UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS ROSANI WARMLING ESTUDO SOBRE OS POTENCIAIS USUÁRIOS PARA O SERVIÇO EXPORTA FÁCIL DOS CORREIOS NAS EMPRESAS CLIENTES DA AGÊNCIA DE IÇARA-SC CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2009 1 ROSANI WARMLING ESTUDO SOBRE OS POTENCIAIS USUÁRIOS PARA O SERVIÇO EXPORTA FÁCIL DOS CORREIOS NAS EMPRESAS CLIENTES DA AGÊNCIA DE IÇARA-SC Monografia apresentada para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, no curso de Administração de Empresas, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Esp. Wagner Blauth CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2009 1 ROSANI WARMLING ESTUDO SOBRE OS POTENCIAIS USUÁRIOS PARA O SERVIÇO EXPORTA FÁCIL DOS CORREIOS NAS EMPRESAS CLIENTES DA AGÊNCIA DE IÇARA-SC Monografia aprovada pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel em Administração de Empresas, no Curso de Administração de Empresas, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Criciúma, 16 de dezembro de 2009. BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ Prof. Wagner Blauth - Especialista - (UNESC) - Orientador _______________________________________________ Prof. Gisele S. Coelho Lopes - Mestranda - (UNESC) _______________________________________________ Prof. Izabel Regina de Souza - Especialista - (UNESC) DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a toda minha família por estar presente até o final desta jornada. AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, aos meus amigos e ao meu noivo que me apoiaram e ajudaram em todos os momentos da minha vida acadêmica. Ao meu professor e orientador Wagner, pela sua dedicação e disposição. Agradeço aos Correios e a todas as empresas que colaboraram com a pesquisa realizada. “A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais.” Aristóteles RESUMO WARMLING, Rosani. Estudo sobre os potenciais usuários para o serviço Exporta Fácil dos Correios nas empresas clientes da agência de Içara-SC. 2009. 98 folhas. Monografia do Curso de Administração, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma. Este trabalho aborda o Exporta Fácil dos Correios, serviço baseado nos mecanismos de uma exportação simplificada, sendo assim um facilitador nos processos de exportação. Primeiramente foi realizada uma pesquisa bibliográfica com diversos autores sobre assuntos relacionados ao marketing, marketing de serviços e ao comércio exterior como os principais acordos comerciais do Brasil e órgãos do governo relacionados às exportações; os incentivos fiscais e os mecanismos de simplificação para as exportações. Tendo claro estes conceitos foram coletadas informações sobre o Exporta Fácil, através de uma pesquisa documental. O objetivo principal deste trabalho é identificar possíveis potenciais exportadores entre as empresas clientes da agência dos Correios de Içara – SC para a utilização do serviço. Buscou-se analisar o interesse destas empresas em exportarem seus produtos e se possuíam conhecimento sobre o Exporta Fácil através de uma pesquisa de campo com abordagem quantitativa. Conforme análise dos dados coletados constatou-se que a maioria das empresas pesquisadas nunca exportou e desconhece o serviço Exporta Fácil. E, finalmente, as sugestões e a conclusão sobre a análise dos dados coletados. Palavras-chave: Exportação. Exporta Fácil. Clientes. Correios. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Organograma dos órgãos do governo brasileiro relacionados às exportações............................................................................................................... 29 Figura 2 – Proibição e restrição................................................................................ 40 Figura 3 – Embalagens............................................................................................. 45 Figura 4 – Prazos estimados de entrega...................................................................49 Figura 5 – Consulta NCM..........................................................................................49 Figura 6 – Onde postar..............................................................................................50 Figura 7 – Participação por Estado no 1º semestre de 2009........................................54 Figura 8: Classificação da empresa..........................................................................60 Figura 9: Experiência da empresa com o mercado externo......................................61 Figura 10: Classificação da experiência com o mercado externo.............................62 Figura 11: Interesse por parte da empresa em tornar-se uma exportadora ativa de seus produtos.............................................................................................................63 Figura 12: Principal dificuldade identificada pela empresa para exportar seus produtos......................................................................................................................64 Figura 13: Principal mercado de destino ou pretendido pela empresa para as exportações................................................................................................................65 Figura 14: Faixa de peso que se enquadram os principais produtos fabricados pela empresa......................................................................................................................66 Figura 15: Dimensões dos produtos fabricados pela empresa.................................67 Figura 16: Valor unitário dos produtos fabricados pela empresa..............................68 Figura 17: Frequencia com que a empresa envia remessas para o exterior............69 Figura 18: Tempo ideal, em dias úteis, para a chegada da remessa no exterior.....70 Figura 19: Busca de informações pela empresa sobre os melhores canais para exportar......................................................................................................................71 Figura 20: Conhecimento da empresa em relação ao Exporta Fácil........................72 Figura 21: Opinião da empresa quanto a principal vantagem em utilizar o Exporta Fácil............................................................................................................................73 Figura 22: Pretensão da empresa em relação ao Exporta Fácil...............................74 Quadro 1 – Materiais e forma de acondicionamento.................................................44 Quadro 2 – Cálculo do seguro...................................................................................45 Quadro 3 – Participação nas Exportações por Produto no 1º semestre de 2009...........52 Quadro 4 – Participação por Países no 1º semestre de 2009......................................52 Quadro 5 – Produtos Enviados aos Principais Destinos no 1º semestre de 2009.........53 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Classificação da empresa........................................................................60 Tabela 2 – Experiência da empresa com o mercado externo....................................61 Tabela 3 – Classificação da experiência com o mercado externo.............................62 Tabela 4 – Interesse por parte da empresa em tornar-se uma exportadora ativa de seus produtos.............................................................................................................63 Tabela 5 – Principal dificuldade identificada pela empresa para exportar seus produtos......................................................................................................................64 Tabela 6 – Principal mercado de destino ou pretendido pela empresa para as exportações................................................................................................................65 Tabela 7 – Faixa de peso que se enquadram os principais produtos fabricados pela empresa......................................................................................................................66 Tabela 8 – Dimensões dos produtos fabricados pela empresa.................................67 Tabela 9 – Valor unitário dos produtos fabricados pela empresa..............................68 Tabela 10 – Frequência com que a empresa envia remessas para o exterior..........69 Tabela 11 – Tempo ideal, em dias úteis, para a chegada da remessa no exterior...70 Tabela 12 – Busca de informações pela empresa sobre os melhores canais para exportar......................................................................................................................71 Tabela 13 – Conhecimento da empresa em relação ao Exporta Fácil......................72 Tabela 14 – Opinião da empresa quanto a principal vantagem em utilizar o Exporta Fácil............................................................................................................................73 Tabela 15 – Pretensão da empresa em relação ao Exporta Fácil.............................74 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ALADI – Associação Latino-americana de Integração BACEN – Banco Central do Brasil BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CAMEX – Câmara de Comércio Exterior CMN – Conselho Monetário Nacional COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior DECOM – Departamento de Defesa Comercial DEINT – Departamento de Negociações internacionais DEPLA – Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior DSE – Declaração Simplificada de Exportação ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados MANCAT – Manual de Comercialização e Atendimento dos Correios MANINT – Manual Internacional dos Correios MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MC – Ministério das Comunicações MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MERCOSUL – Mercado Comum do Sul MF – Ministério da Fazenda MRE – Ministério das Relações Exteriores NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul OMC – Organização Mundial do Comércio PIS – Programa de Integração Social RFB – Receita Federal do Brasil SDA – Secretaria de Defesa Agropecuária SECEX – Secretaria de Comércio Exterior SGP – Sistema Geral de Preferências SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior SPC – Secretaria de Produção e Comercialização TEC – Tarifa Externa Comum SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13 1.1 TEMA ..................................................................................................................13 1.2 PROBLEMA........................................................................................................14 1.3 OBJETIVOS........................................................................................................14 1.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................14 1.3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................14 1.4 JUSTIFICATIVA..................................................................................................15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................16 2.1 MARKETING.......................................................................................................16 2.1.1 Segmentação de mercado .............................................................................17 2.1.2 Comportamento do consumidor ...................................................................18 2.1.3 Posicionamento..............................................................................................19 2.2 MARKETING DE SERVIÇOS .............................................................................20 2.2.1 Características dos serviços.........................................................................21 2.2.2 O composto de marketing de serviços.........................................................22 2.2.3 Características do comprador de serviços ..................................................23 2.2.4 Estratégias de marketing de serviços ..........................................................24 2.3 O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL .............................................................25 2.4 O BRASIL E OS ACORDOS COMERCIAIS.......................................................25 2.4.1 Associação Latino-americana de Integração (ALADI) ................................26 2.4.2 Mercado Comum do Sul (Mercosul) .............................................................26 2.4.3 Sistema Geral de Preferências (SGP) ...........................................................28 2.5 ÓRGÃOS DO GOVERNO BRASILEIRO RELACIONADOS ÀS EXPORTAÇÕES ..................................................................................................................................28 2.5.1 Conselho Monetário Nacional (CMN)............................................................29 2.5.2 Câmara de Comércio Exterior (CAMEX).......................................................30 2.5.3 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) ....30 2.5.4 Ministério da Fazenda (MF) ...........................................................................33 2.5.5 Ministério das Relações Exteriores (MRE)...................................................34 2.5.6 Ministério das Comunicações (MC) ..............................................................34 2.5.7 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ...................35 2.6 INCENTIVOS FISCAIS ÀS EXPORTAÇÕES .....................................................35 2.6.1 Isenção do pagamento do IPI........................................................................35 2.6.2 Não-incidência do ICMS.................................................................................36 2.6.3 Isenção do pagamento da COFINS ...............................................................37 2.6.4 Isenção do pagamento do PIS ......................................................................37 2.7 MECANISMOS DE SIMPLIFICAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES............................37 2.8 O EXPORTA FÁCIL............................................................................................39 2.8.1 Restrições e proibições às exportações via Exporta Fácil.........................40 2.8.2 Modalidades e limites do serviço Exporta Fácil ..........................................41 2.8.3 Embalagens e acondicionamentos...............................................................43 2.8.4 Serviços opcionais.........................................................................................45 2.8.5 Como exportar através do Exporta Fácil......................................................46 2.8.6 O site dos Correios ........................................................................................48 2.8.7 Contrato de serviços Internacionais.............................................................50 2.8.8 Desempenho do Exporta Fácil ......................................................................51 2.8.8.1 Produtos mais exportados .........................................................................51 2.8.8.2 Destino das exportações ............................................................................52 2.8.8.3 Origem das exportações...............................................................................54 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................55 3.1 TIPOS DE PESQUISA ........................................................................................55 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica .....................................................................................55 3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo...................................................................56 3.1.2.1 Pesquisa documental....................................................................................56 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA...........................................................................56 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ...............................................................................57 3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.........................................................58 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA..............................................................................60 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................77 APÊNDICE................................................................................................................81 ANEXO I....................................................................................................................86 ANEXO II...................................................................................................................91 13 1 INTRODUÇÃO O comércio internacional está em contínuo crescimento. Com a abertura dos mercados as empresas que visam acompanhar este crescimento necessitam buscar meios para pulverizar sua produção no mercado mundial. Diversos canais de distribuição e facilitadores logísticos são oferecidos, porém, a maioria é destinada a transações comerciais que envolvam volumes significativos de mercadorias. O Exporta Fácil, de acordo com Correios (2009), foi desenvolvido com o objetivo de ser um facilitador nos processos das exportações oferecendo a oportunidade tanto para pessoas físicas, quanto para pessoas jurídicas, de inserir seus produtos no mercado internacional. Diante deste propósito esta monografia tem como objetivo principal identificar potenciais exportadores que possam utilizar o Exporta Fácil dos Correios, mais especificamente entre as empresas que são clientes da agência de Içara – SC. Primeiramente, serão definidos o tema, o problema, os objetivos e a justificativa para a elaboração deste trabalho. Assuntos relacionados ao marketing, marketing de serviços e ao comércio exterior como os principais acordos comerciais do Brasil e órgãos do governo relacionados às exportações; os incentivos fiscais e os mecanismos de simplificação para as exportações, são o embasamento teórico para a realização da presente pesquisa. A seguir, apresentam-se a metodologia da pesquisa a ser utilizada e no capítulo seguinte, através de uma pesquisa de campo, a análise do interesse das empresas clientes da agência dos Correios de Içara – SC, em exportarem seus produtos e se possuíam conhecimento sobre o Exporta Fácil. E por fim, a análise dos resultados obtidos na pesquisa e a conclusão de todo o trabalho realizado. 