COMUNICADO DE IMPRENSA FOCO DA CRIAÇÃO CONTEMPORÂNEA FRANCESA EM PORTUGAL O Institut Français du Portugal, em parceria com o Institut Français em Paris, propõe, de fevereiro a junho de 2017, do Porto a Lisboa, passando por Évora e Almada, um foco em torno da criação contemporânea francesa, graças a uma nova geração de programadores desejosa de se abrir às estéticas mais contemporâneas e às formas mais inovadoras e que detêm, hoje, as rédeas de espaços culturais importantes em Portugal. Esse “Foco” é uma ocasião única para repensar a mestiçagem de disciplinas. Quer se trate das artes de palco, das músicas actuais ou das artes visuais, este evento, tendo em conta as contribuições mútuas entre diferentes formatos e práticas artísticas, é uma oportunidade para mostrar e reforçar, de forma sustentável e indo ao encontro de todos os públicos, a nossa cooperação artística bilateral. Fruto de um diálogo atento e estruturante construído ao longo de vários anos entre, por um lado, os agentes culturais de ambos os países e, por outro, o Instituto Francês em Paris, a Embaixada da França e o Instituto Francês de Portugal, esta operação se beneficia também do apoio dos Ministérios francês e português da cultura. TEATRO 18 a 25 de fevereiro 2017 Mohamed El Khatib, dramaturgo e laureado do Grande Prémio de literatura dramática 2016, atribuído pela ARTCENA, acompanhará a difusão em Lisboa de sua peça Finir en beauté: pièce en un acte de décès e ministrará uma masterclass no Teatro Nacional D. Maria II. Estará presente no lançamento da edição do seu texto em português, traduzido por Alexandra Moreira da Silva. Mohamed El Khatib Mohamed El Khatib é artista associado do Théâtre de la Ville em Paris e do Théâtre Olympia-Centre dramatique National de Tours. Dirigido por Tiago Rodrigues, actor, dramaturgo e embaixador do teatro português contemporâneo, reconhecido pelo público francês pelas suas encenações de By Heart, Antoine et Cléopâtre e de Madame Bovary, que esteve em cartaz no Festival de Avignon e no Théâtre de la Bastille, o Teatro Nacional D. Maria II, difunde e co-produz artistas estrangeiros ao mesmo tempo que apoia a difusão internacional da nova criação de artistas portugueses. Mais Informações aqui. 18 e 19 de março 2017 Le petit chaperon rouge Joël Pommerat, apresenta a sua adaptação do conto Le Petit Chaperon Rouge/O Capuchinho Vermelho no Teatro Joaquim Benite – nome da carismática figura do teatro da Revolução dos Cravos, em Almada. Depois de Cercles/Fictions, La Réunification des deux Corées e Pinocchio, Le Petit Chaperon Rouge é a produção de Joël Pommerat que será apresentada pelo Teatro Municipal de Almada – Teatro Joaquim Benite. Este teatro municipal é atualmente dirigido por Rodrigo Francisco, também director do Festival Internacional de Teatro de Almada. Mais informações aqui. DANÇA CONTEMPORÂNEA 7 e 8 de abril 2017 A bailarina-coreógrafa francesa de dança contenporânea e directora artística da companhia «Mua», Emmanuelle Huynh, apresentará a sua peça para 6 bailarinos, “TÔZAI!... “na Fundação Culturgest - uma Fundação para as artes e a ciência, em Lisboa, que contribui para reforçar o tecido cultural português ao programar artistas internacionais – destacando-se na sua programação. Tozaï !... TÔZAI!..., aborda o tema do apagamento/revelação contido no ritual do espectáculo. Emmanuelle Huynh produz regularmente em Portugal e desenvolve há uma quinzena de anos um trabalho pedagógico importante em lugares de formação como o Fórum Dança, em Lisboa. Mais informações aqui. De 25 de fevereiro a 13 de maio 2017 O Rivoli Teatro Municipal do Porto, dirigido desde 2014 pelo coreógrafo Tiago Guedes, apresenta uma programação artisticamente exigente e pluridisciplinar com um tropismo para a dança contemporânea portuguesa e internacional. Acolhe na sua programação, Couture Essentielle, criação mundial de Olivier Saillard, nos dias 17 e 18 de março, no âmbito de uma parceria com o Centre National de la Danse, uma residência artística do Tordre coletivo (La) Horde, em co-produção com o Théâtre de la Ville-Paris, para a sua nova criação (laureada do Danse élargie). Quanto ao foco DISPLACEMENTS, serão apresentados Déplacement de Mithkal Algzhair e Samedi Détente de Dorothée Munyaneza. Este Teatro organiza o Festival internacional de dança contemporânea Dias Da Dança, o qual apresentará, na estreia nacional, a obra-prima coreográfica Bit de Maguy Marin e Faits et Gestes de Noé Soulier, Tordre de Rachid Ouramdane e o magistral Celui Qui Tombe de Yoann Bourgeois a fechar o festival em co-apresentação com o FIMFA Lx. O Festival acolherá também Caravane, o novo projecto itinerante do Centre National de la Danse, dirigido por Mathilde Monnier, que consiste num programa de workshops, para bailarinos/dançarinos profissionais, de filmes, espetáculos, exposições e ateliês para amadores. Mais informações aqui. Colectivo (La) Horde CIRCO, RUA, MARIONETAS De 10 a 28 de maio 2017 A companhia A Tarumba-Teatro de Marionetas, dirigida por Luís Vieira e Rute Ribeiro, produz e assina, há 16 anos, a programação de grande fôlego do FIMFA Lx-Festival Internacional de Marionnetas e Formas Animadas de Lisboa, plataforma artística multidisciplinar e um laboratório de discussão, formação e reflexão sobre a Arte da marioneta contemporânea e formas animadas. As