CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA PRÉ ADAPTAÇÃO DE APARELHOS ORTOPÉDICOS FUNCIONAIS EM PACIENTES TIPO CLASSE II: UMA CONTIBUIÇÃO À ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES Luciana Murara “Monografia de Conclusão do Curso de Especialização em Motricidade Oral” Orientadora: Miriam Goldenberg CURITIBA - PARANÁ 1999 RESUMO Os investigadores no campo da Fonoaudiologia e Ortopedia Funcional dos Maxilares, têm-se interessados na relação entre forma e função no desenvolvimento de uma criança em crescimento . Muitos estudos em humanos, concentram-se no tratamento de Classe II com Aparelhos Ortopédicos Funcionais. Com o propósito deste estudo deve-se a importância dos conhecimentos referentes à reeducação miofuncional para pacientes submetidos a programas normalizadores de deformações dentofaciais. A interferência dos Aparelhos Funcionais sobre a musculatura e as limitações no trabalho miofuncional buscando novas abordagens como facilitadores na prática clínica fonoaudiológica. 2 DEDICATÓRIA Aos meus pais e irmãos cujos os esforços e incentivos não faltaram para que me impulsionasse na conclusão deste trabalho Ao Celso, companheiro e amigo, aceitando minha ausência constante e acreditando em meus potenciais. À minha amiga Jana que mesmo distante e pela dificuldade de horários para concluirmos este estudo esteve comigo na difícil tarefa de pesquisar, foi difícil porém vencemos. Obrigada Jana! 3 AGRADECIMENTOS Aos meus irmãos Lu e Du, pela compreensão e paciência nos momentos de cansaço, em que vocês me apoiaram nas longas horas em que estive estudando, porém sempre me encorajando e acreditando em minhas buscas. Ao ortodontista Celso Miyamoto, minha admiração pela forma brilhante com que ensina e faz ortodontia. Aos colegas ortodontistas, que prontamente contribuíram nos dados fornecidos através das questionário as quais enriqueceram minhas metas neste trabalho. respostas do Aos meus pacientes pela compreensão de minha ausência e por me impulsionarem buscar conhecimentos e aplicá-los nos meus projetos de trabalho. 4 “De modo imperturbável, a vontade deve agir até que os esforços produzam o alívio” Bhagavad Gita “Nenhum médico enquanto médico, considera seu próprio bem naquilo que prescreve, e sim o bem do seu paciente; para o verdadeiro médico, também há uma regra: ter o ser humano como um indivíduo e não como um mero produtor de dinheiro” Platão, República 5 SUMÁRIO RESUMO............................................................................................................... 01 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 07 1 - CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL............................ 09 1.1 - Surtos de Crescimento............................................................................. 10 2 - SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO .................................................................... 14 2.1 - Alterações na Musculatura Orofacial em Pacientes tipo Classe II......... 16 2.2 - Alterações Oclusais: Classe II divisão 1ª Classe II divisão 2ª.................. 18 3 - APARELHOS REGULADORES DE FUNÇÃO.................................................. 21 3.1 - Recidivas ................................................................................................... 27 4 - DOCUMENTAÇÃO COMPLEMENTAR - ELETROMIOGRAFIA....................... 29 5 - ANÁLISE DE RESULTADOS............................................................................ 31 6.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 36 ANEXOS................................................................................................................ 39 6 Introdução A morfologia da face não é tão somente rígida e definida pela formação dos arcos dentários, conta também com o equilíbrio da função e postura das musculaturas peri e intra bucal. Como qualquer outro problema orgânico, as alterações oclusais sejam elas dentárias ou esqueletais, comprometem na maioria das vezes a função do Sistema Estomatognático. Considerando a dificuldade entre as distintas opiniões de fonoaudiólogos e ortodontistas na abordagem multidisciplinar. Buscamos ao construir esta pesquisa, referir a respeito da utilização dos Aparelhos de FRANKEL e BIONATOR, suas vantagens e desvantagens, modo de ação e a avaliação fonoaudiológica miofuncional na pré adaptação de aparelhos Ortopédicos Funcionais nos pacientes portadores de maloclusão tipo Classe II. Considerando um fato tanto relevante e preocupante a relação de posse que temos com nossos pacientes e a dificuldade em trocarmos as informações com outros profissionais, ficando comprometida a compreensão mútua de cada trabalho e atuação. O ideal seria que os profissionais envolvidos em cada caso, tivessem a consciência de que o paciente não apresentasse somente uma alteração isolada e deveríamos simplesmente deixá-los explicar tratá-los como um indivíduo, todas as suas dificuldades mas como um conhecimentos da terapia fonoaudiológica e ortodôntica. 