1.1 TEMA Estudo sobre os potenciais usuários para o serviço Exporta Fácil dos Correios nas empresas clientes da agência de Içara - SC. 14 1.2 PROBLEMA A agência dos Correios de Içara - SC possui como clientes diversas empresas, porém, boa parte destas empresas não utiliza o serviço Exporta Fácil, isto pode estar relacionado com inúmeros fatores. Estes fatores podem variar desde a falta de conhecimento e informação sobre o serviço e os procedimentos para exportar através do Exporta Fácil até o fato de muitas empresas da região não direcionarem suas operações para o mercado externo. Com base neste cenário, formulou-se o seguinte questionamento: Quais são os potenciais usuários para o Exporta fácil entre as empresas clientes da agência dos Correios de Içara - SC? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Identificar possíveis potenciais exportadores para a utilização do serviço Exporta Fácil entre as empresas já clientes da agência dos Correios de Içara - SC. 1.3.2 Objetivos Específicos • Verificar o grau de conhecimento das empresas clientes da agência dos Correios de Içara - SC sobre o Exporta Fácil; • Examinar quais são os motivos que as empresas clientes da agência dos Correios de Içara - SC deixam de utilizar o serviço Exporta Fácil. • Levantar o nível de interesse das empresas clientes da agência dos Correios de Içara - SC para exportarem através do Exporta Fácil. • Propor aos Correios sugestões baseado nos resultados obtidos na pesquisa. 15 1.4 JUSTIFICATIVA As exportações são primordiais para impulsionar o crescimento de um país, pois também através das exportações é que se geram divisas, empregos e crescimento para o país exportador. Sendo assim, é de grande importância que políticas públicas proporcionem o crescimento das exportações. O Exporta Fácil foi desenvolvido pelos Correios em parceria com a Receita Federal do Brasil, Banco Central do Brasil, SECEX/MDIC e com outros órgãos do governo federal relacionados às exportações. CORREIOS (2009). O objetivo geral deste estudo está em identificar os possíveis potenciais exportadores para a utilização do serviço Exporta Fácil entre as empresas já clientes da agência dos Correios de Içara – SC. Este estudo torna-se importante, pois deve fornecer informações relevantes aos Correios sobre o nível de conhecimento das empresas clientes sobre o Exporta Fácil, bem como, a apresentação das possibilidades dos Correios esclarecerem aos potenciais clientes os benefícios desta modalidade de exportação. A pesquisa é oportuna, pois deve verificar as dificuldades encontradas pelas empresas clientes em optar pelo Exporta Fácil, bem como, encontrar possibilidades para ampliar a participação destas empresas clientes dos Correios. Do ponto de vista socioeconômico a realização deste estudo torna-se importante pelo fato de proporcionar às empresas pesquisadas uma alternativa para exportarem seus produtos de uma forma simplificada e assim, como conseqüência, o aumento das exportações, incrementando a economia da região, bem como a geração de novos empregos. Para o meio acadêmico o trabalho é relevante para a realização de estudos futuros, tomando-o como base e para elevar os conhecimentos adquiridos. A realização desta pesquisa é viável, pois a pesquisadora encontra-se em constante contato com as empresas clientes da agência dos Correios de Içara - SC, o que pode facilitar a obtenção dos dados. Finalmente, o estudo deve proporcionar à pesquisadora desenvolvimento em relação aos seus conhecimentos e projeções profissionais. 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O presente capítulo apresentará conceitos relacionados ao tema desta pesquisa, sempre embasados nos principais autores das áreas relacionadas ao marketing e ao comércio exterior, bem como a órgãos governamentais e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). 2.1 MARKETING De acordo com Kotler e Armstrong (2007, p.4) marketing é “[...] um processo social e gerencial através do qual, indivíduos e grupos obtêm aquilo de que necessitam e desejam por meio da criação e troca de produtos e valores”. Churchill e Peter (2000) afirmam que a essência do marketing é justamente o desenvolvimento de trocas em que as organizações e os clientes participam de transações que possam trazer benefícios para ambos. Essas trocas podem estar relacionadas ao marketing visando lucro ou não, notoriamente o primeiro caso é maioria, cujo objetivo é traçar metas para gerar receitas acima dos custos, mas também organizações sem fins lucrativos utilizam o marketing para atingir seus objetivos. Neves (2007, p.18) define marketing sob o seguinte aspecto: O marketing é usado para entender as necessidades dos consumidores finais, intermediários (indústrias, consumidores), através do processo de pesquisa, analisando o comportamento desses consumidores e do mercado, facilitando ver quais segmentos de consumidores podem ser satisfeitos, quais serão alvo de atuação da empresa, que tipo de diferenciação pode ser oferecido, como gerar e adaptar produtos, marcas e embalagens para satisfazer a essas necessidades, as corretas estratégias de precificação para esses produtos, como colocá-los à disposição dos consumidores através de canais de distribuição, e comunicar, através da propaganda, da publicidade e de outras ferramentas. O conceito de marketing é explicado por Kotler e Armstrong (2007) através de sete fatores, que são os seguintes: • Necessidades: está relacionado às necessidades humanas como fome, sede, vestuário, segurança, entre outras. • Desejos: são as necessidades humanas moldadas pela cultura. Por exemplo, a fome é a necessidade, mas ter o desejo de comer um hambúrguer está relacionado à cultura americana. 17 • Demandas: os desejos se tornam demandas quando o consumidor tem poder de compra para realizá-lo. As pessoas têm desejos de compra, porém seus recursos para tal são limitados. • Produtos: produto é o que pode ser colocado no mercado para atender à demanda. • Troca: para que uma troca ocorra pelo menos duas partes tem que participar, uma tem que representar para a outra uma condição de satisfação. • Transações: ocorre quando se obtém algo dando algo ou algum valor em troca. • Mercados: quando ocorrem as transações forma-se um mercado, este é representado pelos consumidores. 2.1.1 Segmentação de mercado Segmentação de mercado, como é definida por Churchill e Peter (2000, p.204), “É o processo de dividir o mercado em grupos de compradores potenciais que tenham semelhantes necessidades e desejos, percepções de valores ou comportamento de compra”. Como cada consumidor possui necessidades e desejos próprios Kotler e Armstrong (2007) segmentaram o mercado através das seguintes variáveis: • Segmentação geográfica: consiste em dividir o mercado em países, estados, cidades e bairros para assim a empresa poder adaptar seus programas de marketing. • Segmentação demográfica: são as variáveis relacionadas à idade, sexo, renda, tamanho da família, etc. Cujo objetivo é identificar os grupos de consumidores. • Segmentação psicográfica: os consumidores são divididos em relação à classe social a que pertencem, estilo de vida e características de personalidade. • Segmentação comportamental: dividir os consumidores com base ao conhecimento que possuem, atitudes ou comportamentos que tem em relação ao produto. 18 De acordo com Neves (2007), a segmentação de mercado proporciona à empresa uma melhor visualização de onde a empresa deverá empregar suas ações competitivas e a maneira de como irá competir, pois, através da segmentação a empresa compreenderá mais esses agrupamentos de pessoas. Para Churchill e Peter (2000) as organizações usam a segmentação de mercado para assim poder determinar quais porções do mercado elas poderão servir de forma mais lucrativa ou eficiente. Essas porções do mercado podem ser entendidas como o mercado alvo da empresa. 2.1.2 Comportamento do consumidor Muitos são os fatores que influenciam o comportamento dos consumidores, pois estes estão suscetíveis a diferentes influências, estímulos e reações. Em razão disso Kotler e Armstrong (2007) estabeleceram os principais fatores que influenciam o comportamento do consumidor, seguem abaixo: • Fatores culturais: o comportamento humano está basicamente relacionado à cultura que o indivíduo está exposto. Cada cultura está dividida numa subcultura, como exemplo, a religião a qual o indivíduo pertence. Outro fator cultural é a classe social, não está apenas relacionada à renda, mas também a outros fatores como educação, profissão, entre outros. • Fatores sociais: o comportamento de compra é influenciado por fatores sociais como a família que o individuo pertence e os grupos como amigos e colegas de trabalho. Outro fator importante é a posição social que o indivíduo ocupa, pois quando for decidir o que comprar, o indivíduo irá optar por opções que reflitam sua posição na sociedade. • Fatores pessoais: fatores como idade, condições econômicas e estilo de vida também são decisivos na decisão da compra. O ciclo de vida de cada consumidor deve ser considerado, pois as necessidades e preferências mudam de acordo com cada ciclo. • Fatores psicológicos: também são determinantes para a decisão de compra. Como a motivação do consumidor e, o que o leva para comprar determinado produto. Deve-se observar que ao longo de sua vida o individuo passa por estágios de aprendizado isso o influenciará nas suas decisões. 19 Churchill e Peter (2000) dão destaque para os fatores culturais porque a cultura é um dos meios mais importantes pelo qual uma sociedade influencia o comportamento dos indivíduos. Ressaltam ainda o efeito das subculturas, onde os indivíduos compartilham de valores e padrões de comportamento distintos, que diferem da cultural geral. Churchill e Peter (2000) se referem aos fatores sociais como grupos de referências, ou seja, pessoas que influenciam o comportamento dos consumidores direta ou indiretamente. O processo pelo qual consumidores compram produtos ou serviços para Ferrell (2000) começa pelo reconhecimento do próprio consumidor de uma necessidade ou desejo que possui, após o reconhecimento vem o impulso para a busca da sua satisfação, esse impulso é definido como motivação, fator determinante para a decisão de compra. 2.1.3 Posicionamento Após uma empresa ter se decidido por qual segmento, ela deve se posicionar no mercado. Kotler e Armstrong (2007, p.180) definem posicionamento como “[...] a maneira que um produto é definido pelos consumidores no que diz respeito aos atributos importantes – o lugar que o produto ocupa nas mentes dos consumidores em relação aos produtos concorrentes”. Neves (2007) menciona que o posicionamento é uma etapa muito importante porque o posicionamento é o ato de estabelecer e comunicar os principais benefícios do produto ao mercado. Conforme Kotler e Armstrong (2007), os produtos podem ser posicionados de acordo com atributos específicos, ou seja, enaltecer uma característica específica do produto num determinado período. É importante posicionar os produtos de acordo com os benefícios que trazem ao consumidor e as ocasiões em que o produto pode ser utilizado. Ferrell (2000) explica que se pode posicionar-se diretamente contra um concorrente, utilizar-se de propagandas estratégicas e, em relação aos preços ofertados ou, também, posicionar o produto numa classe específica, que envolve a situação de utilização de determinado produto por determinado usuário. Enfim, para uma empresa se posicionar no mercado ela deve identificar suas possíveis vantagens competitivas, de acordo com Kotler e Armstrong (2007, p. 20 188) “A chave para conquistar e manter os consumidores é compreender suas necessidades e processos de compra melhor do que os concorrentes, e prover-lhes maior valor”. 2.2 MARKETING DE SERVIÇOS O setor de serviços, conforme Churchill e Peter (2000) vem crescendo e cada vez mais o marketing vem tomando importância nesta área, daí vem a necessidade de profissionais e empresas, estudarem e aplicarem os conceitos de marketing de serviços. Fitzsimmons (2005, p.29) descreve a importância do setor, pois “Os serviços estão no centro da atividade econômica de qualquer sociedade. Serviços de infra-estrutura, como transportes e comunicação, formam o elo essencial entre todos os setores da economia, incluindo o consumidor final”. Segundo a definição da Associação Americana de Marketing (apud LAS CASAS, 2007, p.17), “Serviços são aquelas atividades, vantagens ou mesmo satisfações que são oferecidas à venda ou que são proporcionadas em conexão com a venda de mercadorias.” Las Casas (2007, p. 18) faz a seguinte consideração “Serviços é a parte que deve ser vivenciada, é uma experiência vivida, é o desempenho”. Para Grönroos (1995, p. 39) “O serviço não é uma coisa, mas uma série de atividades ou processos que, além de tudo, são produzidos e consumidos simultaneamente, pelo menos até certo ponto, é difícil gerenciar o controle de qualidade e praticar um marketing no sentido tradicional”. Os serviços podem, ou não, estar relacionados com a venda de um produto. Las Casas (2007, p. 19) classifica os serviços em dois grupos: “[...] os de consumo, que são os serviços prestados diretamente ao consumidor final e os serviços industriais; que são aqueles prestados a organizações industriais, comerciais ou institucionais”. Entre os dois grupos, Las Casas (2007, p.19) faz as seguintes subdivisões: Serviços de consumo: • De conveniência: ocorre quando o consumidor não quer perder tempo em procurar a empresa prestadora de serviços por não haver diferenças 21 perceptíveis entre elas. É o caso de tinturarias, sapatarias e empresas de pequenos consertos. • De escolha: caracteriza-se quando alguns serviços tem custos diferenciados de acordo com a qualidade e tipo de serviços prestados, prestígio da empresa etc. neste caso compensará ao consumidor visitar diversas firmas na busca de melhores negócios. São os serviços prestados por bancos, seguros, pesquisas etc. • De especialidade: são os altamente técnicos e especializados. O consumidor neste caso fará todo o esforço possível para obter serviços de especialistas, tais como médicos, advogados, técnicos, etc. Serviços industriais: • De equipamentos: são serviços relacionados com a instalação, montagem de equipamentos ou manutenção. • De facilidade: nesse caso, estão incluídos os serviços financeiros, de seguros etc., pois facilitam as operações da empresa. • De consultoria/orientação: são os que auxiliam nas tomadas de decisão e incluem serviços de consultoria, pesquisa e educação. Os serviços também podem ser diferenciados quanto ao seu grau de tangibilidade conforme Aubrey Wilson (1972 apud LAS CASAS, 2007, p. 21) os serviços podem estar relacionados a produtos altamente intangíveis como os serviços de segurança e educação. Há os serviços que adicionam valores a produtos tangíveis, exemplo: consultoria de engenharia e serviços de reparos. E os serviços que tornam produtos tangíveis disponíveis como é o caso dos serviços de transportes e mala direta. Para Churchill e Peter (2000) a principal diferença está no aspecto da imagem e da administração de evidência. Os bens são visíveis já os serviços são invisíveis. Os produtos podem ser expostos numa vitrine, por exemplo, a prestação de serviços é algo que não pode ser tocado pelo comprador. Assim, são notórias as diferenças existentes entre o marketing de tangíveis e intangíveis desta forma torna-se necessário que cada caso seja tratado de acordo com o que cada tipo de produto precisa para que os resultados sejam alcançados quando os produtos forem dirigidos ao público. 2.2.1 Características dos serviços De acordo com Kotler e Armstrong (2007) os serviços têm quatro características principais que afetam ações relacionadas ao marketing, são elas: • Intangibilidade: os serviços são intangíveis, pois não podem ser tocados, vistos, provados antes de se efetuar a compra. Para se sentirem mais seguros, então, os compradores de serviços procuram observar tudo o que for tangível como, por exemplo, o lugar, os funcionários e os equipamentos. 22 • Inseparabilidade: os serviços são vendidos, produzidos e consumidos simultaneamente. Fornecedor e cliente, ambos afetam o resultado do serviço. • Variabilidade: os serviços são variáveis, pois dependem muito de quem os presta, como, quando e onde ocorrerá a prestação do serviço. O fator qualidade torna-se muito relativo. • Perecibilidade: os serviços são perecíveis, pois não podem ser produzidos e estocados para vendê-los no futuro. Devido os serviços possuírem todas as características citadas, o consumidor constrói uma expectativa em relação ao serviço. Conforme Neves (2007), essa expectativa é formada através de opiniões de outros consumidores, do próprio consumidor e suas experiências. Mas somente quando o serviço for prestado é que o consumidor poderá avaliá-lo. Então, para Churchill e Peter (2000) vem o desafio para as organizações e seus profissionais de marketing, pois embora o processo de identificar e satisfazer as necessidades dos consumidores seja essencialmente o mesmo para bens e serviços, as características dos serviços precisam de ações e relações para com os consumidores para assim ocorrer uma prestação de serviços de qualidade. 2.2.2 O composto de marketing de serviços Como existem diferenças entre o marketing de uma forma mais abrangente e o marketing de serviços é necessário que algumas considerações sejam feitas. De acordo com Las Casas (2007) algumas diferenciações são feitas em relação ao composto de marketing. • Perfil: refere-se ao estabelecimento onde ocorrerá a prestação do serviço. Aqui está a apresentação através do layout, comunicação visual, organização e limpeza do ambiente, entre outros. • Processos: os processos para uma prestação de serviços devem ser organizados permitindo que haja um bom desempenho durante todo o processo. Devem-se evitar processos confusos para que o consumidor não fique insatisfeito. Por isso, é importante que o seja desenhado um fluxograma, especificando cada etapa do processo da prestação do serviço. 23 • Procedimentos: estão relacionados à qualidade da prestação do serviço no momento do atendimento, é neste momento que o cliente irá perceber a qualidade, ou a falta dela. • Pessoas: no setor serviços uma grande parte dos investimentos volta-se para pessoas. Funcionários bem treinados, informados e preparados para passarem aos clientes a imagem que a empresa espera transmitir. Churchill e Peter (2000) afirmam que devido às características dos serviços, o desenvolvimento do composto de marketing se torna ainda mais desafiador. Por isso, os profissionais de marketing de serviços devem inovar e melhorar continuamente. 