo corresponde ao bairro Aparecidinha, situado no
Município de Sorocaba, interior de São Paulo (23°26 ’36.9’’S e 47°22’). Este
apresenta-se a 14 Km distante do centro da
cidade, sendo
caracterizada
como uma área rural. A maior parte da população ali residente apresenta baixo
nível sócio- econômico e de escolaridade.
3
Fonte: Google Earth – Imagem digital do globo. Europa, 2006.
Figura 1: Mapa indicando a localização do bairro Aparecidinha.
Nesta figura é possível observar a grande quantidade de áreas rurais,
representadas em verde, e a área mais urbanizada, de coloração mais cinza.
O ponto vermelho indica a localização da cidade de Sorocaba. Já o ponto
verde indica a localização onde foram retiradas as informações espaciais no
bairro de Aparecinha..
Para a realização deste projeto foram feitas entrevistas livres com 56
moradores, independente de serem usuários ou não de plantas medicinais, os
quais apresentavam diferentes faixas etárias e níveis de escolaridade. Entre as
diferentes faixas etárias analisadas, os entrevistados foram divididos da
seguinte forma: os que apresentavam até vinte anos, outros de vinte a
quarenta anos e acima de quarenta anos de idade. As plantas indicadas por
estes foram coletadas e posteriormente herborizadas seguindo técnicas usuais.
Em seguida, foram feitas as devidas identificações através de referências
bibliográficas e com a ajuda da professora Dra. Vilma Palazetti de Almeida, o
material foi registrado e incluído na coleção do Herbário da Pontifícia
Universidade de São Paulo - Campus Sorocaba.
4
As entrevistas realizadas foram de caráter informal, buscando saber
quais as plantas mais utilizadas, a parte empregada, o tratamento e as
finalidades terapêuticas. As informações coletadas foram registradas em um
caderno de campo para posterior análise e discussão dos dados.
3. Resultados e Discussão:
Embora o bairro de Aparecidinha esteja afastado do centro da cidade de
Sorocaba e ser considerado rural, os moradores usuários de plantas medicinais
não apresentaram grande diversidade de conhecimento. Dos 56 entrevistados,
28,57% não utilizam plantas medicinais, enquanto que a maioria (71,43%)
conheciam e utilizavam-se destas no cotidiano, mesmo que
raramente e
muitas vezes associadas à medicamentos, como mostra o figura 2
Usuários de plantas medicinais
28,57%
71,43%
utilizam
não utilizam
Figura 2: Relação entre usuários e não usuários de plantas medicinais, no Bairro
Aparecidinha.
A base do conhecimento consiste, principalmente, em informações
passadas através de gerações, sendo aprimorada através dos meios de
comunicação (como televisores e livros) e pelo compartilhamento de diferentes
sabedorias e culturas, o qual pode ser observado na figura 3. Houve relatos de
pessoas que aprenderam com seus vizinhos as propriedades de certas plantas
medicinais. Outro morador chegou a contar que seu conhecimento fora
adquirido pela convivência com um pajé com o qual morou por alguns anos e
quando questionado, o entrevistado não soube informar de qual tribo era
proveniente.
5
Números de usuários
Fontes de conhecimento sobre fitoterápicos
23
25
20
15
10
5
2
3
0
1
1
3
1
1
3
0
1
Fontes
televisão
livros
antepassados
amigos
televisão,antepassados e amigos
televisão e amigos
amigos e antepassados
livros, amigos e antepassados
televisão e antepassados
outros
Figura 3: Principais fontes de conhecimentos adquiridos sobre plantas medicinais.
Pode-se
perceber
que
os
moradores
de
maior
conhecimento
apresentavam faixa etária acima de quarenta anos, correspondendo a 55% dos
entrevistados. Dos mais jovens (até vinte anos), apenas 15% e na faixa
intermediária (vinte à quarenta) 30%.
Outro parâmetro analisado na entrevista informal com os moradores fora
o grau de escolaridade destes, representado pela figura 4 Observamos que dos
71,43% que utilizam-se de plantas medicinais em seu cotidiano, 15% são
analfabetos, e dos 85% alfabetizados apenas 5% possuem ensino médio
completo, 12,5% apresentam ensino médio incompleto, 10% possuem ensino
fundamental completo e a maioria (57,5%) apresenta ensino fundamental
incompleto. Nenhum dos entrevistados cursaram ensino superior.
6
Níveis de escolaridade das pessoas que utilizam fitoterápicos
Número de pessoas
30
57.5%
25
20
15
10
15%
12.5%
10%
5%
5
0%
Analfabetos
Superior
Ensino
Médio
Incompleto
Ensino
Médio
Completo
Ensino
Fundamental
Incompleto
Ensino
Fundamental
Completo
0
Níveis de ensino
Figura 4: Níveis de escolaridade dos usuários de fitoterápicos.
