PROTÓTIPO EXPERIMENTAL DE FILTRO ATIVO DE POTÊNCIA MONOFÁSICO Felipe Melecardi Zani1, João Flavio Negreti2, Edson Adriano Vendrúsculo3, Fernando Pinhabel Marafão4 1,2,4 Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” – Campus Experimental de Sorocaba 3 LED Automação Comercial e Industrial Ltda [email protected] ; [email protected] 1. Introdução O termo qualidade de energia elétrica se refere à qualidade da tensão e corrente nas instalações elétricas, e representa hoje um assunto de grande importância. Dentre os problemas de qualidade de energia mais comuns estão incluídos a circulação de correntes reativas, variações de tensão, desequilíbrios de tensão e corrente, distorções das formas de onda [1]. Esse trabalho trata da implementação de um filtro ativo de potência monofásico, o qual se apresenta como uma possível alternativa para atenuar os problemas relacionados à circulação de correntes reativas e harmônicas em circuitos elétricos monofásicos. 2. Filtro Ativo Paralelo Existem diversas formas de se conectar um filtro ativo na rede elétrica [2], a topologia utilizada nesse projeto foi a do tipo paralela, conforme indica a Figura 1. Figura 1 – Diagrama de um filtro ativo paralelo. O filtro ativo paralelo monofásico caracteriza-se como uma fonte de corrente controlada e é composto de duas partes básicas: um sistema de identificação das referências e um sistema de controle de correntes. A função do sistema de identificação das referências é determinar as correntes de compensação que devem ser injetadas pelo filtro ativo no sistema elétrico, de forma que a soma da corrente do filtro com a corrente da carga, resultem em uma corrente na fonte, senoidal e em fase com a tensão. O controlador de correntes deve comparar (através de um regulador PI) o valor das correntes injetadas, com o valor fornecido pelo sistema de identificação de referências e gerar sinais de saída para o inversor que fará o elo entre controle e o circuito de potência. O filtro é conectado à instalação elétrica através de reatores de acoplamento, pelo qual circulam as correntes sintetizadas pelo inversor. 3. Protótipo e Resultados Experimentais Para avaliar o desempenho do filtro ativo estudado, foi construído um protótipo experimental de baixa potência (127V, 5A). Tal protótipo utilizou-se de sensores de efeito hall para medida das correntes e tensões, um processador digital de sinais (DSP – TMSF320F2812) para implementação dos algoritmos de controle e um conversor de potência (IGBTs) para síntese das correntes de compensação. Além disto, foram utilizados um variac monofásico para emular a fonte, bancos de cargas reativas e lâmpadas compactas para representar as cargas a serem compensadas. A Figura 2 ilustra uma condição onde a carga apresentava baixo fator de potência (RL) e após a conexão do filtro ativo, a corrente da fonte (2) passa a ser vista como se o conjunto carga+filtro fosse resistivo. Figura 2 – Corrente da fonte compensada (2), tensão da fonte (4) e corrente da carga (3). 4. Conclusões Como se pode observar o filtro consegue cumprir seu papel, elevando o fator de potência da carga, o que certamente contribui para redução das perdas dos sistemas de distribuição de energia. 5. Referências [1] F. P. Marafão, Análise e Controle da Energia Elétrica Através de Técnicas de Processamento Digital de Sinais. Tese de Doutorado, UNICAMP, p. 1-259, 2004. [2] F. Peng, G. Ott and D. Adams, “Application Issues of Active Power Filters”, IEEE Industry Application Magazine, vol. ED-4, pp. 21-30, 1998.