2.2.3 Características do comprador de serviços O consumidor quando compra serviços apresenta diferentes características daquelas identificadas quando este compra um bem. Las Casas (2007) menciona a incerteza do consumidor diante do serviço que está prestes a consumir. O consumidor questiona se a contratação do serviço será mesmo necessária e quem irá lhe prestar melhor o serviço. Estas são dúvidas que o comprador de serviços muitas vezes se depara devido à intangibilidade, assim o consumidor somente após contratar os serviços é que poderá formar uma opinião ao receber a prestação do mesmo, então para Churchill e Peter (2000) a promoção é necessária para explicar o que é o serviço e como ele irá beneficiar o comprador. Logo, o prestador de serviços precisa conhecer seu consumidor para atender suas expectativas, Las Casas (2007) menciona que quando as expectativas não são atendidas, estas, poderão ser o fracasso do empreendimento. Ao consumidor não é suficiente prestar bons serviços. Ele deve perceber o fato. Portanto, ao prometer qualidade de desempenho, o cliente deve percebê-lo em sua execução, e o prestador de serviços sempre certificar-se de que seu cliente está ciente do nível de atendimento recebido. (LAS CASAS, 2007, p.40). Churchill e Peter (2000) afirmam que existem diferenças entre o comprador de bens de consumo e o comprador organizacional, pois, este recebe influências da organização como um todo, dos colegas profissionais, bem como suas motivações pessoais. 24 2.2.4 Estratégias de marketing de serviços As estratégias de marketing devem ter algumas adaptações quando forem empregadas aos serviços. Grönroos (1995) menciona a importância de uma melhor compreensão dos relacionamentos com os clientes e de como é percebida a qualidade da prestação do serviço. Pois a maior satisfação do cliente traz efeitos muito positivos para a empresa, como uma propaganda boca a boca favorável é criada, assim como um cliente insatisfeito fará uma propaganda negativa. Fitzsimmons (2005, p. 60) afirma que: A estratégia em serviços deve começar com uma visão do local e objetivo do empreendimento. Uma visão estratégica de serviços é formulada abordando questões a respeito do mercado-alvo, do conceito em serviços, da estratégia operacional e do sistema de prestação de serviços. O conceito estratégico de serviços abrange todos os elementos no projeto de um serviço competitivo. Kotler e Armstrong (2007) fazem uma abordagem sobre três pontos principais de marketing que as empresas prestadoras de serviços devem atentar: • A diferenciação: utilizar-se de estratégias de diferenciação em relação aos concorrentes como incluir aspectos inovadores em relação às ofertas dos concorrentes, fazer uma diferenciação em relação à forma que o serviço é prestado como o ambiente físico e os funcionários. As marcas e as imagens também são importantes para a empresa se diferenciar das demais. • A qualidade de serviço: esta é uma das principais estratégias de uma empresa prestadora de serviços se diferenciar das demais, é fornecer uma qualidade superior em relação aos concorrentes. O prestador de serviços precisa identificar quais são as necessidades e as expectativas dos consumidores. Deve cumprir tudo o que prometeu caso contrário o consumidor ficará frustrado. • A produtividade: para se aumentar a produtividade algumas estratégias podem ser empregadas aos serviços como: treinar melhor os funcionários, projetar serviços mais efetivos, industrializar os serviços, ou seja, utilizar máquinas e equipamentos nos processos. 25 2.3 O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL Comércio exterior é a relação direta de comércio entre dois países ou blocos. São as normatizações com que cada país administra seu comércio com os demais, regulando as formas, métodos e deliberações para viabilizar este comércio. (MALUF, 2000, p. 23). Conforme o MRE (2009) exportação é a saída de mercadoria nacional ou nacionalizada do território aduaneiro brasileiro. A sistemática administrativa estabelecida para as operações de comércio exterior permite segundo Castro (2001), que as exportações brasileiras possam ser realizadas sob duas formas: com cobertura cambial e sem cobertura cambial. De acordo com o MDIC (2009), no primeiro caso, com cobertura cambial, é quando ocorre o pagamento proveniente do exterior devido à remessa da mercadoria. E, sem cobertura cambial, é quando não há remessa de divisas do exterior para pagamento da mercadoria. A intervenção do governo brasileiro no comércio exterior, segundo Maluf (2000, p.19), ocorre sob três tipos de controles: O administrativo, o cambial e aduaneiro. O primeiro manifestado através das exigências e do estabelecimento do tratamento administrativo aplicável a cada um dos produtos e a determinadas situações. O segundo, através do controle da política cambial. E, o terceiro, pela instituição da tarifa aduaneira, que exige para sua cobrança ou dispensa, a edição de legislação regulamentar pertinente, estabelecendo procedimentos e regimes aduaneiros peculiares. Enfim, a Sistemática de Comércio Exterior do Brasil, ainda explica Maluf (2000), terá seu arcabouço operativo descrito com base nos Acordos Internacionais assinados pelo Brasil, bem como em suas políticas econômicas. 2.4 O BRASIL E OS ACORDOS COMERCIAIS De acordo com Vazquez (1999), o objetivo de qualquer país, ao negociar um acordo comercial é ampliar o seu acesso aos mercados externos, geralmente por via de maiores preferências para seus produtos com capacidade real ou potencial de exportação. Para Vazquez (1999), as preferências tarifárias, que geralmente são concedidas como margens de preferência para determinados produtos, representam percentuais incidentes sobre a alíquota do imposto de importação. O Brasil possui diversos acordos de preferências tarifárias. Conforme Keedi (2007) vale salientar que mesmo possuindo vários acordos comerciais, 26 algumas mercadorias não estão contempladas em nenhum desses acordos, para estas há o imposto de importação normal. 2.4.1 Associação Latino-americana de Integração (ALADI) Segundo Werneck (2007), a ALADI foi instituída pelo Tratado de Montevidéu em 1980 para dar continuidade ao processo de integração econômica iniciado em 1960 pela Associação Latino-americana de Livre Comércio (ALALC). A ALADI reúne doze países-membros, conforme Keedi (2007), as preferências tarifárias são concedidas conforme o desenvolvimento de cada paísmembro: é concedida preferência tarifária maior para mercadoria importada dos países considerados de menor desenvolvimento econômico e, menor, para os países de maior desenvolvimento. Segue a classificação dos países-membros: • Menor desenvolvimento econômico: Bolívia, Equador e Paraguai; • Desenvolvimento intermediário: Chile, Colômbia, Cuba, Peru, Uruguai e Venezuela; • E os demais países-membros: Argentina, Brasil e México. Keedi (2007) ressalta que nem todas as mercadorias recebem preferência tarifária, existe uma lista de exceção de produtos, os quais não recebem nenhuma preferência. Werneck (2007, p.100) afirma que “Apesar da maior flexibilidade da ALADI, seus objetivos ainda não foram alcançados, entretanto, foi da maior importância para a maior aproximação de diversos países, inclusive para a criação do Mercosul”. 2.4.2 Mercado Comum do Sul (Mercosul) De acordo com o MRE (2009) o Mercosul foi instituído pelo Tratado de Assunção, em março de 1991, assinaram Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai tendo os seguintes objetivos: • Livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos por meio da redução das barreiras tarifárias e não-tarifárias e de outras medidas de efeito equivalente; 27 • Adoção de uma política uniforme comum em relação a terceiros países ou blocos como a Tarifa Externa Comum (TEC); • Coordenação das políticas macroeconômicas e harmonização das políticas alfandegária, tributária, fiscal, cambial, de investimentos, de comércio exterior, de serviços, de transportes, de comunicações, agrícola, industrial, entre outras. Behrends (2002), explica que para viabilizar um tratamento de comércio externo comum aos países do Mercosul, perante terceiros, criou-se uma nomenclatura técnica harmonizada e uma Tarifa Externa Comum (TEC): a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) compreende a composição dos códigos do Sistema Harmonizado, formado por seis dígitos, permitindo que sejam atendidas as especificações de cada produto num ordenamento numérico. Além dos seis dígitos do Sistema Harmonizado, à NCM se acresce dois dígitos para sua devida identificação. E, em função da TEC, todos os produtos importados de terceiros países deveriam estar sujeitos à mesma alíquota de imposto de importação, ao serem internalizados em qualquer um dos países que faça parte do Mercosul. Outra exigência estabelecida é o certificado de origem que visa provar a origem da mercadoria, segundo Vazquez (1999), o certificado de origem é um documento emitido para que as mercadorias se beneficiem do tratamento tarifário preferencial. O Regime de origem do Mercosul é objeto do 8º Protocolo Adicional ao ACE nº. 18, no qual está o regulamento para a aplicação das regras de origem e tratamento dispensado no âmbito do Mercosul. Em dezembro de 2005 o Mercosul aceitou o pedido de adesão da Venezuela, mas, conforme o MRE (2009), para aderir plenamente, a Venezuela terá que cumprir entre outras normativas, a TEC, deixando de integrar economicamente a Comunidade Andina das Nações. Enquanto está em processo de adesão, a Venezuela tem o direito de participar de todas as reuniões do Mercosul. Werneck (2007) relata que apesar de o Mercosul ter sido criado com os objetivos de um mercado comum, isto ainda se encontra bastante distante de poder ser considerado como tal. As razões são as mais diversas, como, falta de sintonia das economias dos países-membros, assincronias que dificultam a integração regional e os próprios governos tem dificuldades em reduzir sua soberania em favor de uma soberania compartilhada. 28 Por outro lado, conforme o MRE (2009), o Mercosul tem contribuído para gerar investimentos entre os sócios. O Brasil, por exemplo, realizou importantes investimentos na Argentina principalmente nos setores de bebidas, alimentos, material de construção, autopeças, têxteis, seguros e bancos. A Argentina investiu no Brasil em setores alimentícios, de veículos, de material de construção e construção civil. 2.4.3 Sistema Geral de Preferências (SGP) O SGP foi estabelecido por meio de um acordo aprovado na Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento em 1970. Conforme o MDIC (2009), o SGP foi idealizado para que as mercadorias exportadas por países em desenvolvimento pudessem ter melhor acesso aos mercados dos países desenvolvidos, em bases não recíprocas, superando assim o problema da deterioração dos termos de troca e facilitando o desenvolvimento dos países beneficiados. De acordo com o MRE (2009), o SGP possui as seguintes características: é unilateral e não-recíproco, pois os países outorgantes concedem o tratamento tarifário preferencial, sem, contudo, a exigência de reciprocidade; cada país outorgante possui sua própria lista de produtos elegíveis ao benefício, (redução da tarifa alfandegária) e regras a serem cumpridas para a concessão do benefício. Através do SGP, conforme MDIC (2009), alguns produtos exportados por países em desenvolvimento (PD) ou de menor desenvolvimento (PDM) recebem redução da tarifa alfandegária nos mercados dos países outorgantes que são: União Européia (27 Estados Membros), Estados Unidos (inclusive Porto Rico), Rússia e Belarus, Suíça, Japão, Turquia, Canadá, Noruega, Nova Zelândia, e Austrália (esse último concede o benefício apenas aos PMD do Pacífico Sul). 2.5 ÓRGÃOS DO GOVERNO BRASILEIRO RELACIONADOS ÀS EXPORTAÇÕES O governo brasileiro conta com uma ampla estrutura de apoio as exportações, com órgãos espalhados em diversos ministérios. O principal deles, no entanto, é o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) 29 que contempla a mais ampla estrutura de comércio exterior dentro do governo conforme ilustrado no organograma: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CMN MDIC SECEX DECEX DECOM MF BNDES DEINT CAMEX BACEN RFB BB MRE MC SGIE ECT MAPA SDA SPC DEPLA Figura 1: Organograma dos órgãos do governo brasileiro relacionados às exportações Fonte: MRE (2009, p. 98). 2.5.1 Conselho Monetário Nacional (CMN) O Conselho Monetário Nacional foi criado pela lei nº. 4.595/64, de acordo com o MRE (2009), o CMN é um órgão normativo, responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial do país, é a entidade superior do Sistema Financeiro. Segundo Vazquez (2003), o CMN acaba transformando-se num conselho de política econômica, não lhe cabendo funções executivas. Vazquez (2003) frisa que como sendo responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial do país, o CMN, em caso de problemas emergenciais com a 30 balança de pagamentos, pode outorgar ao Banco Central o monopólio das operações de câmbio. 2.5.2 Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) A CAMEX foi criada em 1995 pelo Decreto nº. 1.386, de 6 de fevereiro. Conforme o MRE (2009), a CAMEX tem o objetivo de formular as políticas e coordenar as atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços no país. Vazquez (2003) explica que as estatísticas de comércio exterior são divulgadas pela CAMEX de forma direta ou em colaboração com outros órgãos do governo. De acordo com o Decreto nº. 4.732 de 10 de junho de 2003 na implementação da política de comércio exterior, a CAMEX deverá estar presente, como menciona o MRE (2009, p.81): • • • • Nos compromissos internacionais firmados pelo Brasil como: OMC, ALADI e Mercosul; No papel do comércio exterior como instrumento indispensável para promover o crescimento da economia nacional e para o aumento da produtividade e da qualidade dos bens produzidos no país; Nas políticas de investimento estrangeiro, de investimento nacional no exterior e de transferência de tecnologia; Nas competências de coordenação atribuídas ao MRE no âmbito da promoção comercial e da representação do governo na Seção Nacional de Coordenação dos Assuntos Relativos à ALCA, União Européia e Mercosul. Ainda conforme o MRE (2009, p.81), “Cabe a CAMEX propor medidas que considerar pertinentes para proteger os interesses comerciais brasileiros nas relações comerciais com países que descumprirem acordos firmados bilateral, regional ou multilateralmente”. 2.5.3 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Keedi (2007) define o MDIC como sendo o principal órgão de atuação na área de comércio exterior no Brasil, o MDIC foi criado pela Medida Provisória nº. 1.911-8 de 29 de julho de 1999. Segundo a Medida Provisória nº. 1.911-8 de 29 de julho de 1999 – DOU 30/07/1999, o MDIC tem como competência os seguintes assuntos, de acordo com o MRE (2009, p.86): 31 • • • • • • • • Política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços; Propriedade intelectual e transferência de tecnologia; Metrologia, normalização e qualidade industrial; Políticas de comércio exterior; Regulamentação e execução dos programas e atividades relativas ao comércio exterior; Aplicação dos mecanismos de defesa comercial, participação em negociações internacionais relativas ao comércio exterior; Formulação da política de apoio à microempresa, empresa de pequeno porte e artesanato; Execução das atividades de registro do comércio. Keedi (2007) ressalta a importância do MDIC, pois este é responsável pelas políticas e ações relativas ao comércio exterior como um todo no país. Cujo objetivo é aumentar e também melhorar as relações comerciais que o Brasil possui com outros países, tornando-o competitivo e rico em oportunidades internacionais. Ao MDIC estão subordinados a SECEX e o BNDES, conforme o organograma anteriormente citado. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como conceitua o MRE (2009, p. 88) “[...] é uma empresa pública federal que tem o objetivo de financiar, no longo prazo, os empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país”. Vazquez (1999) menciona a atuação marcante do BNDES no comércio exterior na viabilização das operações para o financiamento feito ao exportador, no Brasil, para que este ganhe concorrência no mercado internacional. Os financiamentos para as exportações de bens e serviços são feitos através de instituições financeiras credenciadas, acordando com o MRE (2009), os financiamentos podem ser feitos nas seguintes modalidades: pré-embarque, préembarque curto prazo, pré-embarque especial e pós-embarque. A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), também subordinada ao MDIC, deve conduzir as atividades inerentes ao comércio exterior nas funções não conflitantes com a CAMEX. (VAZQUEZ, 2003). O MRE (2009 p.87) explana as competências das SECEX, que são estas: • • • Formular propostas de políticas e programas de comércio e estabelecer normas necessárias à sua implementação; Propor medidas, no âmbito das políticas fiscal e cambial, de financiamento, de recuperação de créditos à exportação, de seguro, de transportes e fretes e de promoção comercial; Propor diretrizes que articulem o emprego do instrumento aduaneiro com os objetivos gerais de política de comercio exterior, bem como propor alíquotas para o imposto de importação, e suas alterações; 32 • • • Participar das negociações em acordos ou convênios internacionais relacionados com o comércio exterior; Implementar os mecanismos de defesa comercial; Apoiar o exportador submetido a investigações de defesa comercial no exterior. A SECEX, segundo o MRE (2009), está estruturada em quatro departamentos, descritos a seguir: • Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX): deve elaborar acompanhar e avaliar estudos sobre a evolução da comercialização de produtos e mercados estratégicos para o Brasil, (KEEDI, 2007). O DECEX, segundo Vazquez (1999), participa da elaboração de normas de comercialização no que diz respeito às exportações e às importações brasileiras. E, Keedi (2007), cita outra função do DECEX que é emitir documentos, inclusive quando exigidos por acordos bilaterais e multilaterais acordados pelo Brasil. • Departamento de Defesa Comercial (DECOM): foi criado, como menciona Vazquez (1999), objetivando assegurar que o ingresso de produtos estrangeiros no país ocorra em condições leais de comércio. Entre suas funções, Keedi (1999), destaca que o DECOM, está encarregado de examinar a procedência e o mérito de petições de abertura de investigações de dumping, de subsídios e de salvaguardas. Não somente, está encarregado de acompanhar as investigações de defesa das exportações brasileiras, prestando assistência ao exportador. • Departamento de Negociações internacionais (DEINT): segundo Vazquez (1999), vem apoiar, informar e promover iniciativas destinadas à participação brasileira em negociações de comércio exterior. O DEINT coordena no âmbito interno os trabalhos de preparação da participação do Brasil nas negociações tarifárias em relação aos acordos comerciais internacionais. (KEEDI, 2007). • Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA): como competência, Keedi (1999), destaca que o DEPLA desenvolve estudos de produtos e mercados estratégicos com o intuito da expandir as exportações brasileiras, formulando propostas de planejamento da ação governamental. Além disso, participa de comitês e fóruns nacionais e internacionais e se encarrega de elaborar e editar material técnico para orientações a atividades de exportação. 