tour mundial pela paz interior

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TO UR M U N D I A L P ELA PA Z IN T E RIO R
Monges Tibetanos
Universidade Monástica Gaden Shartse
PROGRAMA
INKARRI
Associação Cultural
www.inkarri.pt
CONTEÚDOS
Carta do Gabinete de S.S. Dalai Lama..............................................................................3
Apresentação............................………………………………………………………...............4
Inkarri…..................…………………………………………………………........5
Enquadramento………………………………………………………………....6
Universidade Monástica de Gaden Shartse.……………………………………….……...…7
Exílio na India………...……………………….…………..…….……………..…6
Os inícios de Gaden na índia………...…………………….………………...8
Programas Académicos e Administração………………………….…..….9
Subsistência do Mosteiro………………….........…………………………..….9
Projectos e Dificuldades……………………………………………….….…..10
Actividades Diárias em Gaden Shartse……………………………….…...10
Metas e Objectivos de Gaden Shartse……………………………....…....11
Tour Mundial pela Paz Interior 2015…………………………………………….…………......12
Os Monges que participam na tour……………………………………......12
Conferências........................................................................................................................16
Actividades…………………………………………………………………………………….......17
Pujas…………………………………………….……………………………………...…..18
Casa e Empresas………………………………………………………..…......19
Torma…………………………………………….…………………………..…...19
Shening Dundog (Sutra do Coração).....................................................19
Menla (Buda da Medicina)...……………………………………………..…20
Tara Verde (Buda da Acção Iluminada)...........……………………........20
Incenso .....………………………………………………………………….…...20
Kangso (Buda da Protecção)……..………….………………………..…...21
Maitreya (Buda do Amor Universal)…………………………………....…..21
Chabtrul (Vajravidharan)………………………………………………..…...21
Yamantaka Chedrol (Cura Psíquica da Tara Verde) ………...…….….22
Drolchok.....………………………………………………………………….…...22
Namgyalma Long life Puja.....………………………………………………..22
Lhap-sang Lungta.....………………………..…………………………….…...23
Cha Sum ( the three part torma ritual) .....………………………………...23
Dukar ( white umbrella ………………………………………………….…...24
64 Kalarupa Puja.....………………………………………...…………….…...24
Ambiente…………………………………………….……………………….…25
Casamento Budista……………...…………………………………………....25
Bençãos de Crianças e Jovens…………………..………………..….…....25
Iniciações (Bênçãos)……………………………………………....…………….….....26
Buda Maitreya (Buda do Amor Universal) ……..…….....………….…....26
Buda Namthose Vaishravana (Buda da Prosperidade).……………....26
Buda Sakyamuni (Buda da Valentia)..........……………………….….…..27
Buda Avalokiteshvara (Buda da Compaixão).......................................27
Buda Tara Verde (Buda da Acção Iluminada…...................................27
Buda Tara Branca (Buda da Larga Vida)……...............................….....28
Buda Menla (Buda da Medicina)-…………............................................28
Buda Zambhala (Buda da Riqueza)……………...……………………......29
Buda Vajrasattva (Buda da Purificação)………………..…………….....29
Buda Manjushr (Buda da Sabedoria)...........................……………….…29
Buda Hayagrihwa (Buda que elimina as Forças Negativas)...............30
Vajrayoguini (Daikini das Daikinis)..........................................................30
Vajrapani (Buda do Poder).....................................................................31
Cerimónia de Chod……...…………………..............……………………………..…32
Consultas…………………………………………….……………………………..........32
Astrologia……………………………………………………….......................33
Mo (Conselho e Orientação).. ………………………………………..…...35
Reiki Chawan Tibetano............................................................................35
Medicina Tibetana…………………………………………………………....36
Mandalas de Areia…………………………………………….………………..…......38
Manjushri………………………………………………………….…………......39
Inkarri Associação Multicultural
2
Yamantaka……………………………………………………….……….…....39
Menlha…………………………………………………………….………...…...40
Debate Diatéctico..................................................................................................42
Cânticos Tradicionais Tibetanos ...................………...…………………..…..........43
Respiração Pneuma…………………………….....….…..........................................43
Contactos……………………………………………….……………………………….….…......43
APRESENTAÇÃO
Inkarri Associação Multicultural
3
Com a cooperação do Gabinete de S.S. o Dalai Lama, a Coordenação Mundial da
INKARRI Associação Multicultural e apoio de Pneuma System, os Monges Tibetanos do
Mosteiro Universitário Gaden Shartse realizarão na Europa e na América, a Tour Mundial
pela Paz Interior 2016-17.
Os objectivos das actividades que levarão a cabo os Monges Tibetanos durante a seu
Tour pela “Paz interior” será o de fomentar, reactivar e partilhar o Espírito da Compaixão
Universal, a Paz Interior, a Unidade e o Reencontro dos homens que conformam as
diferentes Tradições Sagradas do Oriente, a América e a Europa, através das suas
cerimónias, cantos e danças tradicionais.
Reunir numa série de eventos ecuménicos a instituições religiosas, associações de
expressão humanista e escolas filosóficas ou místicas, com a finalidade de conseguir
estabelecer vínculos de harmonia, que permitam a comunhão de todos os povos da
Terra.
É importante mencionar que os conhecimentos tibetanos sobre psicologia, filosofia e
Astrologia
do
Tibete
difundir-se-ão
sob
sistemas
teórico-prácticos
através
de
oficinas/ateliers e conferências, os quais irão realizar-se em diferentes fóruns e instituições
académicas da Europa, América e os E.U.A.
Os principais temas são a exaltação dos Valores tais como a Compaixão, o Amor
Universal, a Unidade e a Paz Interior. Neste mesmo marco irão realizar-se cerimónias de
Iniciação (bênçãos), pujas (purificações e curas energéticas de tipo alternativo),
baseadas nos princípios resguardados por esta cultura ao longo da sua história,
promovendo
assim
o
ideal
da
espiritualidade,
o
conhecimento
interior
e
o
desenvolvimento e sustentabilidade da harmonia planetária.
Através
das
actividades
anteriormente
descritas procura-se estabelecer, entre os
participantes,
uma
ponte
de
luz
e
transformação para modificar a sua forma
de sentir. Tarefas que por tradição ancestral
os Monges do Tibete se têm dedicado a
cultivar.
Juan Ruiz
Coordenador Internacional
(Foto: Inauguração Guest House construída em Gaden Shartse com o apoio da Inkarri)
A INKARRI
Inkarri Associação Multicultural
4
A Inkarri Associação Cultural é uma associação sem fins lucrativos, com várias
delegações na América Latina, Estados Unidos, Canadá, Europa e Oriente. O seu
compromisso é trabalhar para o despertar dos valores essenciais do Ser Humano, com o
objectivo de criar uma sociedade em harmonia através de uma profunda transformação
pessoal.
Promove a Paz Interior como elemento imprescindível para fomentar a Paz Global.
Inkarri propõe e oferece:
•
Uma formação holística que integra todos os aspectos da pessoa: físicos,
psicológicos e espirituais.
•
Pneuma System e Respiração Pneuma
•
Uma aproximação e recuperação das antigas tradições sagradas como a Andina
e a Budista;
•
Um apoio permanente ao povo e cultura do Tibete através do Projeto Buda
Maitreya e da Tour Mundial pela Paz Interior, que conta com a participação
do Mosteiro de Gaden Shartse.
Esta associação conta com mais de trinta anos de experiência no âmbito da formação,
do desenvolvimento pessoal e espiritual, com especialistas em psicologia, pedagogia e
terapia, centrados no desenvolvimento do potencial humano e a vivência do
transpessoal.
Oferece a formação em Pneuma System e Respiração Pneuma, o método integral de
Autoconhecimento e psicologia transpessoal de Inkarri.
Inkarri é uma palavra quechua que significa INKA REI, símbolo do despertar espiritual e
forma parte da mitologia andina que se refere ao Inka (filho do sol) que virá no futuro
para ajudar a humanidade. Podemos encontrar esta profecia noutras culturas como a
tibetana que aguarda a chegada de Buda Maitreya e o denomina como o Buda do
Futuro.
No contexto transpessoal de Pneuma, Inkarri constitui o arquétipo interno de todo o ser
humano que avança passo a passo em direcção à consciência, a Auto-realização ou
iluminação, relacionado portanto com culturas como a tibetana e o Buda Maitreya ou o
Buda do Futuro.
Inkarri Associação Multicultural
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A Inkarri através das mãos de Juan Ruiz Naupari, o seu
Director Internacional, coopera há mais de 20 anos
com mosteiros tibetanos com o objectivo de ajudar a
manter vivo o Budismo Tibetano, uma tradição cultural
e espiritual que todavia é genuína, pois mantém as suas
práticas e rituais originais. Importa recordar que, depois
da invasão do Tibete pela China, muitos monges
tiveram que deixar o Tibete e exilarem-se na Índia,
onde nem sempre alcançaram conseguir as condições
mínimas de saúde e educação. Assim, é nosso objectivo continuar a cooperar com
alguns mosteiros para que estes possam continuar a sustentar e educar os seus monges e
consequentemente manter viva esta bela linhagem. Por outro lado também é nossa
intenção, permitir que o ocidente conheça esta cultura e beneficie das suas práticas de
rituais tão poderosas para a saúde física, emocional, mental e espiritual, ajudando a
construir a Paz Interior. Por essa razão chamamos a estas viagens que os monges fazem
pela Europa e Estados Unidos como Tour Mundial pela Paz Interior.
Enquadramento
O Tibete está situado na zona fronteiriça do sudoeste da China. Tem uma extensão
aproximada de 1.200.000 km2. Nessa região predominam as altas montanhas, com uma
altitude média de 4000m, daí que se conheçam como o tecto do mundo. É um território
rico em recursos naturais, minerais e geotérmicos. Conta com mais de 5,700 variedades
de plantas e uma grande variedade de aves e outros animais.
Durante milénios o planalto tibetano permaneceu oculto entre os glaciares dos
Himalaias, povoando-se por uma gente calorosa e hospitaleira, cuja civilização alcançou
conviver em harmonia com o meio ambiente natural.
Fechado ao mundo exterior, o Tibete foi considerado como um país mágico e misterioso.
Em 1959 foi invadido pela China e até há poucos anos, cotam-se os que tiveram a
oportunidade de conhecer plenamente o seu legado à humanidade.
Os monges deste mosteiro formam parte dessa história, e chegam ao nosso país para
partilhar a sua cultura e tradição através de seminários, cantos sagrados, cerimónias
curativas e também dos seus costumes, vestuário e vida comum, entre outros aspectos.
Inkarri Associação Multicultural
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UNIVERSIDADE MONÁSTICA GADEN SHARTSE
Gaden foi fundada originalmente no Tibete
por
Tsongkhapa
(1357-1419),
o
grande
pregador, santo e indígena erudito budista
tibetano.
No
estabeleceu
ano
o
1409,
Mosteiro
Tsongkhapa
Gaden
e
consequentemente a Escola Gelupa do
budismo tibetano, também conhecida pela
secção do Chapéu Amarelo, cresceu.
O mosteiro de Gaden era um dos Den-sa sum, dos três mosteiros mais famosos do Tibete.