Foram coletadas 28 espécies as quais estão distribuídas em 16 famílias
distintas, representadas no gráfico abaixo (Figura 5).
Relação do número de famílias (% )
Asteraceae
3,57%
3,57%
3,57%
3,57%
Davalliaceae
14,29%
Lamiaceae
Leguminosaceae
3,57%
3,57%
Liliaceae
Musaceae
3,57%
Myrtaceae
14,29%
Pantasinaceae
Poaceae
10,71%
Rutaceae
Sapindaceae
3,57%
7,14%
3,57%
3,57%
3,57%
Celastraceae
Labiatae
Verminaceae
Lauraceae
14,29%
Umbelliferae
Figura 5: Representação da diversidade de famílias espécies coletadas, em
porcentagem.
7
Com relação às espécies de plantas mais utilizadas, foi possível verificar
que o hortelã (Mentha sp) foi a que apresentou maior freqüência de citações,
correspondente a vinte
usuários. Em seguida encontramos a erva cidreira
(Cymbopogon citratus), com quatorze usuários; a babosa (Aloe vera) com dez;
o guaco (Mikania sp) e o poejo (Mentha pulegum) com sete usuários; a arruda
(Ruta graveolens), a erva doce (Pimpinella sp) e o boldo (Plecthrontus
barbatus) com cinco usuários. A figura 6 mostra as espécies citadas pelos
moradores.
Espécies utilizadas
Número de pessoas que
utilizam
20
15
10
5
0
1
Espécie
Hortelã
Caninha brava
Erva de São João
Samambaia
Boldo
Poejo
Rubim
Pata de vaca
Babosa
Jambolão
Pitangueira
T ansagem
Erva cidreira
Melissa
Arco de balaio
Novalgina
Alecrim
Espinheira Santa
Folha de laranja
Guaco
Erva doce
Arruda
Folha de limão
Folha de abacate
Folha de jabuticaba
Capim gordura
Figura 6: Número de citações das diferentes espécies de plantas medicinais.
A variedade das espécies de plantas, a forma em que são consumidas e
suas possíveis propriedades terapêuticas estão representadas na tabela 1.
Nesta também é possível comparar
suas denominações. Muitas plantas
citadas pelos moradores, como mastruz e camomila, não estão representadas
nesta tabela devido a falta de material para a sua devida identificação.
8
Tabela 1: Uso pela comunidade do bairro Aparecidinha de plantas medicinais.
Família
Vernáculo
Nome
científico
Vernonia
polyanthes
Parte
utilizada
Planta
inteira
Tratamento
Autores
Lorenzi, 2000
Anti depressivo
Lorenzi, 2000
Lorenzi, 2000
Asteraceae
Arnica
Asteraceae
Davalliaceae
Erva São
João
Samambaia
Vernonia
scorpióides
Nephrolepis
pectinata
Planta
inteira
Folha
Lamiaceae
Boldo
Folha
Maceração
Lamiaceae
Lamiaceae
Hortelã
Poejo
Folha
Folha
Chá
Chá
Contra vermes
Contra vermes
Lorenzi, 2003
Lorenzi, 2000
Lamiaceae
Rubim
Folha
Pata de
vaca
Babosa
Infusão em
álcool.
Chá
Folha
Sumo da
folha
Heliconia sp
Folha
Chá
Myrtaceae
Caninha do
brejo
Jambolão
Para dor e
cicatrizante.
Controle de
diabetes.
Hidratação de
cabelo e
queimaduras.
Hemorragia
Lorenzi, 2000
Fabaceae
Plectranthus
barbatus
Mentha sp
Mentha
pulegum
Leonurus
sibiricus
Bauhinia
variegata
Aloe vera
Expectorante,
cicatrizante (usado
para tuberculose)
Dor de estômago
Syzyguim
cumini
Folha,
semente
Diabetes
Lorenzi, 2003
Myrtaceae
Pitangueira
Folha
Expectorante
Lorenzi, 2000
Plantaginaceae
Tansagem
Folha
Chá
capim
santo ou
capim
limão.
Arruda
Folha
Chá
Cicatrizante e
antiinflamatório
Calmante
Lorenzi, 2000
Poaceae
Eugenia
uniflora
Plantago
tomentosa
Cymbopogon
citratus
Chá,
Infusão em
álcool.
Chá
Ruta
graveolens
Folha
Abortivo.
Dor de cabeça.
