História

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Professor • iLwyzx
Aluno (a): _____________________________________
A GUERRA DOS SETE ANOS: 1756-63
Ocorre na Europa ( ), na Ásia e na América como um confronto
entre duas potências europeias e marca uma virada na história da Treze
Colônias, na história da Espanha e na história da duas maiores
interessadas, França e Inglaterra.
O conflito teria como motivação a rivalidade comercial e estratégica
entre a Inglaterra e a França, que disputam a supremacia no
desenvolvimento do comércio ultramarino e do império colonial. As
hostilidades começaram na colônia, onde havia rusga pelo controle do
vale do Ohio. Mas os interesses envolviam também questões na Europa e
na India. Basicamente, encontramos o seguinte desenho: Inglaterra e
Prússia versus França, Espanha, Áustria, Rússia.
A Prússia de Frederico o Grande forçou a Áustria a desistir da
Silésia.
A França perdeu a Terra Nova, parte das Antilhas e da Guiana para
a Inglaterra, além de abrir seu mercado e pagar reparações de guerra.
Luis XV cedeu a Lousiana e Nova Orleans para Espanha e desistiu de
fortificar territórios na Índia. “A França ficou mutilada e sem esperanças
de reabilitar-se. Seu tesouro estava exausto, seu comércio arruinado e
suas possibilidades de domínio do continente europeu completamente
desfeitas”, afirma E. Burns (p.540).
A Espanha perdeu a península da Flórida para a Inglaterra, além de
se descobrir em obsolescência. O rei Carlos III, impactado pela derrota,
pela obsolescência e pelo do Iluminismo, inicia um conjunto de reformas.
A Inglaterra recebeu o Quebec (1759), Montreal (1760), portos
exportadores de peles, madeira, alcatrão, peixe seco e importadores de
tecidos, utensílios e armas. Mas o rei Jorge III, o Parlamento e os
empresários metropolitanos cobiçavam os negócios dos colonos e
desencadearam o arrocho colonial.
ARROCHO FISCALISTA
1763: Linha da Proclamação Régia. Proibia a penetração dos
colonos nos territórios a Oeste, reservando à Coroa o monopólio das
terras recém incorporadas.
1764: Lei do Açúcar
1764: Lei da Moeda
1765: Lei do Aquartelamento (Alojamento)
Lei do Selo
Diante do arrocho, que faz o colono? Realiza o Congresso da Lei do
Selo, reivindicando direitos, sendo a lei suspensa em 1766.
1767: Atos Townshend:
a) taxaram a importação de chá, vidro, papel, corantes e criaram
tribunais alfandegários nas colônias. É nesse contexto que
aparecem os Filhos da Liberdade, sociedade de patriotas em defesa
dos direitos ancestrais dos colonos.
1770: Massacre de Boston, em 05-mar, cinco patriotas são
assassinados pelas tropas metropolitanas.
1773: Lei do Chá e Boston Tea Party (16-dez)
1774: Leis Intoleráveis: Leis de Boston, fechando o porto e
impedindo os carregamentos; Lei de Massachusett (proibiu reuniões dos
Patriotas e tropas metropolitanas ocuparam a colônia e um novo
governador foi nomeado) e a Lei Penal (colonos seriam julgados a partir
de critérios definidos por autoridades metropolitanas).
1774: Atos de Quebec
1. Estendia as fronteiras de Quebec até os rios Ohio e Mississipi
2. Criação de extensa reserva indígena de norte a sul, entre
Quebec e Mississipi;
3. Regulamentação do comércio de peles pelo governador de
Quebec.
4. 4-Garantiu aos habitantes do Canadá franco a sua língua, a
religião e as instituições então existentes.
1774: Congresso Continental da Filadélfia em 05-set
Foi convocado para “realizar consultas quanto ao presente e infeliz
estado das colônias”. Na grande reunião convocada pela Virgínia, houve
clara divisão entre os Patriotas e Conservadores.
