Tipos de contactos de um relé Contactos NA ou Normalmente Abertos Os relés podem ter contactos do tipo normalmente abertos, quando estes permanecem desligados até ao momento em que o relé é energizado. Quando o relé é energizado, os contactos fecham e, assim, pode circular corrente pelo circuito externo. Podemos ter relés com um ou mais contactos do tipo NA, conforme mostra a figura 11. Fig.11 – Contactos NA Usamos relés com contactos do tipo NA quando queremos ligar uma carga externa ao fazer uma corrente percorrer a bobina do relé, ou seja, quando a energizamos. Contactos NF ou Normalmente Fechados Estes relés apresentam um ou mais contactos que estão fechados, permitindo a circulação pela carga externa quando a bobina estiver desenergizada. Quando a bobina é percorrida por uma corrente, o relé abre os seus contactos, interrompendo a circulação de corrente pela carga externa (figura 12). Fig.12 – Contactos NF Usamos este tipo de relé para desligar uma carga externa ao fazer uma corrente percorrer a sua bobina. Notas: Contactos NA e NF ou Reversíveis Os relés podem também ter contactos que permitem a utilização simultânea dos contactos NA e NF ou de modo reversível, conforme mostra a figura 13. N.F – Normalmente fechado C – Comum N.A. – Normalmente Aberto Fig.13 – Contactos NA e NF ou Reversíveis Quando o relé está com a bobina desenergizada, o contacto móvel C faz ligação com o contacto fixo NF, mantendo fechado este circuito. Energizando a bobina do relé, o contacto C (comum) desliga o circuito que está em NF e liga o circuito que está em NA, fechando então este circuito. Podemos usar este tipo de relé para comutar duas cargas, conforme mostra a figura 14. Fig.14 – Relé de comutação A energia da fonte E passa então do circuito de carga 1 para o circuito de carga 2. O número de contactos NA e NF de um relé pode variar bastante, o que garante uma enorme versatilidade para este componente. Notas: Assim, jogando com os dois contactos reversíveis, pode-se fazer inversões do sentido de circulação da corrente. Os relés podem ainda ter bobinas para trabalhar tanto com corrente contínua como com corrente alternada. No caso de corrente contínua, a constância do campo garante um fecho firme, sem problemas. No entanto, no caso do accionamento por corrente alternada, a inversão do sentido da corrente numa determinada frequência faz com que o campo magnético apareça e desapareça dezenas de vezes por segundo, o que leva a armadura e os contactos a uma tendência devibração. Para evitar este problema, são utilizadas técnicas especiais de construção, sendo que a mais eficiente consiste na colocação de um anel de cobre numa das metades do núcleo da bobina. Neste anel é então induzida uma forte corrente que cria um segundo campo magnético, o qual divide o campo principal em dois fluxos desfasados. Por este motivo, os relés utilizados em circuitos de corrente contínua não são iguais aos dos circuitos de corrente alternada. Notas: