Relação entre: Zika vírus, Síndrome de Guillain

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DEZEMBRO | 2015
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Relação entre:
Zika vírus, Síndrome de Guillain-Barré e microcefalia
Este assunto é novo para a maiorias das
pessoas. Ele realmente assusta por estar ligado a
um mosquito (Aedes aegypti) de tamanho quase
imperceptível e que fica mais forte (resistente) a
cada ano.
Zika é um vírus originário da África, transmitido
pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito que
transmite a dengue, a febre amarela e o
chikungunya. O mesmo causa uma doença
conhecida como Zika ou febre Zika. Os sintomas
da infecção pelo Zika vírus (ZIKV) começam de � a
�� dias após a picada e são: febre baixa (entre
��,� e ��,� graus ), dor nas articulações (artralgia)
com possível inchaço, dor muscular (mialgia), dor
de cabeça e atrás dos olhos, erupções cutâneas
(exantemas), acompanhadas de coceira, podem
afetar o rosto, o tronco e alcançar membros
periféricos, como mãos e pés. Sintomas mais raros
da infecção pelo vírus Zika incluem: dor
abdominal, diarréia, constipação, fotofobia e
conjuntivite e pequenas úlceras na mucosa oral.
A síndrome de Guillain-Barré (SGB), também
conhecida por polirradiculoneuropatia idiopática
aguda, é uma doença do sistema nervoso
(neuropatia) adquirida, provavelmente de caráter
autoimune, marcada pela perda da bainha de
mielina (membrana que envolve os nervos
facilitando a transmissão do estímulo nervoso), e
dos reflexos tendinosos. Ela se manifesta sob a
forma de inflamação aguda desses nervos e, às
vezes, das raízes nervosas. Este processo
interfere na condução do estímulo nervoso até os
músculos e, em parte dos casos, no sentido
contrário, isto é, na condução dos estímulos
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sensoriais até o cérebro, levando a uma perda da
habilidade de grupos musculares responderem
aos comandos cerebrais. O cérebro também
recebe menos sinais sensitivos do corpo,
resultando em inabilidade para sentir o contato
com a pele, dor ou calor.
A associação do Zika vírus como causador da
SGB é novidade no Brasil. O alerta surgiu na
capital pernambucana, com o aumento da
incidência de casos que ocorreu logo após o pico
de casos de ZIKV. “Essa análise antecede a de
microcefalia”. Uma pesquisa detectou que
pacientes diagnosticados com a SGB, tiveram
antes infecção por ZIKV. Os pesquisadores
acreditam que o ZIKV foi o responsável por
desencadear a síndrome nestes casos, sugerindo
a relação do vírus e complicações neurológicas.
As suspeitas sobre a relação entre a infecção
pelo ZIKV e a síndrome surgiram na Polinésia,
quando pesquisadores identificaram um aumento
do número de SGB logo após uma epidemia. “A
ligação da SGB com o ZIKV é evidente”, avaliou o
pesquisador da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, e responsável pela identificação
da chegada do vírus no Brasil, Kleber Luz. O
Ministério da Saúde informa que o estudos
continuam sendo realizados para entender como
essa relação ocorre e se há outros fatores
envolvidos.
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Relação entre Zika vírus, Síndrome de Guillain-Barré e microcefalia
A microcefalia é uma má-formação congênita,
em que o cérebro não se desenvolve de maneira
adequada. As causas podem incluir doenças
genéticas, infecciosas, exposição a substâncias
tóxicas e desnutrição. Não há cura, mas
tratamentos realizados desde os primeiros anos
melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida.
As Organização Mundial e a Pan-Americana de
Saúde, reconheceram oficialmente a relação entre
o ZIKV e os casos de microcefalia, ao mencionar o
estudo brasileiro do Instituto Evandro Chagas, que
revelou a presença do vírus em bebê microcéfalo.
Quando a mulher é infectada pelo virus da
dengue, suas células de defesa vencem o mesmo,
mas quando se encontram com o ZIKV que é muito
parecido com o da dengue, somente o englobam
mas não conseguem eliminá-lo do corpo. Com
esta proteção, ele pode alcançar todas as regiões
do corpo, que normalmente não poderia, e dessa
forma ele atravessa a barreira placentária,
chegando ao cérebro do bebê, causando uma
inflamação e posteriormente uma cicatriz, que
impede o crescimento normal do encéfalo,
originando então a microcefalia.
A forma de contágio do ZIKV é pelo mosquito
Aedes aegypti, mas ainda pode acontecer por
meio de relação sexual ou aleitamento.
Suspeita-se ainda de contágio por via sanguínea,
como em transfusões de sangue e transplante de
órgãos. As possibilidades estão sendo
investigadas pelo Ministério da Saúde. O diretor do
Departamento de Vigilância de Doenças
Transmissíveis do Ministério da Saúde, confirmou
a investigação, mas informou que as suspeitas
ainda não foram atestadas. "Todas as informações
que temos sobre o zika vírus são recentes. A forma
de transmissão que conhecemos é pelo mosquito",
disse.
A prevenção pode ser feita evitando deixar água
parada em locais que possam ser propícios para a
multiplicação do mosquito como: latas, copos
plásticos, pneus, vasos de plantas, garrafas ou
caixa d’água. Portanto, é de extrema importância
não deixar a água da chuva acumular nestes
locais. Além disto, lixos devem ficar bem
tampados e o uso de repelente faz-se ótima
medida preventiva. Instalar redes de proteção nas
portas e janelas das residências também pode
ajudar a prevenir a presença do mosquito
transmissor.
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No caso de gravidez:
Manter a gestação acompanhada em consultas
pré-natal, realizando todos os exames
recomendados pelo seu médico.
Não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer
tipo de drogas.
Não utilizar medicamentos sem a orientação
médica.
Evitar contato com pessoas com febre,
exantemas ou infecções.
Mesmo que você tenha parceiro fixo e toda a
confiança na relação de vocês, usar
preservativos para evitar a contaminação por
via sexual.
Proteger-se de mosquitos mantendo portas e
janelas fechadas ou teladas.
Usar calça e camisa de manga comprida e
repelentes indicados para gestantes.
Diante dos primeiros sintomas não deixe de
procurar ajuda médica.
A distinção entre a febre Zika, a febre
Chikungunya e casos mais brandos de dengue
apenas pelos sinais e sintomas é muito difícil de
ser feita. Para tal, faz se necessário exames
laboratoriais.
O diagnóstico de certeza da febre Zika é feito
através de exames de sangue: sorologia IgG/IgM
para o ZIKV, e PCR - Real Time. A sorologia
consiste na pesquisa de anticorpos específicos
contra o ZIKV.
A lógica por trás desse exame é a seguinte: só
terá anticorpos contra o ZIKV, as pessoas que já
foram contaminadas pelo mesmo.
Os primeiros anticorpos (IgM) contra o ZIKV
costumam surgir com � dias de doença. Em geral,
sugere-se que o paciente faça o exame de sangue
no �º dia de doença, e depois repita-o após � a �
semanas para que os níveis de anticorpos possam
ser comparados.
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Relação entre Zika vírus, Síndrome de Guillain-Barré e microcefalia
Referências:
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Roth A, Mercier A, Lepers C, Hoy D, Duituturaga S, Benyon E, Guillaumot L,
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Dr.ª Maria Cássia Rodrigues
Biomédica
Departamento de Hematologia
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