33 2.5.4 Ministério da Fazenda (MF) Ao MF, cita Keedi (2007, p.51), compete os seguintes assuntos relacionados ao comércio exterior: • • • • • • Moeda, crédito, instituições financeiras e seguros privados; Política, administração, fiscalização e arrecadação tributária e aduaneira; Fiscalização e controle do comércio exterior; Administração financeira e contabilidade pública e das dívidas públicas internas e externas; Negociações econômicas e financeiras com governos, organismos multilaterais e agências governamentais; Realização de estudos e pesquisas para acompanhamento da conjuntura econômica. Em se tratando de comércio exterior, na estrutura do MF, estão subordinados o BACEN, a RFB e o Banco do Brasil (BB), como visto no organograma ilustrado anteriormente. O Banco Central do Brasil (BACEN), conforme o MRE (2009) estabelece normas sobre as operações de câmbio, fiscaliza e controla as aplicações relacionadas ao comércio exterior e por intermédio do SISCOMEX o BACEN analisa on-line as operações de exportação. Além disso, o BACEN opera como entidade gestora do SISBACEN (Sistema Integrado de Registro de Operações de Câmbio) que é o sistema informatizado que integra o BACEN e os bancos autorizados a operar em câmbio e aos corretores credenciados. Keedi (2007) dá enfoque ao BACEN, de que nenhuma movimentação de moeda estrangeira poderá ser realizada sem sua autorização. A Receita Federal do Brasil (RFB), de acordo com o MRE (2009), é o órgão central da administração tributária da União. No art. 170 do decreto nº. 99.244/90 estão as competências da RFB: • • • • • • Planejar, supervisionar, executar, controlar e avaliar as atividades de administração tributária federal: Propor medidas de aperfeiçoamento e regulamentação da legislação tributária federal e outras de polícia fiscal e tributária; Interpretar e aplicar a legislação fiscal e correlata, relacionada com sua área de atribuição, baixando os atos normativos e instruções para sua fiel execução; Acompanhar a execução da política tributária e fiscal e estudar os efeitos na economia do país; Dirigir, supervisionar, orientar e coordenar os serviços de fiscalização, cobrança, arrecadação, recolhimento e controle dos demais tributos e rendas da União, salvo quando tais atribuições forem cometidas a outros órgãos; Proceder ao julgamento de processos fiscais. 34 A importância da RFB é destacada por Keedi (2007): as atividades relacionadas à administração, fiscalização, arrecadação tributária e aduaneira e fiscalização do comércio exterior são realizadas por meio de um dos órgãos mais importantes do MF, a RFB. Vazquez (2003), explica que a RFB controla as entradas e saídas de mercadorias em locais alfandegados como portos, aeroportos, fronteiras entre outros. A RFB realiza a cobrança de impostos devidos nessas operações e autoriza a nacionalização e desnacionalização. Também subordinado ao MF está o Banco do Brasil (BB), que de acordo com o MRE (2009), qualifica-se como agente financeiro da União, pois pelo intermédio do BB, o exportador pode ter acesso ao PROEX (Programa de Financiamento ás Exportações), criado pelo governo federal. O BB também tem a função de emitir o Certificado de Origem (FORM A) do SGP, entre outros. 2.5.5 Ministério das Relações Exteriores (MRE) Este ministério é encarregado das relações diplomáticas brasileiras com outros países. Keedi (2007, p.44), “Uma das importantes funções do MRE é o relacionamento com outros países em assuntos de comércio exterior”. Conforme exposto no organograma inicial, ao MRE está subordinado a Subsecretaria - Geral de Assuntos de integração, Econômicos e de Comércio Exterior (SGIE), de acordo com Keedi (2007), a SGIE estão subordinados inúmeros departamentos, os quais exercem importante função para que as atividades em relação ao comércio exterior sejam empreendidas. 2.5.6 Ministério das Comunicações (MC) Vinculado ao Ministério das Comunicações está a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), desde 20 de março de 1969, pelo Decreto-Lei nº.509, deixando de ser o Departamento dos Correios e Telégrafos e transformado em Empresa Pública. (CORREIOS, 2009). Os Correios estão posicionados como o maior operador logístico do Brasil, seus serviços e atendimentos estão presentes por todo território nacional. (CORREIOS, 2009). 35 2.5.7 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Conforme o organograma exposto estão subordinadas ao MAPA, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e a Secretaria de Produção e Comercialização (SPC). Segundo o MRE (2009), é de competência de a SDA estabelecer os procedimentos para certificação sanitária das exportações brasileiras e o objetivo da SPC é aumentar a participação dos produtos do agronegócio nas exportações do Brasil. 2.6 INCENTIVOS FISCAIS ÀS EXPORTAÇÕES De forma geral, segundo o MRE (2009), os governos de outros países evitam onerar seus produtos exportados com muitos encargos tributários para manter a sua competitividade nos mercados mundiais. Como está caracterizado na Organização Mundial do Comércio (OMC), esta prática não é considerada subsídio à exportação. Desta forma, o Brasil também dispõe de incentivos fiscais às exportações, de acordo com Castro (2001), estes incentivos concedidos são representados pela desoneração ou dispensa do pagamento de determinados tributos. Para Vazquez (2003), os incentivos fiscais às exportações, têm como objetivo reduzir os custos tributários dos produtos, tornando-os desta forma, mais competitivos em relação aos preços comercializados. Então, para que as empresas presentes no Brasil, também possam participar no mercado externo de maneira competitiva, o governo brasileiro concede um conjunto de incentivos fiscais. 2.6.1 Isenção do pagamento do IPI A Lei 4.50219/64 dispõe sobre isenções do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), sendo um tributo federal incidente sobre o valor adicionado. Ainda, conforme esta lei, as empresas exportadoras gozam da isenção do pagamento do IPI nas saídas físicas do país de produtos que tenha fabricado, seja quaisquer produtos primários, semi-manufaturados ou industrializados. 36 Seguindo o MRE (2009), o fabricante quando adquiri os insumos para sua produção, deve anotar o valor do IPI, indicado nas notas fiscais, como crédito. Quando ocorrer a venda do produto já elaborado, deve-se contabilizar o valor do IPI como débito. Então, o montante do IPI que deverá ser recolhido é dado pelo saldo no registro fiscal. De acordo com Castro (2001), a saída dos produtos para o exterior com isenção de IPI, para o procedimento administrativo-fiscal, deve-se anotar algumas observações sobre a isenção do IPI no corpo da nota fiscal. Conforme o MRE (2009), a isenção do IPI ocorrerá, independente se a exportação for direta, efetuada pelo próprio fabricante; ou indireta, quando realizada por trading company , consórcio ou assemelhados. Castro (2001), explica que o fato gerador para a isenção do pagamento do IPI é a saída física da mercadoria para o exterior, independente da condição de venda ou da forma de pagamento negociada com o importador. 2.6.2 Não-incidência do ICMS O Decreto-Lei 406 de 31/12/68 dispõe sobre a não-incidência do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), que é um tributo estadual com alíquota uniforme, salvo algumas exceções, e incidente sobre o valor adicionado. A lei Complementar 87/1996 vem dispor sobre a não-incidência do ICMS nas operações que destinem ao exterior, além dos produtos industrializados, os semi-elaborados e, inclusive, serviços. Na modalidade, exportação direta, não ocorre a incidência do ICMS, vale ressaltar que é recomendável consultar as autoridades fazendárias estaduais, quando houver créditos a receber ou insumos adquiridos em outro Estado. Na exportação indireta ocorre a não-incidência do ICMS. O procedimento fiscal para o ICMS é equivalente ao IPI, conforme o MRE (2009), ao passo que o ICMS tem sua alíquota variável, por se tratar de um tributo estadual. Conforme Castro (2001) também serão mantidos os créditos fiscais do ICMS relativos à compra de matéria-prima, produtos intermediários e materiais de embalagens utilizados na fabricação de produto para exportação. 37 2.6.3 Isenção do pagamento da COFINS A Lei Complementar 70, de 30/12/91 isenta a receita proveniente da exportação de bens e serviços da COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). As exportações de produtos manufaturados, semi-elaborados, primários e de serviços, estão isentas do pagamento da COFINS, cuja alíquota de 7,6% incide internamente sobre o faturamento das empresas. Estão isentas as exportações diretas e indiretas. (MRE, 2009). De acordo com Castro (2001, p.151), “A isenção, será concretizada mediante a exclusão do montante de faturamento bruto mensal da empresa, cujo resultado líquido será a base de cálculo para a definição do valor a ser pago a título dessa contribuição”. 2.6.4 Isenção do pagamento do PIS A Lei 7.714/1988 dispõe sobre a exclusão da receita operacional bruta do valor da receita de exportação de produtos nacionais manufaturados, semielaborados e primários, para cálculo do PIS (Programa de Integração Social). Conforme o MRE (2009), as exportações mencionadas na Lei 7.714/1988, estão isentas do pagamento do PIS, cuja alíquota de 1,65% incide nas operações internas, sobre a receita operacional bruta. A isenção é aplicada às exportações diretas e às vendas do fabricante, às trading companies, mas, não se aplica às vendas para comerciais exportadoras, cooperativas, consórcios ou semelhantes. 2.7 MECANISMOS DE SIMPLIFICAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES O processo de exportação tem início a partir do registro do exportador para que este possa ter acesso ao SISCOMEX. Para Vazquez (1999) o Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX é a sistemática administrativa de comércio exterior brasileiro que integra a Secretaria de Comércio Exterior, a Receita Federal do Brasil e o Banco Central do Brasil, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de exportação. 38 Vazquez (1999) afirma ainda que, para exportar, as empresas devem estar cadastradas no REI - Registro de Exportadores e Importadores que pode ser feito via SISCOMEX, no ato da primeira operação. O passo inicial para uma exportação segundo Vazquez (1999) é o Registro de Exportação – RE, caracterizado por um conjunto de informações de natureza fiscal, comercial e cambial. Werneck (2007), afirma que existem diversos procedimentos distintos a serem seguidos para que o bem possa sair do país regularmente. Para Werneck (2007), mesmo o procedimento mais geral com base em declaração de exportação e registros de exportação, admite a modalidade simplificada, amparada pela Declaração Simplificada de Exportação – DSE, emitida via SISCOMEX e com a vantagem de dispensar o RE. A DSE foi criada com o objetivo de simplificar os despachos aduaneiros de mercadorias de baixo valor e remessas postais, de maneira a facilitar as operações realizadas. Caso a operação tenha um valor de até US$ 50.000,00 conforme a Instrução Normativa da RFB nº. 846, de 12 de maio de 2008, o processo pode ser simplificado visto que estas operações tornam-se objeto de uma declaração simplificada de exportação – DSE, caso onde é possível também se utilizar de um câmbio simplificado, com fechamento efetuado por boleto e não por contrato de câmbio. A Circular nº. 2836, de 08/09/1998, do Banco Central do Brasil que criou a sistemática do câmbio simplificado sendo permitido o fechamento de câmbio por meio de boleto ou cartão de crédito. Segundo a Instrução Normativa da RFB nº155, de 22 de dezembro de 1999, a DSE poderá ser utilizada por pessoas jurídicas ou pessoas físicas nas exportações realizadas com ou sem cobertura cambial. Lopez e Gama (2002), afirmam que a DSE além de dispensar o RE, representa procedimento facilitado para as formalidades aduaneiras, permitindo a redução de custos e tempo, principalmente pelo fato de ter tratamento prioritário para a conclusão da conferência aduaneira. Conforme Castro (2001), a DSE deve ser formulada pelo exportador ou seu representante, prestando informações como: tipo de exportação, unidade de despacho e destino, classificação da mercadoria, peso, valor, volumes, entre outros. Werneck (2007), afirma que até mesmo as operações comerciais podem se beneficiar de procedimentos simplificados pela DSE, como o do Exporta Fácil. O programa Exporta Fácil, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos está 39 estruturado na utilização deste documento. Werneck (2007) ressalta ainda que a regra geral para tal procedimento seja a desoneração e facilitação das exportações, com o objetivo de aumentar as vendas de produtos brasileiros melhorando o saldo da balança comercial. 2.8 O EXPORTA FÁCIL O Exporta Fácil foi desenvolvido pelos Correios em parceria com a Receita Federal do Brasil, Banco Central do Brasil, SECEX/MDIC e com outros órgãos do governo federal relacionados às exportações. O lançamento nacional do Exporta Fácil ocorreu no dia 20 de novembro de 2000 no Estado do Piauí, na cidade de Pedro II, produtora de artesanatos, com o objetivo de demonstrar que mesmo uma localidade distante pode comercializar seus produtos no mercado mundial. CORREIOS (2009). Este serviço teve o objetivo de simplificar os processos de exportação e está baseado na Instrução Normativa da RFB nº155, de 22 de dezembro de 1999, que regulamenta o regime simplificado das exportações, no qual o valor declarado da mercadoria, alterado pela IN da RFB nº846 de 12 de maio de 2008, não deve ultrapassar US$ 50.000,00. A ECT resolveu lançar o programa Exporta Fácil, segundo Murta (2005 p.322) “[...] com a finalidade de familiarizar de forma mais efetiva as empresas exportadoras com as possibilidades de uso mais frequente dos serviços postais em suas exportações de pequeno a médio porte”. Os serviços podem ser utilizados, conforme MDIC (2009), por pessoas jurídicas sendo que podem exportar através dos Correios empresas de pequeno, médio e grande porte, para estas, destaca-se o envio de amostras de mercadorias. Os serviços também podem ser utilizados por pessoas físicas como artesão, artista ou assemelhado registrado em órgão específico como profissional autônomo. Assim como agricultores e pecuaristas registrados no INCRA. Através do Exporta Fácil é possível o envio de mercadorias para venda e de amostras de mercadorias para o exterior. Conforme normatizado pela Receita Federal do Brasil, mercadorias para venda são remessas compostas de bens destinados à operação de venda; amostras de mercadorias são os fragmentos ou as partes de qualquer mercadoria, necessária para conhecer natureza, espécie e 40 qualidade da mesma. Para o envio de amostras considera-se o valor de até US$ 1.000,00, conforme a RFB, Instrução Normativa de 18 de janeiro de 2006. Devido à simplicidade operacional do Exporta Fácil, de acordo com Castro (2001), o exportador não precisa emitir RE ou DSE, assim como não requer a contratação de um despachante aduaneiro, pois todos os procedimentos são realizados pelos Correios. 2.8.1 Restrições e proibições às exportações via Exporta Fácil É importante, segundo Maluf (2000), que o exportador esteja atento às disposições legais emitidas pelos órgãos reguladores do comércio exterior brasileiro, que proíbem a saída do Brasil de certos tipos de mercadorias ou estabelecem restrições à exportação de outros. De acordo com o MANINT (2009), cada país de destino possui exigências específicas para o envio de algumas mercadorias, sendo que determinadas mercadorias são proibidas e algumas possuem restrições para serem exportadas. Essas exigências são diferentes para cada país, pois são determinações da alfândega de destino por isso o exportador deverá fazer uma consulta ao país que pretende exportar. Conforme Murta (2005), como nem todas as espécies de mercadorias podem ser exportadas por intermédio dos Correios, o interessado deverá acessar o site dos Correios a fim de se inteirar dos requisitos de postagem. A consulta poderá ser realizada para cada país e verificar quais são suas proibições e restrições, basta ir à opção auto-atendimento, consulta proibição e restrição e selecionar o país desejado conforme a tela apresentada a seguir: PROIBIÇÃO E RESTRIÇÃO Nome do País: ESTADOS UNIDOS Consultar Figura 2: Proibição e restrição Fonte: Correios.(2009) Em geral, as mercadorias que não são aceitas e que não podem ser transportadas pelos Correios, como constam no MANINT (2009), são estas: as que 41 podem oferecer algum risco para a segurança do destinatário, dos funcionários dos Correios, as que podem causar danos à integridade de outras remessas postais e substâncias classificadas como perigosas pela IATA (International Air Transport Association), acordando com a legislação das empresas de transporte aéreo. A lista geral destas mercadorias que possuem restrições ou que são proibidas encontra-se em ANEXO I. 2.8.2 Modalidades e limites do serviço Exporta Fácil Conforme o MANINT (2009), os serviços estão divididos em cinco diferentes modalidades de remessa que buscam atender as necessidades do exportador em relação aos prazos de entrega. Cada exportação pode conter qualquer número de pacotes, sendo que cada pacote está limitado ao peso e dimensões máximas, definidos para cada modalidade do Exporta Fácil. As modalidades são as seguintes: • Sedex Mundi: disponível para as principais cidades do mundo, esta modalidade é indicada para o exportador que tem como maior necessidade a urgência de entrega. O prazo de entrega é de até quatro dias úteis conforme as cidades de origem e de destino da remessa; • Expressa (EMS): ideal para o exportador que tem necessidade de maior abrangência, a entrega varia de três a sete dias úteis, conforme as cidades de origem e de destino; • Mercadoria Econômica: indicada para o exportador que busca o menor preço. O prazo de entrega é de quatorze a trinta dias úteis, conforme as cidades de origem e destino da remessa; • Leve prioritária; indicada para o exportador que prioriza o prazo sem desconsiderar o preço. Entrega estimada de quatro a treze dias úteis, variando conforme as cidades de origem e destino; • Leve Econômica: é a forma mais econômica de envio de mercadorias. O prazo estimado para a entrega é de quatorze a trinta dias úteis, conforme país de origem e de destino da remessa. Para as modalidades Sedex Mundi, Expressa (EMS) e Mercadoria Econômica o valor da mercadoria a ser exportada não pode ultrapassar US$ 42 50.000,00. E as dimensões da embalagem possuem alguns limites, de acordo com o MANINT (2009): • Dimensão máxima: a soma do comprimento, da largura e da espessura não pode ultrapassar 150 cm. Quaisquer dimensões da embalagem (largura, espessura, comprimento, etc.) não pode ter medida superior a 105 cm. • Dimensão mínima: o comprimento não pode ser menor que 14 cm e a largura não pode ser menor que 9 cm. Para estas modalidades especificadas no MANINT (2009), Sedex Mundi, Expressa (EMS) e Mercadoria Econômica a grande maioria dos países aceita remessas de até 20 kg, entretanto outros aceitam apenas até 10 kg e para alguns países é possível enviar até 30 kg. Já para as modalidades Leve Prioritária e Leve Econômica o valor da mercadoria a ser exportada não pode ser superior a US$ 1.000,00 e o peso de cada pacote não pode ultrapassar 2 kg, segundo o MANINT (2009), as dimensões máximas e mínimas são as seguintes: • Máxima: a soma do comprimento, da largura e da espessura não pode ultrapassar 90 cm. Quaisquer dimensões da embalagem (largura, espessura, comprimento, etc.) não pode ter medida superior a 60 cm. • Mímina: o comprimento não pode ser menor que 14 cm e a largura não pode ser menor que 9 cm. No site dos Correios na opção auto-atendimento é possível acessar um arquivo, consulta de países, no qual se encontram as informações a respeito dos limites de pesos para cada país. Como exemplo foi consultado os limites de pesos para os Estados Unidos e os resultados foram: para as modalidades Expressa (EMS) limite de 30 kg e para Mercadoria Econômica limite de 20 kg. Todas as modalidades possuem um seguro gratuito, conforme o MANINT (2009), para o Sedex Mundi o valor do seguro gratuito corresponde a R$ 450,00. Para a modalidade Expressa (EMS) o seguro gratuito é de R$ 200,00 e para as demais modalidades o valor é de R$ 100,00. Além do valor do seguro gratuito os Correios indenizam o valor pago pelos serviços postais. 43 2.8.3 Embalagens e acondicionamentos Além de verificar os limites de pesos e dimensões é importante atentar para o uso de embalagens adequadas e à maneira de acondicionar a mercadoria. De acordo com o MANCAT (2009, p.6) deve-se considerar que “A embalagem e o acondicionamento devem estar adequados à natureza de produto, pois, ambos devem garantir a segurança no transporte, evitando-se avarias, protegendo o produto e evitando danos no manuseio”. Pois o correto acondicionamento e uso de embalagens adequadas deve evitar que a natureza do produto transportado prejudique a integridade de terceiros. Algumas recomendações para o correto acondicionamento para objetos frágeis ou não frágeis podem ser encontradas no site dos Correios, tais como: • • • • • • • Objetos Frágeis Os Correios não têm tratamento especial para objetos frágeis, por isso mesmo, eles devem ser bem acondicionados contra choques. No acondicionamento utilize lascas de poliestireno expandido, espuma de poliestireno, bolhas de plástico ou papel picado. Recomendamos uma espessura mínima de acondicionamento de 50 mm; Utilize um invólucro externo resistente como o papelão de fibra corrugado, com papel pardo externo de boa qualidade; Com uma fita adesiva de 50 mm formando um H feche a parte de cima e de baixo; Passe um barbante pelo comprimento e largura da encomenda, se esta tiver mais de 10 kg; Objetos não Frágeis Embale os objetos inquebráveis e macios, como roupas, em sacos resistentes de polietileno ou de papel pardo. Quando em grande quantidade, coloque-os em caixas de papelão adequadas e passe a fita adesiva necessária; Amarre e passe a fita adesiva nos objetos pesados e use uma caixa de papelão externa resistente, que agüente o barbante amarrado firmemente; Sempre que possível, evite usar fitas de metal. Se utilizar fitas de metal ou arame, certifique-se de que nenhuma ponta ou lâmina tenha ficado exposta. Conforme o MANCAT (2009), alguns tipos de materiais devem ter cuidado específico quanto a sua forma de acondicionamento. A seguir encontram-se as devidas recomendações: 44 Materiais Forma de acondicionamento Metais preciosos A embalagem deverá ser constituída de uma caixa de metal resistente, ou de madeira com pelo menos um centímetro de espessura, ou de sacos duplos sem costura. Caso seja usada caixa de madeira chapeada, sua espessura pode ser limitada a cinco milímetros, contanto que as arestas de tais caixas sejam reforçadas por meio de cantoneiras. Objetos de vidro e outros A embalagem deverá ser constituída de uma caixa de metal, madeira objetos frágeis ou papelão resistente, cheia de papel, palha ou outra matéria protetora similar, de forma a impedir os choques ou atritos durante o transporte, quer nos objetos entre si, quer entre os objetos e as paredes da caixa. Líquidos (ou corpos facilmente liquidificáveis) Deverão ser colocados em recipientes hermeticamente fechados (garrafas, frascos, potes, caixas, etc.) os quais serão acondicionados em caixas especiais (metal, madeira, plástico ou papelão ondulado resistente). Corpos gordurosos dificilmente liquidificáveis (como ungüentos, sabão mole, resinas, etc.) Devem ser acondicionados numa primeira embalagem (caixa, saco de pano, matéria plástica, etc.), colocada dentro de uma caixa metálica, de madeira ou de qualquer outro material suficientemente resistente para impedir escoamento do conteúdo. Pós secos corantes (como azul de anilina) Obrigatoriamente, devem ser contidos em caixas de metal resistente, colocada por sua vez em outra de madeira ou de papelão ondulado e de boa qualidade, com serragem ou outras substâncias absorventes e protetoras entre as duas embalagens. Pós secos não corantes Devem ser acondicionados em caixa de metal, madeira ou papelão. Objetos de uma só peça Poderão ser expedidos sem envoltório. (desde que sejam de metal, madeira, couro ou de outra substância resistente) Objetos pontiagudos ou Deverão ter as pontas e os gumes convenientemente resguardados. cortantes Quadro 1: Materiais e forma de acondicionamento Fonte: MANCAT (2009, p.7) Os Correios oferecem embalagens próprias para serem utilizadas nas remessas. Como é mencionado no MANCAT (2009), as embalagens que são vendidas nas agências, são confeccionadas em papelão recortado (corte e vinco) e visam dar segurança e garantir o correto acondicionamento das mercadorias. Porém as embalagens comercializadas pelos Correios não são de uso obrigatório, o exportador poderá utilizar as embalagens que desejar desde que estas estejam de acordo com as recomendações do correto acondicionamentos das mercadorias a serem transportadas. Convém ressaltar que o correto acondicionamento das mercadorias é de total responsabilidade do remetente. 45 As embalagens estão disponíveis em sete tamanhos e possuem as seguintes dimensões (comprimento x largura x altura): Dimensões Externas: Caixa 01: 180 mm X 135 mm X 90 mm Caixa 02: 270 mm X 180 mm X 90 mm Caixa 03: 270 mm X 225 mm X 135 mm Caixa 04: 360 mm X 270 mm X 180 mm Caixa 05: 540 mm X 360 mm X 270 mm Caixa 06: 360 mm X 270 mm X 270 mm Caixa 07: 360 mm X 280 mm X 40 mm Figura 3: Embalagens Fonte: Correios (2009) 2.8.4 Serviços opcionais É possível, segundo o MANINT (2009), que o exportador contrate serviços opcionais além do que já é inerente à prestação do serviço Exporta Fácil. Os serviços opcionais são os seguintes: • Aviso de recebimento: é o serviço que permite ao remetente receber um comprovante por escrito com a assinatura da pessoa que recebeu e a data da entrega da remessa. • Seguro opcional: o prêmio do seguro opcional é de 1% para a modalidade Expressa (EMS) e de 0,5 % para as demais modalidades sobre o valor declarado, descontado o valor do seguro gratuito. Exemplo de cálculo do seguro de uma mercadoria expressa (EMS): Valor da mercadoria R$ 5.000,00 Valor do seguro automático (-) R$ 200,00 Valor a ser segurado R$ 4.800,00 Percentual a ser aplicado 1,0% Valor do seguro opcional R$ 48,00 Quadro 2: Cálculo do seguro Fonte: CORREIOS (2009) Conforme o MANINT (2009) há limites em relação aos valores do seguro, dependendo do país de destino. Estes valores podem ser consultados no site dos Correios na opção auto-atendimento, consulta de países. Neste mesmo arquivo é 46 possível consultar para quais modalidades e países é possível enviar a mercadoria com AR (aviso de recebimento). Caso o valor da cobertura do seguro seja inferior ao da mercadoria, de acordo com o MDIC (2009), o exportador, se desejar, pode contratar seguro de terceiros para a cobertura total da remessa. 2.8.5 Como exportar através do Exporta Fácil O exportador deve observar as restrições e proibições sobre determinados produtos em relação ao país de destino, acondicionar adequadamente a mercadoria, respeitando os limites de pesos e dimensões, providenciar os documentos necessários para exportar através do Exporta Fácil e dirigir-se a uma agência dos Correios. Os Correios, segundo o MANINT (2009), exigem que os seguintes documentos acompanhem a encomenda: • Fatura Comercial (Commercial Invoice): conforme Maluf (2000) é o documento hábil para o desembaraço da mercadoria no país de destino, sendo assim um documento obrigatório e de validade internacional para as exportações com cobertura cambial. A Fatura Comercial, como explica Murta (2005, p.316): Deve ser emitida pelo exportador e deverá conter todos os dados de sua própria empresa, da empresa importadora, informações detalhadas sobre a mercadoria que ampara, tais como, classificação tarifária das mercadorias, preços unitário e total, por item exportado, prazos de pagamento, condições de venda pactuada, pesos bruto e líquido, modalidade de transporte, local de destino, valores do seguro e/ou frete, caso um deles, ou ambos, seja responsabilidade do exportador, etc. • Nota fiscal: segundo Murta (2005), é um documento obrigatório, válido para assegurar a legalidade da mercadoria durante o trajeto entre o estabelecimento exportador e a agência dos Correios onde se dará o despacho para o exterior; • Conhecimento de embarque aéreo ou Air Way Bill (AWB): Maluf (2000) destaca que este é um dos mais importantes documentos do comércio internacional, pois serve como evidência do Contrato de Transporte, podendo ainda constituir prova do embarque das mercadorias. A descrição generalizada da mercadoria, peso, moeda e valor e modalidade do frete são algumas das informações que devem constar no AWB. 47 O exportador deve obter do importador a relação de outros documentos que sejam obrigatórios e que deverão ser providenciados para ingresso das mercadorias no país de destino, pois de acordo com Murta (2005), para utilizar o Exporta Fácil, os documentos exigidos são os mesmos de uma modalidade simplificada, conforme cada país de destino. O formulário dos Correios tem múltiplas finalidades, segundo Castro (2001), ele é ao mesmo tempo formulário de endereçamento, guia instrutivo para a emissão de DSE Eletrônica, declaração para a Alfândega, conhecimento de embarque aéreo (AWB) e recibo do cliente. O exportador também poderá preencher este formulário através do site dos Correios, ou se preferir, poderá preenchê-lo na agência, no momento da postagem. Depois de preenchido, o formulário é inserido num saco plástico transparente e auto-adesivo, que será colocado sobre a encomenda. Em ANEXO II encontra-se o formulário e as instruções de preenchimento. Após o preenchimento do formulário e postagem da mercadoria, os Correios fazem o registro da operação no Sistema de Comércio Exterior, SISCOMEX, da Receita Federal do Brasil, tudo sem burocracia e sem custos adicionais para o exportador, como explica Murta (2005), isto é possível, pois os Correios possuem recintos alfandegários da Receita Federal em suas instalações operacionais em São Paulo e Rio de Janeiro isso agiliza todo o trâmite aduaneiro das remessas postais. Conforme o MDIC (2009), o exportador autoriza os Correios a preencher, em seu nome, todos os documentos necessários para o cumprimento de leis e regulamentos de alfândega e de exportação, porém os Correios não tem responsabilidade sobre as informações prestadas pelo exportador. Os Correios assumem perante a alfândega o perfil exportador e o perfil depositário, ou seja, o exportador não precisa se relacionar com despachantes ou empresas transportadoras. Todo o processo de liberação alfandegária é acompanhado pelos Correios. De acordo com os Correios (2009), as embalagens que contêm as mercadorias terão a possibilidade de serem abertas pela Receita Federal do Brasil para o devido controle de exportação e importação; aos Correios não cabe esta competência. 48 Quando as remessas chegam ao seu destino estas serão submetidas ao processo de internacionalização, ou seja, estarão sujeitas aos procedimentos aduaneiros do país de destino. Destaca o MDIC (2009), neste processo não há intervenção dos Correios, neste momento tudo é tratado como um processo normal de exportação de acordo com a legislação do país destino. Após o término do desembaraço aduaneiro o Certificado de Exportação é emitido pelo Sistema DSE Eletrônica e enviado pelos Correios ao endereço do exportador, sem quaisquer custos. (MANINT, 2009). Como menciona Castro (2001), para o pagamento das exportações, o exportador pode negociar com o importador para que seja efetuado através do Vale Internacional Eletrônico no valor de até US$ 50.000,00. O VIE é um título de valor postal, sendo assim, é possível o envio e o recebimento de valores para alguns países. As informações sobre o serviço de VIE e a lista de países que possuem o serviço, se encontram no site dos Correios (produtos e serviços internacionais, catálogo de produtos e serviços, internacionais, vale postal internacional). Outras formas de recebimento de pagamento são oferecidas pelas instituições financeiras: boleto de câmbio simplificado e cartão de crédito, que através da Circular nº2836, de 08/09/1998, do Banco Central do Brasil foi instituída a sistemática do câmbio simplificado, cuja finalidade é a desburocratização das operações de exportação de pequenos valores, por meio de dispensa do contrato de câmbio. Enfim, a melhor forma de pagamento será acordada entre o exportador e o importador. 2.8.6 O site dos Correios Murta (2005), explica que, graças aos recursos da informática, o usuário poderá realizar por meio de seu computador, via internet, procedimentos para a realização da postagem do Exporta Fácil, incluindo consultas de preços, prazos, impressão dos documentos necessários, entre outros. Conforme o exemplo a seguir, na opção auto-atendimento é possível consultar o prazo estimado de entrega para cada país de acordo com a cidade de origem: 49 PRAZOS ESTIMADOS DE ENTREGA Resultado da Pesquisa: De: SC (Interior) Para: ESTADOS UNIDOS Categorias: EMS Documento Mercadoria 4 a 5 dias úteis Linha Leve Quer saber os prazos para o SEDEX Mundi? Clique aqui. Os prazos divulgados são de referência, portanto, não constituem garantia. Mercadorias sujeitas À DSE, acrescentar mais 1 dia útil. Para maiores informações, clique aqui. As remessas internacionais estão sujeitas à retenção pela aduana do país de destino para verificação de conteúdo ou aplicação de tributos de importação, de acordo com a legislação de cada país. Os atrasos decorrentes desse tipo específico de procedimento não foram considerados nos prazos aqui apresentados. Figura 4: Prazos estimados de entrega Fonte: Correios (2009) O preenchimento e a impressão dos principais documentos para a exportação poderá ser tudo feito através do site, como mencionado anteriormente, caso exportador tenha dúvidas em relação à NCM para o preenchimento dos documentos necessários, esta também poderá ser consultada através do site dos Correios: Consulta NCM NCM significa Nomenclatura Comum do Mercosul. É um código numérico que identifica internacionalmente o produto e facilita a análise da mercadoria pela equipe de fiscalização nos demais países, agilizando o desembaraço alfandegário. Código NCM Descrição Pesquisar em Português Figura 5: Consulta NCM Fonte: Correios (2009) Inglês 50 Além disso, o exportador pode obter inúmeras informações sobre o serviço Exporta Fácil e sobre o processo de exportação. O exportador também pode consultar informações sobre as agências e de onde postar: ONDE POSTAR UF: SC Cidade: Içara Bairro: centro Figura 6: Onde postar Fonte: Correios (2009) Após a postagem de sua mercadoria, conforme o MANINT (2009), o exportador poderá utilizar através do site, a ferramenta de rastreamento internacional, que está disponível para as modalidades Sedex Mundi e Expressa (EMS). Através do rastreamento eletrônico o exportador poderá consultar todos os dados referentes à entrega de sua remessa no exterior. 2.8.7 Contrato de serviços Internacionais Segundo o MANINT (2009), o contrato de serviços internacionais é exclusivo para os clientes dos Correios, somente pessoas jurídicas que fazem postagens para o exterior regularmente. Ao firmar contrato internacional com os Correios as empresas recebem inúmeras vantagens, tais como: • Preços mais acessíveis; • Pagamento a faturar; • O prazo é de até 45 dias para o pagamento dos serviços utilizados durante o mês; • São disponibilizadas diversas datas para o pagamento da fatura; • Não há custo para a manutenção do contrato de serviços internacionais. Além dessas vantagens, conforme o MANINT (2009), o cliente poderá se beneficiar de um serviço exclusivo, a coleta domiciliária. Os Correios vão ao domicílio do exportador coletar as encomendas, ou seja, o exportador nem precisa se dirigir a uma agência para fazer a postagem de sua remessa. A coleta 51 domiciliária é gratuita para o Sedex Mundi, para as demais modalidades a coleta será gratuita se for postado no mínimo uma encomenda Expressa (EMS), ou três encomendas na modalidade Prioritária ou cinco na modalidade Econômica. De acordo com os Correios (2009), o contrato de serviços internacionais ainda dá direito à adesão ao Programa de incentivo do Sedex Mundi. Este programa tem por objetivo estimular ainda mais as postagens via Sedex Mundi, pois, o programa oferece descontos através de um sistema de bônus que permite reduções na fatura, que combinada, pode ultrapassar 30% do total a ser desembolsado. Assim, com o Sedex Mundi, as empresas podem contar com mais uma solução logística, que acelera a velocidade das exportações. 2.8.8 Desempenho do Exporta Fácil Conforme o relatório para imprensa (2009, p.5) divulgado pelos Correios, o potencial do serviço Exporta Fácil pode ser observado com os números alcançados desde os primeiros anos de atividade: Em 2003 o valor exportado pelo serviço Exporta Fácil, em termos percentuais, superou o ritmo de crescimento da Balança Comercial Brasileira. Em 2004, o Exporta Fácil apresentou um crescimento de 29% em relação ao valor exportado no ano anterior. As exportações em 2005 apresentaram um declive de 4,98% quando comparadas a 2004. No ano de 2006 as exportações apresentaram um declive de 20,95% quando comparadas ao ano de 2005. Em 2007, as exportações apresentaram um declive de 29,99% em relação ao ano de 2006. Em 2008 foram registradas 11.239 remessas comerciais, contra 10.336 remessas feitas em 2007, um aumento de 8,74%.No 1º semestre de 2009, as exportações apresentam um crescimento de 15,85% no valor das exportações em relação ao mesmo período de 2008. Conforme se depreende, houve uma rápida aceitação e adesão ao uso dos Correios para encaminhar produtos para o exterior, provavelmente pela facilidade do sistema para aqueles que pretendem exportar pela primeira vez, tanto quanto aqueles que desejam encaminhar amostras de forma rápida e segura. 