Conheça os Defensivos Alternativos

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CONHEÇA OS DEFENSIVOS ALTERNATIVOS E NATURAIS
NESTA LIÇÃO SERÁ ABORDADO
O que são os defensivos alternativos
e naturais
Quais são as vantagens do emprego
dos alternativos.
Como utilizar defensivos alternativos
em sistemas ecológicos e orgânicos.
Os cuidados no emprego de
defensivos alternativos e naturais
A. O QUE SÃO DEFENSIVOS ALTERNATIVOS
São considerados como defensivos alternativos todos os produtos químicos, biológicos,
orgânicos ou naturais, que possuam as seguintes características:
• Não sejam tóxicos ao homem e ao ambiente (grupo toxicológico iv),
• Sejam inócuos ao homem e á natureza (flora e fauna) e baixa persistência na planta e meio
ambiente.
• Sejam eficientes no combate aos insetos e microrganismos nocivos, com o objetivo principal de
favorecer a resistência das plantas e não a erradicação dos insetos nocivos e patogénicos.
• Não favoreçam a ocorrência de formas de resistência, de pragas e microrganismos, de forma
que suas dosagens e intervalos de aplicação sejam atenuados com o tempo.
B. VANTAGENS DOS DEFENSIVOS ALTERNATIVOS
• AUMENTO DA RESISTÊNCIA NATURAL DAS PLANTAS: As plantas tratadas com estas
caldas defensivas, apresentam-se geralmente mais vigorosas, oferecendo maior resistência á
infecção por patógenos, insetos nocivos e às intempéries climáticas.
• OBTER PRODUTOS SADIOS, COM PREÇOS DIFERENCIADOS: A cotação obtida pelos
produtos sem agrotóxicos ou produtos orgânicos são geralmente mais elevados e valorizados,
devido sua qualidade, quanto ao sabor e isenção de contaminantes..
• EQUILÍBRIO NUTRICIONAL: A utilização de produtos ricos em enxofre, cobre,
micronutrientes e outras substâncias orgânicas e naturais, complexados ou não com a cal,
representam excelentes opções aos produtores, para o equilíbrio nutricional e favorecimento dos
mecanismos de defesa natural.
• LONGEVIDADE DA VIDA ÚTIL DA PLANTA: Porque fornecem nutrientes essenciais às
plantas e renovam o vigor vegetativo, favorecem uma maior longevidade dos frutos em póscolheita e aumento da vida produtiva da planta.
• BAIXO IMPACTO AMBIENTAL: Sua ação benéfica, não favorece o surgimento de
patógenos resistentes, tem baixa toxicidade aos inimigos naturais e não afetam o ambiente e o
homem.
C. USO DE DEFENSIVOS NA PROTEÇÃO DE PLANTAS
No sistema orgânico o passo inicial é implantar a cultura num solo sadio, rico em micro e
macrorganismos e matéria orgânica, para que favoreçam a biovida e adotar os princípios da
produção agroecológica. Num solo adequado, as plantas crescem saudáveis, pois há
permeabilidade para o ar, a água e o pleno desenvolvimento do sistema radicular e os nutrientes
são retidos e liberados lentamente, sem disponiblizar radicar livres.
Mesmo adotando todos os princípios da agroecologia, em condições climáticas
desfavoráveis ou em desequilíbrio da planta, podem ocorrer situações favoráveis ao ataque de
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insetos-nocivos e patógenos. Neste caso, procura-se em primeiro lugar manter o equilíbrio
nutricional da planta e caso haja necessidade, o emprego dos defensivos alternativos e naturais.
Assim sendo, esta opção somente deve ser utilizada, quando ocorrer níveis de insetos-nocivos ou
patógenos, em condições de causar dano econômico.
O princípio de atuação dos produtos alternativos, não deve ser em erradicar os insetosnocivos ou patógenos, mas favorecer resistência da planta, ativando os mecanismos de defesa,
estimulando a proteo-síntese (redução dos radicasis livres) e tornando os tecidos mais rústicos e
resistentes. Nas normas para a produção orgânica, há alternativas para substituir os agrotóxicos,
por produtos de baixo custo e que não afetam a saúde do homem e nem causam desequilíbrio na
natureza.
E. PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA PROTEÇÃO DE PLANTAS
A agricultura orgânica recomenda um adequado manejo do solo, da nutrição e do cultivo
como fatores fundamentais para a sanidade da planta. Segundo Chaboussou (1987) qualquer
adubação que deixe a planta em sua condição fisiológica ótima, oferece-lhe o máximo de
resistência ao ataque de fito-moléstias.
Para o mesmo, insetos e fungos não são a causa verdadeira das moléstias das plantas,
elas só atacam as plantas desequilibradas ou cultivadas incorretamente. Na agricultura orgânica
é proibido o emprego de agrotóxicos, da calda viçosa com uréia e cloreto ou nitrato de potássio e
da nicotina (extrato de fumo). É eventualmente permitido o uso da isca formicida, desde que não
seja organo-fosforado.
Várias medidas antes do emprego dos defensivos alternativos são indispensáveis para o
produtor garantir uma maior proteção e resistência da planta.
Em primeiro lugar deverá fazer a adequada correção de calcário no solo, considerando o
teor de cálcio que nas condições ideais é 3 a 4 vezes superior ao de magnésio. É necessário
dispor de adubos orgânicos, como farinha de ossos, compostagens, etc, que por liberarem
lentamente os nutrientes não favorecem a infestação e desenvolvimento da população de insetos
ou microorganismos nocivos.
A adubação deve ser equilibrada, sem o emprego de nutrientes altamente solúveis. Evitar
excesso de adubos orgânicos ricos em nitrogênio, pois favorecem doenças como a podridão
mole. Estes deverão ser empregados desde que bem parcelados.
O adubo verde deverá sempre entrar na programação do preparo do solo, pois além de
reduzir as ervas hospedeiras de pragas e doenças, melhoram a nutrição e favorecem a presença
dos inimigos naturais.
ALTERNATIVAS DE CONTROLE E PROTEÇÃO NATURAL DE PLANTAS
Mesmo com cultivo ecológico ideal podem ocorrer desequilíbrios temporários que
aumentam a população de insetos ou patógenos nocivos à níveis incontroláveis. Esses fatores
podem ser chuvas ou secas excessivas, trata-mentos com agrotóxicos agressivos nas
propriedades vizinhas, mudas e sementes de baixa qualidade, cultivares não adaptadas e solo
não recuperado.
A) CALDAS FERTIPROTETORAS - emprega-se com o objetivo de aumentar a resistência
das plantas, como as caldas biofertilizantes (obtidas pela fermentação da matéria orgânica),
bordalesa, sulfocálcica e viçosa.
A concentração das caldas é variável, de acordo com o tipo de planta e
as condições locais (umidade e sanidade).
B) PLANTAS DEFENSIVAS - o uso de plantas como o alho, o neem, a urtiga, o cravo-dedefuntos, a arruda, a rotenona, entre outras, têm sido uma opção na substituição de muitos
agrotóxicos agressivos. O uso de compostos vegetais, para aumentar a resistência das plantas,
como, chorume de urtiga, chá de cavalinha, extrato de maravilha, etc., tem sido uma alternativa
viável na agro-ecológica.
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C) PLANTAS COMPANHEIRAS
A instalação de linhas de plantas companheiras pode ser benéfico em pequenas áreas para a repelência de
organismos potencialmente nocivos.. Entre outras, são conhecidos os efeitos repelentes das seguintes
plantas, bastante comuns: o alecrim repele borboleta da couve e moscas da cenoura; a hortelã
repele formigas, ratos e borboleta da couve; o mastruço repele afídeos e outros insetos; o tomilho
repele borboleta da couve; a sálvia repele mariposa do repolho; a urtiga repele percevejo do
tomate.
