Não é só salvador, É Rei, Não é só um Rei, é intercessor Não é só intercessor, Agnus Dei, Não só Agnus Dei, é amor. (André de Oliveira) Junho/2013 Queridos irmãos, Paz e Graça em Cristo! Família Temos sempre boas novas, mas também com os pesares de não ver familiares reconciliados com Deus. A vida com Jesus é realmente muito diferente. Meus irmãos e mãe são muito resistentes ao Evangelho. Eu olho a vida que levam e percebo o quanto seria muito melhor se Jesus for Senhor deles. Continuamos em oração crendo na promessa: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Mês de abril a filha do André que mora nos Estados Unidos esteve conosco com marido e filhos. Foram dias realmente de grande alegria e estreitando os laços. No dia em que viajaríamos para o Rio de Janeiro, André não se sentiu muito bem, estava com desconfortos abdominais, então resolvemos viajar no dia seguinte. Como Deus escreve certo por linhas retas, neste dia que não viajamos André recebeu ligação de sua cunhada (irmã da falecida esposa do André). Ela pediu para que nós fôssemos com ela buscar o filho que estava sumido alguns dias. Ele é usuário de drogas e já foi internado várias vezes. Na última internação, o custo era de R$10.000,00 por mês. Depois do período internado, ele saiu foi “comemorar”com os amigos a liberdade e voltou a usar crack. Assim que ela esteve conosco, fomos à delegacia pedir para à policia que o buscasse. Fomos nos lugares prováveis onde ele estaria, até que alguém informou que ele se encontrava em uma favela. Adentramos junto com os policiais e nada. Esta mãe estava em estado de profunda dor e ansiedade, tremia e chorava compulsivamente. A nossa presença foi realmente um alento prá ela, porém o mais importante foi que o filho apareceu e ela o internou novamente. Queridos, é muito difícil, de fato, os pais terem filhos envolvidos com drogas. E mais certo ainda, é que se o Filho libertar, verdadeiramente serão livres. Desafios de Minas As reuniões de abril e maio foram de profundo incômodo sobre os desafios missionários. Em abril, esteve conosco o Pr.Yuri, que trabalha com evangelização de ciganos. Também estavam conosco um outro pastor e sua esposa, que são ciganos. Diante de um dos grupos menos evangelizados do Brasil e sendo Minas Gerais a segunda maior concentração de ciganos, o primeiro estado é a Bahia, estamos avaliando abraçar mais este desafio. Certamente estaremos despertando mais a igreja para um grupo tão expressivo e com lacunas missionárias significativas que exige compreensão cultural e evangelística. A reunião de maio foi muito enriquecedora. Eu estava no Rio, mas desci para BH para apresentar o trabalho com os quilombolas. Nós realizamos uma ou duas vezes por ano, um encontro mais aberto, para despertar outros líderes e estimular um maior envolvimento nos desafios missionários em Minas Gerais. Foram vários pastores e interessados e também nosso querido irmão Atilano Muradas, que cantou conosco suas belas canções. Foi muito gratificante para todos nós realizarmos este trabalho. O resultado foi positivo e em breve estaremos reunindo com outros irmãos para elaborarmos pesquisas de campo, evangelização e plantação de igrejas entre os quilombolas. Eu tive oportunidade de estar na consulta sobre os mesmos que foi realizada na Juvep em João Pessoa dos dias 04 à 06 de abril. O preletor oficial foi Ronaldo Lidório. Com precisão, conhecimento, amabilidade e muita vocação missionária, nos orientou sobre alguns assuntos relevantes de como devemos trabalhar com evangelização e plantação de igrejas entre os quilombolas. Como o Ronaldo preside o projeto Amanajé, ele tem conhecimento de como realizar pesquisas e nos forneceu uma planilha de como podemos pesquisar os dados principais para termos informações cruciais sobre os quilombolas no Brasil. Nosso