Foi magnificamente construído sobre uma grande montanha, a 14.000 pés sobre o nível
do mar, num lugar bonito, tranquilo e muito adequado para o desenvolvimento espiritual.
O mosteiro estava situado a uns 50 quilómetros a este da cidade de Lhasa, a capital do
Tibete. Há duas escolas universitárias dentro do mosteiro de Gaden, o Shartse a Este e o
Jangtse a Oeste. Gaden era conhecido por ter uma população de mais de 3.300
monges durante os primeiros anos de 1900. Mais tarde, em 1950 a população do mosteiro
cresceu até aos 5000 monges. Gaden rapidamente tornou-se muito conhecida pela sua
disciplina moral, valores académicos e espirituais. Não residiam aí apenas os monges que
cumpriam todas as regras do Vinaya, ou de disciplina moral, mas também monges que
chegavam de todas as partes do Tibete, Mongólia, China, Japão e do Norte da Índia.
Ainda que os monges que entravam no mosteiro eram de diversas idades, os mais jovens
começavam
os
seus
estudos
aos
sete
anos.
Independentemente
de
estudos
especializados, todos os monges estudavam música religiosa, arte, escultura, trabalhos
administrativos, etc. Em ambas as escolas, Shartse e Jangtse, o Sutra budista -se o Tantra
ensinam-se e praticam-se num programa combinado. Isso contrasta com muitos outros
mosteiros Gelupa, onde o estudo do Sutra e do Tantra mantêm-se separados. Assim,
estudar em Gaden significa adquirir conhecimento tanto no âmbito do Sutra como do
Tantra.
Exílio na Índia
Em 1950, o Exército de Libertação Popular de China invadiu e ocupou o Tibete. Em 1959,
Sua Santidade o Dalai Lama viu-se obrigado a fugir da Índia para sua segurança e dos
tibetanos. Índia, com bondade, ofereceu aos tibetanos um lugar seguro para viver e
manter a sua cultura e religião intacta. Mais de cem mil tibetanos seguiram o seu líder
espiritual, Sua Santidade o Dalai Lama ao exílio, onde agora estão vivem, seja na Índia,
Inkarri Associação Multicultural
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Nepal ou Butão. Para o governo em exílio, a educação das crianças converteu-se numa
prioridade. Portanto, constroem-se escolas. Posteriormente os tibetanos observaram que
na maioria destas, a educação estava fortemente influenciada pelo estilo de educação
e vida na Índia e que uma parte da educação tibetana estava a ser ignorada; esta
situação juntamente com a destruição de templos e centros de ensinamentos no Tibete
e a clamada “Revolução Cultural”, propiciou que alguns monges tibetanos maiores em
exílio, se unissem sob a guia sábia de Sua Santidade o Dalai Lama, com o apoio do
Governo e modestas contribuições de compatriotas tibetanos, restabeleçam o Mosteiro
Gaden no sul da Índia, unicamente para reavivar a educação tibetana, cultura e os
ensinamentos puros budistas.
Início de Gaden Shartse na Índia
O início do mosteiro de Gaden na Índia foi muito
difícil, devido às diferenças climáticas dramáticas do
Tibete e ao calor intenso. Apesar de todas as
dificuldades, em 1970 Gaden Shartse foi formada por
85 monges refugiados perto da remota aldeia de
Mundgod, no estado de Karnataka, sul da Índia.
Hoje em dia conta com mais de 1.400 tibetanos com
bolsas
de
estudo,
escritores,
estudantes
e
administrativos que se organizam por Khangtsen, que
são como pequenos mosteiros dentro do grande
mosteiro que é Gaden. Os primeiros membros de
Gaden Shartse restabeleceram-se nos campos de
refugiados de Mundgod, a uma noite e de carro da
cidade
de
Bangalore.
Inicialmente,
foram
proporcionadas tendas através de donativos e os
monges juntos, colocaram uma estrutura de tecto de
palha de bambu para servir como sala comum.
Nessa
estrutura
humilde
oravam,
estudavam,
debatiam, comiam e dormiam. Muitos monges
morreram de doença e exaustão. Experimentando e
equivocando-se, aprenderam a adaptar-se ao novo
ambiente e foram capazes de fazer vida modesta
mediante o cultivo da terra que se lhes proporcionou. Três anos depois inscreveu-se o
primeiro grupo de novos estudantes; estes iam dos 10 até aos 16 anos de idade
Inkarri Associação Multicultural
8
aproximadamente.
Todos
eram
crianças
da
comunidade tibetana no exílio. Os estudantes mais
avançados e com suficientes conhecimentos na
Literatura, História e Budismo passaram a ser parte do
pessoal.
Em
quatro
aumentou
décadas,
a
mais
a
de
população
1.200
de
monges,
Shartse
incluindo
residentes académicos, escritores, administradores e
estudantes de diferentes partes do mundo; Tibete,
Índia, Butão, Nepal, Taiwan, Europa e EUA. No entanto,
está localizado na comunidade de refugiados de um
país em desenvolvimento e com o constante aumento
do número de alunos, continuando a lutar para
proporcionar
serviços
aos
básicos,
estudantes
de
e
professores
educação,
saúde
e
bons
outras
necessidades essenciais. Gradualmente, os programas
educativos começaram a demonstrar um crescimento
e um êxito sustentados. A admissão, instrução e
alojamento são fornecidos sem custos. Têm-se dado
preferência a crianças que são órfãos ou vêm de
famílias muito pobres.
Programas Académicos e Administração
A educação, a preservação e o desenvolvimento da cultura tibetana é a principal
prioridade de Gaden Shartse. O reitor da Universidade, abade do mosteiro, é eleito
directamente pela Sua Santidade o Dalai Lama. A administração do centro está
principalmente sob a coordenação dos membros residentes e muitos ajudantes de
escritório
trabalham
voluntariamente
com
um
salário
de
dez
rupias
índias
(aproximadamente US$1 por mês).
Subsistência do Mosteiro
Actualmente a Universidade Monástica de Gaden Shartse é uma instituição cultural e
educativa sem fins lucrativos e mantém-se graças à agricultura dos 84 hectares doados
pelo governo indiano para suportar economicamente o Mosteiro. À diferença de outros
centros educativos, não conta com um fundo de ajuda por parte do governo. Os ganhos
obtidos com a venda das suas colheitas são canalizadas para manter as necessidades
Inkarri Associação Multicultural
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diárias do centro. Por tal motivo cada membro residente com a idade de 17 anos
começa a trabalhar no campo, de quatro a seis meses por ano. Às vezes vêm-se
obrigados a recorrer a pequenos empréstimos para enfrentar as necessidades diárias da
comunidade e atende-la em tempos de dificuldades financeiras como por exemplo
quando há períodos de seca que afectam as colheitas.
Projectos e Dificuldades
Há muitos problemas que necessitam de
ser resolvidos e projectos que necessitam
de ser implementados, desenvolvidos ou
concluídos. De entre muitos podem-se
nomear alguns como: a construção de
salas de estudo, o melhoramento e
manutenção da biblioteca, instalações e
material para a saúde e higiene entre outros. O problema mais grave que enfrenta o
Mosteiro desde o seu estabelecimento na Índia, é a comida para os 1.400 monges que
hoje habitam o mosteiro já que, à parte dos donativos recebidos pelos nossos bem
feitores, não têm outra fonte de receitas. A cada dia chegam mais monges e crianças
refugiadas do Tibete e o mosteiro faz grandes esforços para os poder acolher. Há
crianças que dormem no chão porque não há camas. A inflação e os preços dos
produtos básicos tornam tudo mais difícil. Os gastos com comida são muito elevados.
Mensalmente ascendem trezentas mil rupias índias (10.000 dólares americanos). A
alimentação consiste numa taça de chá e um pedaço de pão para o pequeno-almoço,
o almoço, uma taça de chá doce às 3 da tarde e arroz e lentilhas para o jantar (às vezes
massa tibetana).
Actividades Diárias em Gaden Shartse
O dia começa às 6:00 da manhã quando
todos os monges se reúnem no salão de
actos para as orações da manhã e pujas. Os
monges tomam o seu pequeno-almoço às
6:30 a.m. e depois assistem às suas aulas
diárias até às 11:00 a. m., momento em que
fazem uma pausa de poucas horas para comer. Pela tarde os jovens estudantes passam
o seu tempo na escola, enquanto os estudantes de alto nível assistem aos ensinamentos
privados dados por professores atribuídos. O jantar serve-se às 5:00 p.m. A sessão de
Inkarri Associação Multicultural
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debate diário é entre as 18h30 e as 22h30 excepto às segundas-feiras, dia de descanso
semanal no mosteiro. A maioria dos monges graduados passam o seu tempo a ensinar
estudantes, a realizam as suas práticas espirituais, a trabalham para ajudar a população
com actividades espirituais e sociais e realizam trabalhos administrativos e de
investigação em diversas áreas dos ensinamentos budistas .
Metas e Objectivos de Gaden Shartse
1 . Preservar, difundir e propagar os ensinamentos de Buda Gautama em todo o mundo.
2 . Ter monges budistas que sejam professores altamente qualificados para difundir a
mensagem real de Buda.
3 . Melhorar a fraternidade no meio das diferentes tradições religiosas do mundo através
do amor, atenção e amabilidade.
4 . Conservar os ensinamentos puros de Tsongkhapa com enfoque especial na tradição
transmitida através de gerações de estudiosos de Gaden Shartse .
5 . Difundir os ensinamentos preciosos do grande Tsongkhapa em todo o mundo para
beneficiar a todos os seres sencientes.
Mosteiro construído pela Inkarri
com fundos angariados através da
Tour Mundial pela Paz Interior
Inkarri Associação Multicultural
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TOUR MUNDIAL PELA PAZ INTERIOR 2016
EM 2016 a Inkarri continua a sua cooperação com o Mosteiro Gaden Shartse. Muitos dos
monges jovens exiliados do Tibete sofrem com graves problemas de saúde provocados
pela viagem ou pelo clima. Estes monges necessitam ser cuidados, pois não dispõem de
recursos nem de família na Índia que os apoie. Como Gaden Shartse e os seus Khangtsen
continuam a acolher monges e crianças refugiadas do Tibete, estão a debater-se agora
com um grande problema de espaço e condições para acolher estes refugiados. É
urgente criar estas condições construindo mais instalações, comprando camas, etc.
Também é urgente conseguir fundos para a construção de uma casa anexa para o retiro
de monges mais idosos e para pagar aos professores de Inglês que são imprescindíveis
para a conclusão da educação dos monges.
Os monges que participam na Tour
Os monges que participam nesta Tour Mundial pela Paz Interior pertencem à linhagem
Gelupa à qual preside Sua Santidade o Dalai Lama e entre eles destaca-se Geshe
Larampa Lobsang Tsultrim.
Geshe significa mestre espiritual no budismo tibetano e para obter o título de Geshe são
necessários estudos muito profundos, uma grande disciplina e muita dedicação. É
igualmente necessário realizar um retiro de meditação de 3 Anos 3 Meses e 3 Dias.