2.8.8.1 Produtos mais exportados Os produtos mais exportados através do Exporta Fácil no primeiro semestre de 2009, segundo a classificação da NCM, divulgados no relatório para imprensa, são demonstrados na tabela a seguir de acordo com a participação de 52 cada um, pois juntos, estes produtos representam 81,21% do valor total das exportações via Exporta Fácil. Descrição do Produto Participação no Valor das Exportações (%) Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias. 12,65% Inst. de óptica, de fotografia, medida, inst. médico-cirúrgicos. 10,82% Materiais Elétricos 8,95% Máquinas e aparelhos 8,63% Vestuário e seus acessórios, exceto de malha. 8,62% Vestuário e seus acessórios, de malha. 8,60% Outros produtos de origem animal 7,65% Livros, jornais e outros prod. das indústrias gráficas. 6,48% Obras de couro; artigos de viagem, bolsas e semelhantes. 4,16% Madeira, carvão vegetal e obras de madeira. 2,53% Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes. 2,12% Outros 18,79% Quadro 3: Participação nas Exportações por Produto no 1º semestre de 2009 Fonte: Relatório para imprensa (2009, p.9) 2.8.8.2 Destino das exportações Conforme o relatório para imprensa, no 1º semestre de 2009, 107 países foram os destinos das exportações pelo Exporta Fácil, sendo os principais países importadores (destinos de 75,04% do valor exportado) Estados Unidos, Argentina, Japão, Portugal, França, China, Alemanha, Chile, Espanha, Hong-Kong, Bolívia, GrãBretanha e Uruguai. O quadro a seguir apresenta o comparativo percentual entre o valor exportado e o número de exportações em relação ao 1º semestre de 2009: Percentual do Percentual do Nº. Valor das de Exportações Exportações ESTADOS UNIDOS 29,26% 31,32% ARGENTINA 6,82% 3,35% JAPÃO 5,57% 6,30% PORTUGAL 4,95% 7,16% FRANÇA 4,06% 4,39% CHINA 3,95% 0,78% ALEMANHA 3,56% 3,98% CHILE 3,52% 2,36% ESPANHA 3,05% 4,55% HONG KONG 2,94% 0,71% BOLÍVIA 2,90% 1,73% GRA-BRETANHA 2,39% 3,30% URUGUAI 2,07% 1,07% OUTROS 24,96% 29,00% Quadro 4: Participação por Países no 1º semestre de 2009. Fonte: Relatório para imprensa (2009, p.13) PAÍS 53 No quadro a seguir estão especificados os produtos que mais foram exportados, via Exporta Fácil, em relação aos principais países de destino: PAÍS DE DESTINO PRODUTOS ESTADOS UNIDOS Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias. Vestuário e seus acessórios, de malha. Inst. de óptica, de fotos., medida, inst. médico-cirúrgicos Madeira, carvão vegetal e obras de madeira. Vestuário e seus acessórios, exceto de malha. Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes. Obras de couro; artigos de viagem, bolsas e semelhantes. Livros, jornais e outros prod. das indústrias gráficas Máquinas e aparelhos Materiais Elétricos Livros, jornais e outros prod. das indústrias gráficas Inst. de óptica, de fotos., medida, inst. médico-cirúrgicos Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias. Outros produtos de origem animal Leite e lacticínios; ovos de aves; mel natural e outros. Gorduras e óleos animais ou vegetais Livros, jornais e outros prod. das indústrias gráficas Vestuário e seus acessórios, de malha. Instrumentos musicais; suas partes e acessórios. Máquinas e aparelhos Vestuário e seus acessórios, exceto de malha. Vestuário e seus acessórios, de malha. Livros, jornais e outros prod. das indústrias gráficas Vestuário e seus acessórios, exceto de malha. Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias. Inst. de óptica, de fotos., medida, inst. médico-cirúrgicos Materiais Elétricos Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias. Vestuário e seus acessórios, exceto de malha. Calçados e Artefatos semelhantes Vestuário e seus acessórios, de malha. Livros, jornais e outros prod. das indústrias gráficas Obras de couro; artigos de viagem, bolsas e semelhantes. Máquinas e aparelhos Vestuário e seus acessórios, de malha. Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias. Livros, jornais e outros prod. das indústrias gráficas Produtos Farmacêuticos Inst. de óptica, de fotos., medida, inst. médico-cirúrgicos Brinquedos; jogos; artigos para divertimento. Vestuário e seus acessórios, exceto de malha. Inst. de óptica, de fotos., medida, inst. médico-cirúrgicos Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias. Máquinas e aparelhos Materiais Elétricos Outros metais comuns; ceramais ("cermets"); obras destas matérias. Vestuário e seus acessórios, de malha. Vestuário e seus acessórios, exceto de malha. Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias. Inst. de óptica, de fotos., medida, inst. médico-cirúrgicos Livros, jornais e outros prod. das indústrias gráficas ARGENTINA JAPÃO PORTUGAL FRANÇA ALEMANHA CHILE ESPANHA 54 BOLÍVIA Inst. de óptica, de fotos., medida, inst. médico-cirúrgicos Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias. Máquinas e aparelhos Produtos cerâmicos GRA-BRETANHA Vestuário e seus acessórios, exceto de malha. Vestuário e seus acessórios, de malha. Óleos essenciais e resinóides; produtos de perfumaria ou de toucador Obras de couro; artigos de viagem, bolsas e semelhantes. Máquinas e aparelhos Livros, jornais e outros prod. das indústrias gráficas Artefatos de Joalheria, Metais Preciosos, Bijuterias URUGUAI Materiais Elétricos Máquinas e aparelhos Inst. de óptica, de fotos., medida, inst. médico-cirúrgicos Quadro 5: Produtos Enviados aos Principais Destinos no 1º semestre de 2009. Fonte: Relatório para imprensa (2009, p.14) 2.8.8.3 Origem das exportações No 1º semestre de 2009, de acordo com o relatório para imprensa, os estados com maior participação quanto ao valor exportado foram São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. O gráfico a seguir apresenta os estados mais representativos em relação ao valor exportado no 1º semestre de 2009 pelo Exporta Fácil: Valores Exportados por Estado (R$) 1º Semestre de 2009 MINAS GERAIS 10,18% SÃO PAULO 53,19% RIO DE JANEIRO 7,82% OUTROS 8,45% PARANÁ 7,27% SANTA CATARINA 2,04% ESPIRITO SANTO 4,45% Figura 7: Participação por Estado no 1º semestre de 2009 Fonte: Relatório para imprensa (2009, p.12) RIO GRANDE DO SUL 6,60% 55 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS De acordo com Vianna (2001 p. 95), “A metodologia pode ser entendida como a ciência e a arte do como desencadear ações de forma a atingir os objetivos propostos para as ações que devem ser definidas com pertinência, objetividade e fidedignidade”. Vianna (2201) ressalta a importância da metodologia, pois ela é fundamental para orientar a pesquisa para que se possam atingir os objetivos desejados. Para Thiollent (2005 p. 28), “A metodologia pode ser vista como conhecimento geral e habilidade que são necessários ao pesquisador para se orientar no processo de investigação, tomar decisões oportunas, selecionar conceitos, hipóteses, técnicas e dados adequados”. Portanto, no presente trabalho, será explanado conceitos referentes à metodologia da pesquisa e serão abordados os dados obtidos para a realização da presente pesquisa e serão demonstrados os meios que possibilitaram a realização da mesma. 3.1 TIPOS DE PESQUISA 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica De acordo com Gil (1996 p. 48), “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Gil (1996), ainda destaca que na maioria das vezes que as pesquisas quem tem como propósito a analise de posições a cerca de um problema estão fundamentadas na pesquisa bibliográfica. Ressaltando ainda a importância da pesquisa bibliográfica, Andrade (2007), destaca a obrigatoriedade para a delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, e na apresentação das conclusões. 56 3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo Vianna (2001) afirma que na pesquisa descritiva ou de campo as fontes de dados serão pessoas das quais serão colhidas informações para a compreensão do problema estudado, geralmente as informações são coletadas a partir de observações, questionários ou outros recursos, que devem ser escolhidos de acordo com o objetivo que se deseja alcançar. De acordo com Andrade (2007), a pesquisa descritiva ou de campo tem como objetivo observar, registrar, analisar, classificar e interpretar os fatos sem que o pesquisador interfira neles. Então, para serem alcançados os objetivos do presente trabalho, foi utilizado o método científico da pesquisa descritiva ou de campo, aqui descrito. Este foi o método utilizado como meio de se obter as informações e os dados coletados com as empresas clientes da agência dos Correios de Içara – SC e, assim, determinou-se os critérios adequados para a realização desta pesquisa. 3.1.2.1 Pesquisa documental A pesquisa descritiva pode assumir diversas formas. Para a realização deste trabalho foi utilizada, também, a pesquisa documental. Documento, segundo Chizzotti (2001) é qualquer informação sob a forma de textos, imagens, sons e outros, contida em um suporte material fixados por técnicas de impressão, gravação etc. Na pesquisa documental são investigados documentos a fim de se poder descrever o assunto pesquisado. Na fase do levantamento da pesquisa, conforme Cervo e Bervian (1993) faz-se a coleta de todo o material necessário para o trabalho e os documentos que interessam ao assunto são localizados através da leitura de reconhecimento. Para a realização da presente pesquisa o material coletado foram os manuais da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA Se o propósito do trabalho é obter informações sobre determinada população, Andrade (2007), afirma que os métodos de abordagem estão 57 relacionados ao plano geral da pesquisa e se referem aos fundamentos lógicos e ao processo de raciocínio que foi adotado. Uma técnica de pesquisa é a quantitativa, de acordo com Creswell (2007) na técnica quantitativa o pesquisador usa alegações pós-positivistas para o desenvolvimento de conhecimento e emprega estratégias de investigação como levantamentos, coleta de dados e outros. Para Oliveira (1999), o método quantitativo significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como o emprego de recursos e técnicas estatísticas. O método quantitativo pode ser empregado para o desenvolvimento das pesquisas de âmbito social, econômico, mercadológicas, de administração, entre outros. Diante deste propósito para a realização deste trabalho, foi utilizada a pesquisa de caráter quantitativo, permitindo que seja descrita a realidade encontrada e possibilitando a análise das variáveis matemáticas da referida pesquisa. 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA De acordo com Vianna (2001, p.98), “A população é composta pelo conjunto de fenômenos, indivíduos, situações que apresentam as características definidas para serem objeto de investigação”. E, Vianna (2001, p.98), define que “A amostra representa uma parte considerada significativa da população selecionada para o estudo pretendido, de acordo com o projeto da pesquisa”. É importante que seja delimitado o universo de pesquisa, conforme Gil (1996), os levantamentos geralmente abrangem um universo grande o que torna muito difícil abrangê-lo em sua totalidade, então o mais adequado é trabalhar com uma amostra, ou seja, uma parte dos elementos que compõem o universo. Na presente pesquisa a população foi composta pelas empresas clientes da agência dos Correios de Içara - SC, sendo que foram apenas as empresas que possivelmente se enquadram com as características para a utilização do serviço Exporta Fácil. Foi selecionado apenas um grupo destas empresas clientes dos Correios, que formou a composição da amostra. Contando, portanto, com um universo de 18 empresas clientes da agência dos Correios de Içara considerou-se um erro amostral de 10% para delimitação da amostra conforme o procedimento desenvolvido por Barbetta (2004, p. 60): 58 n0 = 1/ E02 = 1 / 0,12 = 100 N = N . n0 / N + n0 = 18*100 / 18+100 = 15,25 = 15 elementos. Onde: N= é o número de elementos da população n= é o tamanho da amostra n0= é uma primeira aproximação para o tamanho da amostra E0= é a margem de erro tolerável para o tamanho da amostra 3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Segundo Andrade (2007 p. 139), “A coleta de dados constitui uma etapa importantíssima da pesquisa de campo, mas não deve ser confundida com a pesquisa propriamente dita”. Após a coleta dos dados estes devem ser representados, as formas mais utilizadas são gráficos e tabelas, onde os dados serão submetidos a um tratamento estatístico. Vianna (2001) ressalta a importância de se elaborar os instrumentos de coleta de dados com rigor cientifico o que irá possibilitar a análise e o tratamento das informações. Entre os instrumentos de coleta de dados mais comuns estão: questionários, formulários e entrevistas. No procedimento técnico da pesquisa foi realizado um levantamento com interrogações, de forma direta, com os responsáveis pelas empresas pesquisadas. Foi aplicado um questionário, utilizando perguntas fechadas. Pois de acordo com Oliveira (1999) o questionário é a espinha dorsal do levantamento, é necessário que se tenha todas as informações na medida certa, deve-se conhecer a amostra e a linguagem a ser utilizada deve facilitar a coleta das informações de forma adequada. 3.5 CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA A pesquisa de campo foi realizada em setembro de 2009, com 15 empresas clientes da agência dos Correios de Içara – SC. O questionário foi aplicado nas seguintes empresas: 59 • Budny Indústria e Comércio Ltda • Copazza Descartáveis Plásticos Ltda • Coposul Copos Plásticos Sul Ltda • Ecocicle Indústria e Comércio de Reciclados Ltda • Etiqueta & Cia etiquetas e adesivos industriais Ltda • Giassi Indústria e Comércio de Confecções Ltda • Lacarô Lingerie Ltda • Lili Indústria Alimentícia Ltda • Lumatex Indústria de Malhas e Confecções Ltda • Minamel Indústria Comércio Importadora e Exportadora Ltda • MMC Fashion For Boss Man Ltda • Plastbaz Indústria Comércio de Artefatos de Plásticos Ltda • Smalticeram Unicer do Brasil Ltda • Vidres do Brasil Ltda • XYZ Inovações Tecnológicas Ltda 60 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA Neste capítulo, serão apresentados os dados levantados através da pesquisa realizada e os resultados obtidos acompanhados de análise por parte da pesquisadora. Tabela 1 – Classificação da empresa Opção Micro empresa Empresa de pequeno porte Empresa de médio porte Empresa de grande porte Total Quantidade 4 6 4 1 15 Percentual 26,7 40,0 26,7 6,6 100 Fonte: Dados da pesquisa 6,6% 26,7% 26,7% Micro empresa Empresa de pequeno porte Empresa de médio porte Empresa de grande porte 40,0% Figura 8: Classificação da empresa Fonte: Dados da pesquisa Conforme relatam os dados, a grande maioria das empresas classifica-se como empresa de pequeno porte, a seguir empresa de médio porte e micro empresa. Justamente estas, são o foco do Exporta Fácil, cujo objetivo é ser um facilitador para que as empresas pulverizem seus produtos no mercado externo. 61 Tabela 2 – Experiência da empresa com o mercado externo Opção Quantidade Sim, exporta frequentemente 3 Sim, exportou somente algumas vezes 2 Não, nunca exportou 10 Total 15 Percentual 20,0 13,3 66,7 100 Fonte: Dados da pesquisa 20,0% Sim, exporta frequentemente 13,3% Sim, exportou somente algumas vezes Não, nunca exportou 66,7% Figura 9: Experiência da empresa com o mercado externo Fonte: Dados da pesquisa Buscando verificar a experiência das empresas no mercado externo, observou-se que mais de 66% nunca teve nenhuma experiência com exportação. A minoria das empresas representada por 33,3%, já teve ou mantêm relações com o mercado externo. 62 Tabela 3 – Classificação da experiência com o mercado externo Opção Quantidade Excelente 3 Boa 2 Ruim 0 Péssima 0 Nunca exportou 10 Total 15 Percentual 20,0 13,3 0,0 0,0 66,7 100 Fonte: Dados da pesquisa 20,0% Excelente Boa 13,3% 66,7% 0,0% Ruim Péssima Nunca exportou 0,0% Figura 10: Classificação da experiência com o mercado externo Fonte: Dados da pesquisa Das cinco empresas que já tiveram ou mantêm relações com o mercado externo, 13,3% classificaram a experiência como boa e, 20% como excelente. Mesmo sendo a minoria, pode-se observar que todas as empresas que exportam classificam a experiência com o mercado externo, satisfatória; nenhuma empresa apontou a experiência como ruim ou péssima. 63 Tabela 4 – Interesse por parte da empresa em tornar-se uma exportadora ativa de seus produtos Opção Quantidade Percentual Sim 9 75 Não 3 25 Total 12 100 Fonte: Dados da pesquisa 25% Sim Não 75% Figura 11: Interesse por parte da empresa em tornar-se uma exportadora ativa de seus produtos Fonte: Dados da pesquisa Das quinze empresas pesquisadas, três são exportadoras ativas, como foi verificado em tabela anterior. Das doze empresas que nunca exportaram a grande maioria, 75%, possui interesse em ingressar no mercado externo. Para estas empresas o Exporta Fácil pode ser caracterizado como um grande aliado para o crescimento das referidas empresas. 64 Tabela 5 – Principal dificuldade identificada pela empresa para exportar seus produtos Opção Quantidade Percentual Desconhece o processo de exportação 3 20 Não possui capacidade produtiva para 3 20 exportar Não conhece o mercado externo 3 20 Não possui nenhum problema para 3 20 exportar A empresa não pretende exportar 3 20 Total 15 100 Fonte: Dados da pesquisa 20% Desconhece o processo de exportação 20% Não possui capacidade produtiva para exportar Não conhece o mercado externo 20% 20% 20% Não possui nenhum problema para exportar A empresa não pretende exportar Figura 12: Principal dificuldade identificada pela empresa para exportar seus produtos Fonte: Dados da pesquisa Neste questionamento, evidencia-se que apenas as empresas que são exportadoras é que não possuem nenhum problema para exportar. As demais empresas se dividem entre o desconhecimento em relação ao processo de exportação, ou em relação ao mercado externo, ou não possuir capacidade produtiva para atender o mercado externo; como sendo o principal entrave para ingressar no mercado mundial. 