Mas ficou decidida a manutenção do boicote aos produtos ingleses
e foi elaborada uma Declaração de Direitos e Agravos. Os colonos
reivindicavam a revogação das "Leis Intoleráveis" e o direito de
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27/03/2013
História
representação no Parlamento inglês, no entanto a Inglaterra manteve-se
intransigente, não estando disposta a fazer concessões.
Na
maioria
das cidades formavam-se comitês pró independência que realizavam a
propaganda do ideal emancipacionista e ao mesmo tempo foram
responsáveis pelo armazenamento de armas e munições, julgando que o
conflito seria inevitável
1775: Congresso Continental da Filadélfia, 10-mai. Era
emancipacionista.
Em 1775 os ingleses atacaram Lexington e Concord. Os colonos
organizaram um exército e confirmaram G. Washington no comando das
tropas e deram a Thomas Jefferson a liderança de uma comissão
encarregada de redigir a Declaração de Independência.
A Declaração tem grande significado político não só porque
formalizou a independência das primeiras colônias na América, dando
origem a primeira nação livre do continente, mas porque trás em seu
bojo o ideal de liberdade e de direito individual, e a ideia de soberania
popular, representando uma síntese da mentalidade democrática e
liberal da época. No entanto, a pressão dos grandes proprietários rurais,
importantes aliados na Guerra de Independência, determinou a
manutenção da escravidão no país.
REFORMAS BOURBÔNICAS-1759/88
Na segunda metade do século XVIII o sistema colonial estava em
crise: as colônias cresceram. O caso ibérico é exemplar, sendo as
metrópoles decadentes. Para fazer frente a essa situação, no início do
século XIX - quando a dinastia Bourbon assume o trono espanhol,
principalmente a partir de 1759 -, o rei Carlos III buscou modernizar a
Espanha, empregando o Despotismo Esclarecido.
De acordo com o historiador Leslie Bethell, "a meta principal, mais do
que projetar novas estruturas, era reformar as existentes, e o objetivo
econômico básico era desenvolver a agricultura mais do que estimular a
indústria". Ele escreve que:
“ A ESPANHA ERA uma metrópole durável, mas de modo nenhum
desenvolvida. No final do século XVIII, após três séculos de domínio
imperial, os hispano-americanos ainda viam em sua mãe-pátria uma
imagem de si mesmos. Se as colônias exportavam produtos primários, a
Espanha também o fazia. Se as colônias dependiam da marinha mercante
estrangeira, também a Espanha dependia. Se as colônias eram
dominadas por um elite senhorial, pouco disposta a economizar e a
investir, também o era a Espanha. As duas economias diferiam numa
única atividade: as colônias produziam metais preciosos. E mesmo essa
divisão de trabalho excepcional não beneficiou automaticamente a
Espanha. Tínhamos um caso raro na história moderna: uma economia
colonial dependente de uma metrópole subdesenvolvida.”
As Reformas tentam recuperar o poder do Estado espanhol por meio
de uma exploração mais racional e eficiente de suas colônias, buscando
reconquistar o espaço perdido para os criollos na América.
As Reformas foram precipitadas pela necessidade de fortalecer o
império hispano-americano frente à Grã-Bretanha, depois de revelada a
crescente debilidade espanhola na Guerra dos Sete Anos.
Principais medidas:
Maior intervenção da metrópole nos assuntos coloniais
Criação de Intendências, substituindo os governadores e
corregedores (alcaides). Os intendentes eram administradores
com amplos poderes (governamental, financeiro, militar,
jurídico) representantes do rei nas cidades mais importantes
das colônias.
3. Diminuição das liberdades municipais e do poder dos cabildos.
4. Aumento de impostos.
5. Fim do sistema de Porto Único no comércio colôniasmetrópole, permitindo que outros portos espanhois
participassem do comércio
6. Livre comércio entre as colônias.
7. O comércio entre as colônias e outros domínios continuou
proibido, sendo o contrabando foi combatido com maior rigor.
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Proibição de indústrias e atividades agrícolas que competissem
com a metrópole (vinhedos, olivais, têxteis).