O título de Geshe Larampa, é o nível máximo de Geshe e o título mais alto que se pode
alcançar no Budismo, os Geshe Larampa são Mestres de Mestres. Para ser Geshe
Larampa são necessários 20 anos de estudo, com exames inter mosteiros. Este título só se
concede no máximo a duas pessoas por ano. Os Geshe Larampa podem ensinar sutras
(Harán) e Tantra (Naram). Estão preparados para ser abades do mosteiro se necessário.
Este ano o Mosteiro Gaden Shartse faz representar por Geshe Lharampa Lobsang Tsultrim,
Geshe Lobsang Tsultrim, Geshe Lobsang Dawa, Kesang Gialchan e Tenzin Thori.
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Geshe Lobsang Tsultrim
Iniciações, consultas e conferências.
Nasceu em 1966 na região mais alta oriental de Ngawa de
Amdo no Tibete, Geshe Tsultrim teve a possibilidade de obter
o
ensino
médio
num
clima
de
grandes
mudanças
desafiadoras. Uma das suas grandes para os seus estudos foi o
seu amor pela Arte Tradicional Tibetana. Começou a estudar
Arte Tibetana muito cedo, e especificamente em pintura
sagrada tibetana thangka, com o seu tio, um habilidoso e
muito respeitado pintor Tibetano thangka. Durante a sua aprendizagem, obteve as
técnicas e habilidades necessárias da arte Tradicional Tibetana.
Em 1986, Geshe Tsultrim chegou à Índia onde se comprometeu com os estudos
monásticos no mosteiro de Gaden Shartse, estudando Filosofia Budista e dharma.
Durante os primeiros cinco anos no mosteiro de Gaden Shartse, Geshe-la contribuiu para
a comunidade ensinando arte, pintura e realização de mandalas de areia aos jovens
monges. Reconhecendo as suas habilidades como artista, o mosteiro de Gaden Shartse
elegeu Geshe Tsultrim como um dos 11 monges escolhidos para fazer parte da tour ao
longo do norte e centro da América do Sul com o propósito de angariar fundos para o
mosteiro. Ensinaram Filosofia budista, fizeram rituais tradicionais tibetanos e mandalas de
areia. A primeira tour levou Geshe-la a mais de 12 países em dois anos. Geshe-la fez
outras duas Tours durante os anos seguintes, oferecendo iniciações e ensinamentos de
Filosofia Budista, tais como, as Quatro Nobres Verdades e a Arte da Compaixão.
Em 2001, Gaden Shartse enviou Geshe Tsultrim para os Estados Unidos para continuar os
seus estudos e trabalhar no Centro de Gaden Shartse Thubten Dhargye Ling em Long
Beach, Califórnia. Depois de estudar Inglês, Geshe Tsultrim compartilhou o seu vasto
conhecimento na iconografia de thangkas. Ensinou pintura de thangkas tibetanas a par
da Filosofia Budista e tem continuado desde então com estas actividades.
Em 2008, Gaden Shartse nomeou Geshe Tsultrim como director do Centro de Gaden
Shartse Thubten Dhargye Ling em Long Beach. No ano passado, o mosteiro concordou
reduzir os seus deveres no Centro para que pudesse regressar ao Sul da Índia para
concluir o próximo nível de estudos na Gyudmed Tantric University. Continua a ser o
director financeiro do Centro tal como director da Fundação Cultural Gaden Shartse.
Depois de terminar os seus estudos Tântricos em 2015, Geshe Tsultrim regressará aos
Estados Unidos para continuar ensinamentos em Arte tradicional Tibetana e Filosofia
Budista. Também é fluente em Tibetano e consegue dialogar em Inglês e Chinês.
Inkarri Associação Multicultural
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Geshe Lharampa Lobsang Tsultrim
Nasceu a 12 de Abril de 1972 em Nagsang, Tibet.
Ingressou no mosteiro Gaden Shartse aos 9 anos no
Tibete e fugiu para a India em 1993, onde se juntou ao
mosteiro de Gaden Shartse no sul da India, estudando,
desde então, nesta Instituição.
Enquanto frequentava o curso, estudou e foi certificado
nas seguintes disciplinas de Filosofia Budista; Lógica
Budista (Pramanavidya) em 1996, Perfeição da Sabedoria
(Prajnaparamita) em 2001, Filosofia do Caminho do Meio
(Madhyamika) em 2004, Psicologia Budista (Abhidharma) em 2006, Ética e Regras
Monásticas Budistas (Vinaya) em 2008. Depois participou no exame Gelugpa obteve o
Bacharelato e graduação em Filosofia Budista (Karam) em 2009, Mestre graduado em
Filosofia Budista (Lopon) em 2011, após um intenso trabalho durante muitos anos, recebe
a graduação de Geshe Lharampa no ano de 2013. Depois de descansar no mosteiro
durante um ano, foi alvo de um rigoroso estudo e treino nas quatro classes de Tantra no
mosteiro de Gyutoe Tantric obtendo o grau de Geshe Ngarampa em 2016.
Recebeu muitos e importantes ensinamentos e iniciações de grandes Mestres de renome
da tradição Gelug, tais como; Sua Santidade O Dalai Lama, Gaden Tri Rinpoche, Kyabje
Lati Rinpoche, Kyabe Khensur Jampa Yeshi Rinpoche e Khensur Konchuk Tsering entre
outros. Teve intensivos estudos e participações em diversos rituais tântricos sob orientação
destes Mestres. Actualmente, partilha o seu conhecimento como professor na escola
Gashar Norling. Desta vez, foi convidado a difundir os ensinamentos sobre Budismo, em
países Europeus.
Geshe Lobsang Dawa
Mestre de Cantos e Mandalas
Nasceu a 08 de Julho de 1968 em Lhasa, Tibete. Tornou-se
monge aos 22 anos e ingressou no mosteiro de Gaden Shartse
no ano de 1990. Desde então, tem desenvolvido os seus
estudos neste mosteiro. Foi para a Índia em 1990 e tomou os
votos com Sua Santidade O 14º Dalai Lama, em Varanasi.
Enquanto frequentava o seu curso, estudou e foi certificado
nas seguintes disciplinas de Filosofia Budista; Lógica Budista
Inkarri Associação Multicultural
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(Pramavidya) em 1994, Perfeição da Sabedoria (Prajnaparamita) em 1999, Filosofia do
Caminho do Meio (Madhyamika) em 2002, Psicologia Budista (Abhidharma) em 2004
Ética Budista e Regras Monásticas (Vinaya) em 2006. Depois de concluir os seus estudos
no mosteiro, obtém o grau de Geshe em 2014. Tem competências na realização de
variados e melodiosos cantos, na preparação de esculturas de manteiga e é especialista
na criação de mandalas de areia.
Obteve os votos monásticos completos (Gelong ou Bhikshu) em 1992 de Sua Santidade O
Dalai Lama. Recebeu muitos e importantes ensinamentos e iniciações de grandes
Mestres de renome da tradição Gelug, tais como Sua Santidade O Dalai Lama, GadenTri
Rinpoche, Kyabje Lati Rinpoche, Kyabe Khensur Jampa Yeshi Rinpoche e Khensur
Konchuk Tsering, entre outros. Realizou estudos intensivos e participou em diversos rituais
tântricos sob orientação destes Mestres. Colaborou com o gabinete administrativo do
mosteiro durante três anos.
Já esteve em Singapura, Malásia e Argentina com a missão de difundir os grandes
ensinamentos do Budismo, tendo sido agora convidado, por países europeus.
Tenzin Thori
Mestre de Canto
Nasceu a 27 de Setembro de 1985 em Orissa, Índia, tornou-se
monge com 10 anos, e desde então, tem estudado nesta
Instituição. Enquanto frequentava o curso, estudou e foi
certificado nas seguintes disciplinas de Filosofia Budista;
Lógica Budista (Pramanavidya) em 2003, Perfeição da
Sabedoria (Prajnaparamita) em 2008, Filosofia do Caminho
do
Meio
(Madhyamika)
em
2011,
Psicologia
Budista
(Abhidharma) em 2013, e actualmente estuda Ética Budista e
Regras Monásticas (Vinaya). Entretanto tem aprendido debate, meditação, criação de
mandalas de areia, cânticos em pujas de oferta. Tem competências na preparação de
esculturas de manteiga para pujas e é Mestre de cânticos.
Obteve os votos monásticos completos (Gelong ou Bhikshu) em 2013 de Sua Santidade O
Dalai Lama. Recebeu muitos e importantes ensinamentos e iniciações de grandes
Mestres de renome da tradição Gelug, tais como; Sua Santidade O Dalai Lama, Gaden
Tri Rinpoche, Kyabje Lati Rinpoche, Kyabe Khensur Jampa Yeshi Rinpoche e Khensur
Konchuk Tsering entre outros. Tem servido o mosteiro como Mestre de canto durante as
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pujas em setrapkhang. O Venerável Tenzin Thori já esteve na nossa filial do Centro Gaden
Shartse Drophen Ling em Singapura, com propósitos religiosos. Desta vez, desloca-se com
a missão de difundir o grande ensinamento do Budismo em países Europeus.
Kesang Gialchan
Nasceu a 12 de Abril de 1987 em Shalkhar Kinnaur, Índia.
Tornou-se monge aos 11 anos de idade e desde então tem
estudado nesta instituição.
Recebeu os votos monásticos em 2000 por Khensur Konchok
Tsering, durante o curso, estudou e foi certificado nas
seguintes disciplinas de Filosofia Budista; Lógica Budista
(Pramanavidya)
em
2006,
Perfeição
da
Sabedoria
(Prajnaparamita) em 2011, Filosofia do Caminho do Meio
(Madhyamika) em 2014 e actualmente estuda Psicologia
Budista (Abhidharma). Entretanto aprendeu; debate, meditação,
criação de mandalas de areia, cânticos de oferenda em pujas, e tem competências na
preparação de esculturas de manteiga para a puja.
Recebeu muitos e importantes ensinamentos e iniciações de grandes Mestres de renome
da tradição Gelug, tais como; Sua Santidade O Dalai Lama, Gaden Tri Rinpoche, Kyabje
Lati Rinpoche, Kyabje Khensur Jampa Yeshi Rinpoche e Khensur Konchuk Tsering entre
outros. Ainda sob a orientação destes Mestres, recebeu intensivos estudos relativos a
variados rituais tântricos da tradição Budista. Tem contribuído para o nosso mosteiro com
os seus melhores conhecimentos
O venerável Kesang Gialchan esteve em Singapura com propósitos religiosos na nossa
dependência, no Centro de Gaden Shartse Drophen Ling. Desta vez, desloca-se com a
missão de difundir o grande ensinamento do Budismo em países europeus.
O primeiro grupo de monges abençoados pela S. S. o Dalai Lama para sair em tour.
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ACTIVIDADES
O Budismo Tibetano considera que o destino das pessoas tem
uma causa karmica, que muitos dos problemas, dificuldades e
doenças que o ser humano sofre têm uma causa nesta vida ou
em vidas passadas e que existem vias para as resolver. As
actividades desenvolvidas pelos monges têm como objectivo
devolver o bem estar integral aos participantes, o
que se
alcança através da purificação. Assim, os monges realizarão
tanto actividades individuais (pujas e Mo,) como de grupo
(iniciações, pujas, cerimónias de Chod e sessões de cânticos
sagrados) e pujas e bênçãos de casas e empresas.