A Tefrósia candida, contém rotenona, sendo indicada para formar linhas ou barreiras contra
as pragas, como oferece proteção do tipo quebra-ventos. O gergelim é cortado pelas saúvas,
sendo tóxico ao fungo que elas se alimentam.
O consorciamento ou plantio
intercalar, instalando um
condição de biodiversidade
reduz o ataque de pragas e
doenças, porque favorece a
presença de inimigos naturais
e dificulta a movimentação e
identificação do hospedeiro
pela praga.
D) PLANTAS BENÉFICAS - Há na vegetação natural plantas que servem de abrigo e
reprodução dos insetos que se alimentam das pragas. O manejo correto destas ervas e da
adubação verde permitirá o incremento da fauna benéfica e o controle biológico natural.
Dentre as plantas que servem para o manejo ecológico, estão a Ageratum conyzoides
(mentrasto), Raphanus raphanistrum (nabo forrageiro), Euphorbia brasilensis (erva de santa
luzia), Sorghum bibolor (sorgo granífero) e em segundo lugar: Portulaca oleracea (beldroega),
Amaranthus deflexus (caruru rasteiro, caruru).
No caso do sorgo, suas panículas em flor favorecem o abrigo e a reprodução de insetos e
ácaros benéficos, como o percevejo Orius insidiosus, predador de lagartas, ácaros e tripes da
cebola. Outras plantas fornecem o polén como alimento para os ácaros predadores e néctar para
as vespinhas parasitas de pragas.. Pode ser constituido na propriedade um programa de manejo
ecológico com mentrasto e outras plantas que vegetam bem no ve-rão e início do outono,
complementadas com o plantio no inverno de nabo forrageiro ou o sorgo.
E) ISCAS E ARMADILHAS. Podem ser instaladas iscas e armadilhas, para auxiliar o
combate aos insetos nocivos e para determinar sua infestação:
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• Armadilhas para insetos como moscas de frutas, com emprego de garrafas plásticas. •
Podem ser utilizadas também armadilhas luminosas e mecânicas para traças e mariposas.• O
ensacamento dos frutos com papel impermeável evita o ataque de moscas de frutas, mariposas,
lagartas, etc.• Deve-se destacar o emprego de faixas e placas atrativas colo-ridas (com produtos
de atração odor-sexuais e feromônios naturais), sendo de coloração amarela para captura de
insetos nocivos em geral e azul específica para tripes.• Podem ser utilizadas armadilhas (tipo
delta) para pragas, no controle de baixas populações ou para determinar o nível de infestação ou
dano econômico.
F) OUTRAS MEDIDAS PERMITIDAS SÃO:
A catação manual das pragas, como a coleta de insetos, tratamentos com calor (água
quente, vapor, etc), solarização do solo (cobertura do solo com plástico), uso de som e ultra-som,
emprego de produtos como cal virgem, sabão, óleos naturais, bentonita, pó de basalto, extrato de
algas, extratos de insetos, própolis, ceras naturais, etc. Um exemplo é a pulverização das plantas
com silicatos, sabendo que a sílica torna os tecidos resistentes contra o ataque de fungos e
pragas, pois forma uma camada de sílica abaixo da cutícula.
2. CALDA BORDALESA
É uma calda fertiprotetora, de ação fungicida e bacteriostática quando aplicada
preventivamente e também pode atuar como repelente de muitos insetos. Tendo ação preventiva
a calda Bordalesa deve ser aplicada antes da ocorrência da doença ou no máximo com até 10%
de infecção.Apesar de ser preparado com minerais químicos, as caldas são aceitas pela
agricultura ecológica porque seus componentes fazem parte dos processos metabólicos, sendo
nutrientes essenciais para a constituição das plantas.
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RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES
Recomenda-se utilizar dosagens menores nas fases iniciais e em plantas mais sensíveis e
culturas instaladas em estufas. Testar em poucas plantas e depois fazer o tratamento ideal
para o local. Para as fruteiras como abacate, citros, manga, macadâmia, uva, etc a
concentração é 0,6 a 1,0% (600 a 1.000 gramas de sulfato de cobre + 600 a 1.000 gramas de
cal virgem em 100 litros de água).
