Inicialmente peço desculpas por não ter respondido o email ontem

Estudo realizado no Boldrini é premiado no Chile
O desenho como dispositivo para o estudo das percepções e vivências do
escolar com câncer é o título do trabalho de iniciação científica, realizado
no Centro Infantil Boldrini, premiado no XXV Congresso da Sociedade
Latino-Americana de Oncologia Pediátrica, em Viña del Mar, no Chile. O
trabalho, orientado pela doutora Silvia Brandalise, é da aluna do sexto ano
de medicina da Unicamp, Ana Laura Martins Mendes Mercadante Becker.
O projeto de pesquisa foi desenvolvido durante dois anos (2012-2013), com
apoio da Fapesp e a colaboração da psicóloga do Boldrini, Elisa Perina, e
do poeta, educador e psicanalista Rubem Alves, e envolveu 14 pacientes
com diagnóstico de leucemia linfoide aguda (LLA), em tratamento
quimioterápico no Boldrini.
Durante o estudo, as crianças realizaram desenhos livres e posteriormente
foram incentivadas a dissertar sobre os mesmos, explicando-os sob o seu
ponto de vista. Todo o material coletado foi analisado por uma equipe
multiprofissional. “As questões mais prevalentes foram organizadas em
categorias temáticas, como O adoecer e suas perdas: do poder sobre o
corpo, da vitalidade e da privacidade e Desintegração psíquica e
emocional diante da ameaça à vida”, explica a autora do estudo.
Segundo Ana Laura, “o estudo identificou temas importantes no cotidiano
do tratamento da criança com câncer, compatíveis com questões já
descritas na literatura, porém com foco na idade escolar. A compreensão
sobre as percepções do escolar acerca da rotina do cuidado hospitalar,
dos fatores dificultadores da vivência da infância, do risco de morte, e
sobre a necessidade de apoio familiar em tempo integral fornece melhor
preparação à equipe para o relacionamento com esse tipo de paciente,
destacando-se como uma importante ferramenta no aprimoramento do
cuidado multiprofissional oferecido a esses pacientes”.
Boldrini
O Centro Infantil Boldrini, referência latino-americana, há 36 anos atua no
cuidado a crianças e adolescentes com câncer ou de doenças do
sangue. Atualmente, o Boldrini trata cerca de 7 mil pacientes de diversas
cidades brasileiras e alguns de países da América Latina, a maioria (80%)
pelo SUS.
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Irani de Souza – MTb 15.635
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