Nota Importante: A linguagem utilizada neste documento foi adaptada para um melhor
entendimento do leitor, uma vez que o Budismo Tibetano engloba elementos para os
quais não há equivalência na cultura ocidental.
CONFERÊNCIAS
Os temas que são abordados nas conferências pretendem tocar vários âmbitos
importantes relativamente ao desenvolvimento espiritual do ser humano considerando
que cada lei e muitos fenómenos existem pela relatividade ou interdependência. São
temas básicos do Budismo Tibetano que servem para nos introduzir nesta filosofia e
oferecer-nos simples ferramentas para iniciar um caminho em direcção à AutoRealização.
Temas das conferências e cursos:
A História do Budismo
Como o Budismo é inseparável da Cultura do Tibete
A vida monástica no Tibete
Como o Tibete e a S. S. o Dalai Lama podem trazer paz ao mundo
A importância dos budas, o dharma e o sangha.
A Arte da Felicidade
A Causa do Sofrimento e a causa da Felicidade
A Paz Interior e a conquista da Felicidade
Transformar o Sofrimento
Amabilidade e Compaixão
Como melhorar a paz interior e reduzir o sofrimento.
A sabedoria e a compaixão como medicina.
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Meditação Budista
O mantra OM MANI PADME HUM o seu significado, o seu uso e seu benefício.
Cuidar objectos sagrados
A Devoção ao Guru
As 4 Nobres Verdades
As
seis
perfeições
(Generosidade,
Ética
moral,
paciência,
esforço
entusiasmo,
concentração e sabedoria).
Oito versos para treino mental
O Caminho Óctuplo
As 10 Virtudes e a virtude da não acção
Introdução ao karma
Karma Positivo & Karma Negativo
Ensinamentos sobre a morte e o morrer.
Visão budista da Morte, Bardo e Renascimento (Vida, Bardo e Morte)
A Ética em tempos difíceis
Paz Mundial e Unidade de todas as Religiões
Lam Rim – Revisão do Caminho Gradual c/ o foco na Renunciação, Bodhichita e Vazio
Diferença entre o Amor e o Apego
Os benefícios de estar consciente (Mindfullness)
Como libertar-se do medo, ansiedade e stress
PUJAS OU RITUAIS DE PURIFICAÇÃO
As “pujas” são orações e bênçãos que realizam os monges tibetanos ancestralmente,
com a finalidade de harmonizar as energias das pessoas, lugares, casas e empresas. A
sua realização proporciona o bem-estar aos participantes e melhora a sua qualidade de
vida, ajuda a aumentar a fé e a energia no caminho espiritual. As puja são
acompanhadas de oferendas às Divindades, Budas, Bodhisattvas e Protectores, com o
objectivo de remover obstáculos, energias negativas e desequilíbrios na harmonia. São
utilizados instrumentos tradicionais tibetanos como o Dorje, campânula Damaru –
pequeno tambor ritual, címbalos e por vezes trompetas, que geram uma atmosfera
emocionalmente intensa e comovente, provocando por vezes também um impacto
visual intenso devido ao colorido dos instrumentos e vestes utilizadas.
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Pujas ou Bênçãos de Casa ou de Empresas
Estas Pujas são rituais de purificação dos locais e
das pessoas que neles habitam ou trabalham.
São cerimónias de 45 minutos realizadas por dois
monges, às quais se podem convidar familiares
e amigos no caso das casas, ou colegas de
trabalho no caso de empresas.
Na cultura
tibetana as pujas a casas e empresas são uma
prática comum e ancestral.
Puja Torma – Limpeza e Harmonização Energética (grupo)
Esta prática ou cerimónia convida-nos a libertar das dívidas
kármicas e os karmas pendentes. É uma maneira de
perdoar os danos que possamos ter causado aos outros e
de nos libertar das tendências negativas, ajudando-nos a
aumentar a nossa bondade e sensibilidade.
Puja Sherñing Dudog - Expulsa influências negativas (grupo)
Esta puja realiza-se invocando o Buda Sakyamuni e serve
para eliminar obstáculos, energias negativas, magia negra
e mau-olhado. É muito benéfica para a saúde. O Budismo
Tibetano considera que há quatro tipos de entidades: A
entidade dos enganos, a entidade da morte (que provoca
doenças que nos levam à morte), a entidade dos
agregados e o entidade dos filhos dos seres celestiais.
Quando é necessário afastar estas entidades realizam-se
rituais nos quais são realizadas oferendas em forma de
bolos. Colocam-se estes bolos com figuras de animais nas quatro direcções e molda-se
igualmente uma figura de aspecto humano que representa as pessoas que sofrem de
doenças. Estas esculturas são oferecidas às entidades que, tomando-as pelas pessoas
reais e fazendo-as suas, afastam-se. Durante esta cerimónia é recitado muitas vezes o
sutra do coração (representando o poder do vazio).
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Puja de Menla – Purificação de Obstáculos (grupo)
Quando o Buda da medicina alcançou a iluminação, descobriu
que existiam três venenos que são obstáculos à realização do
nosso verdadeiro potencial: a ignorância, o apego e a agressão.
Estas três condições na filosofia budista desfocam o nosso
pensamento e turvam a nossa vista, impedindo de conseguir
compreender a realidade do que acontece à nossa volta e de
descobrir os verdadeiros recursos que temos no nosso interior.
Nesta puja purificam-se esses obstáculos à compreensão.
Puja de Tara Verde – Impulsiona à Acção Iluminada (grupo)
A prática da Tara ajuda a despertar o nosso potencial de
compaixão, purifica os obstáculos que se nos apresentam
no caminho e as nossas energias negativas, fazendo desta
maneira com que a nossa porta à realização se abra. Esta
cerimónia proporciona-nos paz, harmonia e felicidade nas
relações com a nossa família, amigos e companheiros de
trabalho e também o êxito nos negócios. Tara é o aspecto
feminino do Buda da compaixão, Avalokiteshvara, do qual
S. S. o Dalai Lama é a emanação humana. É a protectora
do
caminho
espiritual,
a
mãe
de
todos
os
Budas.
Historicamente foi a primeira mulher tibetana a iluminar-se. Os tibetanos vêem-na como a
mãe iluminada, sempre disponível para ajudar. A puja de Tara promove bom karma, o
que facilita o caminho espiritual aos participantes e às pessoas para as quais se solicita.
Mantra: Om Tare Tutare Ture Soha
Puja de Incenso – Gera boa sorte (grupo)
Esta cerimónia está dedicada a atrair a boa sorte em
todos os aspectos, pois tem a função de abrir e limpar
o caminho. Realiza-se antes de iniciar um negócio,
empreender um nova viagem ou no começo de um
novo
ano.
No
Budismo
tibetano
quando
os
acontecimentos sucedem de um modo negativo
recorrentemente considera-se que o nível da sorte está em baixo. A puja de incenso,
serve para inverter esta tendência para que se tenha o êxito desejado.
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Puja de Kangso - Promove protecção (grupo)
Kangso é a divindade encarregue de purificar os
obstáculos negativos que afectam a nossa vida
diária. Nesta cerimónia invocam-se os protectores
do Dharma para que acudam em nossa ajuda.
Através da puja, os protectores irados, animados
pelas nossas oferendas, cessam a influência dos
seres sem forma e entidades que podem ocasionarnos dificuldades e obstáculos, para que possamos
obter êxito nas nossas actividades.
Puja Buda Maitreya (Buda do Amor Universal) – Promove bons
sentimentos (grupo)
O Buda Maitreya é o Buda do Amor Universal, que inspira a Tour
Mundial pela Paz Interior. É o Buda do Futuro, cuja missão é trazer
novos ensinamentos actualizados que trarão a felicidade à
humanidade. Quando uma pessoa realiza a prática de Maitreya
desenvolve o seu amor e afecto a si mesmo e aos outros. Ajuda
a libertar-se dos sentimentos de carência.
Chabtrul (Vajravidharan) - Limpeza
profunda de corpo, palavra e mente (Individual ou grupo)
Dorye Namyom (Vajravidharan) em tibetano, significa o
Supremo destruidor do mal. É uma divindade do budismo
esotérico tibetano especializada na purificação de pessoas e
objectos e uma das principais divindades da meditação do
Tantra Yoga. É uma cerimónia muito poderosa realizada
através de Vajravidharan, para limpar o corpo, a palavra e a
mente de todos os seres passiveis de contaminação, material
ou espiritual. Durante milénios, os grandes yoguis tibetanos
viviam vidas longas, saudáveis e prósperas devido à prática de Vajravidharan. Na
cerimónia, que se realiza em 3 fases, o mestre tomará a forma de Vajravidharan, através
da meditação prévia, usando o seu poder para limpar as pessoas individualmente,
removendo as energias negativas, resíduos delas, protegendo-as e libertando-as de
morte prematura, doença, influência das estrelas, invejas e factores congénitos.
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O ritual aumenta o poder pessoal e aumenta as faculdades de auto cura e a energia
positiva da pessoa. Limpa os chacras e energias subtis do corpo. Diminui a frustração, a
depressão e a ansiedade. Elimina os sonhos negativos e os pesadelos: traz saúde, a
felicidade, a longevidade e o êxito.
Mantra: Nama Tsanda, Vajra Krodaya, Hulu Hulu, Tishta Tishta, Banda Banda, Hana Hana,
Amrita, Hum Phat.
Puja Yamantaka Chedrol – Corta Influências negativas
(Individual ou grupo)
Esta puja é realizada sob o poder de uma famosa divindade
iracunda tântrica conhecida como Yamantaka. É uma
cerimónia de libertação contra as doenças que atam tanto
o nosso corpo como a nossa mente. Estas doenças
produzidas
por
frequentemente,
seres
humanos
aquelas
para
e
as
não
humanos
que
os
são,
demais
medicamentos que tomamos não produzem um beneficio
substancial. Neste caso é de especial benefício a cerimónia de protecção de
Yamantaka. É através dela que também se cortam as energias negativas como a inveja,
os ciúmes, incluindo os efeitos negativos que produzem a magia negra. Durante a
cerimónia, embora seja de grupo. realizam-se diferentes rituais individualmente para
eliminar as influências negativas de cada pessoa. É uma potente cerimónia do
xamanismo tibetano.
Drol-chok (Oferenda a Tara)
Esta Oração dedicada a Tara ajuda-nos a realizar as nossas obras
Dharmicas e ajuda a reduzir as nossas acções equivocadas.. É
benéfica quando pretendemos aumentar a nossa longevidade
Esta puja é benéfica para promover a fertilidade, os tibetanos
realizam-na quando pretendem ter filhos.
Esta oferta elaborada envolve a criação de bolos rituais (tor-MA)
e o uso de instrumentos musicais. Este puja é particularmente
eficaz na remoção de obstáculos e cumprindo os desejos.
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Puja Namgyalma (Longa vida)
Esta puja é realizada para remover todos os obstáculos ao
longo da vida.