9. Expulsão da Sociedade de Jesus do Império Hispânico (1767),
com a expropriação de seus bens. A SJ era considerada
excessivamente internacionalista (“católica”), poderosa e
independente da Coroa, desafiando a lógica do absolutismo.
10. Criação do Vice-Reino do Prata, “Alto Peru”, em 1776, separado
do Vice-Reino do Peru por razões econômicas (aproveitar a
posição estratégica de Buenos Aires e seu porto no escoamento
da prata dos Andes) e de segurança (enfrentar a expansão
portuguesa no Uruguai ou Banda Oriental). Essa medida gerou
um grande desenvolvimento de Buenos Aires, mas a
administração e a defesa do novo vice-reinado dependiam
muito da produção de prata do Alto Peru, que estava em
declínio (75% das despesas do Vice-Reino advinham dos
rendimentos da mineração da prata).
11. Ampliação das forças militares, motivadas pela necessidade de
defender o império contra ataques de outras potências. Criação
de um núcleo de unidades regulares do Exército (comandados
por peninsulares), reforçado por milícias de colonos. Os
militares adquiriram privilégios corporativos, com tribunais
especiais
(El fuero). Os gastos militares cresceram e
passaram a ser a principal despesa dos vice-reinos e a maior
razão do aumento dos impostos coloniais.
A idade do ouro
“O ciclo do ouro durou de 1700 a 1780. Trouxe enormes lucros à
Coroa lusa. Não foi, contudo, uma economia que se apoiasse em
prospecções mais profundas. As minas eram de superfície e muito ouro foi
procurado no fundo dos rios.”
1. Características Econômicas
1.1- Favoreceu a pequena empresa: a exploração era feita mediante
sorteio das datas, respeitada a quantidade de escravos.
1.2- Desenvolveu o mercado interno: aumentando o poder aquisitivo e
integrando regiões que se especializavam.
1.3- Favoreceu o cerco colonial: o fiscalismo régio tornou-se intenso,
criando funcionários especiais para a região das minas, criando impostos
e formas de repressão.
1.4- Instalou de Casas de Fundição no interior.
1.5- Quando se iniciou o rush para as minas, havia na região de SP
quatro casas de fundição, das quais somente a de Taubaté, instalada em
1695, localizava-se próxima das Gerais.
1.6- Em 1711 a Coroa baniu os frades ilegais das Minas e proibiu a
instalação de ordens religiosas
1.7- Aparecem as irmandades e confrarias, isto é, associações voluntárias,
de fins piedosos ou caritativos. Em geral, organizavam-se de acordo com
as linhas raciais: brancos, mulatos, negros, escravos, livres...
1.8- Em 17l9, expulsou os ourives das Gerais.Em 1766 proibiu a
ouriversaria e seqüestrou os apetrechos dos artesãos.
1.9- Arrochou o elo Lisboa-Londres: muito do ouro saído do Brasil foi
para amortizar as importações e dívidas lusas.
2. Características Sociais
2.1- Desenvolveu a vida urbana, vilas e arraiais.
2.2-Desenvolveu grupos sociais intermediários: principalmente quadros
burocráticos mercantis, intelectuais, artistas, literatas, poetas, musicistas,
arquitetos...
2.3-O custo de vida tornou-se alto por causa da especialização regional
2.4- Favoreceu a alforria: prometer ouro ao escravo era forma de
estimular o trabalho e a fiscalização difíceis.
3.
Características Políticas
3.1- Deslocou o eixo histórico para o centro-sul
3.2- Transferência da capital para o RJ em 1763
3.3- Criou novas Capitanias Reais: MG (1720), MT (1748) e GO
(1749).
3.4- Favoreceu a ocupação do extremo-sul: o gado foi de vital
necessidade para a mineração, que o recebia do Vale do São
Francisco e do RS.
3.5- Favoreceu a ocupação do interior: O ouro e o diamante
representaram uma economia interiorana.
