Ministério da Saúde define diretrizes para diagnóstico e tratamento de doenças ENSP, publicada em 12/11/2009 O Ministério da Saúde quer garantir o tratamento seguro e eficaz da população em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Até o fim do ano, profissionais do Ministério em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) revisarão todos os 53 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados e elaborarão outros 33, totalizando 86. Eles definem como cada doença deve ser tratada no SUS, desde o diagnóstico até o tratamento. Nesta quarta-feira, dia 11/11, o Ministério da Saúde publica no Diário Oficial da União (DOU) as normas de elaboração dos documentos e os protocolos clínicos da espasticidade e das distonias. Além disso, será colocada em consulta pública, por 30 dias, a atualização de protocolos de oito enfermidades. A estimativa é de que as 10 doenças referentes a essas portarias acometam 1,9 milhão de pessoas por ano. "Além de sua importância na qualificação da assistência propriamente dita, os protocolos cumprem papel fundamental nos processos de gerenciamento dos programas de assistência farmacêutica, nos processos de educação em saúde para profissionais e pacientes, e nos aspectos legais envolvidos no acesso a medicamentos e na assistência como um todo", afirma o secretário de Atenção à Saúde do MS, Alberto Beltrame. O secretário ressalta que, ao implantar e elaborar os protocolos, os gestores do SUS contribuirão efetivamente para a prescrição segura e eficaz desses medicamentos, para a democratização do conhecimento médico e para a qualificação das informações prestadas aos pacientes sobre as opções terapêuticas existentes nas diversas situações clínicas. REVISÃO - A espasticidade é um distúrbio motor incapacitante no indivíduo. Alguns músculos (espásticos) são mais resistentes à contração do que os músculos normais, o que limita o indivíduo e compromete a realização de tarefas diárias. As distonias, por sua vez, são um grupo de doenças caracterizadas por contrações musculares involuntárias, que podem causar lentidão ou até mesmo congelamento dos movimentos durante uma ação, de acordo com cada caso. 1/2 Ministério da Saúde define diretrizes para diagnóstico e tratamento de doenças Os protocolos clínicos da espasticidade e das distonias, ambas relacionadas ao sistema nervoso central, foram publicados pela primeira vez em 2002. O secretário de Atenção à Saúde do MS, Alberto Beltrame, explica que, nessa época, eles foram produzidos por meio de revisão criteriosa de literatura para regular o uso de medicamentos. Agora, eles passaram pela revisão sistemática, metodologia que analisa a qualidade dos estudos utilizados e o seu grau de evidência científica, entre outros critérios. Todos os outros protocolos que estão em processo de atualização, incluindo os oito que entram em consulta pública nesta quarta-feira (11), foram elaborados entre 2001 e 2006 e também passarão pela revisão sistemática. Todas as portarias a serem publicadas passaram pelo crivo de especialistas, que confirmaram a indicação feita pelos técnicos nos anos anteriores e a sua segurança para os usuários do SUS. "O fato de atualizarmos todos os protocolos não significa que as indicações anteriores estão erradas. Temos um compromisso público e discutimos as novidades na assistência aos pacientes", observa Beltrame. Com base nas normas assinadas, os documentos abordam temas que vão desde a inclusão ou exclusão de pacientes no protocolo de atendimento, passando pelos medicamentos a serem prescritos, formas de administração e tempo de tratamento, até o monitoramento de resultados. "Além disso, os novos protocolos não focarão apenas o uso do fármaco, mas o tratamento em todas as fases da doença. Muito mais que ampliar o acesso aos medicamentos, queremos promover o seu uso racional e seguro", afirma o secretário. Confira aqui a íntegra da matéria. Fonte: Ministério da Saúde 2/2