Namgyalma é uma das três Divindades
longa vida (Tara Branca, Amitayus, Namgyalma) Fazer
pedidos a essas divindades ajuda a remover os obstáculos
à sua vida útil (por exemplo, acidentes, possivelmente,
doença fatal, bem como melhorar a qualidade de vida
dos seres queridos). Durante esta puja são feitas ofertas
extensivas para acumular mérito e purificar todos os
obstáculos para a sua longa vida. Esta Puja é realizada
para estender a nossa vida, não apenas nesta existência
mas também na próxima, protege-nos e maus obstáculos e ajuda a antecipar a nossa
iluminação.
Lhap-sang Lungta
Esta puja é para promover a boa sorte nos negócios e noutras
actividades e para cortar com a má sorte.
Esta é uma oração de oferta de incenso, que é muito bom
para a remoção de obstáculos, especialmente durante
situações de urgência, quando não temos muito tempo para
fazer um longo ritual. Também é muito bom se recitarmos
esta oração e oferecermos sang (incenso) pouco antes de embarcar num novo grande
projeto, atividade, evento ou viagem. Pode ajudar-nos a limpar os obstáculos imediatos
nas nossas tarefas.
Queimar incenso também é uma forma poderosa para criar karma positivo de forma a
sermos capazes de manter os nossos votos e viver de forma ética.
Cha Sum ( ritual das três partes da torma)
Três pares (Chak-sum): Chak-sum é uma oferta de três bolos
rituais (tor-MA): um para os protetores do Buddha Dharma,
outro para espíritos locais, e um terceiro para os seres que
sofrem do "reino dos fantasmas esfomeados. "Estas ofertas
destinam-se a ajudar na purificação de negatividades.
Este ritual é dito ser muito poderosa para eliminar os
obstáculos que ocorrem na vida de cada pessoa e na sua
prática espiritual. Muitas vezes, é realizada por lamas para o
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bem de alguém que está doente, quando o doença se pensa ser causada por uma
determinada classe de espíritos. Este ritual segue as injunções do Buda, que ensinou que
não se deve prejudicar qualquer ser vivo, mesmo aqueles que fazem mal a si mesmo, e,
portanto, em vez de usar meios iradas para prejudicar os espíritos interferentes, um
oferece-los tormas, louvores, e várias ofertas, tais como água, flores, incenso, luzes,
perfume, comida e música. Aquele que deseja fazer o ritual chamado de "Três Peças"
deve providenciar tormas e ofertas segundo a tradição existente. Protege-nos contra os
demónios negativos e retira os demónios negativos de uma pessoa que está afectada
pelos mesmos,
Dukar ( divindade do chapéu branco)
Du (Dukar) Si ( Sherab Yingpo) Si (Sangdorma) Sum
Esta é uma combinação de 3 que nos ajudam a ter sucesso
nas nossas actividades Dharmicas ou boas e nos protegem
daqueles que podem querer destruir as nossas actividades.
Também nos protege dos 3 demónios.
64 Kalarupa Puja (Dukchuma)
Kalarupa, uma emanação irada da sabedoria de Buda
Manjushri, é um protetor universal para todas as
linhagens budistas Vajrayan. Esta puja invoca as
energias ferozes de Kalarupa para a proteção e o
suave fluir na viagem da nossa vida, tanto secular
como espiritual.
Esta puja é uma das poucas que é
realizada com regularidade com o objectvo de obter
proteção e calma para a prática espiritual em geral. Os
seus principais benefícios são: proteção contra a magia
negra,
dissipação
de
energias
e
espíritos
nocivos,
desenvolvimento da sabedoria e superação da raiva, medo, orgulho e inveja.
Mantra de Kalarupa Om Kalarupa Hum Phet
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Purificação do ambiente (grupo)
Esta é uma cerimónia especial de limpeza, realizada pelos
monges em lugares públicos como jardins, parques ou
montanhas. Esta puja promove a paz e a libertação do
sofrimento aos cidadãos e ao mundo.
Nesta cerimónia invoca-se o Senhor Vajravidharan, Buda da
Purificação e convida-se-o a limpar e a purificar o espaço e
a terra. Os monges oram, meditando e usando instrumentos
que ajudam à purificação e à limpeza das forças negativas.
Esta
cerimónia
deslizamentos
protege
de
terra,
o
local
terramotos,
de
eventos
violência
como
e
outras
calamidades. Todos devemos participar nesta cerimónia, que
promove a felicidade, paz e a saúde.
Bênção de Crianças e Jovens
A intenção desta bela prática é a de ajudar a que a
criança/jovem
não
tenha
obstáculos
no
seu
desenvolvimento pessoal. Nesta cerimónia invocam-se
todos os budas e pede-se-lhes que ajudem as crianças a
incorporar as suas virtudes, pede-se também que lhes seja
dada proteção, saúde e sabedoria.
Casamento budista
Segundo a tradição budista, o casamento é um evento muito
importante para uma família porque é um início de um bom
projecto. Por essa razão nesta cerimónia convidam-se os seres
queridos e invocam-se todas as energias positivas do universo e
todos os budas para consagrar o casal.
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INICIAÇÕES (Bênçãos) (grupo)
Para o desenvolvimento das práticas tântricas é necessário entrar dentro da Mandala
(Universo) da divindade. Sem a iniciação completa não se pode aceder à Mandala do
buda de que trata a nossa prática. Por exemplo para desenvolver as práticas de forma
completa de Yamantaka ou Vajrayogini é necessária a iniciação completa (wang-chen)
e fazer grandes compromissos. O que fazem os monges é chenang, uma bênção que se
recebe dos mestres de linhagem, que permite ao discípulo recitar o mantra da divindade
e fazer as orações com muito maior efectividade e sem perigo por não cumprir os
compromissos.
Buda Maitreya – Buda do Amor Universal
O Buddha Maitreya é o Buda do Amor Universal, que inspira a
Tour Mundial pela Paz Interior. É o Buda do Futuro, o quinto
Buda que aparecerá nesta era afortunada, cuja missão é
trazer
novos
ensinamentos
actualizados
que
trarão
a
felicidade à humanidade, por isso é muito importante orar
pela chegada do Buda Maitreya a este mundo, pois ele é
uma fonte de sabedoria compassiva que deseja alcançar a
paz mundial. Esta iniciação é muito especial e ainda pouco
comum no budismo tibetano. É uma oportunidade de
conexão com a poderosa e cristalina energia de Buda
Maitreya. O propósito desta iniciação é gerar o karma virtuoso que nos permitirá
renascer no mesmo período de tempo que o Buda Maitreya e criar com ele um vinculo
espiritual que impulsione o nosso processo gradual até à iluminação.
Mantra: Om Meim Maitreya Soham
Buda Namtsé Vaishravana – Buda da Prosperidade
Namtsé é uma divindade protectora da riqueza do Dharma, e
um dos quatro Lokapalas (Guardiães do Universo ou Grande
Reis-Guardiães das Instruções). A energia de Namtsé atrai
prosperidade material e espiritual. A sua energia favorece a
ética e o êxito a largo prazo. Esta prática permite incrementar
as qualidades superiores, tais como a prosperidade, a riqueza
material, a longevidade, a fama, a força e o poder.
Mantra: Om Bae Shawar Nie Ye Soha
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Buda Shakyamuni – Buda da Valentia
Śākyamuni ou Shakyamuni ("sábio dos Shakyas"), comprometeu-se
na nossa era, foi o buda histórico que alcançou a iluminação e
criou o Caminho do Meio. Buda Shakyamuni é o fundador da
religião budista e foi o quarto dos mil Budas designados a vir a
este mundo neste Aeon. Buda Shakyamuni é uma grande fonte
de sabedoria e compaixão. Ao receber as suas bênçãos
especiais, poderemos experimentar uma profunda paz interior,
desenvolver um bom coração e despertar o nosso potencial
espiritual, o Bodichita. E com o tempo e o trabalho interior chegaremos a descobrir o
gozo da liberdade e a felicidade duradoura - a iluminação total.
Mantra: Om muni muni maha muni sakya muni soham
Buda Avalokiteshvara – Buda da Compaixão
Simboliza a compaixão universal de todos os budas dos 3
tempos (passado, presente e futuro) e de todas as direções.
Há muitos aspectos deste Buda. Literalmente quer dizer “o
libertador das reencarnações inferiores”, porque ajuda a evitar
cair em reencarnações inferiores ou desafortunadas. S. S. o
Dalai Lama é a encarnação de Avalokiteshvara, divindade
representada com mil braços, símbolo da ajuda que regressa.
A sua Mandala representa o palácio onde habitam os mundos
internos.
Mantra: Om Mani Padme Hung
Buda Tara Verde – Buda da Acção Iluminada (grupo)
Tara é o aspecto feminino da compaixão salvadora, que
ajuda e concentra os esforços até ao despertar.
Consiste numa purificação a um nível muito poderoso,
elimina bloqueios, energias negativas, restaura a energia e a
confiança
em
si
mesmo.
Favorece
a
bondade,
a
compaixão e o amor universal. Tara, em sânscrito, significa
"liberdade". Tara é o princípio feminino de libertação,
perfeição da sabedoria, mãe dos budas e protectora do
Tibete. É o aspecto feminino de Avalokiteshvara.
Mantra: Om Tare Tutare Ture Soha
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Buda Tara Branca - Buda da Longa Vida (grupo)
Tara Branca é um Buda feminino encarregue de purificar as
nossas vidas fazendo com que todos nós, como seres
humanos, tenhamos uma longa vida cheia de bênçãos e
bem-estar. Tara Branca é também conhecida como a "Mãe
Compassiva", é a deusa da compaixão. É a expressão
feminina de Buda que representa a união da compaixão com
a sabedoria. A sua prática gera a longevidade, a saúde, a
sabedoria e a boa fortuna. Também protege contra as
doenças de contágio e a morte prematura.
Junto com Amitayus e Ushnisha forma a tríada dos Budas da
longa vida. O seu amor e a sua energia sanam as doenças, desenvolvendo saúde, força,
longevidade e beleza. O seu símbolo é a cor branca, relacionada com a luz pura e
radiante que representa a claridade e a positividade, a acção pacificadora para
superar doenças, mortes prematuras e barreiras ao êxito na vida e na prática espiritual.
Tem sete olhos, dois nas palmas das mãos, dois nos pés e um à frente, simbolizando o
permanente cuidado e a vigilância da mente compassiva.
Mantra: Om Tare Tutare Ture Mama Ayuh Punya Jñana Pushtim Kuru Svaha
Buda Menlha - Buda da Medicina (grupo)
Menlha é a essência de todos os Budas em forma de cura ou
sanação. É a fonte de cada arte de medicina e cura e tem um
papel vital no processo de sanação do mundo.
Esta iniciação ajuda a aprofundar a prática da sanação, à
medida que se recebe um empoderamento para o fazer,
sanando problemas físicos e mentais. A iniciação coloca
sementes de
potencialidades
e
promove
as tendências
positivos na mente que garante êxito futuro da prática e que
serve para fortalecer a motivação altruísta do praticante. Meditar no Buda da Medicina
é um método muito poderoso para sanar-se a si mesmo ou aos outros, assim como para
eliminar o sofrimento e as doenças da alma: o apego, o ódio e a ignorância e do corpo.