3.6- Favoreceu o absolutismo em Portugal: com os impostos
cobrados, os reis lusos se tornaram financeiramente
independentes das Cortes (Legislativo, Deputados) .
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CRISE DO (ANTIGO) SISTEMA COLONIAL
Ocorreu durante o século XVIII como resultado de problemas internos e
externos à colônia. Vejamos os dois cenários:
Crise Externa:
1-Crise Externa: difusão do Iluminismo e das Revoluções políticas,
Revolução Industrial e sedimentação do modo capitalista de produzir
mercadorias; independência das Treze Colônias Inglesas e das colônias
hispano-americanas; difusão do republicanismo e do federalismo.
2-Além da Independência das Treze Colônias Inglesas, o gripo de
independência do Haiti, em 1791, desescravizando o território.
Crise Interna:
1-Esgotamento do modelo colonial de exploração econômica. Até para
poder explorar a metrópole precisava estimular o crescimento da
colônia. Mas a agricultura de exportação estagnou.
2-As minas estavam esgotadas e as elites coloniais estavam inseguras,
endividadas e insatisfeitas .
3-No século XVIII a crise do colonialismo se manifesta com os conflitos
coloniais em MG, PE, BA e RJ;
4-A segunda metade do século XVIII é rica em medidas administrativas. A
metrópole é governada por Pombal e por Maria I. Entre 1750 e 1800, a
crise é agudizada e a colônia acelera o processo de emancipação.
O Reinado de Dom José I
O Ministério Pombal
1-Temporalidades:
É o tempo entre 1750 e 1777, durante o reinado de Dom José I e de seu
Ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e Marquês
de Pombal.
2-Objetivos de Pombal:
2.1- maximizar o sistema produtivo
2.2- subtrair o reino luso à influência inglesa
2.3- conjugar medidas absolutistas com a Ilustração
3-As Reformas Pombalinas
3.1- Criação da Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão
(1755) e da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba (1759)
3.2- Incorporou membros da elite colonial nos órgãos dministrativos e
fiscais do governo, nas magistraturas e nas instituições militares.
3.3- Aumentou os impostos para cobrir os custos da reconstrução de
Lisboa e para sustentar as guerras contra a Espanha, pelo controle da
extensa região que ia do sul de SP ao Rio da Prata.
3.4- Tentou coibir o contrabando de ouro e diamantes. O imposto de
capitação foi substituído pelo antigo quinto, com a exigência de alcançar
cem arrobas anuais.
3.5- A Coroa passou a explorar diretamente as minas de diamante.
3.6- Incentivou a instalação de manufaturas em Portugal e mesmo no
Brasil.
3.7- Expulsou a Sociedade de Jesus e confiscou os seus bens (1759),
acusando-a de regicida, de insufladora de revoltas e de formar “um
Estado dentro do Estado”. Em 1765, expulsou os mercedários.
3.8- A maioria das propriedades urbanas e rurais confiscadas aos jesuítas
foi arrematada em leilão por grandes fazendeiros e comerciantes.
3.9- Criou o Subsídio Literário e as Aulas Régias
3.10- Procurou integrar o índio à civilização para consolidar o domínio
luso no Norte e no Sul
3.11- Decretou a abolição da escravidão indígena em 1757 e muitas
aldeias foram transformadas em vilas com administração civil.
3.12- Incentivou os casamentos mistos e aboliu o “princípio de pureza de
sangue”. Aboliu a distinção entre cristãos antigos e cristãos-novos (1773)
3.13- Reprimiu a Guerra Guaranítica (1754-56) e os jesuítas espanhóis,
acusados de fomentá-la para não entregar a região dos Sete Povos das
Missões do Uruguai ao Brasil.Anulou o Tratado de Madrid.
3.14-Extinção das Capitanias Hereditárias entre 1752 e 1754.
3.15-Reunificou a Colônia ao extinguir o Vice-Reino do Grão-Pará e
Maranhão. Criou a Capitania Real do Rio Negro.
3.16-Transferiu a capital para o RJ em 1763.
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