Lorenzi, 2000
Diatonopteryx
sorbifolia
Achillea
milefolium
Maytenus
ilicifolia
Martius
Mikania sp
Citrus sp
Citrus sp
Rosmarinus
oficcinalis
Psidium
guayava
Lippia alba
Folha
Chá,
Extrato
(compressa)
Infusão em
álcool
Chá da folha
Usado em fraturas,
nervo atrofiado
Febre
Lorenzi, 2000
Liliaceae
Musaceae
Rutaceae
Sapindaceae
Asteraceae
Arco de
balaio
Novalgina
Celastraceae
Espinheira
santa
Asteraceae
Rutaceae
Rutaceae
Labiatae
Guaco
Laranjeira
Limoeiro
Alecrim
Myrtaceae
Goiabeira
Verbenaceae
Umbelliferae
erva
cidreira
Erva doce
Lauraceae
Myrtaceae
Poaceae
Folha
Folha
Chá e
infusão em
álcool
Chá
Uso pela
comunidade
Tosse e dor
Chá
Lorenzi, 2000
Lorenzi, 2003
Lorenzi, 2000
Lorenzi, 2003
Lorenzi, 2000
Lorenzi, 2000
Folha
Chás e
banhos
Alergia e Gastrite
Lorenzi, 2000
Folha
Folha
Folha
Folha
Chá
Chá
Chá
Chá
Gripe
Gripe
Gripe
Gripe e calmante
Lorenzi, 2003
Lorenzi, 2000
Lorenzi, 2000
Lorenzi, 2000
Folha
Chá
Diarréia
Lorenzi, 2000
Chá
Tosse
Lorenzi, 2000
Pimpinella sp
Folha e
flor
Folha
Chá
Lorenzi, 2000
Abacateiro
Persea sp
Folha
Chá
Jabuticabei
ra
Capim
gordura
Myrciaria sp
Folha
Chá
Cólica e
calmante
Hipertensão, pedra
na bexiga
Diabete
Melinis
minutiflora
Folha
Chá
Expectorante
9
Lorenzi,
2000
Lorenzi, 2000
Lorenzi, 2000
Do total de espécies coletadas, quatro são representantes da mesma
família: Lamiaceae, a qual compreende200 gêneros, com 3.200 espécies
(JOLY,1991; LORENZI, 2000). São plantas geralmente Herbácea ou
arbustivas. Uma espécie citada que é representante desta família é a Mentha
sp usada na medicina popular para minimizar dores abdominais, como
calmante ou vermífugo. Esta é utilizada desde a antiguidade por hebreus,
romanos e egípcios (YWATA et al., 2005). Apesar de todas as propriedades
descritas acima, a única comprovada cientificamente (BARATA, 2006) é
justamente a que mais fora citada pelos residentes do bairro de Aparecidinha,
que é a de ser um excelente medicamento contra amebíase, giardíase e
tricomoníase.
Outra espécie citada pelos moradores, e que pertence à família das
lamiáceas é o popularmente conhecido como “poejo” (sete citações). Esta
herbácea de cheiro marcante é proveniente da Europa, Ásia Ocidental e África
Setentrional, sendo utilizada como amebicida (como citado pelos moradores)
porém, encontra-se na bibliografia algumas outras indicações de seu uso,
como: antigripal, contra dispepsias estomacais, insônia, debilidade do sistema
nervoso e irregularidades na menstruação. Apresenta príncipios ativos como a
pulegona (óleo essencial) e taninos que podem ser um dos responsáveis pelos
efeitos terapêuticos citados
A família Asteraceae, também conhecida por Compositae ou compostas
apresenta cerca de 1.535 gêneros e aproximadamente 2.300 espécies
(NAKAJIMA & SEMIR, 2001) e é uma das mais bem sucedidas entre as
espécies
de
Angiospermas,
apresentando
lactonas
sesquiterpênicas,
substância esta que entre outras propriedades pode apresentar atividades
antitumorais (CASTELLUCCI et al., 2000) Apresentam hábitos variados (ervas,
árvores, subarbustos). A maior parte dessas espécies, cerca de 98%, são
constituídas por plantas de pequeno porte (JOLY, 1991).
