( ( ( ( ( Nota: ) Prova ( ) Prova Semestral ) Exercícios ( ) Prova Modular ) Segunda Chamada ( ) Exame Final ) Prática de Laboratório ) Aproveitamento Extraordinário de Estudos Disciplina: Professor: Turma: Data: Aluno (a): Experiência 02: TRANSFORMADORES – ENSAIOS DE CURTO E A VAZIO. Objetivo Geral: - Conhecer o método mais utilizado para obter os parâmetros de um transformador de tensão a partir de ensaios. Objetivos Específicos: − Realizar o ensaio de curto-circuito com as medições da corrente, tensão e potência; − Realizar o ensaio a vazio com as medições da corrente, tensão e potência; − Utilizar o circuito equivalente do transformador para obtenção dos parâmetros do transformador. RESUMO DA TEORIA O transformador possui um papel muito importante em sistemas de potência em corrente alternada. Ele possibilita que a energia gerada e a transmissão desta energia sejam realizadas em tensões mais adequadas, permitindo grande economia no sistema, além de permitir que dispositivos sejam atendidos individualmente nas tensões corretas. Também é largamente utilizado em circuitos de baixa potência, em circuitos eletrônicos de baixas correntes e nos de controle. Executam funções como: casamento de impedâncias entre fonte e carga, maximização da transferência de potência, isolação de dois circuitos, ou ainda isolar apenas a corrente CC, mantendo a continuidade da CA entre dois circuitos . O circuito T, indicado na figura 1, é largamente utilizado e representa bem o comportamento do transformador na maioria das aplicações. R e X são a resistência e 1 l1 a reatância de dispersão do enrolamento primário. R e X representam a resistência de c m perdas no núcleo e a reatância de magnetização, em conjunto formam a impedância de RQ 0501 Rev. 13 Página 1 de 6 magnetização Z , por onde circula a corrente de excitação I . R' e X' são a resistência φ φ 2 l2 e a reatância de dispersão do enrolamento secundário, referidas ao primário. Figura 1 - Circuito Equivalente do Transformador - Modelo T. Estes parâmetros podem ser obtidos em ensaios simples, se algumas simplificações forem feitas no circuito da figura 1. Ensaio de Curto-circuito Neste ensaio, os terminais do secundário são curto-circuitados, e no primário é aplicado uma tensão alternada, de modo que a corrente não ultrapasse seu valor nominal (dado de placa). Como a impedância de magnetização possui um valor muito superior aos valores das duas impedâncias em série, a corrente de excitação é muito pequena, podendo ser desprezada. Esta consideração implica no mesmo que utilizar uma simplificação do modelo T, o modelo L (também conhecido como Cantilever, em inglês), mostrado na figura 2, que desloca o ramo de magnetização para a direita ou esquerda, permitindo somar as reatâncias do primário e do secundário. Como o ramo de magnetização na figura 2b está em paralelo com um curto, a corrente que passa por ele é nula. Utilizar o lado de alta tensão como primário implica em medidas mais confiáveis, pois um pequeno valor de tensão aplicado ao primário é o suficiente para que a corrente atinja valor nominal. RQ 0501 Rev. 13 Página 2 de 6 Figura 2 - Ensaio de Curto-circuito. a) Modelo T e b) Circuito equivalente simplificado, modelo L. Medindo a tensão V , a corrente Icc e a potência ativa P (o índice cc refere-se ao ensaio de cc cc curto-circuito) é possível calcular os parâmetros: ∣Z eq∣= Req = V cc I cc P cc I 2cc 2 X eq= ∣ ∣Z eq∣− Req Ensaio a Vazio Neste ensaio o lado do secundário fica em vazio enquanto tensão nominal é aplicada no lado do primário. É recomendado que o lado de baixa tensão seja escolhido como o primário, o que facilita sua alimentação com tensão nominal. Como a impedância do ramo de magnetização Z é muito maior que a impedância φ formada pela resistência do enrolamento do primário e pela reatância de dispersão, a queda de tensão que ocorre em R + X é muito pequena, e pode ser desprezada. 1 l1 Fazer isto implica em adotar o circuito equivalente simplificado da figura 3, conhecido como modelo L. Como os terminais do secundário estão em aberto, toda corrente circula pelo ramo de magnetização. RQ 0501 Rev. 13 Página 3 de 6 Figura 3 - Ensaio a Vazio. a) Modelo T e b) Circuito equivalente simplificado, modelo L Medindo a tensão Voc, a corrente Ioc e a potência ativa Poc (o índice oc refere-se ao ensaio a vazio, do inglês open circuit) é possível calcular os parâmetros: ∣Z φ∣= Rc = V oc I oc V 2oc P oc X m= 1 2 2 ∣∣ ∣∣∣ 1 1 − ∣Z φ∣ Rc PARTE EXPERIMENTAL Material necessário por equipe: 01 Transformador monofásico 01 Varivolt 01 Wattímetro 02 Amperímetro 02 Voltímetro 12 Cabos longos com pinos bananas nos terminais a) PRIMEIRA PARTE – Ensaio de Curto-circuito No lado de alta tensão do transformador conecte adequadamente um wattímetro, um amperímetro e um voltímetro. Conecte um amperímetro no lado de baixa tensão, provocando um curto circuito. Certifique-se de que o varivolt esteja com tensão nula em sua saída e o conecte ao lado de alta tensão do transformador. RQ 0501 Rev. 13 Página 4 de 6 Acompanhe a leitura dos amperímetros e aumente gradativamente a tensão do varivolt, até que os amperímetros indiquem corrente nominal. Anote os valores lidos: Pcc: _______________ W Icc: _______________ W Vcc: _______________ V b) SEGUNDA PARTE – Ensaio a Vazio No lado de baixa tensão do transformador conecte adequadamente um wattímetro, um amperímetro e um voltímetro. Conecte um voltímetro no lado de alta tensão. Certifique-se de que o varivolt esteja com tensão nula em sua saída e o conecte ao lado de baixa tensão do transformador. Acompanhe a leitura dos voltímetros e aumente gradativamente a tensão do varivolt, até que os voltímetros indiquem tensão nominal. Anote os valores lidos: Poc: _______________ W Ioc: _______________ W Voc: _______________ V b) TERCEIRA PARTE – Cálculo dos Parâmetros Com os valores obtidos nos ensaios, calcule as resistências R e R dos dois 1 2 enrolamentos, as reatâncias de dispersão X e X , a reatância de magnetização X e a l1 l2 m resistência de perdas no núcleo R . c ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ RQ 0501 Rev. 13 Página 5 de 6 ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Referências Bibliográficas: [1] FITZGERALD, Arthur E.; KINGSLEY, Charles; UMANS, Stephen D., Máquinas elétricas. 6.ed. PORTO ALEGRE: Bookman, c2006. 648p. RQ 0501 Rev. 13 Página 6 de 6