irmão Pr.Sérgio Ribeiro, presidente da Juvep, também conduziu esta consulta. Tivemos oportunidade de conversar e ele incentivou que nós do Desafios de Minas, abracemos a causa cigana. No final do mês de abril, nossa reunião no DDM foi justamente sobre os ciganos. Jesuscidência! Nesta consulta foi criada a Aliança Evangélica Pró-Quilombola do Brasil, com o propósito de unir os irmãos que trabalham entre estas comunidades e os interessados. Tive oportunidade de rever e conhecer pessoas precisoas. Depois de 10 anos pude rever a missionária Barbara Burns, sempre iluminada e ativa. Irmão Paulo, nascido no quilombo de Piauí, convertido a Cristo. (Consulta sobre quilombolas na Juvep) Quilombolas Mais do que nunca o desafio em relação aos quilombolas está lançado. Em Minas Gerais existem 436 quilombos catalogados. Sem querer desanimar, já iniciamos nossa pesquisa. Foram apenas 3, temos pela frente pelos menos 433. Quanto mais pessoas estiverem envolvidas, mas fácil se torna a pesquisa e evangelização. Eu e alguns irmãos da Igreja Presbiteriana do bairro Belmonte visitamos no início de maio o quilombola Mangueiras. Fica situado em BH, encostado com o município de Santa Luzia. Este quilombola é considerado urbano, mas sua localização e terreno seguem o mesmo padrão dos demais: terreno acidentado, sem asfalto e com muitas precariedades. Nossa primeira visita não foi muito boa, fomos recebidos com um pouco de hostilidade. Remarcamos a visita para dois dias depois e foi excelente. Estivemos com o líder da comunidade que vem sendo discipulado pelos irmãos da 8ª Igreja Presbiteriana de BH. Agora teremos duas igrejas para unir forças. Muçulmanos Continuo investindo tempo e pesquisando sobre os muçulmanos, agora com foco maior em Minas. Em Belo Horizonte o grupo é realmente fraco e não tem exercido influência em conversões dos mineiros. Porém temos que ficar atentos, pois eles não pertencem a uma religião qualquer e são firmes em suas ideias de conquistarem o Brasil para o islã. Em nossa reunião de abril do Desafios de Minas, recebemos uma informação de que os muçulmanos em uma cidade de Goiás estão islamizando ciganos, tendo já convertido uma pessoa. Soubemos também que existem na Turquia ciganos que se converteram ao islamismo. Nosso intuito não é disputarmos almas com os muçulmanos, pois o cristianismo deve focar em pessoas para o Reino, enquanto o islã foca na implantação do sistema islâmico em uma nação. Minha palavra continua a mesma: não devemos temê-los, a igreja deve continuar avivada e se fazer presente em todas as tribos, línguas e nações. Isto basta. Se assim nos comportarmos, o Evangelho continuará vivo e ativo. Agora em junho, visitamos a família de muçulmanos de Petrópolis. A recepção foi muito boa. Quando vi a esposa do líder dos Ahmadias, ela expressou grande felicidade de encher os olhos de lágrimas. Os filhos estão crescendo, um mais bonito que o outro. Dois estão na faculdade, UFRJ e UCP. É muitíssimo interessante vê-los tão brasileiros e ao mesmo tempo conservando muito a sua cultura. A proposta deles agora é construir a mesquita em Petrópolis, e a nossa é continuar falando que Jesus não é mais um profeta, mas Deus. Queridos solicito que não postem em nenhum mural a foto e estas informações, ou mesmo envie para sua caixa de correio. Viagens Viajamos para o Rio com compromissos de aulas em seminários, pregações, estudos bíblicos e despertamento missionário. Cada vez que vamos ao Rio, mais oportunidades surgem e mais pessoas aprendem sobre islamismo, kardecismo e agora mais um grupo desafiador, os quilombolas. Em um culto realizado na cidade de Petrópolis assistimos 10 pessoas se entregando ao Senhor após a mensagem e testemunho do André. É claro que apenas lançamos a semente e a igreja local é que cuidará destes novos discípulos. O kardecismo continua mais ativo do que nunca e poucas pessoas sabem dialogar e evangelizar. Estamos vivendo uma época de muito pluralismo religioso e cada vez mais evidente a tentativa do não confrontamento de ideias. Não estamos aqui para realizar Cruzadas com ninguém, mas não podemos ceder a pregação em detrimento de vivermos em completa paz uns com os outros. Cristo é libertador, gera animosidade e não conformismo com práticas muitas vezes abomináveis. O lema é: pregarmos ou pregarmos, com sabedoria e inteligência espiritual. Nós Estamos sempre diante de tantos desafios, que não podemos focar somente em um grupo, apesar de também não perdermos o foco fazendo um monte de coisas e acabar não fazendo nada. O Senhor tem nos dado graça, eu e André procuramos não enterrar os dons e usamos na medida que os desafios surgem e podemos contribuir um pouco, pois pela palavra somos servos inúteis. Enquanto temos saúde física vamos seguir em frente, até que Ele venha. Pr.André e Miriam ORAÇÃO E AGRADECIMENTO Pelos nossos familiares. Precisam constantemente de nossas orações. Por nossa saúde, missionária e vida financeira. caminhada Pelos mantenedores. Que O Senhor possa proporcionar as bênçãos celestiais. Pelas crianças que discipulamos. A mãe de uma delas foi presa há mais de um mês. Uma tia (homossexual) é que está com a maior responsabilidade de cuidar de 5 crianças. Deus dê graça e muita sabedoria. Pelos desafios de pesquisa sobre os quilombolas em Minas Gerais. Pelo grupo Desafios de Minas. Nossa vida esteja condicionada à vontade do Pai. Pela Aliança Evangélica Pró-Quilombola do Brasil. Possamo estar em uníssono com os propósitos de Deus. Pela família de muçulmanos de Petrópolis. O Senhor continue a nos dar perseverança e sabedoria. Pelos conflitos na Síria. Apesar do cenário desolador, não percamos a esperança de anunciar o Evangelho e orar pela igreja neste país. Pelo novo presidente do Irã, seja de fato uma luz para dar novas oportunidades à fé cristã. ENTENDENO O ISLÃ – No. 47/2013 Islã x Islamismo por precisam Daniel Pipes de graça e sabedoria nestes tempos conturbados. Pelo LEIS e possibilidade no NAC em BH, que ainda me parece muito inexpressiva a comunidade muçulmana. Quais motivos estão por trás do atentado à Maratona de Boston no mês passado e o que aconteceria se o ataque ao trem VIA Rail Canada fosse concretizado? Esquerdistas e pessoas ligadas ao establishment apresentam diversas respostas, imprecisas e já desgastadas, como extremismo violento ou ódio ao imperialismo ocidental, nenhuma delas merecedora de debates aprofundados. Por outro lado, conservadores lançam mão de um debate sério e caloroso entre seus correligionários: alguns dizem que o Islã, a religião, gera motivação, outros dizem ser uma variante extremista moderna da religião, conhecida como Islã radical ou islamismo. Como participante no debate dos conservadores, a seguir apresento minha argumentação a favor de colocar em foco o islamismo. Aqueles que atribuem o problema ao Islã propriamente dito (por exemplo, ex-muçulmanos como Wafa Sultan e Ayaan Hirsi Ali), apontam para a consistência da vida de Maomé e o conteúdo do Alcorão e do Hadith à atual prática muçulmana. Concordando com o filme Fitna de Geert Wilders, eles apontam para a impressionante continuidade entre os versos corânicos e as ações da jihad. Eles citam as escrituras islâmicas para constatar o ponto de convergência da supremacia muçulmana, jihad e a misoginia, concluindo que uma forma moderada do Islã é impossível. Apontam para o primeiro ministro turco Recep Tayyip Erdoğan, que ridiculariza a própria noção de um Islã moderado. A questão crucial para eles é se "Maomé era muçulmano ou islamista". Eles sustentam que aqueles que culpam o islamismo, o fazem por correção política ou covardia. A nossa resposta: Sim, existe certa continuidade e os islamistas, sem sombra de dúvida, seguem literalmente o Alcorão e o Hadith. Existem muçulmanos moderados mas carecem do poder, praticamente hegemônico dos islamistas. O fato de Erdoğan negar o Islã moderado aponta para uma curiosa sobreposição entre o ponto de vista do islamismo e do anti-islamismo. Maomé era rigorosamente muçulmano, não islamista, pois o conceito islamista data somente a partir dos anos de 1920. E de mais a mais, não somos covardes e sim, apresentamos nossa genuína análise. E a análise é a seguinte: Islã é uma religião de quatorze séculos com mais de um bilhão de seguidores que inclui desde os sufis quietistas até os violentos jihadistas. Os muçulmanos alcançaram sucessos militares, econômicos e culturais impressionantes, a grosso modo entre os anos 600 e 1200 da era comum. Ser muçulmano naquela época significava fazer parte da equipe vencedora, fato este que estimulou, e muito, a associarem sua fé com o sucesso mundano. Essas memórias de glória medieval permanecem não só vivas, mas são cruciais à confiança dos crentes no Islã e em si mesmos como muçulmanos. A principal dissonância começou por volta de 1800, quando inesperadamente os muçulmanos foram perdendo guerras, mercados e liderança cultural para os europeus ocidentais. E continua nos dias de hoje, à medida que os muçulmanos vão regredindo aos índices mais baixos de praticamente qualquer nível de realização. Essa guinada causou imensa confusão e rancor. O que deu errado, por que Deus aparentemente abandonou Seus fiéis? A insuportável divergência entre as conquistas do período pré- moderno e o fracasso pós-moderno, originou o trauma. Os muçulmanos reagiram a esta crise de três principais maneiras. Os secularistas querem que os muçulmanos se livrem da Shari'a (lei islâmica) e copiem o Ocidente. Os defensores da Shari'a também querem copiar o Ocidente, mas fingem que assim a estão respeitando. Os islamistas rejeitam o Ocidente em favor de uma aplicação retrógrada e integral da Shari'a. Os islamistas abominam o Ocidente por ele ser equivalente ao cristianismo, o arquiinimigo histórico e a sua vasta influência sobre os muçulmanos. O islamismo estimula a ânsia de rejeitar, derrotar e subjugar a civilização ocidental. Apesar dessa ânsia, os islamistas absorvem as influências do Ocidente, incluindo o conceito de ideologia. De fato, o islamismo representa a transformação da fé islâmica em uma ideologia política. O islamismo corretamente indica uma versão com toque islâmico da utopia radical, um ismo como qualquer outro ismo, comparável ao fascismo e ao comunismo. Por exemplo, imitando aqueles dois movimentos, o islamismo se baseia por demais nas teorias de conspiração, para interpretar o mundo, a ponto de promover suas ambições, utilizando métodos violentos para alcançar seus objetivos. Tendo o apoio de 10 a 15 por cento dos muçulmanos, o islamismo inspira-se em grupos devotos e qualificados que impactam bem além de seus limitados números. Ele representa uma ameaça à vida civilizada no Irã, Egito e não apenas nas ruas de Boston, mas também nas escolas, parlamentos e tribunais do Ocidente. Nossa questão crucial é "qual é a proposta para derrotar o islamismo"? Aqueles que fazem do Islã, como um todo, seu inimigo, não só sucumbem a uma ilusão simplista e essencialista, como também carecem de qualquer mecanismo para derrotá-lo. Aqueles que se concentram no islamismo veem a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria como modelos para derrotar o terceiro totalitarismo. "Nós entendemos que o Islã radical é o problema e que o Islã moderado é a solução". Nós trabalhamos com os muçulmanos anti-islamistas a fim de derrotar um flagelo em comum. Venceremos essa nova variante de barbárie, de modo que uma forma moderna do Islã possa aparecer.