TO UR M U N D I A L P ELA PA Z IN T E RIO R Monges Tibetanos Universidade Monástica Gaden Shartse PROGRAMA INKARRI Associação Cultural www.inkarri.pt CONTEÚDOS Carta do Gabinete de S.S. Dalai Lama..............................................................................3 Apresentação............................………………………………………………………...............4 Inkarri…..................…………………………………………………………........5 Enquadramento………………………………………………………………....6 Universidade Monástica de Gaden Shartse.……………………………………….……...…7 Exílio na India………...……………………….…………..…….……………..…6 Os inícios de Gaden na índia………...…………………….………………...8 Programas Académicos e Administração………………………….…..….9 Subsistência do Mosteiro………………….........…………………………..….9 Projectos e Dificuldades……………………………………………….….…..10 Actividades Diárias em Gaden Shartse……………………………….…...10 Metas e Objectivos de Gaden Shartse……………………………....…....11 Tour Mundial pela Paz Interior 2015…………………………………………….…………......12 Os Monges que participam na tour……………………………………......12 Conferências........................................................................................................................16 Actividades…………………………………………………………………………………….......17 Pujas…………………………………………….……………………………………...…..18 Casa e Empresas………………………………………………………..…......19 Torma…………………………………………….…………………………..…...19 Shening Dundog (Sutra do Coração).....................................................19 Menla (Buda da Medicina)...……………………………………………..…20 Tara Verde (Buda da Acção Iluminada)...........……………………........20 Incenso .....………………………………………………………………….…...20 Kangso (Buda da Protecção)……..………….………………………..…...21 Maitreya (Buda do Amor Universal)…………………………………....…..21 Chabtrul (Vajravidharan)………………………………………………..…...21 Yamantaka Chedrol (Cura Psíquica da Tara Verde) ………...…….….22 Drolchok.....………………………………………………………………….…...22 Namgyalma Long life Puja.....………………………………………………..22 Lhap-sang Lungta.....………………………..…………………………….…...23 Cha Sum ( the three part torma ritual) .....………………………………...23 Dukar ( white umbrella ………………………………………………….…...24 64 Kalarupa Puja.....………………………………………...…………….…...24 Ambiente…………………………………………….……………………….…25 Casamento Budista……………...…………………………………………....25 Bençãos de Crianças e Jovens…………………..………………..….…....25 Iniciações (Bênçãos)……………………………………………....…………….….....26 Buda Maitreya (Buda do Amor Universal) ……..…….....………….…....26 Buda Namthose Vaishravana (Buda da Prosperidade).……………....26 Buda Sakyamuni (Buda da Valentia)..........……………………….….…..27 Buda Avalokiteshvara (Buda da Compaixão).......................................27 Buda Tara Verde (Buda da Acção Iluminada…...................................27 Buda Tara Branca (Buda da Larga Vida)……...............................….....28 Buda Menla (Buda da Medicina)-…………............................................28 Buda Zambhala (Buda da Riqueza)……………...……………………......29 Buda Vajrasattva (Buda da Purificação)………………..…………….....29 Buda Manjushr (Buda da Sabedoria)...........................……………….…29 Buda Hayagrihwa (Buda que elimina as Forças Negativas)...............30 Vajrayoguini (Daikini das Daikinis)..........................................................30 Vajrapani (Buda do Poder).....................................................................31 Cerimónia de Chod……...…………………..............……………………………..…32 Consultas…………………………………………….……………………………..........32 Astrologia……………………………………………………….......................33 Mo (Conselho e Orientação).. ………………………………………..…...35 Reiki Chawan Tibetano............................................................................35 Medicina Tibetana…………………………………………………………....36 Mandalas de Areia…………………………………………….………………..…......38 Manjushri………………………………………………………….…………......39 Inkarri Associação Multicultural 2 Yamantaka……………………………………………………….……….…....39 Menlha…………………………………………………………….………...…...40 Debate Diatéctico..................................................................................................42 Cânticos Tradicionais Tibetanos ...................………...…………………..…..........43 Respiração Pneuma…………………………….....….…..........................................43 Contactos……………………………………………….……………………………….….…......43 APRESENTAÇÃO Inkarri Associação Multicultural 3 Com a cooperação do Gabinete de S.S. o Dalai Lama, a Coordenação Mundial da INKARRI Associação Multicultural e apoio de Pneuma System, os Monges Tibetanos do Mosteiro Universitário Gaden Shartse realizarão na Europa e na América, a Tour Mundial pela Paz Interior 2016-17. Os objectivos das actividades que levarão a cabo os Monges Tibetanos durante a seu Tour pela “Paz interior” será o de fomentar, reactivar e partilhar o Espírito da Compaixão Universal, a Paz Interior, a Unidade e o Reencontro dos homens que conformam as diferentes Tradições Sagradas do Oriente, a América e a Europa, através das suas cerimónias, cantos e danças tradicionais. Reunir numa série de eventos ecuménicos a instituições religiosas, associações de expressão humanista e escolas filosóficas ou místicas, com a finalidade de conseguir estabelecer vínculos de harmonia, que permitam a comunhão de todos os povos da Terra. É importante mencionar que os conhecimentos tibetanos sobre psicologia, filosofia e Astrologia do Tibete difundir-se-ão sob sistemas teórico-prácticos através de oficinas/ateliers e conferências, os quais irão realizar-se em diferentes fóruns e instituições académicas da Europa, América e os E.U.A. Os principais temas são a exaltação dos Valores tais como a Compaixão, o Amor Universal, a Unidade e a Paz Interior. Neste mesmo marco irão realizar-se cerimónias de Iniciação (bênçãos), pujas (purificações e curas energéticas de tipo alternativo), baseadas nos princípios resguardados por esta cultura ao longo da sua história, promovendo assim o ideal da espiritualidade, o conhecimento interior e o desenvolvimento e sustentabilidade da harmonia planetária. Através das actividades anteriormente descritas procura-se estabelecer, entre os participantes, uma ponte de luz e transformação para modificar a sua forma de sentir. Tarefas que por tradição ancestral os Monges do Tibete se têm dedicado a cultivar. Juan Ruiz Coordenador Internacional (Foto: Inauguração Guest House construída em Gaden Shartse com o apoio da Inkarri) A INKARRI Inkarri Associação Multicultural 4 A Inkarri Associação Cultural é uma associação sem fins lucrativos, com várias delegações na América Latina, Estados Unidos, Canadá, Europa e Oriente. O seu compromisso é trabalhar para o despertar dos valores essenciais do Ser Humano, com o objectivo de criar uma sociedade em harmonia através de uma profunda transformação pessoal. Promove a Paz Interior como elemento imprescindível para fomentar a Paz Global. Inkarri propõe e oferece: • Uma formação holística que integra todos os aspectos da pessoa: físicos, psicológicos e espirituais. • Pneuma System e Respiração Pneuma • Uma aproximação e recuperação das antigas tradições sagradas como a Andina e a Budista; • Um apoio permanente ao povo e cultura do Tibete através do Projeto Buda Maitreya e da Tour Mundial pela Paz Interior, que conta com a participação do Mosteiro de Gaden Shartse. Esta associação conta com mais de trinta anos de experiência no âmbito da formação, do desenvolvimento pessoal e espiritual, com especialistas em psicologia, pedagogia e terapia, centrados no desenvolvimento do potencial humano e a vivência do transpessoal. Oferece a formação em Pneuma System e Respiração Pneuma, o método integral de Autoconhecimento e psicologia transpessoal de Inkarri. Inkarri é uma palavra quechua que significa INKA REI, símbolo do despertar espiritual e forma parte da mitologia andina que se refere ao Inka (filho do sol) que virá no futuro para ajudar a humanidade. Podemos encontrar esta profecia noutras culturas como a tibetana que aguarda a chegada de Buda Maitreya e o denomina como o Buda do Futuro. No contexto transpessoal de Pneuma, Inkarri constitui o arquétipo interno de todo o ser humano que avança passo a passo em direcção à consciência, a Auto-realização ou iluminação, relacionado portanto com culturas como a tibetana e o Buda Maitreya ou o Buda do Futuro. Inkarri Associação Multicultural 5 A Inkarri através das mãos de Juan Ruiz Naupari, o seu Director Internacional, coopera há mais de 20 anos com mosteiros tibetanos com o objectivo de ajudar a manter vivo o Budismo Tibetano, uma tradição cultural e espiritual que todavia é genuína, pois mantém as suas práticas e rituais originais. Importa recordar que, depois da invasão do Tibete pela China, muitos monges tiveram que deixar o Tibete e exilarem-se na Índia, onde nem sempre alcançaram conseguir as condições mínimas de saúde e educação. Assim, é nosso objectivo continuar a cooperar com alguns mosteiros para que estes possam continuar a sustentar e educar os seus monges e consequentemente manter viva esta bela linhagem. Por outro lado também é nossa intenção, permitir que o ocidente conheça esta cultura e beneficie das suas práticas de rituais tão poderosas para a saúde física, emocional, mental e espiritual, ajudando a construir a Paz Interior. Por essa razão chamamos a estas viagens que os monges fazem pela Europa e Estados Unidos como Tour Mundial pela Paz Interior. Enquadramento O Tibete está situado na zona fronteiriça do sudoeste da China. Tem uma extensão aproximada de 1.200.000 km2. Nessa região predominam as altas montanhas, com uma altitude média de 4000m, daí que se conheçam como o tecto do mundo. É um território rico em recursos naturais, minerais e geotérmicos. Conta com mais de 5,700 variedades de plantas e uma grande variedade de aves e outros animais. Durante milénios o planalto tibetano permaneceu oculto entre os glaciares dos Himalaias, povoando-se por uma gente calorosa e hospitaleira, cuja civilização alcançou conviver em harmonia com o meio ambiente natural. Fechado ao mundo exterior, o Tibete foi considerado como um país mágico e misterioso. Em 1959 foi invadido pela China e até há poucos anos, cotam-se os que tiveram a oportunidade de conhecer plenamente o seu legado à humanidade. Os monges deste mosteiro formam parte dessa história, e chegam ao nosso país para partilhar a sua cultura e tradição através de seminários, cantos sagrados, cerimónias curativas e também dos seus costumes, vestuário e vida comum, entre outros aspectos. Inkarri Associação Multicultural 6 UNIVERSIDADE MONÁSTICA GADEN SHARTSE Gaden foi fundada originalmente no Tibete