65 Tabela 6 – Principal mercado de destino ou pretendido pela empresa para as exportações Opção Quantidade Percentual Mercosul 8 53,4 ALADI 0 0,0 América do norte (Estados Unidos e 0 0,0 Canadá) Europa 2 13,3 Ásia 0 0,0 África 2 13,3 Oceania 0 0,0 A empresa não pretende exportar 3 20,0 Total 15 100 Fonte: Dados da pesquisa Mercosul ALADI 20,0% América do norte (Estados Unidos e Canadá) Europa 0,0% 13,3% 53,4% Ásia África 0,0% 13,3% 0,0% 0,0% Oceania A empresa não pretende exportar Figura 13: Principal mercado de destino ou pretendido pela empresa para as exportações Fonte: Dados da pesquisa Através dos dados obtidos é possível verificar que o principal mercado para a grande maioria das empresas que pretendem exportar ou que já exportam, é o Mercosul, a seguir África e Europa. As demais regiões geográficas não foram apontadas por nenhuma das empresas entrevistadas. 66 Tabela 7 – Faixa de peso que se enquadram os principais produtos fabricados pela empresa Opção Quantidade Percentual Até 2 kg 7 46,7 Acima de 2 kg e até 10 kg 3 20,0 Acima de 10 kg e até 20 kg 1 6,7 Acima de 20 kg e até 30 kg 0 0,0 Acima de 30 kg 4 26,6 Total 15 100 Fonte: Dados da pesquisa Até 2 kg 26,6% Acima de 2 kg e até 10 kg 46,7% 0,0% Acima de 10 kg e até 20 kg Acima de 20 kg e até 30 kg 6,7% Acima de 30 kg 20,0% Figura 14: Faixa de peso que se enquadram os principais produtos fabricados pela empresa Fonte: Dados da pesquisa Conforme dados coletados, cerca de 26% das empresas possuem produtos que não se enquadram com o peso limite de 30 Kg a ser transportado pelos Correios. Porém, mais de 46% das empresas fabricam produtos de até 2 Kg, para estas é possível indicar todas as modalidades de envio do Exporta Fácil. Para as demais faixas de peso é possível indicar para as empresas as modalidades Expressa (EMS), Mercadoria Econômica e Sedex Mundi. 67 Tabela 8 – Dimensões dos produtos fabricados pela empresa Opção Quantidade A soma do comprimento, da largura e da espessura 5 não ultrapassa 150 cm. Quaisquer dimensões (largura, espessura, comprimento, etc.) não têm medida superior a 105 cm A soma do comprimento, da largura e da espessura 6 não ultrapassa 90 cm. Quaisquer dimensões (largura, espessura, comprimento, etc.) não têm medida superior a 60 cm Os produtos não se enquadram em nenhuma das 4 dimensões mencionadas Total 15 Percentual 33,4 40,0 26,6 100 Fonte: Dados da pesquisa 26,6% 33,4% A soma do comprimento, da largura e da espessura não ultrapassa 150 cm. Quaisquer dimensões (largura, espessura, comprimento, etc.) não têm medida superior a 105 cm A soma do comprimento, da largura e da espessura não ultrapassa 90 cm. Quaisquer dimensões (largura, espessura, comprimento, etc.) não têm medida superior a 60 cm 40,0% Os produtos não se enquadram em nenhuma das dimensões mencionadas Figura 15: Dimensões dos produtos fabricados pela empresa Fonte: Dados da pesquisa As mesmas empresas que fabricam produtos acima de 30 Kg, são estas que representam mais de 26%, que indicaram fabricar produtos com dimensões acima dos limites estabelecidos pelos Correios. Para as demais empresas, que somam a maioria, é possível enviar remessas para o exterior através de diferentes modalidades do Exporta Fácil. 68 Tabela 9 – Valor unitário dos produtos fabricados pela empresa Opção Quantidade De até US$ 1.000,00 13 Acima de US$ 1.000,00 e até US$ 2 50.000,00 Acima de US$ 50.000,00 0 Total 15 Percentual 86,7 13,3 0,0 100 Fonte: Dados da pesquisa 13,3% 0,0% De até US$ 1.000,00 Acima de US$ 1.000,00 e até US$ 50.000,00 Acima de US$ 50.000,00 86,7% Figura 16: Valor unitário dos produtos fabricados pela empresa Fonte: Dados da pesquisa De acordo com o gráfico, observa-se que todas as empresas podem exportar através dos Correios, pois nenhuma empresa fabrica produtos com valor unitário acima de US$ 50.000,00. Mais de 86% das empresas poderá enviar tanto mercadorias para venda tanto amostra de seus produtos. E cerca de 13% das empresas não poderá caracterizar a remessa como amostra, referindo-se apenas ao valor unitário mencionado (acima de US$ 1.000,00 e até 50.000,00). 69 Tabela 10 – Frequência com que a empresa envia remessas para o exterior Opção Quantidade Percentual Diariamente 0 0,0 Semanalmente 3 26,6 Uma vez por mês 0 0,0 Envia esporadicamente 2 6,7 Não envia 10 66,7 Total 15 100 Fonte: Dados da pesquisa 0,0% 26,6% Diariamente Semanalmente 0,0% 6,7% 66,7% Uma vez por mês Envia esporadicamente Não envia Figura 17: Frequencia com que a empresa envia remessas para o exterior Fonte: Dados da pesquisa As três empresas que anteriormente se declararam como exportadoras ativas costumam enviar remessas para o exterior semanalmente. As demais empresas, que representam 73,4%, enviam remessas esporadicamente ou nunca exportaram. 70 Tabela 11 – Tempo ideal, em dias úteis, para a chegada da remessa no exterior Opção Quantidade Percentual Até quatro 3 20,0 De quatro a sete 4 26,7 De quatro a treze 4 26,7 De quatorze a trinta 1 6,6 A empresa não pretende exportar 3 20,0 Total 15 100 Fonte: Dados da pesquisa 20,0% 20,0% Até quatro De quatro a sete 6,6% De quatro a treze De quatorze a trinta 26,7% A empresa não pretende exportar 26,7% Figura 18: Tempo ideal, em dias úteis, para a chegada da remessa no exterior Fonte: Dados da pesquisa Através deste questionamento pode-se verificar qual a modalidade do Exporta Fácil mais indicada conforme a necessidade de tempo da empresa. Para 20% das empresas, que possuem maior urgência, o Sedex Mundi é a modalidade mais adequada. Para 26,7% das empresas que optaram pelo prazo de quatro a sete dias úteis, indica-se a modalidade Expressa (EMS). As que escolheram o prazo de quatro a treze dias úteis, indica-se o leve prioritário desde que a remessa não tenha peso superior a 2 Kg, se caso o peso for superior a empresa pode optar por qualquer outra modalidade de envio. E para 6,6%, recomenda-se a modalidade leve econômico ou mercadoria econômica, conforme peso da mercadoria. 71 Tabela 12 – Busca de informações pela empresa sobre os melhores canais para exportar Opção Quantidade Percentual Sim 7 46,7 Não 8 53,3 Total 15 100 Fonte: Dados da pesquisa 46,7% Sim Não 53,3% Figura 19: Busca de informações pela empresa sobre os melhores canais para exportar Fonte: Dados da pesquisa Neste gráfico é possível observar que como a grande maioria das empresas nunca teve experiência com exportação, conforme verificado anteriormente, estas nunca buscaram informações sobre os melhores canais para exportarem seus produtos, apesar desta mesma maioria ter declarado interesse em se tornar uma exportadora ativa, como já visto na tabela 4. Os outros 46,7% representam as empresas que já buscaram algum tipo de informação sobre os meios de exportação. 72 Tabela 13 – Conhecimento da empresa em relação ao Exporta Fácil Opção Quantidade Percentual Sim, porém não detalhadamente 3 20,0 Sim e já exportou através do Exporta 1 6,7 Fácil Desconhece completamente 11 73,3 Total 15 100 Fonte: Dados da pesquisa 20,0% Sim, porém não detalhadamente 6,7% Sim e já exportou através do Exporta Fácil Desconhece completamente 73,3% Figura 20: Conhecimento da empresa em relação ao Exporta Fácil Fonte: Dados da pesquisa Mais de 73,3% das empresas pesquisadas informaram desconhecer o Exporta Fácil dos Correios, 20% afirmaram conhecer de maneira não detalhada e apenas 6,7% conhece o Exporta Fácil e já o utilizou. Estes dados podem indicar que a maioria das empresas clientes da agência de Içara - SC não demonstram interesse pelo Exporta Fácil pelo fato do total desconhecimento deste serviço prestado pelos Correios. 73 Tabela 14 – Opinião da empresa quanto a principal vantagem em utilizar o Exporta Fácil Opção Quantidade Percentual Desburocratização 2 13,3 Diferentes modalidades de envio 1 6,7 Logística dos Correios 1 6,7 Não conhece as vantagens 11 73,3 Total 15 100 Fonte: Dados da pesquisa 13,3% 6,7% 6,7% Desburocratização Diferentes modalidades de envio Logística dos Correios 73,3% Não conhece as vantagens Figura 21: Opinião da empresa quanto a principal vantagem em utilizar o Exporta Fácil Fonte: Dados da pesquisa Das empresas que tem algum conhecimento sobre o Exporta Fácil, que somadas representam 26,7%, a maioria aponta a desburocratização, como sendo a principal vantagem do Exporta Fácil. As demais mencionaram as diferentes modalidades de envio do Exporta Fácil e a logística dos Correios. 74 Tabela 15 – Pretensão da empresa em relação ao Exporta Fácil Opção Quantidade Obter maiores informações sobre o 8 Exporta Fácil Utilizar o Exporta Fácil 4 Não gostaria de conhecer e nem utilizar 3 Total 15 Percentual 53,3 26,7 20,0 100 Fonte: Dados da pesquisa 20,0% Obter maiores informações sobre o Exporta Fácil Utilizar o Exporta Fácil 53,3% 26,7% Não gostaria de conhecer e nem utilizar Figura 22: Pretensão da empresa em relação ao Exporta Fácil Fonte: Dados da pesquisa Mais de 53% das empresas desejam obter maiores informações sobre o serviço Exporta Fácil, as empresas que já possuem informações sobre o Exporta Fácil gostariam de utilizá-lo e 20% das empresas não gostaria de conhecê-lo e nem utilizá-lo, ressalta-se que estas empresas são as que não tem pretensão em ingressar no mercado externo, conforme tabela 4. 75 4.1 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS Buscou-se com a presente pesquisa identificar potenciais exportadores e, paralelamente, com a verificação do nível de conhecimento das empresas entrevistadas sobre o Exporta Fácil, suas dificuldades num processo de inserção no mercado externo e as características dos principais produtos fabricados por estas empresas. Deste modo, foi possível constatar que a maioria das empresas pesquisadas nunca exportou, e, as que já exportaram classificaram a experiência como boa ou excelente. Outro dado importante é que a grande maioria das empresas possui interesse na pulverização de seus produtos no mercado mundial, para estas, os principais entraves para exportar são o desconhecimento em relação ao processo de exportação, o pouco conhecimento quanto ao mercado externo, ou não possuir capacidade produtiva para atender o mercado internacional. Em relação ao valor unitário dos produtos seria possível que todas as empresas utilizassem o Exporta Fácil, porém, em relação às outras características dos produtos como peso e dimensões, mais de 26% não se enquadram nos limites estabelecidos para serem transportados pelos Correios, as demais empresas não têm nenhum tipo de restrição para utilizar o serviço. Quanto aos prazos de entrega, as modalidades do Exporta Fácil atendem as necessidades das empresas, pois estas ficaram bem distribuídas em relação aos diferentes tipos de serviços prestados pelos Correios. Através dos resultados obtidos com a pesquisa constatou-se, ainda, que mais de 70% das empresas entrevistadas desconhece completamente o Exporta Fácil isto demonstra a necessidade de que haja um contato maior dos Correios com estas empresas. Sendo assim, como sugestão da pesquisadora, seria de grande valia que os Correios preparassem profissionais que realizassem visitas, promovessem palestras e esclarecessem a sistemática do Exporta Fácil a estas empresas. As empresas que mencionaram possuir algum conhecimento sobre o Exporta Fácil, citaram a desburocratização como sendo a maior vantagem deste serviço. Vale ressaltar que a grande maioria das empresas demonstrou interesse em obter maiores informações sobre os procedimentos de como utilizar o Exporta Fácil, 76 fato importante, haja vista o interesse das mesmas em ingressarem no mercado externo. 77 5 CONCLUSÃO Ao finalizar este estudo, constatou-se que a bibliografia selecionada proporcionou aprendizado para o tema em questão, sendo que diversos autores contribuíram para o enriquecimento científico em relação à fundamentação teórica abordada. Por meio da pesquisa bibliográfica e documental demonstrou-se o processo de exportação via Exporta Fácil, a partir destes estudos, verificou-se que a sistemática do serviço oferecido pelos Correios realmente facilita ao exportador os trâmites de um processo de exportação. A metodologia da pesquisa previamente escolhida facilitou o desenvolvimento deste trabalho. Já o questionário aplicado para a coleta de dados proporcionou à pesquisadora uma visão maior do cenário que foi pesquisado, além disso, foi o instrumento fundamental para que se pudessem conseguir dados para atingir os objetivos estabelecidos. Ao concluir este estudo, identificaram-se potenciais clientes para utilização do Exporta Fácil, são micro empresas e empresas de pequeno e médio porte sendo que, boa parte destas nunca exportou. Porém, em sua maioria, constatou-se o interesse em ingressar no mercado internacional, entretanto, ainda não o fazem ou por desconhecerem o processo de exportação, ou o mercado internacional ou não possuem capacidade produtiva para tal finalidade. Sendo que, das quinze empresas pesquisadas, três não manifestaram nenhuma pretensão em exportar e quatro empresas não se enquadraram com os limites de peso e dimensões estabelecidos pelos Correios. Ressaltam-se, algumas propostas para a agência dos Correios pesquisada: elaborar instrumentos de promoção e divulgação do Exporta Fácil para as empresas da região de forma a socializar o conhecimento a cerca desta ferramenta; estabelecer cronograma de visitas às empresas, principalmente àquelas que manifestaram o interesse em exportar seus produtos e que estão dentro dos parâmetros atendidos pelo Exporta Fácil e, por fim, estabelecer vínculos duradouros com os clientes da agência através de convênios que reduzam os custos para os mesmos e aumentem o uso da ferramenta em questão na região pesquisada. A partir da análise da pesquisa realizada verificou-se baixo grau de conhecimento das empresas sobre o Exporta Fácil, assim, percebe-se a 78 necessidade de uma melhor divulgação deste serviço, que por sua vez indica o caminho para a realização de um novo estudo, qual seja a elaboração de um plano de marketing para o Exporta Fácil. Enfim, este estudo científico desde a formulação de seus objetivos, passando pelas pesquisas bibliográfica e documental até a coleta e análise dos dados foi de grande importância, pois através do mesmo, conhecimentos foram ampliados com relação às atividades desenvolvidas pela pesquisadora, assim como, despertou-se o interesse das empresas clientes da agência dos Correios de Içara SC para exportarem através do Exporta Fácil. 79 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 169p. BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. 5 ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2004. 340p. BEHRENDS, Frederico L. Comércio exterior. 7 ed. Porto Alegre: Síntese, 2002. 336p. CASTRO, José Augusto. Exportação, aspectos práticos e operacionais. 4 ed. São Paulo: Aduaneiras, 2001. 330p. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 3 ed. São Paulo: Mc Graw Hill, 1993. 248p. CHIZZOTTI, Antonio. 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Em relação ao faturamento anual a empresa classifica-se como: a) Micro empresa. b) Empresa de pequeno porte. c) Empresa de médio porte. d) Empresa de grande porte 2. A empresa exporta ou já exportou alguma vez seus produtos? a) Sim, exporta frequentemente. b) Sim, exportou somente algumas vezes. c) Não, nunca exportou. 3. Caso exporta ou já tenha exportado como classificaria a experiência com o mercado externo? a) Excelente. b) Boa. c) Ruim. d) Péssima. e) Nunca exportou. 4. Caso não seja, há algum interesse por parte da empresa em tornar-se uma exportadora ativa de seus produtos? a) Sim. b) Não. 5. Qual a principal dificuldade identificada pela empresa para exportar seus produtos? a) Desconhece o processo de exportação. b) Não possui capacidade produtiva para exportar. c) Não conhece o mercado externo. d) Não possui nenhum problema para exportar. 83 e) A empresa não pretende exportar. 6. Qual é o principal mercado de destino ou pretendido em relação às exportações da empresa? a) Mercosul. b) ALADI. c) América do norte (Estados Unidos e Canadá). d) Europa. e) Ásia. f) África. g) Oceania. h) A empresa não pretende exportar. 7. Em que faixa de peso se enquadra os principais produtos fabricados pela empresa? a) Até 2 kg b) Acima de 2 kg e até 10 kg c) Acima de 10 kg e até 20 kg d) Acima de 20 kg e até 30 kg e) Acima de 30 kg 8. As dimensões dos produtos fabricados pela empresa se enquadram com as seguintes medidas: a) A soma do comprimento, da largura e da espessura não ultrapassa 150 cm. Quaisquer dimensões (largura, espessura, comprimento, etc.) não têm medida superior a 105 cm. b) A soma do comprimento, da largura e da espessura não ultrapassa 90 cm. Quaisquer dimensões (largura, espessura, comprimento, etc.) não têm medida superior a 60 cm. c) Os produtos não se enquadram em nenhuma das dimensões mencionadas 9. O valor unitário dos produtos fabricados pela empresa é: a) De até US$ 1.000,00. b) Acima de US$ 1.000,00 e até US$ 50.000,00. 84 c) Acima de US$ 50.000,00 10. Com que freqüência a empresa envia remessas para o exterior? a) Diariamente. b) Semanalmente. c) Uma vez por mês. d) Envia esporadicamente. e) Não envia. 11. Qual é o tempo ideal, em dias úteis, para a chegada da remessa no exterior? a) Até quatro. b) De quatro a sete. c) De quatro a treze. d) De quatorze a trinta. e) A empresa não pretende exportar. 13. A empresa já buscou informações sobre os melhores canais para exportar? a) Sim. b) Não. 14. A empresa conhece o Exporta Fácil? a) Sim, porém não detalhadamente. b) Sim e já exportou através do Exporta Fácil. c) Desconhece completamente. 15. Qual a principal vantagem em utilizar o Exporta Fácil, na opinião da empresa? a) Desburocratização. b) Diferentes modalidades de envio. c) Logística dos Correios. d) Não conhece as vantagens. 16. A empresa gostaria de: a) Obter maiores informações sobre o Exporta Fácil. b) Utilizar o Exporta Fácil. 85 c) Não gostaria de conhecer e nem utilizar. 86 ANEXO I 87 LISTA GERAL DE PROIBIÇÕES E RESTRIÇOES 1. EXPLOSIVOS Definição: Qualquer composto químico mistura ou mecanismo capaz de produzir um efeito pirotécnico explosivo, com substancial liberação instantânea de calor e gás. Todos os explosivos são proibidos. Exemplos: nitroglicerina, fogos de artifício, detonadores, bombinhas de São João, produtores de ignição, fusíveis, foguetes de iluminação, munição, etc. 2. ARMAS e MUNIÇÕES Todos os tipos de armas, munições e acessórios, como fuzis, revólveres, pistolas, armas de ar ou de gás comprimidos, silenciadores de tiro, equipamentos de visão noturna, simulacros, réplicas ou armas de brinquedo que possam se confundir com objetos reais, cartuchos carregados ou vazios, sabres, punhais, etc. 3. GASES COMPRIMIDOS, LIQUEFEITOS OU DISSOLVIDOS SOB PRESSÃO Definição: Gases permanentes que não podem ser liquefeitos em temperatura ambiente, gases liquefeitos que podem se tornar líquidos sob pressão em temperatura ambiente, gases dissolvidos ou que podem ser dissolvidos sob pressão em solvente. I - Todos os gases comprimidos inflamáveis são proibidos. Exemplos: hidrogênio, etano, metano, propano, butano, isqueiros, cilindros de gás para fogões de acampamento, lampiões, etc. II - Todos os gases comprimidos tóxicos são proibidos. Exemplo: cloro, flúor, etc. III - Todos os gases comprimidos não-inflamáveis são proibidos. Exemplo: dióxido de carbono, nitrogênio, neon, extintores de incêndio contendo esses gases, etc. IV - Todos os aerossóis são proibidos. 4. LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS Definição: Líquidos, misturas de líquidos, ou líquidos contendo sólidos em solução ou suspensão que produza vapor inflamável. Qualquer líquido com ponto de ignição abaixo de 60.5 graus C é proibido. Exemplo: acetona, benzina, compostos de limpeza, gasolina, gás de isqueiro, thinner e removedor de tintas, petróleo, solventes, etc. 5. SÓLIDOS INFLAMÁVEIS Definição: materiais sólidos que podem produzir fogo por fricção, absorção de água, alterações químicas espontâneas, ou calor retido resultante da fabricação ou processamento, ou que podem ser prontamente inflamados e queimar vigorosamente. Exemplos: Fósforos (qualquer tipo, inclusive os de segurança), carbureto de cálcio, produtos de nitrato de celulose, magnésio, filme com base de nitrocelulose, fósforo, potássio, sódio, hidrato de sódio, pó de zinco, hidrato de zircônio, etc. 6. SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS Definição: embora não necessariamente auto-combustíveis, essas substâncias podem causar ou contribuir para a combustão de outras substâncias. Elas também podem provocar a decomposição de explosivos, reagirem perigosamente com outras substâncias, e prejudicar a saúde. Exemplos: bromatos, cloretos, componentes de fibra de vidro, conjuntos de consertos, nitrato, percloratos, permanganatos, peróxidos, etc. 88 7. TÓXICOS (VENENOSOS), SUBSTÂNCIAS INFECCIOSAS, OUTRAS SUBSTÂNCIAS MÉDICAS E BIOLÓGICAS. Definição: substâncias que podem causar morte ou ferimentos se engolidas ou inaladas, ou por contato de pele. As substâncias contendo microorganismos ou suas toxinas que são conhecidas ou suspeitas de provocarem doenças. Inclui as substâncias biológicas e deterioráveis para análise clínica-laboratorial, como plasma, sangue, órgãos e tecidos humanos, considerando as implicações restritivas para a remessa via postal. Exemplo: arsênio, berílio, cianureto, flúor, selenita de hidrogênio, mercúrio, sal de mercúrio, gás de mostarda, nitro benzina, dióxido de nitrogênio, material patogênico, veneno para rato, soro, vacinas, etc. 8. MATERIAL RADIOATIVO Definição: Qualquer material com atividade específica acima de 74 kilo-Becquerel por kg (0.002 Microcuries por grama) Todo material radioativo está proibido. Exemplos: Material físsil (Urânio 235, etc.); lixo radioativo. (Urânio ou minério de tório, etc.). 9. CORROSIVOS E PRODUTOS QUÍMICOS SEMELHANTES. Definição: substâncias que podem causar sérios danos através de ação química a tecidos vivos, a outras cargas ou ao meio de transporte. Todas as substâncias corrosivas estão proibidas. Exemplos: cloreto de alumínio; soda cáustica; produtos de limpeza, líquidos corrosivos; removedores de ferrugem/profiláticos corrosivos; removedores de tinta corrosivos; armazenagem de baterias elétricas; ácido hidroclorídrico; ácido nítrico; ácido sulfúrico, etc. 10. PRODUTOS DIVERSOS PERIGOSOS Definição: substâncias que apresentam perigo e que não são cobertas por seguros. Exemplo: amianto, gelo seco (dióxido de carbono sólido); material magnetizado com força de campo magnético de 0.159 A/m ou mais, a uma distância de 2.1 m do exterior da encomenda; 11. CIGARROS A importação/exportação de cigarros e seus sucedâneos, por via postal, é proibida. 12. OUTRAS PROIBIÇÕES OU RESTRIÇÕES Os objetos que, pela sua natureza ou embalagem, podem apresentar perigo para os empregados ou para o grande público, sujar ou deteriorar os outros objetos ou o equipamento postal ou os bens pertencentes a terceiros; Drogas Proibidas por Lei (estupefantes e substâncias psicotrópicas) Nenhuma droga proibida por lei pode ser transportada pelos serviços dos CORREIOS. Aquelas que forem descobertas em trânsito serão retidas e entregues às autoridades alfandegárias ou policiais, que poderão tomar medidas legais contra ou remetente e/ou destinatário. Exemplo: narcóticos, substâncias psicotrópicas, LSD, morfina; cocaína, resina de haxixe, ópio, etc. Remessas legalmente autorizadas, contendo entorpecentes e substâncias psicotrópicas, devem portar obrigatoriamente o endereço do remetente para o caso de não-entrega, de maneira que elas possam ser devolvidas sem demora. A autorização legal poderá ser concedida pelo Ministério da Saúde, Polícia Federal e Exército Brasileiro. 89 Animais Vivos ou Mortos A inserção de quaisquer animais vivos é proibida em todas as categorias de objetos. Excepcionalmente, os animais abaixo são admitidos nos objetos de correspondência desde que não se tratem de objetos com valor declarado: 1.abelhas, sanguessugas e bichos-da-seda; 2.parasitas e destruidores de insetos nocivos destinados ao controle destes insetos e permutados entre instituições oficialmente reconhecidas. 3.as moscas da família das Drosophila melanogaster utilizadas para a pesquisa biomédica permutadas entre instituições oficialmente reconhecidas. 4.Excepcionalmente, os animais seguintes são admitidos nas encomendas: 4.1. 1os animais vivos cujo transporte pelos Correios está autorizado pela regulamentação postal dos países interessados; Dinheiro Moedas, papel moeda, cédulas, bilhetes de loteria, qualquer título ao portador (cheques), em correspondência ou encomendas, mesmo com valor declarado. A transferência de numerário pelos CORREIOS só é admitida quando efetuada por meio de Dinheiro Certo - âmbito Internacional, atendidas as condições desse serviço (atualizado 11/12/2007); Artigos Imorais ou Obscenos Documentos, impressos, fotografias, livros ou qualquer outro artigo e pacotes trazendo palavras, marcas ou desenhos agressivamente ofensivos, imorais ou obscenos estão proibidas. 0s documentos com caráter de correspondência atual e pessoal permutados entre pessoas que não sejam o remetente e o destinatário ou as pessoas que com eles habitam; Aceitos com Restrição Artigos de ouro, platina, prata, bronze, níquel ou qualquer outro metal de valor, cédula e moedas fora de circulação, selos ou qualquer outra fórmula de franqueamento, jóias e artigos preciosos (medalha comemorativa) ou qualquer papel representativo de valor ao portador só podem ser aceitos mediante contratação de Seguro Opcional; Objetos Sujeitos a Procedimentos Especiais de Importação e Exportação Plantas vivas, produtos da floricultura, artigos de peles, couros, peleterias (peles com pêlos) e outras mercadorias de exportação estão sujeitas a procedimentos especiais de importação e exportação como: Licenças de Importação/Exportação, Padronização, Anuência de Importação/Exportação, Certificados de Origem, Faturas Consulares, Certificados Fitossanitários e Sanitários etc. Bilhetes de Loteria Definição: Bilhetes e respectivos anúncios para loterias ilegais estão proibidos. Endossos enganosos Definição: As encomendas não deverão trazer palavras, marcas ou desenhos não autorizados e que possam levar o destinatário a acreditar que a encomenda tenha sido enviada por órgãos oficiais. Tintas, Vernizes e Esmaltes Definição: Aqueles com ponto de combustão abaixo de 35?C ou que sejam corrosivos, tóxicos ou que contenham nitrocelulose?Estão proibidos? 90 Passaporte Definição: A remessa de passaporte por via postal, considerando sua peculiar natureza, está sujeita a rigorosa investigação por parte da Polícia Federal (autenticidade, furto, extravio, etc.), provocando, frequente, consideráveis atrasos, devolução ao remetente e mesmo sua apreensão. Assim, o cliente deve ser cientificado desses aspectos antes de realizar a postagem? Café em grão (cru) e especiarias Definição: A exportação de café em grão cru (sem torrar), especiarias em frutos ou folhas secas, frutos secos com cascas, diversas raízes forrageiras e fumo natural (em ramos ou resíduos) dependem de prévio atendimento de inúmeras exigências por parte da Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO/IBAMA – [email protected]) 91 ANEXO II 92 Instruções de preenchimento – formulário AWB 93 Todo o preenchimento deverá ser feito com letra de forma ou impressão. - Evite o uso de abreviaturas. - Todos os campos exigidos devem ser preenchidos corretamente e por completo. - Os campos com escrita em azul devem ser preenchidos em caso de emissão de Declaração Simplificada de Exportação (DSE) ou apresentação de DSE pelo cliente. Campos a Serem Preenchidos pelo Cliente Campo 01 – Remetente Preencher com todos os dados relativos ao remetente, inclusive o número do telefone-fax e do e-mail. Quando houver a emissão da DSE, o comprovante de exportação será enviado ao remetente para esse endereço. Campo 02 – Destinatário Preencher com os dados do destinatário, inclusive número do telefone-fax e e-mail. Para remessa expressa (EMS) é essencial indicar o telefone do destinatário. Campo 03 - Informações Para a Alfândega - Descrição do Conteúdo Em caso de remessa não comercial, descreva sumariamente o conteúdo (exemplo: brinquedos, camisas). A descrição do conteúdo deve ser na língua do país de destino, inglês ou francês; caso contrário, poderá ocorrer atraso no desembaraço aduaneiro. Em caso de exportação comercial, a mercadoria deve ser descrita conforme a NCM. - Quantidade (QTD) Indicar a quantidade de cada produto constante do pacote. Em caso de exportação comercial, deve ser obedecida a unidade de medida estatística estabelecida para a NCM. - Valor Declarado US$ Anote o valor desse item em Dólar dos Estados Unidos da América. O valor em moeda estrangeira deve ser calculado usando a taxa do dia da emissão da Nota Fiscal ou o valor contido na documentação (NF ou Fatura Comercial). - Valor Declarado R$ Anotar o valor total desse item em Reais na cotação do dia da postagem. - Peso Líquido Indicar o peso sem embalagem, em kg, com três casas decimais. - Código NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL) do Produto (só preencher quando for remessa com DSE) Deve ser preenchido de acordo com a classificação oficial de mercadorias NCM SH, que pode ser encontrada no site dos Correios. - Unidade de Comercialização (só preencher quando for remessa com DSE) Preencher de acordo com Tabela de Unidades de Comercialização da NCM - SH, 94 emitida pela Secex, utilizando a unidade correspondente à mercadoria: cacho, dúzia, grama líquido (gl), litro (l), metro (m), metro cúbico, metro quadrado, milheiro, pares, quilate, quilograma líquido (Kgl) e unidade (UN). - Código do País de Origem da Fabricação Preencher com o Código do País de Origem da Mercadoria, conforme Tabela de Países e Bandeira Transportadora. O código do Brasil é 1058. Campo 04 – Folha Suplementar Marcar a quadrícula quando for utilizada folha suplementar para descrever o conteúdo no Campo 03. Campo 05 – Peso Bruto (kg) Indicar o peso incluindo a embalagem individual do item, em kg, com três casas decimais. Campo 06 - Valor do Seguro Opcional (US$) Quando contratado, preencher com o valor segurado em Dólar dos Estados Unidos da América (US$), correspondente ao valor do Campo 22. O seguro poderá ser contratado no valor parcial ou total do valor declarado, observado o limite aceito pelo país de destino (ver ficha dos países). Sobre o valor contratado (descontado o valor do seguro automático gratuito) será aplicado o percentual de 1% para o serviço EMS e 0,50% para os demais serviços. Campo 07 – Observações Citar a legislação especial de isenção ou amparo à exportação, quando utilizada (Ex.: produtos da Zona Franca de Manaus). Campo 08 - Tipo de Remessa Assinalar somente uma opção de acordo com o tipo da remessa. Definições Importantes: - Documento: Consideram-se documentos as mensagens, os textos, as informações ou os dados de natureza pessoal ou jurídica, sem valor comercial, gravados em papéis ou meio físico magnético, eletromagnético ou ótico, bem como revistas, jornais, livros e assemelhados. - Presentes: são quaisquer bens ou objeto com valor extrínseco que não constitua uma venda ao exterior; são remessas de bens em quantidade e valor que não permitam presumir destinação comercial (geralmente remessa entre pessoas físicas, em quantidade e de valor reduzidos, de acordo com os critérios da SRF – Secretaria da Receita Federal) e com valor de até US$ 1.000,00. - Amostras de mercadorias: são os fragmentos ou partes de qualquer produto, em quantidade estritamente necessária para dar a conhecer a sua natureza, espécie e qualidade. Quando se tratar de “amostra medicinal” (material para exame laboratorial de sangue, pele etc.), essa observação deve constar no Campo 3 – na descrição do conteúdo. - Mercadorias para Venda: são remessas compostas de bens destinados à operação de venda, para as quais é obrigatória a emissão da DSE – declaração Simplificada de Exportação. 95 Campo 09 – Orientação Para o Caso de Não Entrega Para as mercadorias postadas na modalidade Econômica com peso superior a 2 kg é obrigatório assinalar uma das opções. A opção "devolver ao Remetente" implica o pagamento das taxas exigidas pelo país de destino da mercadoria quando da devolução da mesma. Assim, o cliente deverá ser informado que nessa hipótese ele pagará a devolução. Campo 10 – Produtos Sujeitos a Quarentena, Inspeção Sanitária/Fitossanitária ou Outras Restrições. Marcar a quadrícula apropriada, caso o produto esteja ou não sujeito a essa restrição. Campo 11 - CNPJ/CPF do Remetente Preencher com o número do CPF quando o Tipo do Exportador for pessoa física e com o número do CPNJ quando for pessoa jurídica. Campo 12 – Registro No Siscomex Assinalar SIM caso o cliente tenha solicitado a emissão da DSE pela ECT. Caso já possua registro no SISCOMEX, assinale um dos Tipos – DDE ou DSE, lançando, em seguida, o número do registro de exportação na quadrícula apropriada. Quando os Correios (Centro de Tratamento do Correio Internacional – CTCI) emitirem a DSE, o registro de exportação será enviado para o endereço do remetente. Número Seqüencial - Preenchimento obrigatório em caso de remessas que necessitam de DSE e que contenham mais de um pacote. Nº do Pacote - Preencher com a numeração seqüencial do pacote considerado (exemplo - 1, 2, 3, 4, etc.), utilizando um formulário AWB para cada pacote. Nº Total de Pacotes – preencher com a quantidade total de pacotes que compõem a remessa (exemplo – 4, 5, 6 etc.), não havendo limite para essa quantidade. Neste caso, relacionar e discriminar no Romaneio todos os pacotes que compõem a remessa, que deve ser anexado à documentação que compõe a remessa. Campo 13 – Código do País de Destino Preencher com o código da Tabela de Países e Bandeira Transportadora. Campo 14 - Moeda de Negociação Só preencher quando for remessa com DSE: Preencher com código numérico da moeda negociada, conforme Tabela de Moedas administrada pelo Banco Central do Brasil. Exemplos: 220 (dólar americano), 978 (euro), 470 (iene japonês) e 540 (libra esterlina). Campo 15 – Tipo Exportador Preencher com o código da SRF, conforme tabela a seguir: 96 CÓDIGO TIPO DE EXPORTADOR 01 Pessoa jurídica 11 Pessoa física 12 Pessoa física domiciliada no exterior sem CPF 13 Pessoa física residente no País sem CPF Natureza da Operação Preencher com o código da SRF, conforme tabela abaixo. CÓDIGO NATUREZA DA OPERAÇÃO 01 Pessoa física com cobertura cambial 02 Pessoa física sem cobertura cambial 03 Pessoa jurídica com cobertura cambial 04 Pessoa jurídica sem cobertura cambial 30 Doação em caráter de ajuda humanitária 31 Bagagem desacompanhada 41 Bens de caráter cultural - Exportação temporária 42 Exportação temporária de material para emprego militar 43 Feiras e exposições comerciais ou industriais 44 Conserto, reparo ou restauração 45 Outras exportações temporárias 61 Bens submetidos a regime de admissão temporária 71 Erros de expedição 72 Não atendimento de exigência de controle extrafiscal 73 Indeferimento de regime aduaneiro especial 74 Outros motivos portaria MF 306/95 Prazo de Exportação Temporária Quando o campo "Natureza da Operação" for preenchido com o código 41, 42, 43, 44 ou 45, informe o prazo para retorno da mercadoria que é limitado pela legislação em até 180 dias. Nesse caso o cliente deverá abrir um processo de Exportação Temporária junto à unidade da Receita Federal que jurisdiciona o seu domicílio. Campo 16 - Taxa Postagem (US$) Registrar o valor da postagem em US$, correspondente ao valor da tarifação em Reais do campo 29. 97 Campo 17 – Número da Nota Fiscal Registrar a numeração da Nota Fiscal, que deve ser anexada ao formulário. Campo 18 – Número da Licença Exportação Registrar o número da licença, caso a remessa esteja sujeita à Licença de Exportação. Campo 19 – Número do Certificado Registrar o número do certificado, quando exigido, como Certificado de Origem do Produto e Certificados Fitossanitários. Campo 20 – Número da Fatura Registrar o número da fatura correspondente. Campo 21 - Categoria Marcar a quadrícula correspondente à categoria do serviço que estiver sendo utilizando. Campo 22 - Valor Segurado Marcar a quadrícula correspondente, caso o cliente deseje ou não contratar seguro opcional, assinando essa declaração. Caso opte pelo seguro, preencher seu valor em Reais (R$) e por extenso. No caso de indenização, o valor será pago em Reais. Campo 23 – Nomeação de depositária e Aceite do Termo de Condições- Datar e Assinar - (preenchimento obrigatório) Declaração pelo remetente da nomeação da ECT como depositária dos bens declarados e aceitação do Termo de Condições Gerais de Prestação dos Serviços de Remessa de Objetos Postais Internacionais, disponível também nas agências dos Correios, e cujo resumo encontra-se no verso da 4ª via desse formulário, destinado à assinatura e registro de data pelo remetente. Campos a Serem Preenchidos Pelos Correios CAMPO 24 – Se For a Faturar Código da Unidade de Postagem Preencher com o código da unidade de postagem. Código administrativo do cliente Preencher com o número do Cartão de Postagem do Cliente. Grupo de País Preencher com o grupo que o país de destino pertence. Número do Contrato Preencher com o número do contrato do cliente. Dia/Mês Lançar o dia/mês da postagem. Serviços Adicionais Lançar o código de serviço adicional utilizado (com dois dígitos). 98 Campo 25 – Número da Etiqueta Aplicar a parte menor da etiqueta na 4ª via e anotar o número nas demais vias. Campo 26 – Peso Tarifado (kg) Anotar o peso bruto, no ato da postagem, em kg, com três casas decimais (confrontar com o peso do Campo 5). Campo 27 – Código do Serviço Preencher com o código do serviço utilizado. (com 5 dígitos). Campo 28 – Carimbo da Unidade de Postagem Apor, nitidamente, o carimbo da unidade de postagem nas quatro vias do formulário. Campo 29 – Tarifação Preencher, no ato da postagem, com os valores referentes aos serviços solicitados pelo cliente, em Reais.