O guaco (conhecido vulgarmente por guaco-trepador, erva-de-cobra,
cipó-catinga e coração-de-jesus) pertence a família das compostas, e seu
gênero (Mikania) tem cerca de 415 espécies distribuídas principalmente nas
Américas do Sul e América Central (RITTER et al., 1992). No Brasil, o gênero,
10
com 171 espécies, ocorre de norte a sul, tendo sua principal área de dispersão
nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (BARROSO, 1958;
Oliveira, 1983). Este foi citado pelos moradores com um bom “remédio” contra
gripe, por sua ação expectorante. Esta erva já era recomendada a muito tempo
para uso como expectorante, isto graças a sua riqueza em cumarina, óleos
essenciais (cineol, borneol e eugenol), taninos, guacosídeos, flavonóides e
compostos sesquiterpênicos e diterpênicos. Estudos atuais coordenados por
Vera Lúcia Garcia Rehder, no Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas,
Biológicas e Agrícolas (CPQBA), da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), comprovam as propriedades do guaco contra o câncer, úlcera e
afecção por microorganismos, além de prevenção contra cárie e placa
bacteriana. Alguns trabalhos científicos relatam o uso da planta contra picadas
de serpentes e insetos venenosos, devido a atividade antiofídica da cumarina
(OSÓRIO et al., 2004).
A família Liliaceae, representado neste estudo pela babosa, é composta
por cerca
de
220 gêneros
e
aproximadamente
3.500 espécies
de
monocotiledôneas. São geralmente herbáceas, apresentando muitas vezes
caule subterrâneo bulboso, bulboso superficial, rizomatoso ou escandente.
Folhas de disposição alternas ou radiais, em geral lanceoladas ou lanceoladas
largas, às vezes reduzidas às escamas e bulbos somente ou suprimidas e
neste caso substituídas por filocládios, às vezes suculentos nas margens lisas
ou espiniformes; inflorescência básica um racemo (JOLY, 1991).
A Aloe vera é de uso freqüente na fitoterapia, sendo empregada na cura
de diversas doenças. Embora muitas de sua eficácia popular não seja
comprovada cientificamente, como a utilização da mesma na cura de câncer,
sabe-se que esta planta é rica em minerais, vitaminas e saponinas (possuem
efeitos antimicrobiano (ESCO et al., 2005). Um estudo realizado por
Rajasekaran em 2004, mostra que a Aloe vera apresenta uma propriedade que
controla a enzima produtora de carboidrato, mantendo um equilíbrio na
quantidade de glicose presente no sangue.
atividades
antimicrobianas
cicatrizantes
A babosa também possui
segundo
descrito
em
estudos
realizados por CORRÊA (1984) e ALBUQUERQUE et al., (2004).
11
Entre as oito plantas mais citadas, encontramos também a erva cidreira
(Cybopogon citratus), pertencente a família Poaceae. A erva possui uma
substância chamada citral, que lhe confere propriedades sedativas, como fora
citado pela população, que a utilizam como calmante (porém não deve ser
confundido com a erva cidreira verdadeira - Melissa officinallis) (ANÍBAL et al.,
2004).
Outra planta citada pelos moradores foi a arruda, sendo caracterizada
por eles como uma planta usada para fins abortivos e para dor de cabeça. A
arruda é uma planta exótica, proveniente da Europa; segundo estudos feitos
relativos às sua propriedades, comprovou-se seu efeito abortivo. Neste estudo
foram ministradas doses orais (250 mg/kg) de extrato da planta para dois
grupos de ratos fêmeas, além do grupo controle, sendo que o primeiro grupo
recebeu a dose durante quatro semanas e o segundo grupo durante doze
semanas. No primeiro grupo (que ficou exposto a quatro semanas), não
observou-se grandes mudanças relativas a fertilidade. Já no segundo grupo, o
qual ficou exposto a mais tempo, neste sim observou-se uma redução na
porcentagem de fêmeas grávidas, no número de implantação e um decréscimo
no número de fetos viáveis, o que indica que períodos longos utilizando-se
arruda podem causar diversos efeitos no sistema reprodutivo e na fertilidade
(DARADKA & BATIHA, 2006). Outro estudo feito com ratos albinos machos, os
quais receberam dosagens via oral de 500mg/kg durante sessenta dias
mostraram que o extrato da planta causa uma perda na mobilidade e
densidade dos espermatozóides nos ductos testiculares. Há a perda na
atividade espermatogênica nos túbulos seminíferos, decréscimo no número de
espermatócitos e espermátides, e queda na produção de hormônios
(testosterona e folículo estimulante); observou-se com este estudo que houve
um decréscimo no número de fêmeas grávidas o que os autores relacionaram
ao tratamento com arruda (KHOURI & EL-AKAWI, 2005).