por Tsongkhapa (1357-1419), o grande pregador, santo e indígena erudito budista tibetano. No estabeleceu ano o 1409, Mosteiro Tsongkhapa Gaden e consequentemente a Escola Gelupa do budismo tibetano, também conhecida pela secção do Chapéu Amarelo, cresceu. O mosteiro de Gaden era um dos Den-sa sum, dos três mosteiros mais famosos do Tibete. Foi magnificamente construído sobre uma grande montanha, a 14.000 pés sobre o nível do mar, num lugar bonito, tranquilo e muito adequado para o desenvolvimento espiritual. O mosteiro estava situado a uns 50 quilómetros a este da cidade de Lhasa, a capital do Tibete. Há duas escolas universitárias dentro do mosteiro de Gaden, o Shartse a Este e o Jangtse a Oeste. Gaden era conhecido por ter uma população de mais de 3.300 monges durante os primeiros anos de 1900. Mais tarde, em 1950 a população do mosteiro cresceu até aos 5000 monges. Gaden rapidamente tornou-se muito conhecida pela sua disciplina moral, valores académicos e espirituais. Não residiam aí apenas os monges que cumpriam todas as regras do Vinaya, ou de disciplina moral, mas também monges que chegavam de todas as partes do Tibete, Mongólia, China, Japão e do Norte da Índia. Ainda que os monges que entravam no mosteiro eram de diversas idades, os mais jovens começavam os seus estudos aos sete anos. Independentemente de estudos especializados, todos os monges estudavam música religiosa, arte, escultura, trabalhos administrativos, etc. Em ambas as escolas, Shartse e Jangtse, o Sutra budista -se o Tantra ensinam-se e praticam-se num programa combinado. Isso contrasta com muitos outros mosteiros Gelupa, onde o estudo do Sutra e do Tantra mantêm-se separados. Assim, estudar em Gaden significa adquirir conhecimento tanto no âmbito do Sutra como do Tantra. Exílio na Índia Em 1950, o Exército de Libertação Popular de China invadiu e ocupou o Tibete. Em 1959, Sua Santidade o Dalai Lama viu-se obrigado a fugir da Índia para sua segurança e dos tibetanos. Índia, com bondade, ofereceu aos tibetanos um lugar seguro para viver e manter a sua cultura e religião intacta. Mais de cem mil tibetanos seguiram o seu líder espiritual, Sua Santidade o Dalai Lama ao exílio, onde agora estão vivem, seja na Índia, Inkarri Associação Multicultural 7 Nepal ou Butão. Para o governo em exílio, a educação das crianças converteu-se numa prioridade. Portanto, constroem-se escolas. Posteriormente os tibetanos observaram que na maioria destas, a educação estava fortemente influenciada pelo estilo de educação e vida na Índia e que uma parte da educação tibetana estava a ser ignorada; esta situação juntamente com a destruição de templos e centros de ensinamentos no Tibete e a clamada “Revolução Cultural”, propiciou que alguns monges tibetanos maiores em exílio, se unissem sob a guia sábia de Sua Santidade o Dalai Lama, com o apoio do Governo e modestas contribuições de compatriotas tibetanos, restabeleçam o Mosteiro Gaden no sul da Índia, unicamente para reavivar a educação tibetana, cultura e os ensinamentos puros budistas. Início de Gaden Shartse na Índia O início do mosteiro de Gaden na Índia foi muito difícil, devido às diferenças climáticas dramáticas do Tibete e ao calor intenso. Apesar de todas as dificuldades, em 1970 Gaden Shartse foi formada por 85 monges refugiados perto da remota aldeia de Mundgod, no estado de Karnataka, sul da Índia. Hoje em dia conta com mais de 1.400 tibetanos com bolsas de estudo, escritores, estudantes e administrativos que se organizam por Khangtsen, que são como pequenos mosteiros dentro do grande mosteiro que é Gaden. Os primeiros membros de Gaden Shartse restabeleceram-se nos campos de refugiados de Mundgod, a uma noite e de carro da cidade de Bangalore. Inicialmente, foram proporcionadas tendas através de donativos e os monges juntos, colocaram uma estrutura de tecto de palha de bambu para servir como sala comum. Nessa estrutura humilde oravam, estudavam, debatiam, comiam e dormiam. Muitos monges morreram de doença e exaustão. Experimentando e equivocando-se, aprenderam a adaptar-se ao novo ambiente e foram capazes de fazer vida modesta mediante o cultivo da terra que se lhes proporcionou. Três anos depois inscreveu-se o primeiro grupo de novos estudantes; estes iam dos 10 até aos 16 anos de idade Inkarri Associação Multicultural 8 aproximadamente. Todos eram crianças da comunidade tibetana no exílio. Os estudantes mais avançados e com suficientes conhecimentos na Literatura, História e Budismo passaram a ser parte do pessoal. Em quatro aumentou décadas, a mais a de população 1.200 de monges, Shartse incluindo residentes académicos, escritores, administradores e estudantes de diferentes partes do mundo; Tibete, Índia, Butão, Nepal, Taiwan, Europa e EUA. No entanto, está localizado na comunidade de refugiados de um país em desenvolvimento e com o constante aumento do número de alunos, continuando a lutar para proporcionar serviços aos básicos, estudantes de e professores educação, saúde e bons outras necessidades essenciais. Gradualmente, os programas educativos começaram a demonstrar um crescimento e um êxito sustentados. A admissão, instrução e alojamento são fornecidos sem custos. Têm-se dado preferência a crianças que são órfãos ou vêm de famílias muito pobres. Programas Académicos e Administração A educação, a preservação e o desenvolvimento da cultura tibetana é a principal prioridade de Gaden Shartse. O reitor da Universidade, abade do mosteiro, é eleito directamente pela Sua Santidade o Dalai Lama. A administração do centro está principalmente sob a coordenação dos membros residentes e muitos ajudantes de escritório trabalham voluntariamente com um salário de dez rupias índias (aproximadamente US$1 por mês). Subsistência do Mosteiro Actualmente a Universidade Monástica de Gaden Shartse é uma instituição cultural e educativa sem fins lucrativos e mantém-se graças à agricultura dos 84 hectares doados pelo governo indiano para suportar economicamente o Mosteiro. À diferença de outros centros educativos, não conta com um fundo de ajuda por parte do governo. Os ganhos obtidos com a venda das suas colheitas são canalizadas para manter as necessidades Inkarri Associação Multicultural 9 diárias do centro. Por tal motivo cada membro residente com a idade de 17 anos começa a trabalhar no campo, de quatro a seis meses por ano. Às vezes vêm-se obrigados a recorrer a pequenos empréstimos para enfrentar as necessidades diárias da comunidade e atende-la em tempos de dificuldades financeiras como por exemplo quando há períodos de seca que afectam as colheitas. Projectos e Dificuldades Há muitos problemas que necessitam de ser resolvidos e projectos que necessitam de ser implementados, desenvolvidos ou concluídos. De entre muitos podem-se nomear alguns como: a construção de salas de estudo, o melhoramento e manutenção da biblioteca, instalações e material para a saúde e higiene entre outros. O problema mais grave que enfrenta o Mosteiro desde o seu estabelecimento na Índia, é a comida para os 1.400 monges que hoje habitam o mosteiro já que, à parte dos donativos recebidos pelos nossos bem feitores, não têm outra fonte de receitas. A cada dia chegam mais monges e crianças refugiadas do Tibete e o mosteiro faz grandes esforços para os poder acolher. Há crianças que dormem no chão porque não há camas. A inflação e os preços dos produtos básicos tornam tudo mais difícil. Os gastos com comida são muito elevados. Mensalmente ascendem trezentas mil rupias índias (10.000 dólares americanos). A alimentação consiste numa taça de chá e um pedaço de pão para o pequeno-almoço, o almoço, uma taça de chá doce às 3 da tarde e arroz e lentilhas para o jantar (às vezes massa tibetana). Actividades Diárias em Gaden Shartse O dia começa às 6:00 da manhã quando todos os monges se reúnem no salão de actos para as orações da manhã e pujas. Os monges tomam o seu pequeno-almoço às 6:30 a.m. e depois assistem às suas aulas diárias até às 11:00 a. m., momento em que fazem uma pausa de poucas horas para comer. Pela tarde os jovens estudantes passam o seu tempo na escola, enquanto os estudantes de alto nível assistem aos ensinamentos privados dados por professores atribuídos. O jantar serve-se às 5:00 p.m. A sessão de Inkarri Associação Multicultural 10 debate diário é entre as 18h30 e as 22h30 excepto às segundas-feiras, dia de descanso semanal no mosteiro. A maioria dos monges graduados passam o seu tempo a ensinar estudantes, a realizam as suas práticas espirituais, a trabalham para ajudar a população com actividades espirituais e sociais e realizam trabalhos administrativos e de investigação em diversas áreas dos ensinamentos budistas . Metas e Objectivos de Gaden Shartse 1 . Preservar, difundir e propagar os ensinamentos de Buda Gautama em todo o mundo. 2 . Ter monges budistas que sejam professores altamente qualificados para difundir a mensagem real de Buda. 3 . Melhorar a fraternidade no meio das diferentes tradições religiosas do mundo através do amor, atenção e amabilidade. 4 . Conservar os ensinamentos puros de Tsongkhapa com enfoque especial na tradição transmitida através de gerações de estudiosos de Gaden Shartse . 