novas escritas, os novos formatos, a transdisciplinaridade associando a marioneta à dança, ao vídeo, ao circo, ao teatro, às instalações de artes plásticas, estão no cerne da programação do festival. Yoann Bourgeois com Celui qui Tombe, a Companhia Non Nova com L'après-midi d'un foehn version 1, Renaud Herbin com Milieu e a Companhia L’insolite Mecanique com Je Brasse de L’air no São Luiz Teatro Municipal, Plexus Polaire com Cendres no Maria Matos Teatro Municipal e a Companhia Bêtes de Foire em espaço público. Mais informações aqui (em breve). Celui qui tombe Je brasse de l’air TRANSDISCIPLINARIDADE De 17 de março a 30 de abril 2017 Sob a direcção de John Romão, programador, actor e encenador português de teatro, BoCA-Bienal de Artes Contemporâneas dedica-se à colaboração de instituições culturais e internacionais, museus, galerias e teatros que programam estéticas plurais, simultaneamente em Lisboa e Porto. O BoCA propõe e comissaria um condensado de criações originais de trinta artistas nacionais e internacionais contemporâneos com uma atenção muito particular às propostas transversais. Os artistas franceses estão bem representados neste programa que anuncia, entre outras, a vinda de duas criações mundiais de François Chaignaud, artista residente do BoCA 20172018, a criação mundial Buss dem head de Cécília Bengolea no LUXFrágil, em cooperação com um DJ português, a instalação Pinball Bosch a partir do tríptico de A Tentação de Santo António por Rodrigo Garcia no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, a reposição da performance de Jérôme Bel Shirtologie, criada em Portugal em 1997 e uma exibição do filme Disabled Theatre. O BoCA apresentará também pela primeira vez ao público português as vídeo-instalações da artista Ulla von Brandenburg, recentemente nomeada para o Prémio Marcel Duchamp. Buss dem head Mais informações aqui. MÚSICAS ACTUAIS 1 e 2 de junho 2017 Esta primeira edição de LX CONNECTIONS 2017 em Lisboa, numa iniciativa de Fernando Ladeiro Marques, director do Marché Des Musiques Actuelles (MaMA) em Paris, é um evento híbrido que reúne, num único dia, profissionais da música (franceses e lusófonos) com o objectivo de desenvolver colaborações entre os países. Uma delegação de profissionais franceses (produtores, editores, organizadores de festivais...) deslocar-se-á a Lisboa para encontrar os seus homólogos lusófonos. Diversas actividades serão organizadas de forma a favorecer encontros e colaborações: encontros relâmpagos, debates, oficinas... À noite, em diferentes espaços da cidade, será tempo para propor concertos, reunindo artistas, francófonos e lusófonos, a profissionais e ao grande público. ARTES VISUAIS De 3 de fevereiro a 25 de abril 2017 Obra de Philippe Parreno © Andrea Rossetti Uma primeira exposição dedicada ao artista Philippe Parreno na Fundação de Serralves-Museu de Arte Contemporânea no Porto, será o grande evento. Num projecto orquestrado pela directora do museu, Suzanne Cotter, Philippe Parreno ocupará a totalidade dos espaços do Museu, à semelhança de sua majestosa intervenção no Palais de Tokyo, no outono de 2013, num diálogo inédito com o arquitecto Álvaro Siza Vieira. Esta cartografia do trabalho de Parreno, a partir dos anos 1990, estrutura-se em torno da ideia de série e de repetição. Serão visíveis, sobretudo, os desenhos a tinta da série Firefliset e a instalação Quasi Objects: Marquee (cluster) que recentemente integrou a colecção da Fundação de Serralves. De facto, Parreno tem com a cidade do Porto uma ligação especial, já que foi lá que rodou o seu filme C.H.Z (Continuously Habitable Zones). A Fundação de Serralves será também parceira na iniciativa Performing Day# 2-Le Musée performé, organizada pela Ferme du Buisson, que acontecerá no dia 3 de junho em torno de Paris e que se inscreve na programação do 40º aniversário do centre Pompidou, em colaboração com o Centre photographique de l’Île de France, le Frac Île de France. Mais informações aqui. De 3 de março a 22 de maio 2017 A Fundação Calouste Gulbenkian acolhe, em Lisboa, a exposição de fotografia, Versailles [la face cachée du soleil], comissariada por João Carvalho Dias e Nuno Vassalo e Silva. Trata-se da primeira de uma série de fotografias da artista Manuela Marques, realizadas na sequência de várias estadias suas em Versailles no encalce da atmosfera e detalhes do lugar. A apresentação alimenta-se de um constante diálogo entre o olhar contemporâneo da artista sobre Versailles e a colecção de arte do século XVIII da Fundação Calouste Gulbenkian, cuja delegação em França (Paris) acaba de festejar os seus 50 anos. Versailles [la face cachée du soleil] Mais informações aqui. De 12 maio a 24 setembro 2017 A exposição Bonne chance pour vos tentatives naturelles, combinées, attractives et véridiques no Fórum Eugénio de Almeida, em Évora, é concebida em colaboração com o Centre Rhénan d’Art Contemporain d’Alsace, tendo Filipa Oliveira e Elfi Turpin como comissários. Esta exposição vem na sequência de uma primeira etapa apresentada no CRAC Alsace em 2015, durante a qual os artistas se empenharam num processo de produção de três anos que teve seu fim em Évora. Este projecto associa artistas franceses, entre os quais Simon Boudvin, Louise Hervé e Chloé Maillet. Mais informações aqui. Obra de Simon Boudvin