As fruteiras temperadas como caqui, figo, maçã, pera, etc, pelo risco da fitotoxidade do cobre,
devem ter maiores teores de cal virgem, sendo indicadas 300 a 800 gramas de sulfato de
cobre + 600 a 1.600 gramas de cal virgem.
Não aplicar em frutas de caroço como pessegueiro e ameixeira no período vegetativo, pois o
cobre apresenta fitotoxicidade para estas culturas
.As hortaliças como batata, tomate, etc aceitam bem a concentração de 0,8 a 1,0%. No
morango, olerículas como cenoura, beterraba, brocoli, flores e plantas ornamentais 0,5%,
Nas cucurbitáceas deve-se empregar dosagens de 0,25 a 0,3%. As hortaliças folhosas 0,1 a
0,15%, fazendo testes para evitar queimas.
Observação: A concentração depende das condições locais, porém empregar dosagens
menores(em torno de 50% da dosagem de campo) na fase inicial e em estufas.
PREPARO DA CALDA BORDALESA
Para preparar a calda bordalesa deve ser empregado sempre tanque ou vasilhame de
plástico, cimento, cimento amianto ou madeira. Não utilizar tambores de ferro, latão ou alumínio,
pois reagem com o sulfato de cobre.
Num vasilhame, que pode ser de plástico, misture a cal já hidratada com 20 a 50 litros de
água, mexendo bem para formar um leite de cal. Caso for empregar a cal virgem, deve-se
hidratá-la antes, deixando no mínimo 12 horas de descanso, antes de preparar a calda.Uma vez
dissolvida a cal, colocar esta solução (leite de cal) no tanque de pulverização, que já deve
conter a quantidade de água necessária para a pulverização. Derramar o leite de cal, mexendo
bem, antes da solução cúprica. O segundo passo é dissolver o sulfato de cobre. Quando está na
forma de pedra, deve ser bem triturado e colocado dentro de um pano de algodão e mantido
imerso, em suspensão na parte superior de um balde, com bastante água (20 a 50 ou mais litros).
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O cobre na forma de sais micronizado dissolve rapidamente. Colocar a solução cúprica pronta, na
caixa ou tanque de pulverização de maneira bem lenta e com forte agitação.
Depois de misturadas ambas soluções, deve-se medir o pH da calda. Para medir o pH,
usa-se um peagâmetro, fita de tornassol (adquirida em farmácia). Faltando um medidor de pH
adequado, pode-se verificar se a calda está neutralizada pingando algumas gotas numa lâmina
de ferro, deixando reagir por alguns minutos. Se ocorrer oxidação, isto é, formar manchas
escuras a calda está ácida. Pode-se utilizar um prego novo ou mesmo um clips ou arame polido,
que também ficarão escurecidos com a calda ácida. Estando ácida (pH abaixo de 7,0) deve-se
acrescentar mais cal ou seja o leite de cal até que esteja neutralizado o cobre (pH acima de 7,0).
Fazer a aplicação da calda bordalesa imediatamente após o seu preparo.
3. CALDA VIÇOSA
A Calda Viçosa é uma variação da Calda Bordalesa, sendo na verdade uma mistura
da calda Bordalesa com micronutrientes. A calda Viçosa tem múltiplos efeitos sobre a planta,
fazendo o tratamento preventivo contra doenças fúngicas, nutriente foliar e até ação repelente
sobre certas pragas.As suas principais características são: mistura de pós solúveis,
compreendendo sulfato de cobre, acrescentada de micronutrientes (sulfato de zinco, sulfato de
magnésio, boro e outros ); adubos na forma de sais, para melhorar a absorção da calda: uréia,
nitrato de potássio ou cloreto de potássio, e produtos para neutralizar a calda: cal hidratada ou cal
virgem. Na agricultura orgânica, como não é permitido utilizar os sais citados, para melhorar a
absorção emprega-se o sulfato de potássio. Uma formula básica de composição da calda viçosa
é: para cada 100 litros de água, acrescentar: 500 g de sulfato de cobre + 300 g de sulfato de
zinco+ 400 g de sulfato de magnésio + 100 g de ácido bórico+ 400 gramas de sulfato de potássio
+ 500 g de cal hidratada.