5 . Difundir os ensinamentos preciosos do grande Tsongkhapa em todo o mundo para beneficiar a todos os seres sencientes. Mosteiro construído pela Inkarri com fundos angariados através da Tour Mundial pela Paz Interior Inkarri Associação Multicultural 11 TOUR MUNDIAL PELA PAZ INTERIOR 2016 EM 2016 a Inkarri continua a sua cooperação com o Mosteiro Gaden Shartse. Muitos dos monges jovens exiliados do Tibete sofrem com graves problemas de saúde provocados pela viagem ou pelo clima. Estes monges necessitam ser cuidados, pois não dispõem de recursos nem de família na Índia que os apoie. Como Gaden Shartse e os seus Khangtsen continuam a acolher monges e crianças refugiadas do Tibete, estão a debater-se agora com um grande problema de espaço e condições para acolher estes refugiados. É urgente criar estas condições construindo mais instalações, comprando camas, etc. Também é urgente conseguir fundos para a construção de uma casa anexa para o retiro de monges mais idosos e para pagar aos professores de Inglês que são imprescindíveis para a conclusão da educação dos monges. Os monges que participam na Tour Os monges que participam nesta Tour Mundial pela Paz Interior pertencem à linhagem Gelupa à qual preside Sua Santidade o Dalai Lama e entre eles destaca-se Geshe Larampa Lobsang Tsultrim. Geshe significa mestre espiritual no budismo tibetano e para obter o título de Geshe são necessários estudos muito profundos, uma grande disciplina e muita dedicação. É igualmente necessário realizar um retiro de meditação de 3 Anos 3 Meses e 3 Dias. O título de Geshe Larampa, é o nível máximo de Geshe e o título mais alto que se pode alcançar no Budismo, os Geshe Larampa são Mestres de Mestres. Para ser Geshe Larampa são necessários 20 anos de estudo, com exames inter mosteiros. Este título só se concede no máximo a duas pessoas por ano. Os Geshe Larampa podem ensinar sutras (Harán) e Tantra (Naram). Estão preparados para ser abades do mosteiro se necessário. Este ano o Mosteiro Gaden Shartse faz representar por Geshe Lharampa Lobsang Tsultrim, Geshe Lobsang Tsultrim, Geshe Lobsang Dawa, Kesang Gialchan e Tenzin Thori. Inkarri Associação Multicultural 12 Geshe Lobsang Tsultrim Iniciações, consultas e conferências. Nasceu em 1966 na região mais alta oriental de Ngawa de Amdo no Tibete, Geshe Tsultrim teve a possibilidade de obter o ensino médio num clima de grandes mudanças desafiadoras. Uma das suas grandes para os seus estudos foi o seu amor pela Arte Tradicional Tibetana. Começou a estudar Arte Tibetana muito cedo, e especificamente em pintura sagrada tibetana thangka, com o seu tio, um habilidoso e muito respeitado pintor Tibetano thangka. Durante a sua aprendizagem, obteve as técnicas e habilidades necessárias da arte Tradicional Tibetana. Em 1986, Geshe Tsultrim chegou à Índia onde se comprometeu com os estudos monásticos no mosteiro de Gaden Shartse, estudando Filosofia Budista e dharma. Durante os primeiros cinco anos no mosteiro de Gaden Shartse, Geshe-la contribuiu para a comunidade ensinando arte, pintura e realização de mandalas de areia aos jovens monges. Reconhecendo as suas habilidades como artista, o mosteiro de Gaden Shartse elegeu Geshe Tsultrim como um dos 11 monges escolhidos para fazer parte da tour ao longo do norte e centro da América do Sul com o propósito de angariar fundos para o mosteiro. Ensinaram Filosofia budista, fizeram rituais tradicionais tibetanos e mandalas de areia. A primeira tour levou Geshe-la a mais de 12 países em dois anos. Geshe-la fez outras duas Tours durante os anos seguintes, oferecendo iniciações e ensinamentos de Filosofia Budista, tais como, as Quatro Nobres Verdades e a Arte da Compaixão. Em 2001, Gaden Shartse enviou Geshe Tsultrim para os Estados Unidos para continuar os seus estudos e trabalhar no Centro de Gaden Shartse Thubten Dhargye Ling em Long Beach, Califórnia. Depois de estudar Inglês, Geshe Tsultrim compartilhou o seu vasto conhecimento na iconografia de thangkas. Ensinou pintura de thangkas tibetanas a par da Filosofia Budista e tem continuado desde então com estas actividades. Em 2008, Gaden Shartse nomeou Geshe Tsultrim como director do Centro de Gaden Shartse Thubten Dhargye Ling em Long Beach. No ano passado, o mosteiro concordou reduzir os seus deveres no Centro para que pudesse regressar ao Sul da Índia para concluir o próximo nível de estudos na Gyudmed Tantric University. Continua a ser o director financeiro do Centro tal como director da Fundação Cultural Gaden Shartse. Depois de terminar os seus estudos Tântricos em 2015, Geshe Tsultrim regressará aos Estados Unidos para continuar ensinamentos em Arte tradicional Tibetana e Filosofia Budista. Também é fluente em Tibetano e consegue dialogar em Inglês e Chinês. Inkarri Associação Multicultural 13 Geshe Lharampa Lobsang Tsultrim Nasceu a 12 de Abril de 1972 em Nagsang, Tibet. Ingressou no mosteiro Gaden Shartse aos 9 anos no Tibete e fugiu para a India em 1993, onde se juntou ao mosteiro de Gaden Shartse no sul da India, estudando, desde então, nesta Instituição. Enquanto frequentava o curso, estudou e foi certificado nas seguintes disciplinas de Filosofia Budista; Lógica Budista (Pramanavidya) em 1996, Perfeição da Sabedoria (Prajnaparamita) em 2001, Filosofia do Caminho do Meio (Madhyamika) em 2004, Psicologia Budista (Abhidharma) em 2006, Ética e Regras Monásticas Budistas (Vinaya) em 2008. Depois participou no exame Gelugpa obteve o Bacharelato e graduação em Filosofia Budista (Karam) em 2009, Mestre graduado em Filosofia Budista (Lopon) em 2011, após um intenso trabalho durante muitos anos, recebe a graduação de Geshe Lharampa no ano de 2013. Depois de descansar no mosteiro durante um ano, foi alvo de um rigoroso estudo e treino nas quatro classes de Tantra no mosteiro de Gyutoe Tantric obtendo o grau de Geshe Ngarampa em 2016. Recebeu muitos e importantes ensinamentos e iniciações de grandes Mestres de renome da tradição Gelug, tais como; Sua Santidade O Dalai Lama, Gaden Tri Rinpoche, Kyabje Lati Rinpoche, Kyabe Khensur Jampa Yeshi Rinpoche e Khensur Konchuk Tsering entre outros. Teve intensivos estudos e participações em diversos rituais tântricos sob orientação destes Mestres. Actualmente, partilha o seu conhecimento como professor na escola Gashar Norling. Desta vez, foi convidado a difundir os ensinamentos sobre Budismo, em países Europeus. Geshe Lobsang Dawa Mestre de Cantos e Mandalas Nasceu a 08 de Julho de 1968 em Lhasa, Tibete. Tornou-se monge aos 22 anos e ingressou no mosteiro de Gaden Shartse no ano de 1990. Desde então, tem desenvolvido os seus estudos neste mosteiro. Foi para a Índia em 1990 e tomou os votos com Sua Santidade O 14º Dalai Lama, em Varanasi. Enquanto frequentava o seu curso, estudou e foi certificado nas seguintes disciplinas de Filosofia Budista; Lógica Budista Inkarri Associação Multicultural 14 (Pramavidya) em 1994, Perfeição da Sabedoria (Prajnaparamita) em 1999, Filosofia do Caminho do Meio (Madhyamika) em 2002, Psicologia Budista (Abhidharma) em 2004 Ética Budista e Regras Monásticas (Vinaya) em 2006. Depois de concluir os seus estudos no mosteiro, obtém o grau de Geshe em 2014. Tem competências na realização de variados e melodiosos cantos, na preparação de esculturas de manteiga e é especialista na criação de mandalas de areia. Obteve os votos monásticos completos (Gelong ou Bhikshu) em 1992 de Sua Santidade O Dalai Lama. Recebeu muitos e importantes ensinamentos e iniciações de grandes Mestres de renome da tradição Gelug, tais como Sua Santidade O Dalai Lama, GadenTri Rinpoche, Kyabje Lati Rinpoche, Kyabe Khensur Jampa Yeshi Rinpoche e Khensur Konchuk Tsering, entre outros. Realizou estudos intensivos e participou em diversos rituais tântricos sob orientação destes Mestres. Colaborou com o gabinete administrativo do mosteiro durante três anos. Já esteve em Singapura, Malásia e Argentina com a missão de difundir os grandes ensinamentos do Budismo, tendo sido agora convidado, por países europeus. Tenzin Thori Mestre de Canto Nasceu a 27 de Setembro de 1985 em Orissa, Índia, tornou-se monge com 10 anos, e desde então, tem estudado nesta Instituição. Enquanto frequentava o curso, estudou e foi certificado nas seguintes disciplinas de Filosofia Budista; Lógica Budista (Pramanavidya) em 2003, Perfeição da Sabedoria (Prajnaparamita) em 2008, Filosofia do Caminho do Meio (Madhyamika) em 2011, Psicologia Budista (Abhidharma) em 2013, e actualmente estuda Ética Budista e Regras Monásticas (Vinaya). Entretanto tem aprendido debate, meditação, criação de mandalas de areia, cânticos em pujas de oferta. Tem competências na preparação de esculturas de manteiga para pujas e é Mestre de cânticos. Obteve os votos monásticos completos (Gelong ou Bhikshu) em 2013 de Sua Santidade O Dalai Lama. Recebeu muitos e importantes ensinamentos e iniciações de grandes Mestres de renome da tradição Gelug, tais como; Sua Santidade O Dalai Lama, Gaden Tri Rinpoche, Kyabje Lati Rinpoche, Kyabe Khensur Jampa Yeshi Rinpoche e Khensur Konchuk Tsering entre outros. Tem servido o mosteiro como Mestre de canto durante as Inkarri Associação Multicultural 15 pujas em setrapkhang. O Venerável Tenzin Thori já esteve na nossa filial do Centro Gaden Shartse Drophen Ling em Singapura, com propósitos religiosos. Desta vez, desloca-se com a missão de difundir o grande ensinamento do Budismo em países Europeus. Kesang Gialchan Nasceu a 12 de Abril de 1987 em Shalkhar Kinnaur, Índia. Tornou-se monge aos 11 anos de idade e desde então tem estudado nesta instituição. Recebeu os votos monásticos em 2000 por Khensur Konchok Tsering, durante o curso, estudou e foi certificado nas seguintes disciplinas de Filosofia Budista; Lógica Budista (Pramanavidya) em 2006, Perfeição da Sabedoria (Prajnaparamita) em 2011, Filosofia do Caminho do Meio (Madhyamika) em 2014 e actualmente estuda Psicologia Budista (Abhidharma). Entretanto aprendeu; debate, meditação, criação de mandalas de areia, cânticos de oferenda em pujas, e tem competências na preparação de esculturas de manteiga para a puja. Recebeu muitos e importantes ensinamentos e iniciações de grandes Mestres de renome da tradição Gelug, tais como; Sua Santidade O Dalai Lama, Gaden Tri Rinpoche, Kyabje Lati Rinpoche, Kyabje Khensur Jampa Yeshi Rinpoche e Khensur Konchuk Tsering entre outros. Ainda sob a orientação destes Mestres, recebeu intensivos estudos relativos a variados rituais tântricos da tradição Budista. Tem contribuído para o nosso mosteiro com os seus melhores conhecimentos O venerável Kesang Gialchan esteve em Singapura com propósitos religiosos na nossa dependência, no Centro de Gaden Shartse Drophen Ling. Desta vez, desloca-se com a missão de difundir o grande ensinamento do Budismo em países europeus. O primeiro grupo de monges abençoados pela S. S. o Dalai Lama para sair em tour. Inkarri Associação Multicultural 16 ACTIVIDADES O Budismo Tibetano considera que o destino das pessoas tem uma causa karmica, que muitos dos problemas, dificuldades e doenças que o ser humano sofre têm uma causa nesta vida ou em vidas passadas e que existem vias para as resolver. As actividades desenvolvidas pelos monges têm como objectivo devolver o bem estar integral aos participantes, o que se alcança através da purificação. Assim, os monges realizarão tanto actividades individuais (pujas e Mo,) como de grupo (iniciações, pujas, cerimónias de Chod e sessões de cânticos sagrados) e pujas e bênçãos de casas e empresas. Nota Importante: A linguagem utilizada neste documento foi adaptada para um melhor entendimento do leitor, uma vez que o Budismo Tibetano engloba elementos para os quais não há equivalência na cultura ocidental. CONFERÊNCIAS Os temas que são abordados nas conferências pretendem tocar vários âmbitos importantes relativamente