Modelo de Diário - BVS MS

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Convênio: Ministério da Saúde/Fundep – Universidade Federal de Minas Gerais
Programa VIVA LEGAL/TV FUTURA
Tema: Meningite: quando a informação é arma mais eficaz
MENINGITES
Até a década de 1950 (apenas 50 anos atrás) uma criança que contraía
meningite, se não morresse, ficaria com sérios problemas de visão, audição ou em
outras áreas do sistema nervoso. Hoje, se tratada adequadamente e com rapidez,
esta criança será completamente curada.
A doença em si é muito séria, pois os agentes infecciosos (bactérias e vírus)
atacam a membrana que envolve o cérebro e medula espinal, provocando estragos
enormes nestes órgãos. Os avanços da medicina, com novos antibióticos e
tratamentos, aliados à maior precisão e rapidez no diagnóstico, permitem hoje uma
recuperação completa, impossível há meio século.
Por que, então, é importante falar sobre meningite? Porque os agentes
infecciosos, antes de causarem a meningite, se alojam na garganta e no nariz da
pessoa infectada, e as pessoas passam a transmitir a doença através da respiração,
da tosse etc. Esta forma de transmissão é muito perigosa nas cidades, onde as
pessoas estão sempre em contato e, muitas vezes, aglomeradas em transportes,
espetáculos, reuniões etc. Assim, a meningite deve ser considerada um problema de
saúde pública e existe um empenho constante dos responsáveis pelo sistema de
saúde para evitar e controlar qualquer eventual surto da doença. A meningite é uma
permanente ameaça, que deve ser evitada e controlada pelos cidadãos e poder
público.
O que está em discussão
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o
cérebro e a coluna vertebral. Nas meninges circula um líquido chamado liquor, que
alimenta e protege o cérebro. Através deste líquido, o agente infeccioso pode
circular pelo sistema nervoso e causar danos cerebrais permanentes, deixando
seqüelas graves na pessoa infectada.
Vários fatores (como traumas e intoxicações) podem produzir inflamações
nas meninges, mas as principais formas de meningite são as infecciosas, causadas
por bactérias e vírus, e as mais sérias são provocadas pela bactéria meningococus,
que provoca a meningite meningocócica.
A meningite pode atacar pessoas de qualquer idade, mas nas crianças com
menos de 4 anos a infecção pode tomar formas mais graves.
Quanto mais cedo a meningite é descoberta, mais facilmente é tratada. O
diagnóstico precoce permite a cura completa da doença. Por isso, é importante ficar
atento aos primeiros sintomas, de forma a permitir um atendimento médico o mais
rápido possível. A rapidez no atendimento significa uma evolução melhor do
paciente e menos riscos de seqüelas (efeito que permanece após a doença, e que
significa, em geral, perda de funções de órgãos ou deformidades). No caso da
meningite, estas seqüelas podem ser a surdez, a gangrena nas pernas e braços e
as perdas de funções cerebrais.
Saber com precisão qual o agente causador (existem vários agentes) é
fundamental para a cura da meningite. É preciso fazer, com a maior presteza, um
exame do liquor, para que se identifique o agente infeccioso e se determine o
tratamento exato a ser feito.
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Não podemos esquecer que nas crianças com mais de 9 meses e nos adultos
os sintomas são: febre; dor de cabeça; náuseas; vômitos; rigidez da nuca;
convulsões, paralisias e tremores. Em bebês com menos de 9 meses são: febre;
choro contínuo; abaulamento da moleira; recusa alimentar; vômitos e convulsões. A
presença destes sintomas são um sinal de alarme e o socorro médico deve ser
imediato.
A meningite é doença de notificação obrigatória. Isto significa que o médico é
obrigado a comunicar às autoridades sanitárias a existência de uma pessoa
infectada. Assim, é possível mapear as áreas de incidência da infecção e tomar as
providências cabíveis para impedir um eventual surto. Entre estas providências está
a vacinação da população contra a meningite. Entretanto, apesar de eficiente, a
vacinação é um processo muito caro, pois deve abarcar os vários tipos de bactérias
que podem provocar a meningite (meningococcus A, B e C, haemophilus influenzae,
etc) e algumas só garantem proteção apenas por um período de tempo determinado.
Por isso, a vacina só é utilizada mediante a necessidade de se impedir o surgimento
ou a ampliação de um surto da doença.
As precauções contra a meningite são relativamente simples: evitar
ambientes com muita aglomeração, procurar ambientes arejados e manter uma
alimentação adequada. No caso de a criança ter contato com outra criança com
meningite, procurar orientação médica para que se faça um tratamento preventivo.
A meningite tem cura, se descoberta e tratada a tempo. Ao reconhecer
qualquer sintoma, procure um serviço de saúde. Esteja alerta para estes sintomas
não só em relação aos membros da sua família, mas também nas pessoas com as
quais você e seus familiares convivem ou têm contato. Não esqueça: a doença pode
ser transmitida antes de aparecerem os sintomas; por isso, a comunidade como um
todo deve estar atenta para prevenir e, caso necessário, curar rapidamente qualquer
pessoa infectada.
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