Uma das plantas, também muito utilizadas na medicina popular é a ervadoce (Pimpinella sp), pertencente à família Umbelliferaea. Estudos realizados
em ratos, submetidos à dietas ricas em gorduras essenciais e a um chá de
especiarias (mostarda, erva doce
e canela), comprovaram a atividade
antioxidante sobre os tecidos, exercida pelos compostos fenólicos (catecol,
salicilico e cafeico) presentes nessas plantas. (MOREIRA & MANCINI- FILHO,
12
2004). Há também estudos que comprovem seu efeito lactógeno e sua
eficiência no combate as cólicas estomacais e intestinais e flatulências.
(ANNICHINO et al., 1986; NÓBREGA, 1983).
Já em relação ao boldo (Plectranthus barbatus), este fora citado como
sendo utilizado para dores estomacais Estudos feitos com extrato da planta
mostram a presença de um diterpenóide chamado forskolin. Esta substância,
no organismo, ativa a enzima adenil ciclase (que é importante para propagar as
respostas biológicas das células aos hormônios e outros sinais extracelulares)
que estimula a produção de secreções gástricas, explicando assim a utilização
de extratos da planta para o tratamento de problemas digestivos (MUKHERJEE
et al., 2000).
Com relação ao tratamento utilizado, a maior parte dos residentes que
fazem uso de chá ou infusão. A palavra infusão deriva-se de “infusio” que
significa verter líquido dentro de um vaso sobre alguma matéria. Assim, vertese água fervendo sobre a planta fresca, mantendo-a encerrada em um
recipiente fechado por trinta minutos, homogeneizando com freqüência. Filtrase a mistura, lavando-se o resíduo e completando o volume desejado
(OLIVEIRA, 1998).
Em outros casos verificou-se o processo de maceração, no qual deixase a planta (geralmente pulverizada) em contato com um líquido extrator em
frasco bem fechado à temperatura ambiente durante dez a vinte e quatro horas
(ALMEIDA, 1993).
5. Conclusão:
Apesar do grande avanço da farmacologia e expansão das indústrias
farmacêuticas, a utilização de plantas medicinais como uma forma natural e
eficaz no combate e prevenção de diferentes doenças ainda se faz presente,
principalmente em regiões mais carentes. Grande parte desse conhecimento
resiste à modernização persistindo através de gerações, as quais são cada vez
mais enriquecidas pelas diferentes culturas.
13
Neste trabalho, pode-se perceber a variação entre os conhecimentos.
Muitos dos moradores entrevistados, não usuários de fototerápicos, não
sabiam sequer o que eram plantas medicinais; outros alegaram que não as
utilizavam pois acham os medicamentos sintéticos mais eficientes e práticos.
Entre os usuários, muitos conheciam e utilizavam apenas as plantas mais
comuns, como hortelã e erva doce, cujo conhecimento é provindo apenas de
antepassados e conhecidos; no entanto, houve uma gama de diversidade entre
os moradores os quais tinham como fonte de conhecimento, não apenas os
antepassados e conhecidos, mas também outras culturas (indígena) e meios
de comunicação. Os moradores que tinham um conhecimento ancestral mais
vasto eram de maior faixa etária. Imagina-se que o tipo de fonte predominante
além de estar associada a uma questão cultural, pode também estar
correlacionada aos níveis de ensino dos entrevistados, o que impede que está
fonte seja mais abrangente. No entanto, não podemos descartar a grande
sabedoria desse povo, independente de sua escolaridade.
Em relação as propriedades das plantas citadas pela população, muitas
delas já foram confirmadas cientificamente. No entanto, há a necessidade de
se conhecer as plantas utilizadas, pois muitas delas apresentam um mesmo
nome popular, causando confusões e muitas vezes colocando em risco a
saúde do usuário.
Agradecimentos:
Os autores agradecem a colaboração de todos os moradores do bairro
Aparecidinha e aos professores: Dra. Vilma Palazetti, Dr. Tiago Breier, Dr.
Walter Barrella e Dr. Luciano Castanho pelo incentivo e apoio.
Revisão de Inglês: Milena B. Meiken
Referências Bibliográficas:
ADALBERTO, H. S. Produção de biomassa na parte aérea de erva cidreira
(Melissa ssp) em função de doses de esterco de bovino, húmus de minhoca,
composto orgânico e NPK em casa de vegetação. Revista de Biologia e
Ciências da Terra. Paraíba, v. 3, n. 2, 2003. Disponível em:
<http://www.ihendrix.br/biologia/revista/biomassa.pdf>.
Acesso em: 2 de ago. 2006.
14
ALBUQUERQUE, J. M. Plantas medicinais de uso popular. Brasília, DF: FCAP,
1998.
ALBUQUERQUE, H. N.; ALBUQUERQUE, I. S. L.; ALVES, J. Uso de plantas
medicinais no tratamento de répteis em cativeiro: um estudo preliminar. Revista
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