ao desenvolvimento espiritual do ser humano considerando que cada lei e muitos fenómenos existem pela relatividade ou interdependência. São temas básicos do Budismo Tibetano que servem para nos introduzir nesta filosofia e oferecer-nos simples ferramentas para iniciar um caminho em direcção à AutoRealização. Temas das conferências e cursos: A História do Budismo Como o Budismo é inseparável da Cultura do Tibete A vida monástica no Tibete Como o Tibete e a S. S. o Dalai Lama podem trazer paz ao mundo A importância dos budas, o dharma e o sangha. A Arte da Felicidade A Causa do Sofrimento e a causa da Felicidade A Paz Interior e a conquista da Felicidade Transformar o Sofrimento Amabilidade e Compaixão Como melhorar a paz interior e reduzir o sofrimento. A sabedoria e a compaixão como medicina. Inkarri Associação Multicultural 17 Meditação Budista O mantra OM MANI PADME HUM o seu significado, o seu uso e seu benefício. Cuidar objectos sagrados A Devoção ao Guru As 4 Nobres Verdades As seis perfeições (Generosidade, Ética moral, paciência, esforço entusiasmo, concentração e sabedoria). Oito versos para treino mental O Caminho Óctuplo As 10 Virtudes e a virtude da não acção Introdução ao karma Karma Positivo & Karma Negativo Ensinamentos sobre a morte e o morrer. Visão budista da Morte, Bardo e Renascimento (Vida, Bardo e Morte) A Ética em tempos difíceis Paz Mundial e Unidade de todas as Religiões Lam Rim – Revisão do Caminho Gradual c/ o foco na Renunciação, Bodhichita e Vazio Diferença entre o Amor e o Apego Os benefícios de estar consciente (Mindfullness) Como libertar-se do medo, ansiedade e stress PUJAS OU RITUAIS DE PURIFICAÇÃO As “pujas” são orações e bênçãos que realizam os monges tibetanos ancestralmente, com a finalidade de harmonizar as energias das pessoas, lugares, casas e empresas. A sua realização proporciona o bem-estar aos participantes e melhora a sua qualidade de vida, ajuda a aumentar a fé e a energia no caminho espiritual. As puja são acompanhadas de oferendas às Divindades, Budas, Bodhisattvas e Protectores, com o objectivo de remover obstáculos, energias negativas e desequilíbrios na harmonia. São utilizados instrumentos tradicionais tibetanos como o Dorje, campânula Damaru – pequeno tambor ritual, címbalos e por vezes trompetas, que geram uma atmosfera emocionalmente intensa e comovente, provocando por vezes também um impacto visual intenso devido ao colorido dos instrumentos e vestes utilizadas. Inkarri Associação Multicultural 18 Pujas ou Bênçãos de Casa ou de Empresas Estas Pujas são rituais de purificação dos locais e das pessoas que neles habitam ou trabalham. São cerimónias de 45 minutos realizadas por dois monges, às quais se podem convidar familiares e amigos no caso das casas, ou colegas de trabalho no caso de empresas. Na cultura tibetana as pujas a casas e empresas são uma prática comum e ancestral. Puja Torma – Limpeza e Harmonização Energética (grupo) Esta prática ou cerimónia convida-nos a libertar das dívidas kármicas e os karmas pendentes. É uma maneira de perdoar os danos que possamos ter causado aos outros e de nos libertar das tendências negativas, ajudando-nos a aumentar a nossa bondade e sensibilidade. Puja Sherñing Dudog - Expulsa influências negativas (grupo) Esta puja realiza-se invocando o Buda Sakyamuni e serve para eliminar obstáculos, energias negativas, magia negra e mau-olhado. É muito benéfica para a saúde. O Budismo Tibetano considera que há quatro tipos de entidades: A entidade dos enganos, a entidade da morte (que provoca doenças que nos levam à morte), a entidade dos agregados e o entidade dos filhos dos seres celestiais. Quando é necessário afastar estas entidades realizam-se rituais nos quais são realizadas oferendas em forma de bolos. Colocam-se estes bolos com figuras de animais nas quatro direcções e molda-se igualmente uma figura de aspecto humano que representa as pessoas que sofrem de doenças. Estas esculturas são oferecidas às entidades que, tomando-as pelas pessoas reais e fazendo-as suas, afastam-se. Durante esta cerimónia é recitado muitas vezes o sutra do coração (representando o poder do vazio). Inkarri Associação Multicultural 19 Puja de Menla – Purificação de Obstáculos (grupo) Quando o Buda da medicina alcançou a iluminação, descobriu que existiam três venenos que são obstáculos à realização do nosso verdadeiro potencial: a ignorância, o apego e a agressão. Estas três condições na filosofia budista desfocam o nosso pensamento e turvam a nossa vista, impedindo de conseguir compreender a realidade do que acontece à nossa volta e de descobrir os verdadeiros recursos que temos no nosso interior. Nesta puja purificam-se esses obstáculos à compreensão. Puja de Tara Verde – Impulsiona à Acção Iluminada (grupo) A prática da Tara ajuda a despertar o nosso potencial de compaixão, purifica os obstáculos que se nos apresentam no caminho e as nossas energias negativas, fazendo desta maneira com que a nossa porta à realização se abra. Esta cerimónia proporciona-nos paz, harmonia e felicidade nas relações com a nossa família, amigos e companheiros de trabalho e também o êxito nos negócios. Tara é o aspecto feminino do Buda da compaixão, Avalokiteshvara, do qual S. S. o Dalai Lama é a emanação humana. É a protectora do caminho espiritual, a mãe de todos os Budas. Historicamente foi a primeira mulher tibetana a iluminar-se. Os tibetanos vêem-na como a mãe iluminada, sempre disponível para ajudar. A puja de Tara promove bom karma, o que facilita o caminho espiritual aos participantes e às pessoas para as quais se solicita. Mantra: Om Tare Tutare Ture Soha Puja de Incenso – Gera boa sorte (grupo) Esta cerimónia está dedicada a atrair a boa sorte em todos os aspectos, pois tem a função de abrir e limpar o caminho. Realiza-se antes de iniciar um negócio, empreender um nova viagem ou no começo de um novo ano. No Budismo tibetano quando os acontecimentos sucedem de um modo negativo recorrentemente considera-se que o nível da sorte está em baixo. A puja de incenso, serve para inverter esta tendência para que se tenha o êxito desejado. Inkarri Associação Multicultural 20 Puja de Kangso - Promove protecção (grupo) Kangso é a divindade encarregue de purificar os obstáculos negativos que afectam a nossa vida diária. Nesta cerimónia invocam-se os protectores do Dharma para que acudam em nossa ajuda. Através da puja, os protectores irados, animados pelas nossas oferendas, cessam a influência dos seres sem forma e entidades que podem ocasionarnos dificuldades e obstáculos, para que possamos obter êxito nas nossas actividades. Puja Buda Maitreya (Buda do Amor Universal) – Promove bons sentimentos (grupo) O Buda Maitreya é o Buda do Amor Universal, que inspira a Tour Mundial pela Paz Interior. É o Buda do Futuro, cuja missão é trazer novos ensinamentos actualizados que trarão a felicidade à humanidade. Quando uma pessoa realiza a prática de Maitreya desenvolve o seu amor e afecto a si mesmo e aos outros. Ajuda a libertar-se dos sentimentos de carência. Chabtrul (Vajravidharan) - Limpeza profunda de corpo, palavra e mente (Individual ou grupo) Dorye Namyom (Vajravidharan) em tibetano, significa o Supremo destruidor do mal. É uma divindade do budismo esotérico tibetano especializada na purificação de pessoas e objectos e uma das principais divindades da meditação do Tantra Yoga. É uma cerimónia muito poderosa realizada através de Vajravidharan, para limpar o corpo, a palavra e a mente de todos os seres passiveis de contaminação, material ou espiritual. Durante milénios, os grandes yoguis tibetanos viviam vidas longas, saudáveis e prósperas devido à prática de Vajravidharan. Na cerimónia, que se realiza em 3 fases, o mestre tomará a forma de Vajravidharan, através da meditação prévia, usando o seu poder para limpar as pessoas individualmente, removendo as energias negativas, resíduos delas, protegendo-as e libertando-as de morte prematura, doença, influência das estrelas, invejas e factores congénitos. Inkarri Associação Multicultural 21 O ritual aumenta o poder pessoal e aumenta as faculdades de auto cura e a energia positiva da pessoa. Limpa os chacras e energias subtis do corpo. Diminui a frustração, a depressão e a ansiedade. Elimina os sonhos negativos e os pesadelos: traz saúde, a felicidade, a longevidade e o êxito. Mantra: Nama Tsanda, Vajra Krodaya, Hulu Hulu, Tishta Tishta, Banda Banda, Hana Hana, Amrita, Hum Phat. Puja Yamantaka Chedrol – Corta Influências negativas (Individual ou grupo) Esta puja é realizada sob o poder de uma famosa divindade iracunda tântrica conhecida como Yamantaka. É uma cerimónia de libertação contra as doenças que atam tanto o nosso corpo como a nossa mente. Estas doenças produzidas por frequentemente, seres humanos aquelas para e as não humanos que os são, demais medicamentos que tomamos não produzem um beneficio substancial. Neste caso é de especial benefício a cerimónia de protecção de Yamantaka. É através dela que também se cortam as energias negativas como a inveja, os ciúmes, incluindo os efeitos negativos que produzem a magia negra. Durante a cerimónia, embora seja de grupo. realizam-se diferentes rituais individualmente para eliminar as influências negativas de cada pessoa. É uma potente cerimónia do xamanismo tibetano. Drol-chok (Oferenda a Tara) Esta Oração dedicada a Tara ajuda-nos a realizar as nossas obras Dharmicas e ajuda a reduzir as nossas acções equivocadas.. É benéfica quando pretendemos aumentar a nossa longevidade Esta puja é benéfica para promover a fertilidade, os tibetanos realizam-na quando pretendem ter filhos. Esta oferta elaborada envolve a criação de bolos rituais (tor-MA) e o uso de instrumentos musicais. Este puja é particularmente eficaz na remoção de obstáculos e cumprindo os desejos. Inkarri Associação Multicultural 22 Puja Namgyalma (Longa vida) Esta puja é realizada para remover todos os obstáculos ao longo da vida. Namgyalma é uma das três Divindades longa vida (Tara Branca, Amitayus, Namgyalma) Fazer pedidos a essas divindades ajuda a remover os obstáculos à sua vida útil (por exemplo, acidentes, possivelmente, doença fatal, bem como melhorar a qualidade de vida dos seres queridos). Durante esta puja são feitas ofertas extensivas para acumular mérito e purificar todos os obstáculos para a sua longa vida. Esta Puja é realizada para estender a nossa vida, não apenas nesta existência mas também na próxima, protege-nos e maus obstáculos e ajuda a antecipar a nossa