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RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES
• O produtor deve acrescentar os micronutrientes de acordo com a exigência da sua cultura, nas
distintas fases de desenvolvimento, de acordo com a análise foliar e as recomendações oficiais.
• O método de preparo deve ser o inverso da bordalesa, colocando primeiro o leite de cal no
tanque de pulverização, colocando em seguida a solução com os sais de cobre, zinco, magnésio,
etc. que foram dissolvidos no mesmo balde.
• pH da solução final deve ser 7 a 8, para não afetar o aproveitamento dos micronutrientes.
• Aplicar a calda logo após a mistura de todos os seus componentes, mantendo sempre a
agitação no tanque.
• Para as caldas Bordalesa e Viçosa, fazer a pulverização com tempo fresco, temperatura de 25
a 30ºC e umidade relativa acima de 65%. De prefêrencia aplicar de manhã ou á tardezinha,
depois das 16 horas.
• Não aplicar com folhas molhadas, murchas ou amareladas.
4. CALDA SULFOCÁLCICA
CaracterísticasA calda Sulfocálcica é um produto preparado à quente, resultado da
mistura do enxofre ventilado com cal virgem. A concentração clássica é 25,0 kg de enxofre + 12,5
kg de cal virgem + 70 a 80 litros de água, para obter 100 litros de solução final.A calda obtida no
preparo é um líquido de coloração ambar (marrom escuro), constituído de Sulfuretos de Cálcio e
outras substâncias complexas, com pH alcalino, em torno de 10,5 a 11,0 e densidade 29 a 32 º
Beaumê.Tem ação acaricida, inseticida e fungicida, sendo indicada para tratamento de fruteiras,
hortaliças, café e plantas ornamentais. Seu efeito é curativo, porém observa-se uma ação
metabólica com resultados de uma a até três semanas. Quando enriquecida com outros produtos
como extrato de fumo tem sua eficiência inseticida aumentada. Não deve ser adicionado óleo
mineral.
PREPARO DA CALDA SULFOCÁLCICA- A fabricação da calda é feita á quente, e requer um recipiente
de metal (latão ou inox). No caso de preparar 100 litros, utilizar um tambor de 200 litros, sempre 50% da capacidade
total, para evitar o derrame da calda. As pessoas que irão fazer o preparo da calda Sulfocálcica diretamente no fogo,
deverão utilizar equipamento de proteção individual ou seja luvas, macacão, máscaras, filtros para gazes, etc. Colocar
primeiro o enxofre (25 kg), com um pouco de água quente, formando uma pasta mole, na qual pode ser adicionado um
adesivo, para melhorar a mistura do enxofre com a água. Completar em seguida o volume final, com água quente.
Quando água estiver quente (50 a 60ºC), derramar lentamente a cal virgem (12,5 kg) na solução, mexendo com um
misturador mecânico ou vara comprida. Tomar cuidado pois ocorrer derrame da calda, por isso manter um pouco de
água fria para abaixar a calda, caso suba demais no recipiente Deixar ferver por 50 a 60 minutos, mexendo sempre.
Tomar o cuidado durante a fervura, evitando os vapores exalados pela reação e queima dos produtos. Inicialmente a
calda tem uma coloração amarela. Quando atingir a coloração pardo-avermelhada (cor de âmbar), a calda estará pronta.
Tirar o fogo e deixar esfriar. Coar a calda com pano, e guardar os resíduos (borra) para caiação dos troncos de fruteiras.
Não deixar a calda exposta ao ar porque perde a qualidade. A calda concentrada pode ser guardade em garrafões de
plástico ou vidro, em locais sombreados, por até 6 meses.
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