Dispositivo VNS Uma Alternativa ao Tratamento da Epilepsia Ana Filipa Vieira, Andreia Santos, Diana Batista, Pedro Faria, Sandro Nunes Fisiologia de Sistemas 1º Semestre Dezembro 2010 Características e função do Dispositivo VNS O que é a Epilepsia? Termo grego para “doença que provoca uma Análogo do pacemaker para o cérebro; convulsão repentina ou perda de consciência”. As Caracteriza-se por enviar estímulos eléctricos periódicos ao nervo vago; crises epilépticas originam a disfunção temporária É constituído maioritariamente por titânio; dos neurónios devido a descargas eléctricas A bateria (de lítio) pode durar entre 10 a 12 anos; anormais, excessivas e transitórias dos neurónios: Programação Standard: impulsos de 30 segundos (Tempo ON) em intervalos de 5 minutos (Tempo OFF) (ajustável por um profissional de forma não Numa parte específica do cérebro - crises focais invasiva); ou parciais; Custa cerca de 12.000€; Numa área que envolve os dois hemisférios: crises generalizadas. Actualmente, mais de 20,000 pessoas possuem um dispositivo VNS Figura 1 e 2 – Dispositivo VNS. implantado e 5,500 destas pessoas têm menos de 18 anos. Implantação do Dispositivo VNS Realiza-se uma cirurgia, com duração de cerca de duas horas. Normalmente os pacientes são submetidos a uma anestesia geral. O dispositivo é colocado sob a pele, acima da caixa torácica (no lado esquerdo) e os cabos são ligados ao nervo vago na região do Vantagens Cirurgia simples e rápida Diminuição da sonolência Possível redução da medicação Aumento da capacidade de concentração e reacção Menor tempo de recuperação pós-crise Diminuição da frequência e intensidade das crises Manutenção ou aumento da eficácia da terapia com o tempo Desvantagens pescoço. Figura 3 – Implante do dispositivo VNS. Consultas periódicas pós-cirúrgicas Complicações cirúrgicas (infecções) Resultados possivelmente demorados Dores de cabeça e ouvidos, dificuldades em respirar Dificuldades em engolir, parastesia, náuseas e vómitos Durante a estimulação: Rouquidão, tosse ou/e impressão na garganta Cirurgia de substituição da bateria do dispositivo Gráfico 1 - Efeitos Positivos da Terapia por VNS (Feito pela Cyberronics). Outras Aplicações da Terapia por VNS Presentes: Tratamento de outras doenças nervosas, com principal destaque para a depressão, resistente e recorrente. Futuras: Tratamento de Alzheimer, transtornos de ansiedade, fibromialgia e tinnitus. Figura 4 – Consulta pós-cirúrgica: ajuste de parâmetros do VNS. Gráfico 2 – Taxa de Resposta à Terapia por VNS (Feito pela Cyberonics). Principais Conclusões Apesar da resposta ao tratamento não ser previsível, considera-se a terapia por VNS um método eficaz. Para melhorar a técnica e estendê-la a outras doenças é necessário compreender o seu mecanismo de acção, estudando a função das projecções do nervo vago no Sistema Nervoso Central. Neste sentido têm sido feitos desenvolvimentos na área do mapeamento dos substratos neuronais, na identificação de alterações dos sistemas de neurotransmissores assim como na quantificação da actividade metabólica de diferentes regiões do cérebro durante a terapia por VNS, com recurso a técnicas de imagiologia. Bibliografia Artigos: Páginas da Internet: Valencia, Ignacio et al., Vagus Nerve Stimulation in Pediatric Epilepsy: A Review, pp 368-374, 2001 http://www.nature.com/npp/journal/v25/n5/full/1395714a.html; página da revista Nature sobre ciência e medicina, mantida por Nature Publishing Group, Reino Unido http://www.rch.org.au/cep/treatments/index.cfm?doc_id=3245; página do Royal Children Hospital (RCH), mantida por RCH, Melbourne, Austrália http://www.vnstherapy.com/epilepsy/hcp/vnstherapy/default.aspx; página sobre a terapia por VNS, mantida pela Cyberonics, Texas, Estados Unidos da América Walsh, Sally P. e Kling, Mitchel A., VNS and Depression: Current Status and Future Directions, 2004