iluminação. Lhap-sang Lungta Esta puja é para promover a boa sorte nos negócios e noutras actividades e para cortar com a má sorte. Esta é uma oração de oferta de incenso, que é muito bom para a remoção de obstáculos, especialmente durante situações de urgência, quando não temos muito tempo para fazer um longo ritual. Também é muito bom se recitarmos esta oração e oferecermos sang (incenso) pouco antes de embarcar num novo grande projeto, atividade, evento ou viagem. Pode ajudar-nos a limpar os obstáculos imediatos nas nossas tarefas. Queimar incenso também é uma forma poderosa para criar karma positivo de forma a sermos capazes de manter os nossos votos e viver de forma ética. Cha Sum ( ritual das três partes da torma) Três pares (Chak-sum): Chak-sum é uma oferta de três bolos rituais (tor-MA): um para os protetores do Buddha Dharma, outro para espíritos locais, e um terceiro para os seres que sofrem do "reino dos fantasmas esfomeados. "Estas ofertas destinam-se a ajudar na purificação de negatividades. Este ritual é dito ser muito poderosa para eliminar os obstáculos que ocorrem na vida de cada pessoa e na sua prática espiritual. Muitas vezes, é realizada por lamas para o Inkarri Associação Multicultural 23 bem de alguém que está doente, quando o doença se pensa ser causada por uma determinada classe de espíritos. Este ritual segue as injunções do Buda, que ensinou que não se deve prejudicar qualquer ser vivo, mesmo aqueles que fazem mal a si mesmo, e, portanto, em vez de usar meios iradas para prejudicar os espíritos interferentes, um oferece-los tormas, louvores, e várias ofertas, tais como água, flores, incenso, luzes, perfume, comida e música. Aquele que deseja fazer o ritual chamado de "Três Peças" deve providenciar tormas e ofertas segundo a tradição existente. Protege-nos contra os demónios negativos e retira os demónios negativos de uma pessoa que está afectada pelos mesmos, Dukar ( divindade do chapéu branco) Du (Dukar) Si ( Sherab Yingpo) Si (Sangdorma) Sum Esta é uma combinação de 3 que nos ajudam a ter sucesso nas nossas actividades Dharmicas ou boas e nos protegem daqueles que podem querer destruir as nossas actividades. Também nos protege dos 3 demónios. 64 Kalarupa Puja (Dukchuma) Kalarupa, uma emanação irada da sabedoria de Buda Manjushri, é um protetor universal para todas as linhagens budistas Vajrayan. Esta puja invoca as energias ferozes de Kalarupa para a proteção e o suave fluir na viagem da nossa vida, tanto secular como espiritual. Esta puja é uma das poucas que é realizada com regularidade com o objectvo de obter proteção e calma para a prática espiritual em geral. Os seus principais benefícios são: proteção contra a magia negra, dissipação de energias e espíritos nocivos, desenvolvimento da sabedoria e superação da raiva, medo, orgulho e inveja. Mantra de Kalarupa Om Kalarupa Hum Phet Inkarri Associação Multicultural 24 Purificação do ambiente (grupo) Esta é uma cerimónia especial de limpeza, realizada pelos monges em lugares públicos como jardins, parques ou montanhas. Esta puja promove a paz e a libertação do sofrimento aos cidadãos e ao mundo. Nesta cerimónia invoca-se o Senhor Vajravidharan, Buda da Purificação e convida-se-o a limpar e a purificar o espaço e a terra. Os monges oram, meditando e usando instrumentos que ajudam à purificação e à limpeza das forças negativas. Esta cerimónia deslizamentos protege de terra, o local terramotos, de eventos violência como e outras calamidades. Todos devemos participar nesta cerimónia, que promove a felicidade, paz e a saúde. Bênção de Crianças e Jovens A intenção desta bela prática é a de ajudar a que a criança/jovem não tenha obstáculos no seu desenvolvimento pessoal. Nesta cerimónia invocam-se todos os budas e pede-se-lhes que ajudem as crianças a incorporar as suas virtudes, pede-se também que lhes seja dada proteção, saúde e sabedoria. Casamento budista Segundo a tradição budista, o casamento é um evento muito importante para uma família porque é um início de um bom projecto. Por essa razão nesta cerimónia convidam-se os seres queridos e invocam-se todas as energias positivas do universo e todos os budas para consagrar o casal. Inkarri Associação Multicultural 25 INICIAÇÕES (Bênçãos) (grupo) Para o desenvolvimento das práticas tântricas é necessário entrar dentro da Mandala (Universo) da divindade. Sem a iniciação completa não se pode aceder à Mandala do buda de que trata a nossa prática. Por exemplo para desenvolver as práticas de forma completa de Yamantaka ou Vajrayogini é necessária a iniciação completa (wang-chen) e fazer grandes compromissos. O que fazem os monges é chenang, uma bênção que se recebe dos mestres de linhagem, que permite ao discípulo recitar o mantra da divindade e fazer as orações com muito maior efectividade e sem perigo por não cumprir os compromissos. Buda Maitreya – Buda do Amor Universal O Buddha Maitreya é o Buda do Amor Universal, que inspira a Tour Mundial pela Paz Interior. É o Buda do Futuro, o quinto Buda que aparecerá nesta era afortunada, cuja missão é trazer novos ensinamentos actualizados que trarão a felicidade à humanidade, por isso é muito importante orar pela chegada do Buda Maitreya a este mundo, pois ele é uma fonte de sabedoria compassiva que deseja alcançar a paz mundial. Esta iniciação é muito especial e ainda pouco comum no budismo tibetano. É uma oportunidade de conexão com a poderosa e cristalina energia de Buda Maitreya. O propósito desta iniciação é gerar o karma virtuoso que nos permitirá renascer no mesmo período de tempo que o Buda Maitreya e criar com ele um vinculo espiritual que impulsione o nosso processo gradual até à iluminação. Mantra: Om Meim Maitreya Soham Buda Namtsé Vaishravana – Buda da Prosperidade Namtsé é uma divindade protectora da riqueza do Dharma, e um dos quatro Lokapalas (Guardiães do Universo ou Grande Reis-Guardiães das Instruções). A energia de Namtsé atrai prosperidade material e espiritual. A sua energia favorece a ética e o êxito a largo prazo. Esta prática permite incrementar as qualidades superiores, tais como a prosperidade, a riqueza material, a longevidade, a fama, a força e o poder. Mantra: Om Bae Shawar Nie Ye Soha Inkarri Associação Multicultural 26 Buda Shakyamuni – Buda da Valentia Śākyamuni ou Shakyamuni ("sábio dos Shakyas"), comprometeu-se na nossa era, foi o buda histórico que alcançou a iluminação e criou o Caminho do Meio. Buda Shakyamuni é o fundador da religião budista e foi o quarto dos mil Budas designados a vir a este mundo neste Aeon. Buda Shakyamuni é uma grande fonte de sabedoria e compaixão. Ao receber as suas bênçãos especiais, poderemos experimentar uma profunda paz interior, desenvolver um bom coração e despertar o nosso potencial espiritual, o Bodichita. E com o tempo e o trabalho interior chegaremos a descobrir o gozo da liberdade e a felicidade duradoura - a iluminação total. Mantra: Om muni muni maha muni sakya muni soham Buda Avalokiteshvara – Buda da Compaixão Simboliza a compaixão universal de todos os budas dos 3 tempos (passado, presente e futuro) e de todas as direções. Há muitos aspectos deste Buda. Literalmente quer dizer “o libertador das reencarnações inferiores”, porque ajuda a evitar cair em reencarnações inferiores ou desafortunadas. S. S. o Dalai Lama é a encarnação de Avalokiteshvara, divindade representada com mil braços, símbolo da ajuda que regressa. A sua Mandala representa o palácio onde habitam os mundos internos. Mantra: Om Mani Padme Hung Buda Tara Verde – Buda da Acção Iluminada (grupo) Tara é o aspecto feminino da compaixão salvadora, que ajuda e concentra os esforços até ao despertar. Consiste numa purificação a um nível muito poderoso, elimina bloqueios, energias negativas, restaura a energia e a confiança em si mesmo. Favorece a bondade, a compaixão e o amor universal. Tara, em sânscrito, significa "liberdade". Tara é o princípio feminino de libertação, perfeição da sabedoria, mãe dos budas e protectora do Tibete. É o aspecto feminino de Avalokiteshvara. Mantra: Om Tare Tutare Ture Soha Inkarri Associação Multicultural 27 Buda Tara Branca - Buda da Longa Vida (grupo) Tara Branca é um Buda feminino encarregue de purificar as nossas vidas fazendo com que todos nós, como seres humanos, tenhamos uma longa vida cheia de bênçãos e bem-estar. Tara Branca é também conhecida como a "Mãe Compassiva", é a deusa da compaixão. É a expressão feminina de Buda que representa a união da compaixão com a sabedoria. A sua prática gera a longevidade, a saúde, a sabedoria e a boa fortuna. Também protege contra as doenças de contágio e a morte prematura. Junto com Amitayus e Ushnisha forma a tríada dos Budas da longa vida. O seu amor e a sua energia sanam as doenças, desenvolvendo saúde, força, longevidade e beleza. O seu símbolo é a cor branca, relacionada com a luz pura e radiante que representa a claridade e a positividade, a acção pacificadora para superar doenças, mortes prematuras e barreiras ao êxito na vida e na prática espiritual. Tem sete olhos, dois nas palmas das mãos, dois nos pés e um à frente, simbolizando o permanente cuidado e a vigilância da mente compassiva. Mantra: Om Tare Tutare Ture Mama Ayuh Punya Jñana Pushtim Kuru Svaha Buda Menlha - Buda da Medicina (grupo) Menlha é a essência de todos os Budas em forma de cura ou sanação. É a fonte de cada arte de medicina e cura e tem um papel vital no processo de sanação do mundo. Esta iniciação ajuda a aprofundar a prática da sanação, à medida que se recebe um empoderamento para o fazer, sanando problemas físicos e mentais. A iniciação coloca sementes de potencialidades e promove as tendências positivos na mente que garante êxito futuro da prática e que serve para fortalecer a motivação altruísta do praticante. Meditar no Buda da Medicina é um método muito poderoso para sanar-se a si mesmo ou aos outros, assim como para eliminar o sofrimento e as doenças da alma: o apego, o ódio e a ignorância e do corpo. Desperta a sabedoria inata de cura. Menlha é o Buda da Medicina, que ensina essa ciência de cura. Mantra: Tadyata, Om Bekandze Bekandze, Maha Bekandze Bekandze, Radza Samungate Soha! Inkarri Associação Multicultural 28 Buda Zambhala - Buda da Riqueza (grupo) Esta divindade nasceu para combater a pobreza e todos os sofrimentos desencadeados pela pobreza espiritual e económica. O propósito desta iniciação, é estabelecer uma relação próxima com este Buda para disfrutar dos benefícios da imensidão espiritual e material. A