Desperta a sabedoria inata de cura. Menlha é o Buda da Medicina, que ensina essa
ciência de cura.
Mantra: Tadyata, Om Bekandze Bekandze, Maha Bekandze Bekandze, Radza Samungate
Soha!
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Buda Zambhala - Buda da Riqueza (grupo)
Esta divindade nasceu para combater a pobreza e todos
os sofrimentos desencadeados pela pobreza espiritual e
económica. O propósito desta iniciação, é estabelecer
uma relação próxima com este Buda para disfrutar dos
benefícios da imensidão espiritual e material. A prática
desta iniciação é muito efectiva para restaurar conflitos
económicos ou receber algum beneficio económico de
fontes inesperadas, assim como para proteger os nossos
actuais bens materiais de alguma perda infortunada.
Mantra: Om Ped Ma Krodah Ar Ea Zambhala Hri Dha Ya Hum Phak
Buda Vajrasattva - Buda da Purificação (grupo)
Vajrasattva (Dorje Sempa em tibetano) é o Buda da
purificação, que elimina contaminações, atitudes negativas e
condutas erróneas feitas com o corpo, a mente e palavra. É
uma divindade muito poderosa, essencial nas etapas iniciais
da meditação. é a que purifica o karma, atrai a paz. É uma
fonte de iluminação.
Representa-se no seu corpo de alegria ou sambhogakaya
como um Buda de cor branca, um rosto pacífico e perfeito.
Vajrasatva dá ensinamentos e aprendizagens esotéricas.
Permite purificar obscurecimentos mentais para que o
estudante evolua no seu percurso.
Mantra: OM BENDSA SATTO HUNG
Buda Manjushri - Buda da Sabedoria (grupo)
É a união de todos os budas na forma de sabedoria.
A afinidade a esta divindade e a prática das suas
meditações, far-nos-á receber a bênção da sabedoria.
O antídoto à ignorância.
É muito importante a prática desta meditação em cada
dia, pois far-nos-á ganhar um verdadeiro conhecimento
para eliminar o sofrimento provocado pela ignorância.
Mantra: OM ARA PATSA NAH DI … DI, DI, DI, DI, DI
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Buda Hayagrihwa – Corta doenças e influências negativas
(grupo) - Hayagrihwa é uma divindade das comummente
chamadas iracundas. Ele tem esse grande poder de cortar e
eliminar das nossas vidas influências negativas, sejam do
ambiente, das que as pessoas exercem sobre nós, como
também as que temos pelo nosso Karma. Ajuda a eliminar
efeitos negativos de magia negra, inveja e ciúmes. Hayagrihwa
é um grande libertador de toda a influência sobrenatural. A
iniciação de Hayagrihwa é extremamente poderosa contra os
obstáculos criados por nagas (energias negativas) como o cancro, a lepra e doenças de
pele, a paralisia e a epilepsia (que está conectada a danos espirituais). As causas
principais destas doenças são o karma negativo e as entidades não humanas que
precipitam as condições para que este se active. Ao realizar esta prática eliminam-se
esses obstáculos.
Mantra: Hri Vajra Krodha Harya Ghiwa Hulu Hulu Hum Pak
Vajrayogini, ou Vajravarahi - Consorte de Heruka
Chakrasamvara, é a mais importante das dakinis tântricas.
Ela é Sarva-buddha-dakini, a dakini que é a essência de
todos os Budas. É a Rainha das daquinis de meditação
ligada à realização da energia femina no coração dos
tantras. Representa a realização da energia feminina
Vajrayogini é de cor vermelha radiante, o seu corpo arde
com o calor da chama yogue e está cercado pelas
labaredas da sabedoria. Seu cabelo revolto cai solto pelo
pescoço e costas; seu rosto tem uma expressão semi-irada.
Ela está nua, adornada com ossos humanos. Seu colar de
crânios corresponde às 16 vogais e 34 consoantes do alfabeto sânscrito, simbolizando a
purificação da fala. Na mão direita ela segura uma faca de tosquiar com um punho de
vajra - um cutelo vajra - que usa para cortar os apegos. Na mão esquerda ela traz uma
taça de crânio cheia de sangue ou mahasukha (a grande bem-aventurança), que serve
como vinho a seus devotos. Sobre o ombro esquerdo ela apóia um khatvanga ou cajado
mágico. Ela dança em cima de dois cadáveres, o que representa seu domínio sobre o
ego e a ignorância.
Vajrayogini com frequência é associada ao triunfo sobre a ignorância e sobre os
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excessos. Sua prática é considerada muito adequada para aqueles com forte apego
desejoso.
Vajrayogini é uma deidade de meditação tântrica. Ela simboliza:
- o aspecto feminino plenamente iluminado, indômito, ardente e energético de um Buda
(shakti/kundalini);
- o aspecto de sabedoria que conduz ao estado de Buda;
- como dakini, é a guia compassiva e apaixonada e o aspecto inspiracional que conduz
o praticante à iluminação.
Dakinis são a representação feminina da energia iluminada. Em tibetano, o termo é
khandroma, que significa aquela que atravessa o céu, ou aquela que se move no
espaço. A tradução poética é dançarina dos céus, ou andarilha dos céus. As dakinis
dançam no céu azul e límpido de shunyata, a vacuidade.
Dakini é a energia em movimento na vacuidade, que é a base de onde brotam e onde
se dissolvem todos os fenômenos.
Vajrapani
Vajrapani é a personificaçãoo de todo o poder espiritual
dos Budas.
A meditação em Vajrapani é um dos melhores métodos
para limpar e afastar obstáculos para a prática espiritual.
Representa o poder do Buda e a energia da mente
iluminada. Ele é um dos três de protectores Bodhisattva
constituídos
por
Manjushri,
Chenrezig,
e
Vajrapani.
Vajrapani protege o praticante do mal e remove os
obstáculos no seu caminho com o raio na mão direita. Ele
é retratado em forma colérica e ele é alternativamente
conhecido como o Senhor dos Segredos e o Demônio Dominador. A prática Vajrapani
nos ajuda a concentrar a nossa energia vital para o objetivo de alcançar a iluminação.
Ele é um dos primeiros Bodhisattvas que apareceram no Budismo Mahayana. Vajrapani é
o protetor e guia de Buda Shakyamuni e levantou-se para representar o poder do Buda.
Os Sutras da Luz Dourada concederam-lhe o títulon do "grande general dos yakshas"
(espíritos da natureza).
Além disso, ele é um dos primeiros Dharmapalas e é a única divindade budista a ser
mencionado no Canon Pali, bem como a ser adorado no budismo tibetano, no Templo
Shaolin, e até mesmo na Terra Pura do Budismo (onde ele é conhecido como
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Mahasthamaprapta e é um de uma tríade que compreende Buddha Amitabha e
Avalokiteshwara).
Bodhisattva Vajrapani significa o poder de todos os Budas, assim como Avalokitesvara
(Chenrezig) representa a sua grande compaixão, Buda Manjusri sua sabedoria, e da
Deusa Tara seus feitos milagrosos. Para o iogue, Ele é um meio de realizar feroz
determinação e significa eficácia implacável na conquista de negatividade.
De acordo com o Astasahasrikaprajnaparamitas e Pancavi satisahasrika, qualquer
Bodhisattva no caminho para o estado de Buda é elegível para protecção de Vajrapani,
tornando-os intocáveis a quaisquer ataques "por homens ou fantasmas".
Ele é o príncipe supremo do dharma de todos os Tathagatas ( "aquele que, portanto, tem
ido"), a mente muito iluminada (bodhicitta) de todos os Tathagatas. Por isso, Ele é o
mestre supremo do sigilo de todos os Tathagatas. Assim, ele é dado o título, Vajradhara,
Senhor dos Segredos.
Bodhisattva Vajrapani é retratado segurando um raio (vajra) em sua mão direita, que
enfatiza o poder de cortar através da escuridão da ilusão. Ele olha irado, mas como uma
representação da mente iluminada, de Vajrapani completamente livre de ódio, uma
semelhança que Vajrapani tem que alguns deuses hindus.
Acredita-se também que Ele vai se tornar o último Buda para aparecer neste ciclo
mundial. É frequente agrupados com o Chenrezig e Buda Manjushri. Os 3 Bodhisattvas
celestes são vistos como defensores arco-angélico, representando o poder (Vajrapanai),
compaixão (Chenrezig) e sabedoria (Buddha Manjushri).Vajrapani é a personificação de
todo poder espiritual dos Budas.
Cerimónia de Chod (grupo)
Chod é um caminho espiritual que corta os obstáculos, a
negatividade e o autoengano, baseando-se na energia da
sabedoria feminina para purificar o corpo, mente e espírito. Os
criadores de Chod foram Pa Dampa Sangye e Machig
Labdron que durante muitos anos investigaram e praticaram
meditação até chegarem à criação de Chod, fundindo o
Caminho Budista para a Iluminação e o Xamanismo. A prática
de Chod cultiva a intrepidez, a certeza e a compaixão. A
combinação única do canto sagrado, instrumentos rituais, a meditação e a visualização
criam uma rica esfera que amplia a nossa experiência quotidiana e redefine o sentido
limitado do eu. É também uma prática que promove a generosidade definitiva e
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permanente, a diminuição da doença, do sofrimento, da cegueira espiritual dos seres
sencientes e a cura de energias ambientais distorcidas.
Chod permite:
o Inspirar a limpar karma acumulado ao longo de muitas vidas.
o Curar outros, purificando os cinco elementos do corpo e mente.
o Sanar a terra e o meio ambiente
o Experimentar a verdadeira condição de guerreiro espiritual, a criatividade, o calor
humana, o enraizamento e a sabedoria da Mandala de cinco níveis do Ser Sagrado.
CONSULTAS
Astrologia Tibetana
A astrologia tibetana está intimamente ligada á filosofia
budista, formando um sistema único do Tibete que é
diferente da astrologia ocidental. Informa-nos, entre
outros aspectos, acerca de vidas passadas e futuras,
karma e reencarnação, Budas Protetores e mantras de
meditação. Tem as suas origens nas astrologias Hindu e
Chinesa, tendo-se posteriormente fundido com a filosofia
budista enriquecendo-se ainda mais, revelando-se uma
das ciências mais consagradas no budismo tibetano.
O benefício e efeito desta ciência no ser humano são imensos. Cobre, por meio de
cálculos, o dia-a-dia da pessoa, atividades e projetos de longa vida, por isso esta prática
converteu-se num ponto central da vida do povo do
Tibete.
A astrologia tibetana provém de duas correntes:
- A astrologia das estrelas (star – stsie), conhecida como um
dos primeiros ensinamentos de Buda quando transmitiu o
tantra (Kalachakra) em Mavarati no sul da Índia, e
simultaneamente
quando
ensinou
o
sutra
de
Prajnaparamita. Esta prática espalhou-se através da Índia
e posteriormente chegou ao Tibete no séc. XI.
- A astrologia (HBYUNG - RTSIE) foi ensinada primeiramente
por Manjushri nas montanhas da China e posteriormente
trazida para o Tibete por grandes mestres.
