WEB STANDARDS : UMA ABORDAGEM PRÁTICA (1) (2) Hédi Carlos Minin ; Flávio Teles Carvalho da Silva Acadêmico do curso de Ciência da Computação – UNEMAT. Campus Universitário de Barra do 2 Bugres.– email: [email protected] ; Professor Orientador, Depto de Matemática, UNEMAT. email: [email protected] 1 Resumo: O Web site da UNEMAT – Campus de Barra do Bugres é um dos principais meios de comunicação entre o Campus e os diversos grupos de usuários presentes na instituição. Seu desenvolvimento realizado seguindo os Web Standards (Padrões Web) gerou diversas vantagens para seus usuários, como maior acessibilidade e compatibilidade. Sua estrutura em três camadas proporciona maior flexibilidade e facilidade de desenvolvimento e manutenção. Palavras-chave: Padrões, Web, W3C, Standards Introdução O uso da internet cresce a cada dia, fazendo com que mais usuários tenham acesso aos mais variados tipos de informações. Para empresas que buscam manter-se atualizadas ter um Web site na rede mundial de computadores é mostrar sua empresa para o mundo e abrir portas para novas oportunidades de negócios. O crescimento de usuários na rede e as facilidades de publicação de conteúdo geram um espantoso crescimento de informações. Para que estas informações sejam facilmente localizadas e absolvidas é imprescindível a utilização de padrões em sua publicação, garantindo desta forma seu acesso por qualquer pessoa utilizando qualquer dispositivo. Estes padrões são desenvolvidos e mantidos pelos membros que compõem o W3C (World Wide Web Consortium), que é um consórcio internacional formado por várias empresas. A utilização de Web Standards é um assunto que tem ganhado destaque nos últimos tempos, sendo amplamente discutido em sites especializados, alertando os desenvolvedores sobre a importância e os benefícios gerados quando utilizados de forma correta. Metodologia O portal bbg.unemat.br foi desenvolvido utilizando-se recomendações e padrões estabelecidos pelo W3C. As páginas do portal foram divididas em três camadas: lógica de negócios, conteúdo e apresentação. A camada lógica de negócios, neste caso desenvolvida em PHP(Hypertext Preprocessor"), é responsável pela geração do conteúdo dinâmico, geralmente com dados proveniente de um banco de dados. Figura 1: Camada de lógica de negócios desenvolvida em PHP A camada de conteúdo foi desenvolvida utilizando XHTML(eXtensible Hypertext Markup Language). O XHTML é uma linguagem de marcação de hipertexto utilizada para estruturação do conteúdo de forma a organizar a informação para que a mesma se torne legível. Esta camada é a mais importante, pois é responsável pelo conteúdo do Web site. Figura 2: Camada de conteúdo desenvolvida em XHTML A camada de apresentação é responsável pela formatação visual dos elementos que compõe a camada de conteúdo, é nesta camada que se define cores e tamanho de fontes, imagens de fundo, posições dos elementos entre outros atributos. Esta camada é construída utilizando uma linguagem de estilos denominada CSS (Cascading Style Sheets), em português folhas de estilo em cascata, que contém as regras de formatação de cada elemento que compõe a página. Figura 3: Camada de apresentação desenvolvida em CSS Desta forma cada página do portal é composta por uma página desenvolvida em PHP contendo a lógica de negócios, uma página XHML que contendo o conteúdo gerado pela camada lógica e um arquivo contendo as regras CSS, como ilustrado na figura 4. Para a camada de apresentação somente um arquivo é necessário em todo o Web site, pois, este arquivo pode ser compartilhado entre todas as páginas do portal, não havendo necessidade de repetição de regras para formatação de elementos similares. Figura 4: Camada de lógica de negócios (a), conteúdo (b) e apresentação (c) compondo a página inicial do portal bbg.unemat.br A utilização de tabelas para o desenvolvimento do layout é uma prática comum, mas não recomendada. Tabelas são elementos desenvolvidos com a finalidade de tabular dados, o seu uso na criação de layouts pode trazer diversos problemas como prejudicar a acessibilidade da página e dificultar sua visualização em dispositivos móveis. O layout foi desenvolvido sem a utilização de tabelas, esta técnica é conhecida como desenvolvimento Tableless, que visa à diminuição do uso de tabelas e utilização correta das tags HTML para construção das páginas, permitindo desta forma, uma maior flexibilidade na formatação da página. Resultados O desenvolvimento utilizando Web Standards gerou vários benefícios para o portal: • Portal mais acessível; • Diminuição do código fonte, tornando o carregamento da página mais rápido; • Possibilidade de formatação das páginas para diversos dispositivos, como dispositivos móveis e impressoras; • Manutenção facilitada; • Diminuição do tráfego utilizado; • Melhor indexação pelos mecanismos de busca. Uma comparação entre a página inicial do portal bbg.unemat.br e o www.ufmt.br (Tabela 1) mostra, em números, alguns benefícios obtidos ao adotar Web Standards para o desenvolvimento do portal. Itens comparados Tamanho HTML Tamanho imagens Tamanho CSS Tamanho Javascript Total Linhas de código fonte bbg.unemat.br 16,6 KB 51 KB 24,4 KB 1,79 KB 93,79KB 286 linhas www.ufmt.br 30,02 KB 75,6 KB 45,4 KB 122 KB 273,02KB 712 linhas Tabela 1: Comparação entre o portal bbg.unemat.br e o www.ufmt.br Comparando o tamanho total das páginas observa-se que o tamanho total da página inicial do portal www.ufmt.br é 271% maior que do portal bbg.unemat.br. Uma estatística com base em 10000 acessos mostra que a economia de banda pode chegar a 1,75GB, mostrando que os benefícios gerados não afetam somente aos usuários mas também a quem mantêm o Web site. Considerações finais A adoção de Web Standards no desenvolvimento de Web sites traz benefícios tanto para o usuário, que terá uma página robusta em qualquer navegador, quanto para quem desenvolve e mantém as páginas, já que o tempo de desenvolvimento e manutenção é reduzido.e não há necessidade de se criar diversas versões da mesma página. Desenvolver seguindo os padrões do W3C garante que o Web site seja acessível por qualquer pessoa, independente de suas limitações, e por diversos dispositivos como smartphones (Telefones inteligentes). A compatibilidade com navegadores antigos é mantida ao mesmo tempo que se mantém a compatibilidade com tecnologias futuras. Referências Bibliográficas W3C. World Wide Web Consortium. About the World Wide Web Consortium, 2008. Disponível em:<http://www.w3.org/Consortium/>. Acesso em 16 de setembro de 2008 W3C. World Wide Web Consortium. XHTML™ 1.0 The Extensible HyperText Markup Language (Second Edition), 2002. Disponível em:<http://www.w3.org/TR/xhtml1/> Acesso em 16 de setembro de 2008 W3C. World Wide Web Consortium. Web Standards Switch, 2008. Disponível em: <http://www.w3.org/QA/2003/03/web-kit.html.en>. Acesso em 16 de setembro de 2008 The Web Standards Project. Frequently Asked Questions, 2008. 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