prática desta iniciação é muito efectiva para restaurar conflitos económicos ou receber algum beneficio económico de fontes inesperadas, assim como para proteger os nossos actuais bens materiais de alguma perda infortunada. Mantra: Om Ped Ma Krodah Ar Ea Zambhala Hri Dha Ya Hum Phak Buda Vajrasattva - Buda da Purificação (grupo) Vajrasattva (Dorje Sempa em tibetano) é o Buda da purificação, que elimina contaminações, atitudes negativas e condutas erróneas feitas com o corpo, a mente e palavra. É uma divindade muito poderosa, essencial nas etapas iniciais da meditação. é a que purifica o karma, atrai a paz. É uma fonte de iluminação. Representa-se no seu corpo de alegria ou sambhogakaya como um Buda de cor branca, um rosto pacífico e perfeito. Vajrasatva dá ensinamentos e aprendizagens esotéricas. Permite purificar obscurecimentos mentais para que o estudante evolua no seu percurso. Mantra: OM BENDSA SATTO HUNG Buda Manjushri - Buda da Sabedoria (grupo) É a união de todos os budas na forma de sabedoria. A afinidade a esta divindade e a prática das suas meditações, far-nos-á receber a bênção da sabedoria. O antídoto à ignorância. É muito importante a prática desta meditação em cada dia, pois far-nos-á ganhar um verdadeiro conhecimento para eliminar o sofrimento provocado pela ignorância. Mantra: OM ARA PATSA NAH DI … DI, DI, DI, DI, DI Inkarri Associação Multicultural 29 Buda Hayagrihwa – Corta doenças e influências negativas (grupo) - Hayagrihwa é uma divindade das comummente chamadas iracundas. Ele tem esse grande poder de cortar e eliminar das nossas vidas influências negativas, sejam do ambiente, das que as pessoas exercem sobre nós, como também as que temos pelo nosso Karma. Ajuda a eliminar efeitos negativos de magia negra, inveja e ciúmes. Hayagrihwa é um grande libertador de toda a influência sobrenatural. A iniciação de Hayagrihwa é extremamente poderosa contra os obstáculos criados por nagas (energias negativas) como o cancro, a lepra e doenças de pele, a paralisia e a epilepsia (que está conectada a danos espirituais). As causas principais destas doenças são o karma negativo e as entidades não humanas que precipitam as condições para que este se active. Ao realizar esta prática eliminam-se esses obstáculos. Mantra: Hri Vajra Krodha Harya Ghiwa Hulu Hulu Hum Pak Vajrayogini, ou Vajravarahi - Consorte de Heruka Chakrasamvara, é a mais importante das dakinis tântricas. Ela é Sarva-buddha-dakini, a dakini que é a essência de todos os Budas. É a Rainha das daquinis de meditação ligada à realização da energia femina no coração dos tantras. Representa a realização da energia feminina Vajrayogini é de cor vermelha radiante, o seu corpo arde com o calor da chama yogue e está cercado pelas labaredas da sabedoria. Seu cabelo revolto cai solto pelo pescoço e costas; seu rosto tem uma expressão semi-irada. Ela está nua, adornada com ossos humanos. Seu colar de crânios corresponde às 16 vogais e 34 consoantes do alfabeto sânscrito, simbolizando a purificação da fala. Na mão direita ela segura uma faca de tosquiar com um punho de vajra - um cutelo vajra - que usa para cortar os apegos. Na mão esquerda ela traz uma taça de crânio cheia de sangue ou mahasukha (a grande bem-aventurança), que serve como vinho a seus devotos. Sobre o ombro esquerdo ela apóia um khatvanga ou cajado mágico. Ela dança em cima de dois cadáveres, o que representa seu domínio sobre o ego e a ignorância. Vajrayogini com frequência é associada ao triunfo sobre a ignorância e sobre os Inkarri Associação Multicultural 30 excessos. Sua prática é considerada muito adequada para aqueles com forte apego desejoso. Vajrayogini é uma deidade de meditação tântrica. Ela simboliza: - o aspecto feminino plenamente iluminado, indômito, ardente e energético de um Buda (shakti/kundalini); - o aspecto de sabedoria que conduz ao estado de Buda; - como dakini, é a guia compassiva e apaixonada e o aspecto inspiracional que conduz o praticante à iluminação. Dakinis são a representação feminina da energia iluminada. Em tibetano, o termo é khandroma, que significa aquela que atravessa o céu, ou aquela que se move no espaço. A tradução poética é dançarina dos céus, ou andarilha dos céus. As dakinis dançam no céu azul e límpido de shunyata, a vacuidade. Dakini é a energia em movimento na vacuidade, que é a base de onde brotam e onde se dissolvem todos os fenômenos. Vajrapani Vajrapani é a personificaçãoo de todo o poder espiritual dos Budas. A meditação em Vajrapani é um dos melhores métodos para limpar e afastar obstáculos para a prática espiritual. Representa o poder do Buda e a energia da mente iluminada. Ele é um dos três de protectores Bodhisattva constituídos por Manjushri, Chenrezig, e Vajrapani. Vajrapani protege o praticante do mal e remove os obstáculos no seu caminho com o raio na mão direita. Ele é retratado em forma colérica e ele é alternativamente conhecido como o Senhor dos Segredos e o Demônio Dominador. A prática Vajrapani nos ajuda a concentrar a nossa energia vital para o objetivo de alcançar a iluminação. Ele é um dos primeiros Bodhisattvas que apareceram no Budismo Mahayana. Vajrapani é o protetor e guia de Buda Shakyamuni e levantou-se para representar o poder do Buda. Os Sutras da Luz Dourada concederam-lhe o títulon do "grande general dos yakshas" (espíritos da natureza). Além disso, ele é um dos primeiros Dharmapalas e é a única divindade budista a ser mencionado no Canon Pali, bem como a ser adorado no budismo tibetano, no Templo Shaolin, e até mesmo na Terra Pura do Budismo (onde ele é conhecido como Inkarri Associação Multicultural 31 Mahasthamaprapta e é um de uma tríade que compreende Buddha Amitabha e Avalokiteshwara). Bodhisattva Vajrapani significa o poder de todos os Budas, assim como Avalokitesvara (Chenrezig) representa a sua grande compaixão, Buda Manjusri sua sabedoria, e da Deusa Tara seus feitos milagrosos. Para o iogue, Ele é um meio de realizar feroz determinação e significa eficácia implacável na conquista de negatividade. De acordo com o Astasahasrikaprajnaparamitas e Pancavi satisahasrika, qualquer Bodhisattva no caminho para o estado de Buda é elegível para protecção de Vajrapani, tornando-os intocáveis a quaisquer ataques "por homens ou fantasmas". Ele é o príncipe supremo do dharma de todos os Tathagatas ( "aquele que, portanto, tem ido"), a mente muito iluminada (bodhicitta) de todos os Tathagatas. Por isso, Ele é o mestre supremo do sigilo de todos os Tathagatas. Assim, ele é dado o título, Vajradhara, Senhor dos Segredos. Bodhisattva Vajrapani é retratado segurando um raio (vajra) em sua mão direita, que enfatiza o poder de cortar através da escuridão da ilusão. Ele olha irado, mas como uma representação da mente iluminada, de Vajrapani completamente livre de ódio, uma semelhança que Vajrapani tem que alguns deuses hindus. Acredita-se também que Ele vai se tornar o último Buda para aparecer neste ciclo mundial. É frequente agrupados com o Chenrezig e Buda Manjushri. Os 3 Bodhisattvas celestes são vistos como defensores arco-angélico, representando o poder (Vajrapanai), compaixão (Chenrezig) e sabedoria (Buddha Manjushri).Vajrapani é a personificação de todo poder espiritual dos Budas. Cerimónia de Chod (grupo) Chod é um caminho espiritual que corta os obstáculos, a negatividade e o autoengano, baseando-se na energia da sabedoria feminina para purificar o corpo, mente e espírito. Os criadores de Chod foram Pa Dampa Sangye e Machig Labdron que durante muitos anos investigaram e praticaram meditação até chegarem à criação de Chod, fundindo o Caminho Budista para a Iluminação e o Xamanismo. A prática de Chod cultiva a intrepidez, a certeza e a compaixão. A combinação única do canto sagrado, instrumentos rituais, a meditação e a visualização criam uma rica esfera que amplia a nossa experiência quotidiana e redefine o sentido limitado do eu. É também uma prática que promove a generosidade definitiva e Inkarri Associação Multicultural 32 permanente, a diminuição da doença, do sofrimento, da cegueira espiritual dos seres sencientes e a cura de energias ambientais distorcidas. Chod permite: o Inspirar a limpar karma acumulado ao longo de muitas vidas. o Curar outros, purificando os cinco elementos do corpo e mente. o Sanar a terra e o meio ambiente o Experimentar a verdadeira condição de guerreiro espiritual, a criatividade, o calor humana, o enraizamento e a sabedoria da Mandala de cinco níveis do Ser Sagrado. CONSULTAS Astrologia Tibetana A astrologia tibetana está intimamente ligada á filosofia budista, formando um sistema único do Tibete que é diferente da astrologia ocidental. Informa-nos, entre outros aspectos, acerca de vidas passadas e futuras, karma e reencarnação, Budas Protetores e mantras de meditação. Tem as suas origens nas astrologias Hindu e Chinesa, tendo-se posteriormente fundido com a filosofia budista enriquecendo-se ainda mais, revelando-se uma das ciências mais consagradas no budismo tibetano. O benefício e efeito desta ciência no ser humano são imensos. Cobre, por meio de cálculos, o dia-a-dia da pessoa, atividades e projetos de longa vida, por isso esta prática converteu-se num ponto central da vida do povo do Tibete. A astrologia tibetana provém de duas correntes: - A astrologia das estrelas (star – stsie), conhecida como um dos primeiros ensinamentos de Buda quando transmitiu o tantra (Kalachakra) em Mavarati no sul da Índia, e simultaneamente quando ensinou o sutra de Prajnaparamita. Esta prática espalhou-se através da Índia e posteriormente chegou ao Tibete no séc. XI. - A astrologia (HBYUNG - RTSIE) foi ensinada primeiramente por Manjushri nas montanhas da China e posteriormente trazida para o Tibete por grandes mestres. Inkarri Associação Multicultural 33 Existem mais de 80 diferentes predições ou cálculos astrológicos no que se denomina astrologia básica. De entre os cálculos astrológicos, os mais importantes são os relativos aos renascimentos kármicos, os quais revelam reencarnação passadas e qual poderá ser a reencarnação futura. Mostram também as oportunidades que teremos de acumular méritos nesta vida, assim como o retrato da nossa situação material e em termos de saúde e felicidade. Preveem igualmente os possíveis obstáculos, e o que necessitamos cortar karmicamente para não cair em infortúnios e bloqueios, dentro de certos períodos da nossa vida atual. Para as pessoas que sofrem de alguma doença, pode ser revelada qual a causa da mesma, se é uma situação