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Existem mais de 80 diferentes predições ou cálculos
astrológicos no que se denomina astrologia básica. De
entre os cálculos astrológicos, os mais importantes são os
relativos aos renascimentos kármicos, os quais revelam
reencarnação passadas e qual poderá ser a reencarnação
futura. Mostram também as oportunidades que teremos de
acumular méritos nesta vida, assim como o retrato da nossa
situação material e em termos de saúde e felicidade.
Preveem igualmente os possíveis obstáculos, e o que
necessitamos cortar karmicamente para não cair em
infortúnios e bloqueios, dentro de certos períodos da nossa
vida atual. Para as pessoas que sofrem de alguma doença, pode ser revelada qual a
causa da mesma, se é uma situação perigosa, e a maneira de ultrapassá-la. Também
nos ajuda a saber o que existe em nós para purificar e trabalhar de modo a não cair em
renascimentos inferiores. Poderão ser revelados pormenores sobre o matrimónio: se é
benéfico, quando se realiza e em que data se levará a cabo,
etc.
Em geral. A astrologia tibetana cobre um vasto campo de
predições e é um guia para a nossa vida material e espiritual,
assim como uma maneira de melhorar nesta vida e adquirir
méritos para uma melhor reencarnação.
Portanto, a astrologia tibetana permanece como uma das
manifestações mais importantes da cultura e vida tibetanas
com mais de mil anos desde as suas origens e que
permanecerá para sempre.
Como é uma consulta
A consulta começa com o estudo das condições de nascimento da pessoa, estudam-se
o animal e o elemento de nascimento, o parja ou trigrama, os símbolos de protecção e
as cores que favorecem certas atividades.
Cinco aspectos da pessoa são estudados : sorte, saúde, longevidade, poder e situação
material e se dão conselhos sobre acções virtuosas para os equilibrar. As consultas de
astrologia realizam-se em geral para a nossa vida, e para o ano em curso de forma mais
detalhada. Observam-se os possíveis obstáculos e as acções necessárias para cortar os
laços kármicos, pode conhecer-se a causa de uma doença, a sua gravidade e o modo
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como a combater, e podem-se investigar aspectos específicos de interesse para a
pessoa (trabalho, relacionamentos , saúde, etc.).
Também se apresenta a Divindade ou o Buda mais sintonizado com o consultante para a
sua prática espiritual e o mantra de meditação correspondente. O Mestre indica acerca
de uma próxima vida e como acumular méritos para uma futura e boa bom
reenarnação. Os seis mundos de Samsara, de acordo com o budismo tibetano são: o
inferno, o mundo dos pretas ou fantasmas famintos , o mundo dos animais, dos asuras ou
titãs , os homens e os devas ou deuses . O ciclo de renascimentos ocorre nestes seis
mundos. A ideal de iluminação budista implica a saída da roda de Samsara e,
consequentemente, do ciclo de renascimentos e mortes, atingindo níveis búdico . No
budismo tibetano incorpora uma nova via, a do Bodhisattva, que por compaixão volta a
encarnar para ajudar os outros no caminho da iluminação ou de Budeidade.
(São necessários os dados de nascimento (local, dia e hora) do consultante e local e
data do nascimento da mãe e do pai. É necessário que estes dados sejam facultados
com um mínimo de 3 dias de antecedência e pagar metade do valor. Trazer um
gravador.)
Conselho e Orientação (Mo)
O mestre pode guiar a pessoa que o solicita quando esta
se debate entre duas ou mais opções possíveis, e
dependendo do caso que recomenda as práticas que a
pessoa deve realizar para ter êxito em determinada
actividade.
Reiki Chawan Tibetano
Através das mãos transmitem-se os poderes dos budas.
Eles permitirão que se expulsem as energias negativas
que cada um padece.
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Medicina Tibetana
A medicina tibetana encontra-se profundamente influenciada pela teoria e a prática
budista que acentuam a indivisível interdependência entre mente, corpo e vitalidade.
Como sistema integrado de atenção à saúde, a medicina tibetana tem servido com
eficácia o seu povo durante séculos e hoje pode ser constituir-se um benefício ao serviço
do resto da humanidade.
A Medicina Tibetana aborda a doença e a cura de um modo global e natural, com
grande influência do Budismo Tibetano. Aborda a causa da doença e os seus
tratamentos baseiam-se em plantas e minerais reconhecidos e ativados com rituais
específicos. É um grande complemento a outros tratamentos e pode resolver o prolongar
de doenças crónicas.
A Consulta realiza-se auscultando os pulsos e através de uma entrevista pessoal, aferindo
o estado geral da pessoa e de cada órgão em particular, assim como possíveis sintomas.
A Medicina Tibetana está especialmente recomendada para:
•
Doenças do sistema nervoso e problemas derivados, dores lombares, cervicais,
etc.;
•
Doentes
de
esclerose
múltipla,
enxaquecas,
artroses
e
dores
articulares,
reumatismo;
•
Bastante indicada para casos de fibromialgia;
•
Sintomas de menopausa;
•
Problemas gástricos crónicos, deslocamento do fígado, anemia;
•
Alergias, rinites e afeções semelhantes;
•
É especialmente efetiva para distúrbios no ‘humor do vento’ (ansiedade e stress),
como os transtornos depressivos e doenças associadas.
A Medicina Tradicional Tibetana (MTT) ou Sowa Rigpa é a ciência de cura do Tibete. As
suas raízes surgem do Xamanismo Bon remontando há mais de 2.500 anos; desenvolve-se
formalmente a partir dos sistemas médicos Hindus (Ayurveda), Grego, Persa (Unani) e
Chinês no séc. IV. A sua forma actual, diferenciada no séc. XII, associou-se
definitivamente ao Budismo.
A MTT é um sistema médico completo e natural, que entende o homem de um
modo holístico: corpo, mente, alma, energia e ambiente. A cura é promovida
ao equilibrar os 3 princípios básicos: Lung ou movimento, Tripa ou calor e Baken ou frio,
uma vez que se considera que a doença resulta
de desequilíbrios destas forças.
O diagnóstico realiza-se principalmente através da
leitura do pulso, através da qual se percebe o
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estado dos órgãos internos. Nesse processo também se analisa a urina, língua e pele. A
técnica do diagnóstico mediante a pulsação é bastante fina e completa, sendo
necessários anos para aprendê-la e décadas para tornar-se especialista.
Com a mão direita do médico sobre o pulso esquerdo do consultante: o indicador
ausculta o coração e o intestino delgado (elemento fogo); o dedo médio lê o baço e o
estômago (terra); o dedo anelar o rim esquerdo e os órgãos reprodutores (água). Com a
mão esquerda no pulso direito: o indicador lê os pulmões e intestino grosso (metal); o
dedo médio o fígado e vesicula (madeira); o dedo anelar o rim direito e bexiga (água).
Para
o
tratamento
das
doenças
empregam-se
principalmente:
medicação
natural, massagens, acupunctura, alterações de estilo de vida e da alimentação.
Baseado no caminho do meio budista, o Sowa Rigpa procura reequilibrar: desequilíbrios
extremos nas três energias principais e nos cinco elementos, excessos ou erros na dieta e
maus hábitos de vida.
Os
medicamentos,
250
preparações
distintas,
são
compostos a partir de plantas medicinais (reconhecidas
nos Himalaias e no Tibete) e minerais, sendo usadas 2.294
substâncias medicinais para o efeito. Durante o seu
processamento são benzidos e energizados segundo
elaborados rituais budistas. Esta medicação não tem
efeitos secundários.
É um sistema médico eficaz, seguro e complementar à
medicina ocidental. Como sistema integrado de cuidado
com a saúde, a medicina tibetana serviu com eficácia o
seu povo durante séculos e pode hoje ser posta ao
serviço de toda a humanidade. A MTT é especialmente útil para situações crónicas
como; desordens digestivas, asma, artrite, eczema, sinusite; problemas de fígado, rins e
circulação; ansiedade, dificuldade em dormir; alterações no coração e sistema nervoso.
A medicina tibetana está em estreita relação com a astrologia tibetana, e apesar de
esta não se usar habitualmente para diagnósticos no ocidente, usa-se para a recolha de
plantas e preparação dos medicamentos.
Segundo a perspetiva budista a doença é vista a partir da sua origem, normalmente a
nível mental e emocional.
A partir da visão Budista, integrada neste sistema médico, o sentimento de
individualidade (o eu) e os três venenos da mente (desejo, ódio e ignorância) dão lugar
ao sofrimento e á doença. Os três princípios relacionam-se com os venenos da seguinte
forma:
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Lung ou movimento com o desejo e o apego; o materialismo afeta a circulação
sanguínea, nervosa e energética, assim como os pensamentos e a digestão.
Tripa ou calor com aversão, ódio, agressão e descontentamento: associa-se á
assimilação, fígado e visão e funções mentais.
Beken ou frio com a ignorância e a incompreensão: afeta a digestão, estrutura óssea,
articulações e estabilidade mental.
Men-Tsee-Khang, a Escola de Medicina e Astrologia, é o principal instituto médico,
fundado em 1916 por sua santidade o XIII Dalai Lama em Lhasa. Foi restabelecido em
Dharamsala em 1961, depois do exílio, por S.S. o XIV Dalai Lama. Nele realiza-se a
formação de médicos tibetanos, dentro da linha de medicamentos Sorig. Em Benarés
também se formam médicos tibetanos. O Buda da Medicina ou Menlha é o arquétipo
que promove a cura. É uma deidade de cor azul safira e o seu voto é o de promover a
saúde de todos os seres sencientes. Mesmo não sendo estritamente necessário, é positivo
repetir o seu mantra ao tomar os medicamentos, pois deste modo impregna-se a sua
energia. O mantra do Buda da Medicina é “Tayata Om Bekantse Bekantse, Maha
Bekantse Bekantse, Ramsa Samugate Soham”.
MANDALAS DE AREIA
É muito importante o conceito de Mandala dentro do mundo budista tibetano e o que
este representa no Universo Mental de todos os seres sencientes.
As Mandalas são verdadeiros arquétipos ou disparadores capazes de desenvolver em
nós qualidades como a Compaixão, a Sabedoria ou a Generosidade entre outras e
usam cor, símbolos e medidas geométricas que entram em
ressonância com a nossa Mente, funcionando como uma
poderosa ferramenta para compreender profundamente a
nossa natureza expandida e clara. Existem diversas Mandalas
em que conjugam não só a arte e o colorido, mas também o
vasto universo da iconografia tibetana e sua simbologia, o
que
faz
com
o
que
nelas
se
expresse
o
profundo
conhecimento Budista. As Mandalas pintavam-se sobre os
muros dos templos tibetanos, sobre tela (tankas), mas é
indubitável que uma das mais belas e extraordinárias formas
de expressão, são as Mandalas de Areia, criadas por vários
monges, seja sobre o chão ou sobre alguma outra base com areia ainda mais fina que a
do mar e cujo trabalho dura vários dias.
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Para enfatizar a lei da impermanência, estas Mandalas são destruídas depois de
terminadas, vertendo-se a areia na terra ou nas águas de algum rio ou do mar com o
propósito de oferecer o mérito positivo gerado para o beneficio de todos os seres
sensíveis. Para a realização de uma Mandala requer-se que alguma pessoa ou instituição
o peça. Realizam-se durante vários dias de acordo com o tamanho solicitado.
Manjushri, Buda da Sabedoria
Manjushri (o Glorioso com voz melodiosa), junto com
Avalokiteshvara (Chenrezig) e Tara (Drolma), é um dos
Bodhisattvas mais populares e uma divindade da meditação
no budismo tântrico. Praticado em todas as escolas, existem
dezenas de linhagens, formas e variedades da prática. No
tantra Vajrabhairava, a forma juvenil da cor amarela (o
Arapachana) de Manjushri, representa a forma pacífica de
Yamantaka. Ele tem um rosto e duas mãos que erguem ao
alto a espada da sabedoria e o livro sobre uma flor de lotos.
Yamantaka
Esta Mandala está dedicada à divindade
Yamantaka, vencedor da morte, representa
seu palácio celestial. Um Budista começa a
meditar da borda exterior para o interior,
movendo-se desde o mundo terreno para
os
distintos
níveis
de
crescimento
e
conhecimento espiritual. O objectivo final é alcançar a iluminação total, o nirvana, no
centro. No centro Yamantaka está representado pelo vajra azul, o raio que simboliza a
compaixão. Nos cantos exteriores da Mandala, os símbolos dos 5 sentidos servem para
recordar que o verdadeiro conhecimento vem através da iluminação espiritual, não das
nossas percepções fugazes. O olfato é representado pelo elixir perfumado borbulhante
de uma concha (parte superior esquerda). Um alaúde (em baixo à esquerda) é sinónimo
de audição, e o espelho em forma de disco azul (em baixo à direita) representa a visão.
Os pêssegos (canto superior direita) simbolizam o paladar. O cachecol de seda que flui,
representa o tato, e aparece nas quatro esquinas. O anel mais exterior do bordo circular,
representa o mundo terreno, contém oito cemitérios com imagens de sofrimento e
decadência: esqueletos, membros flutuantes, animais a procurar comida, árvores,
montanhas e túmulos chamados stupas, símbolo da vida e dos ensinamentos de Buda.
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Em seguida surge um círculo de chamas, em forma de arco-íris de cores brilhantes, de
seguida o anel de vajras e finalmente um círculo de pétalas de Lotus, que simboliza a
pureza espiritual e também a representação de diversas divindades. Agora encontramos
o quadrado das paredes do palácio de Yamantaka, com portas nos quatro pontos
cardiais. O palácio está cheio de símbolos, incluindo guardiões mascarados, guarda
chuvas, árvores de joias, rodas e veados. Dentro do quadrado mais interno, que se divide
em quadrantes triangulares, há um círculo que contem símbolos de nove divindades
budistas, com Yamantaka ao centro. É o reino da iluminação perfeita. Todas as
Mandalas representam um convite para entrar na mente desperta de Buda. Os budistas
tibetanos acreditam que na mente de cada pessoa existe uma semente da iluminação,
que pode ser descoberta através da contemplação da Mandala. O desenho da
Mandala representa a ordem e a harmonia de uma mente iluminada. A ordem mostra-se
através da organização simétrica, da estrutura apertada e o uso de formas geométricas
como o quadrado e o círculo. Os símbolos complexos e a combinação calculada de
cores primarias expressão os princípios da sabedoria e de compaixão que são a base da
filosofia tântrica budista.
Buda da Medicina
A Mandala do Buda da Medicina tem três níveis de interpretação e diferentes planos
terrenos e celestiais em que existem. As antigas lendas dizem que Tanatuk, o paraíso da
Medicina, está situado no Monte Meru, sua localização mística no universo, cuja
correspondência física se pode identificar como sendo a norte de Bodhgaya, onde o
senhor Buda alcançou a sua iluminação. A um outro nível também equivale a uma selva
medicinal (ervas e plantas medicinais). Na Mandala da medicina do “Atlas da Medicina
Tibetana”, Buda está representado ao centro como
Buda da Medicina. Ele está num palácio de cristal
situado no centro da cidade e seu trono é construído em
lápis-azul. É de cor Azul-escuro como a cor do céu, e
está
sentado
num
duplo
Lotus
em
posição
de
meditação. Segura a taça das esmolas na mão
esquerda apoiada no seu colo, com a mão direita
segura
a
Terminália
Che
Bulaa
Retz,
a
“grande
medicina”. Tem marcas de toda a perfeição e todos os
sinais de beleza característicos de todos os Budas. É
servido por um grande número de deuses, de deusas,
Rishis, brahmanes, budistas, não budistas, os protectores da medicina e por outros três
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protectores – Manjushri, Avalokiteshvara e Vajrapani. O palácio de cristal é apoiado por
dezasseis mil pilares e está rodeado de plataformas com balaústres para oferecer à
divindade. As cinco paredes, as quatro portas e os oito passos que simbolizam a estrutura
tradicional da Mandala. O jardim ao redor de todo o palácio, está cheio de doces
fragrâncias que vem das plantas medicinais, ervas e dos vários tipos de incenso. Existem
inúmeros tipos de animais que amam a paz, pavões reais, patos, papagaios, elefantes e
ursos.
Fora desta maravilhosa cidade estão quatro montanhas de medicina que estão
localizadas nas quatro partes do mundo. Nas quatro montanhas da medicina existe um
grande numero de plantas medicinais que são cultivadas pela bela Yidtogma, que é a
encarnação da Deusa da Medicina – Dud rtsi – ma.
A Este encontra-se a montanha Ponadan, onde o bosque está cheios de Mybobalan – “a
grande medicina”, estas árvores possuem todas as qualidades medicinais e qualquer
parte das mesmas podem ser usadas para as cento e quatro doenças. Mybobalan
contém os seis sabores (umami (delicioso e apetitoso), doce, ácido, amargo, picante e
salgado) e oito propriedades (leve, pesado, frio, quente, afiado, brando, húmido e seco).
A montanha Malaya está situada no Oeste. As “seis melhores” plantas crescem nas
encostas desta montanha. Estas plantas têm um efeito único na manutenção do corpo:
a noz-moscada é útil para as doenças; trevo é utilizado para as doenças de coração, o
açafrão para o fígado, o cardamomo grande para o baço, o cardamomo pequeno
para os rins, tronco de bambu para os pulmões. Segundo os textos farmacológicos
tibetanos as “seis melhores” plantas atraem a sorte e a felicidade para as pessoas.
Na parte rochosa da montanha chamada Malaya, existem cinco tipos de minerais, que
são: ouro, prata, cobre, ferro e chumbo e que são extraordinariamente úteis para a
febre. Existem cinco tipos de quartzos, cinco tipos de águas termais medicinais que são
boas para a febre provocada pelo frio e fornecem o enxofre apropriado para as
doenças frias.
No Norte encontra-se a montanha Ganchen Himalaya onde existem todo o tipo de
plantas medicinais que são úteis para as doenças. As plantas famosas são: a cânfora, o
sândalo branco e genciana, todas elas se utilizam para as doenças com febre. Têm
sabores doces e amargos e possuem propriedades leves.
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A Sul encontra-se a montanha Bekche onde existem todos os tipos de plantas medicinais
úteis para doenças frias, sendo que têm abundantes poderes quentes. Entre estas plantas
encontram-se o sândalo vermelho e a pimenta longa. Têm sabores ácidos e salgados,
possuem propriedades termais quentes. Todas estas plantas podem normalizar o
desequilíbrio do frio.
A Mandala do Buda da Medicina – Menlha no “Atlas da Medicina Tibetana” tem três
níveis: externo, interno e absoluto. Deve ser praticada com o fim de compreender estes
três níveis. O nível externo significa devoção ao Buda da Medicina, que envolve oferecer
a Mandala e a prática da medicina. O nível interno significa a prática tântrica de
identificar-se a si mesmo com o Buda da Medicina e o seu mundo com as energias da
terra pura da medicina. O nível absoluto significa a realização final de si mesmo, como
Buda da Medicina, que se manifesta continuamente com o poder de cura. A prática da
Mandala através destes níveis tem o objetivo de realizar a Trikaya, a natureza de Buda no
corpo, através da palavra e da mente – a acção, a luminosidade, o vazio (estado
receptivo).
Debate Dialéctico
O
Debate
meditação.
Dialéctico
centra-se
Geralmente
a
em
tópicos
meditação
está
dividida em dois aspectos: o julgamento da
meditação e o raciocínio da meditação. Neste
caso ela está relacionada com o debate
filosófico dialéctico baseado no julgamento. O
Julgamento
da
meditação
tem
uma
característica original. O participante tem que desenvolver o sentido da rápida
realização do significado interno e a aptidão de raciocínio de um modo sistemático. Esta
pratica tem como as suas qualidade fundamentais o diminuir do sentimento de vitória e
evitar a ignorância. O participante do debate de defesa é incapaz de perceber desde
onde a questão será perguntada, mas terá igualmente que se defender de forma
sistemática. Caso ele falhe em responder será consequentemente tido como menos
atento nos estudos. Haverá algumas normas para acompanhar o tema debatido e uma
delas é responder em conformidade. Haverá uma grande audiência para julgar o seu
debate e não é permitido tirar vantagens indevidas através de perguntas que não
estejam contidas no tópico do debate.
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CANTICOS SAGRADOS
No budismo, o canto é a forma tradicional de
preparar
a
mente
para
a
meditação,
principalmente a parte da prática formal (seja
em contexto leigo ou monástico), ou com
finalidade ritual. Os cânticos são orações
sagradas e invocações aos budas, por isso
deveram ser entendidas como algo sagrado e
não recreativo.
RESPIRAÇÃO PNEUMA
Na sessão de Respiração Pneuma, é criado um espaço sagrado onde, com a ajuda de
música evocativa, é possível a conexão directa com a experiência transpessoal e ter a
experiência da divindade. É composta por relaxamento, música e um tipo especial de
respiração. Um processo normal dura cerca de quatro horas, incluindo a apresentação e
explicação, a experiência em si, o desenho da Mandala (ou escrever a experiência), a
partilha e o encerramento. É uma prática profunda e fácil
de executar, que dá acesso a estados ampliados de
consciência (EAC), abrindo as portas da viagem interior à
luz e à consciência, iniciando-nos no processo de
Autoconhecimento, que nos leva a viver uma vida
transcendente nos espaços pessoais, familiares, materiais
e espirituais. Esta prática está a ser levada ao mosteiro
Gaden Shartse pelas mãos do Director Internacional da
Inkarri e do Sistema Pneuma, Juan Ruiz Naupari.
(Mais info sobre a Respiração Pneuma em www.inkarri.pt)
Gaden Shartse Monastery
Education Development Project
P.O. Tibetan Colone - 581411,
Mundgod (North Karnana) Karnataka State (Índia)
www.gadenshartse.net
[email protected]
Tel : 0091-8301-245963
Inkarri Associação Cultural
www.inkarri.pt
Rua Amarelhe 8D, 1750-321 Lisboa
[email protected]
[email protected]
+351 910507011
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