perigosa, e a maneira de ultrapassá-la. Também nos ajuda a saber o que existe em nós para purificar e trabalhar de modo a não cair em renascimentos inferiores. Poderão ser revelados pormenores sobre o matrimónio: se é benéfico, quando se realiza e em que data se levará a cabo, etc. Em geral. A astrologia tibetana cobre um vasto campo de predições e é um guia para a nossa vida material e espiritual, assim como uma maneira de melhorar nesta vida e adquirir méritos para uma melhor reencarnação. Portanto, a astrologia tibetana permanece como uma das manifestações mais importantes da cultura e vida tibetanas com mais de mil anos desde as suas origens e que permanecerá para sempre. Como é uma consulta A consulta começa com o estudo das condições de nascimento da pessoa, estudam-se o animal e o elemento de nascimento, o parja ou trigrama, os símbolos de protecção e as cores que favorecem certas atividades. Cinco aspectos da pessoa são estudados : sorte, saúde, longevidade, poder e situação material e se dão conselhos sobre acções virtuosas para os equilibrar. As consultas de astrologia realizam-se em geral para a nossa vida, e para o ano em curso de forma mais detalhada. Observam-se os possíveis obstáculos e as acções necessárias para cortar os laços kármicos, pode conhecer-se a causa de uma doença, a sua gravidade e o modo Inkarri Associação Multicultural 34 como a combater, e podem-se investigar aspectos específicos de interesse para a pessoa (trabalho, relacionamentos , saúde, etc.). Também se apresenta a Divindade ou o Buda mais sintonizado com o consultante para a sua prática espiritual e o mantra de meditação correspondente. O Mestre indica acerca de uma próxima vida e como acumular méritos para uma futura e boa bom reenarnação. Os seis mundos de Samsara, de acordo com o budismo tibetano são: o inferno, o mundo dos pretas ou fantasmas famintos , o mundo dos animais, dos asuras ou titãs , os homens e os devas ou deuses . O ciclo de renascimentos ocorre nestes seis mundos. A ideal de iluminação budista implica a saída da roda de Samsara e, consequentemente, do ciclo de renascimentos e mortes, atingindo níveis búdico . No budismo tibetano incorpora uma nova via, a do Bodhisattva, que por compaixão volta a encarnar para ajudar os outros no caminho da iluminação ou de Budeidade. (São necessários os dados de nascimento (local, dia e hora) do consultante e local e data do nascimento da mãe e do pai. É necessário que estes dados sejam facultados com um mínimo de 3 dias de antecedência e pagar metade do valor. Trazer um gravador.) Conselho e Orientação (Mo) O mestre pode guiar a pessoa que o solicita quando esta se debate entre duas ou mais opções possíveis, e dependendo do caso que recomenda as práticas que a pessoa deve realizar para ter êxito em determinada actividade. Reiki Chawan Tibetano Através das mãos transmitem-se os poderes dos budas. Eles permitirão que se expulsem as energias negativas que cada um padece. Inkarri Associação Multicultural 35 Medicina Tibetana A medicina tibetana encontra-se profundamente influenciada pela teoria e a prática budista que acentuam a indivisível interdependência entre mente, corpo e vitalidade. Como sistema integrado de atenção à saúde, a medicina tibetana tem servido com eficácia o seu povo durante séculos e hoje pode ser constituir-se um benefício ao serviço do resto da humanidade. A Medicina Tibetana aborda a doença e a cura de um modo global e natural, com grande influência do Budismo Tibetano. Aborda a causa da doença e os seus tratamentos baseiam-se em plantas e minerais reconhecidos e ativados com rituais específicos. É um grande complemento a outros tratamentos e pode resolver o prolongar de doenças crónicas. A Consulta realiza-se auscultando os pulsos e através de uma entrevista pessoal, aferindo o estado geral da pessoa e de cada órgão em particular, assim como possíveis sintomas. A Medicina Tibetana está especialmente recomendada para: • Doenças do sistema nervoso e problemas derivados, dores lombares, cervicais, etc.; • Doentes de esclerose múltipla, enxaquecas, artroses e dores articulares, reumatismo; • Bastante indicada para casos de fibromialgia; • Sintomas de menopausa; • Problemas gástricos crónicos, deslocamento do fígado, anemia; • Alergias, rinites e afeções semelhantes; • É especialmente efetiva para distúrbios no ‘humor do vento’ (ansiedade e stress), como os transtornos depressivos e doenças associadas. A Medicina Tradicional Tibetana (MTT) ou Sowa Rigpa é a ciência de cura do Tibete. As suas raízes surgem do Xamanismo Bon remontando há mais de 2.500 anos; desenvolve-se formalmente a partir dos sistemas médicos Hindus (Ayurveda), Grego, Persa (Unani) e Chinês no séc. IV. A sua forma actual, diferenciada no séc. XII, associou-se definitivamente ao Budismo. A MTT é um sistema médico completo e natural, que entende o homem de um modo holístico: corpo, mente, alma, energia e ambiente. A cura é promovida ao equilibrar os 3 princípios básicos: Lung ou movimento, Tripa ou calor e Baken ou frio, uma vez que se considera que a doença resulta de desequilíbrios destas forças. O diagnóstico realiza-se principalmente através da leitura do pulso, através da qual se percebe o Inkarri Associação Multicultural 36 estado dos órgãos internos. Nesse processo também se analisa a urina, língua e pele. A técnica do diagnóstico mediante a pulsação é bastante fina e completa, sendo necessários anos para aprendê-la e décadas para tornar-se especialista. Com a mão direita do médico sobre o pulso esquerdo do consultante: o indicador ausculta o coração e o intestino delgado (elemento fogo); o dedo médio lê o baço e o estômago (terra); o dedo anelar o rim esquerdo e os órgãos reprodutores (água). Com a mão esquerda no pulso direito: o indicador lê os pulmões e intestino grosso (metal); o dedo médio o fígado e vesicula (madeira); o dedo anelar o rim direito e bexiga (água). Para o tratamento das doenças empregam-se principalmente: medicação natural, massagens, acupunctura, alterações de estilo de vida e da alimentação. Baseado no caminho do meio budista, o Sowa Rigpa procura reequilibrar: desequilíbrios extremos nas três energias principais e nos cinco elementos, excessos ou erros na dieta e maus hábitos de vida. Os medicamentos, 250 preparações distintas, são compostos a partir de plantas medicinais (reconhecidas nos Himalaias e no Tibete) e minerais, sendo usadas 2.294 substâncias medicinais para o efeito. Durante o seu processamento são benzidos e energizados segundo elaborados rituais budistas. Esta medicação não tem efeitos secundários. É um sistema médico eficaz, seguro e complementar à medicina ocidental. Como sistema integrado de cuidado com a saúde, a medicina tibetana serviu com eficácia o seu povo durante séculos e pode hoje ser posta ao serviço de toda a humanidade. A MTT é especialmente útil para situações crónicas como; desordens digestivas, asma, artrite, eczema, sinusite; problemas de fígado, rins e circulação; ansiedade, dificuldade em dormir; alterações no coração e sistema nervoso. A medicina tibetana está em estreita relação com a astrologia tibetana, e apesar de esta não se usar habitualmente para diagnósticos no ocidente, usa-se para a recolha de plantas e preparação dos medicamentos. Segundo a perspetiva budista a doença é vista a partir da sua origem, normalmente a nível mental e emocional. A partir da visão Budista, integrada neste sistema médico, o sentimento de individualidade (o eu) e os três venenos da mente (desejo, ódio e ignorância) dão lugar ao sofrimento e á doença. Os três princípios relacionam-se com os venenos da seguinte forma: Inkarri Associação Multicultural 37 Lung ou movimento com o desejo e o apego; o materialismo afeta a circulação sanguínea, nervosa e energética, assim como os pensamentos e a digestão. Tripa ou calor com aversão, ódio, agressão e descontentamento: associa-se á assimilação, fígado e visão e funções mentais. Beken ou frio com a ignorância e a incompreensão: afeta a digestão, estrutura óssea, articulações e estabilidade mental. Men-Tsee-Khang, a Escola de Medicina e Astrologia, é o principal instituto médico, fundado em 1916 por sua santidade o XIII Dalai Lama em Lhasa. Foi restabelecido em Dharamsala em 1961, depois do exílio, por S.S. o XIV Dalai Lama. Nele realiza-se a formação de médicos tibetanos, dentro da linha de medicamentos Sorig. Em Benarés também se formam médicos tibetanos. O Buda da Medicina ou Menlha é o arquétipo que promove a cura. É uma deidade de cor azul safira e o seu voto é o de promover a saúde de todos os seres sencientes. Mesmo não sendo estritamente necessário, é positivo repetir o seu mantra ao tomar os medicamentos, pois deste modo impregna-se a sua energia. O mantra do Buda da Medicina é “Tayata Om Bekantse Bekantse, Maha Bekantse Bekantse, Ramsa Samugate Soham”. MANDALAS DE AREIA É muito importante o conceito de Mandala dentro do mundo budista tibetano e o que este representa no Universo Mental de todos os seres sencientes. As Mandalas são verdadeiros arquétipos ou disparadores capazes de desenvolver em nós qualidades como a Compaixão, a Sabedoria ou a Generosidade entre outras e usam cor, símbolos e medidas geométricas que entram em ressonância com a nossa Mente, funcionando como uma poderosa ferramenta para compreender profundamente a nossa natureza expandida e clara. Existem diversas Mandalas em que conjugam não só a arte e o colorido, mas também o vasto universo da iconografia tibetana e sua simbologia, o que faz com o que nelas se expresse o profundo conhecimento Budista. As Mandalas pintavam-se sobre os muros dos templos tibetanos, sobre tela (tankas), mas é indubitável que uma das mais belas e extraordinárias formas de expressão, são as Mandalas de Areia, criadas por vários monges, seja sobre o chão ou sobre alguma outra base com areia ainda mais fina que a do mar e cujo trabalho dura vários dias. Inkarri Associação Multicultural 38 Para enfatizar a lei da impermanência, estas Mandalas são destruídas depois de terminadas, vertendo-se a areia na terra ou nas águas de algum rio ou do mar com o propósito de oferecer o mérito positivo gerado para o beneficio de todos os seres sensíveis. Para a realização de uma Mandala requer-se que alguma pessoa ou instituição o peça. Realizam-se durante vários dias de acordo com o tamanho solicitado. Manjushri, Buda da Sabedoria Manjushri (o Glorioso com voz melodiosa), junto com Avalokiteshvara (Chenrezig) e Tara (Drolma), é um dos Bodhisattvas mais populares e uma divindade da meditação no budismo tântrico. Praticado em todas as escolas, existem dezenas de linhagens, formas e variedades da prática. No tantra Vajrabhairava, a forma juvenil da cor amarela (o Arapachana) de Manjushri, representa a forma pacífica de Yamantaka. Ele tem um rosto e duas mãos que erguem ao alto a espada da sabedoria e o livro sobre uma flor de lotos. Yamantaka Esta Mandala está dedicada à divindade Yamantaka, vencedor da morte, representa seu palácio celestial. Um Budista começa a meditar da borda exterior para o interior, movendo-se desde o mundo terreno para os distintos níveis de crescimento e conhecimento espiritual. O objectivo final é alcançar a iluminação total, o nirvana, no centro. No centro Yamantaka está representado pelo vajra azul, o raio que simboliza a compaixão. Nos cantos exteriores da Mandala, os símbolos dos 5 sentidos servem para recordar que o verdadeiro conhecimento vem através da iluminação espiritual, não das nossas percepções fugazes. O olfato é representado pelo elixir perfumado borbulhante de uma concha (parte superior esquerda). Um alaúde (em baixo à esquerda) é sinónimo de audição, e o espelho em forma de disco azul (em baixo à direita) representa a visão. Os pêssegos (canto superior direita) simbolizam o paladar. O cachecol de seda que flui, representa o tato, e aparece nas quatro esquinas. O anel mais exterior do bordo circular, representa o mundo terreno, contém oito cemitérios com imagens de sofrimento e decadência: esqueletos, membros flutuantes, animais a procurar comida, árvores, montanhas e túmulos chamados stupas, símbolo da vida e dos ensinamentos de Buda. Inkarri Associação Multicultural 39 Em seguida surge um círculo de chamas, em forma de arco-íris de cores brilhantes, de seguida o anel de vajras e finalmente um círculo de pétalas de Lotus, que simboliza a pureza espiritual e também a representação de diversas divindades. Agora encontramos o quadrado das paredes do palácio de Yamantaka, com portas nos quatro pontos cardiais. O palácio está cheio de símbolos, incluindo guardiões mascarados, guarda chuvas, árvores de joias, rodas e veados. Dentro do quadrado mais interno, que se divide em quadrantes triangulares, há um círculo que contem símbolos de nove divindades budistas, com Yamantaka ao centro. É o reino da iluminação perfeita. Todas as Mandalas representam um convite para entrar na mente desperta de Buda. Os budistas tibetanos acreditam que na mente de cada pessoa existe uma semente da iluminação, que pode ser descoberta através da contemplação da Mandala. O desenho da Mandala representa a ordem e a harmonia de uma mente iluminada. A ordem mostra-se através da organização simétrica, da estrutura apertada e o uso de formas geométricas como o quadrado e o círculo. Os símbolos complexos e a combinação calculada de cores primarias expressão os princípios da sabedoria e de compaixão que são a base da filosofia tântrica budista. Buda da Medicina A Mandala do Buda da Medicina tem três níveis de interpretação e diferentes planos terrenos e celestiais em que existem. As antigas lendas dizem que Tanatuk, o paraíso da Medicina, está situado no Monte Meru, sua localização mística no universo, cuja correspondência física se pode identificar como sendo a norte de Bodhgaya, onde o senhor Buda alcançou a sua iluminação. A um outro nível também equivale a uma selva medicinal (ervas e plantas medicinais). Na Mandala da medicina do “Atlas da Medicina Tibetana”, Buda está representado ao centro como Buda da Medicina. Ele está num palácio de cristal situado no centro da cidade e seu trono é construído em lápis-azul. É de cor Azul-escuro como a cor do céu, e está sentado num duplo Lotus em posição de meditação. Segura a taça das esmolas na mão esquerda apoiada no seu colo, com a mão direita segura a Terminália Che Bulaa Retz, a “grande medicina”. Tem marcas de toda a perfeição e todos os sinais de beleza característicos de todos os Budas. É servido por um grande número de deuses, de deusas, Rishis, brahmanes, budistas, não budistas, os protectores da medicina e por outros três Inkarri Associação Multicultural 40 protectores – Manjushri, Avalokiteshvara e Vajrapani. O palácio de cristal é apoiado por dezasseis mil pilares e está rodeado de plataformas com balaústres para oferecer à divindade. As cinco paredes, as quatro portas e os oito passos que simbolizam a estrutura tradicional da Mandala. O jardim ao redor de todo o palácio, está cheio de doces fragrâncias que vem das plantas medicinais, ervas e dos vários tipos de incenso. Existem inúmeros tipos de animais que amam a paz, pavões reais, patos, papagaios, elefantes e ursos. Fora desta maravilhosa cidade estão quatro montanhas de medicina que estão localizadas nas quatro partes do mundo. Nas quatro montanhas da medicina existe um grande numero de plantas medicinais que são cultivadas pela bela Yidtogma, que é a encarnação da Deusa da Medicina – Dud rtsi – ma. A Este encontra-se a montanha Ponadan, onde o bosque está cheios de Mybobalan – “a grande medicina”, estas árvores possuem todas as qualidades medicinais e qualquer parte das mesmas podem ser usadas para as cento e quatro doenças. Mybobalan contém os seis sabores (umami (delicioso e apetitoso), doce, ácido, amargo, picante e salgado) e oito propriedades (leve, pesado, frio, quente, afiado, brando, húmido e seco). A montanha Malaya está situada no Oeste. As “seis melhores” plantas crescem nas encostas desta montanha. Estas plantas têm um efeito único na manutenção do corpo: a noz-moscada é útil para as doenças; trevo é utilizado para as doenças de coração, o açafrão para o fígado, o cardamomo grande para o baço, o cardamomo pequeno para os rins, tronco de bambu para os pulmões. Segundo os textos farmacológicos tibetanos as “seis melhores” plantas atraem a sorte e a felicidade para as pessoas. Na parte rochosa da montanha chamada Malaya, existem cinco tipos de minerais, que são: ouro, prata, cobre, ferro e chumbo e que são extraordinariamente úteis para a febre. Existem cinco tipos de quartzos, cinco tipos de águas termais medicinais que são boas para a febre provocada pelo frio e fornecem o enxofre apropriado para as doenças frias. No Norte encontra-se a montanha Ganchen Himalaya onde existem todo o tipo de plantas medicinais que são úteis para as doenças. As plantas famosas são: a cânfora, o sândalo branco e genciana, todas elas se utilizam para as doenças com febre. Têm sabores doces e amargos e possuem propriedades leves. Inkarri Associação Multicultural 41 A Sul encontra-se a montanha Bekche onde existem todos os tipos de plantas medicinais úteis para doenças frias, sendo que têm abundantes poderes quentes. Entre estas plantas encontram-se o sândalo vermelho e a pimenta longa. Têm sabores ácidos e salgados, possuem propriedades termais quentes. Todas estas plantas podem normalizar o desequilíbrio do frio. A Mandala do Buda da Medicina – Menlha no “Atlas da Medicina Tibetana” tem três níveis: externo, interno e absoluto. Deve ser praticada com o fim de compreender estes três níveis. O nível externo significa devoção ao Buda da Medicina, que envolve oferecer a Mandala e a prática da medicina. O nível interno significa a prática tântrica de identificar-se a si mesmo com o Buda da Medicina e o seu mundo com as energias da terra pura da medicina. O nível absoluto significa a realização final de si mesmo, como Buda da Medicina, que se manifesta continuamente com o poder de cura. A prática da Mandala através destes níveis tem o objetivo de realizar a Trikaya, a natureza de Buda no corpo, através da palavra e da mente – a acção, a luminosidade, o vazio (estado receptivo). Debate Dialéctico O Debate meditação. Dialéctico centra-se Geralmente a em tópicos meditação está dividida em dois aspectos: o julgamento da meditação e o raciocínio da meditação. Neste caso ela está relacionada com o debate filosófico dialéctico baseado no julgamento. O Julgamento da meditação tem uma característica original. O participante tem que desenvolver o sentido da rápida realização do significado interno e a aptidão de raciocínio de um modo sistemático. Esta pratica tem como as suas qualidade fundamentais o diminuir do sentimento de vitória e evitar a ignorância. O participante do debate de defesa é incapaz de perceber desde onde a questão será perguntada, mas terá igualmente que se defender de forma sistemática. Caso ele falhe em responder será consequentemente tido como menos atento nos estudos. Haverá algumas normas para acompanhar o tema debatido e uma delas é responder em conformidade. Haverá uma grande audiência para julgar o seu debate e não é permitido tirar vantagens indevidas através de perguntas que não estejam contidas no tópico do debate. Inkarri Associação Multicultural 42 CANTICOS SAGRADOS No budismo, o canto é a forma tradicional de preparar a mente para a meditação, principalmente a parte da prática formal (seja em contexto leigo ou monástico), ou com finalidade ritual. Os cânticos são orações sagradas e invocações aos budas, por isso deveram ser entendidas como algo sagrado e não recreativo. RESPIRAÇÃO PNEUMA Na sessão de Respiração Pneuma, é criado um espaço sagrado onde, com a ajuda de música evocativa, é possível a conexão directa com a experiência transpessoal e ter a experiência da divindade. É composta por relaxamento, música e um tipo especial de respiração. Um processo normal dura cerca de quatro horas, incluindo a apresentação e explicação, a experiência em si, o desenho da Mandala (ou escrever a experiência), a partilha e o encerramento. É uma prática profunda e fácil de executar, que dá acesso a estados ampliados de consciência (EAC), abrindo as portas da viagem interior à luz e à consciência, iniciando-nos no processo de Autoconhecimento, que nos leva a viver uma vida transcendente nos espaços pessoais, familiares, materiais e espirituais. Esta prática está a ser levada ao mosteiro Gaden Shartse pelas mãos do Director Internacional da Inkarri e do Sistema Pneuma, Juan Ruiz Naupari. (Mais info sobre a Respiração Pneuma em www.inkarri.pt) Gaden Shartse Monastery Education Development Project P.O. Tibetan Colone - 581411, Mundgod (North Karnana) Karnataka State (Índia) www.gadenshartse.net [email protected] Tel : 0091-8301-245963 Inkarri Associação Cultural www.inkarri.pt Rua Amarelhe 8D, 1750-321 Lisboa [email protected] [email protected] +351 910507011 Inkarri Associação Multicultural 43