7 e não passo a mais nos Acreditamos que quanto mais conhecermos a natureza e a complexidade da adaptação do Aparelho Ortopédico Funcional, mais poderíamos entender as transformações que eles exigem no funcionamento e na postura dos órgãos do Sistema Estomatognático. Na medida em que isto ocorra podemos também esperar que aumente nossa capacidade de analisar e compreender distúrbios que afetam o equilíbrio da face. 8 os 1 Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial. Na medida em que estudávamos o Sistema Estomatognático vimos a necessidade de correlacionar as estruturas ósseas aos tecidos moles, descrevendo os padrões de normalidade de ambas as classes . Sendo assim a oclusão normal segundo BUNDGAARD (1983), engloba a adaptabilidade fisiológica e ausência de manifestações patológicas, e a variação da normalidade determina disfunções morfológicas, funcionais, e especiais dos dentes e maxilares. Contudo a relação da função muscular com o desenvolvimento das más oclusões não esteja ainda totalmente desvendado a terapia ortodontica e fonoaudiológica devem ser conduzidas de forma que os resultados concluídos reflitam um equilíbrio entre as modificações estruturais obtidas e as forças funcionais sobre os dentes e tecidos de revestimento. Nosso conhecimento do comportamento dos tecidos moles, especialmente o comportamento e equilíbrio da musculatura facial tem permanecido rudimentar, e por isso, nos parece manifestar maior habilidade na correção da má oclusão tipo Classe II do que na subsequente contenção dos resultados alcançados . Considerando um fator importante no processo de crescimento convêm salientar que o surto de crescimento desempenha um papel determinante no planejamento clínico, onde CHASE (1990), referiu que a melhor época 9 de incorporar a terapia com Aparelho Ortopédico Funcional é imediatamente antes do princípio da puberdade . É durante esta fase do desenvolvimento da criança que as forças naturais do crescimento e desenvolvimento são mais facilmente controladas e manipuladas. KOPECKY & FISHIMAN (1993), citados por INTERLANDI (1994), consideraram que os efeitos mais significativos eram produzidos durante o surto de crescimento pubescente, acrescentando que o estágio de desenvolvimento oclusal e a idade cronológica não apresentaram nenhuma correlação significante com os resultados positivos do tratamento. Entre os autores pesquisados concluíram que a escolha da época para instituir as terapias que visam melhorar discrepâncias maxilo-mandibulares significativas deverão levar em consideração o estágio de maturação do paciente, sendo que poderá influenciar decisivamente no prognóstico do tratamento, visando aproveitar o surto de crescimento adolescente craniofacial, reduzindo o tempo de tratamento e tornando-o mais eficiente. 1.1 Surtos de Crescimento Os primeiros conceitos básicos que necessitamos nos aprofundar diz 10 respeito ao conhecimento do processo de crescimento facial, já que muitos dos nossos pacientes com alterações miofuncionais orais, encontram-se na faixa etária em que se processam grandes modificações crescimento que estão inter-relacionados faciais, ou seja, os surtos de ao desenvolvimento da oclusão e demandas das estruturas de tecido mole. A conformidade facial apresenta crescimento por remodelamento, que produz a forma, tamanho e o ajustamento de um osso, como também o crescimento por deslocamentos, onde o primário corresponde ao aumento do próprio osso e o secundário é responsável pelo movimento do osso, causado pelo crescimento independente de outros ossos que, em conjunto, provocam seu deslocamento numa direção para frente e para baixo, como caracteriza ENLOW (1993), A maxila cresce seguindo um padrão intramenbranoso, com exceção das regiões dos processos nasais e paranasais. Este osso cresce também seguindo um principio de expansão contínua e para que este padrão se mantenha há um aumento contínuo em comprimento, altura e largura. O movimento espacial para frente e baixo do maxilar superior devese às aposições na tuberosidade da maxila e nas apófises palatinas exemplificado por PETRELLI(1992), As aposições ósseas ocorrem na margem posterior da 11 tuberosidade, provocando um aumento das dimensões ântero-posteriores de todo o corpo do maxilar e assim consequentemente a musculatura do véu palatino traciona o tubérculo maxilar, mais a ação da língua e da musculatura intra-oral promovendo uma força de afastamento ântero-inferior do complexo maxilar, induzindo a aposição óssea intensa no tubérculo maxilar, que se torna desta forma um das principais zonas de crescimento do terço médio da face, como relata CARDIM (1987). Entre outras citações de autores, INTERLANDI(1994), comprovou uma correlação positiva entre surtos de crescimento estatural e craniofacial, constatam-se opiniões distintas com relação a seqüência dos dois eventos. Para THOPSON (1976), os dois surtos são coincidentes enquanto que para BAUGHAN (1979), e FISHMAN (1982), o pico de crescimento craniofacial ocorre após o estatural em um período que varia entre 6 e 12 meses. O pico de crescimento maxilar e mandibular parece coincidente ou ocorre tempo depois do pico estatural no sexo feminino e masculino, embora a magnitude dos picos de surtos seja menos acentuada nas meninas. Durante o período de surto de crescimento craniofacial o comprimento da mandíbula e a altura do ramo aumentam 24% na adolescência. Na época do pico de crescimento a distância articular pogônia referida por NANDA (1983), esta distância chega a aumentar 5 mm. no sexo masculino e 3,5mm no sexo feminino. Observa-se também que a forma desta curva de crescimento se compara com a curva de crescimento estatural, apresentando uma leve flexão por volta dos 12 5 a 6 anos de idade e aumentos significativos na fase da adolescência. A partir destas colocações conclui-se que o sexo feminino apresenta um surto menos significante que o masculino, com diferença aproximada de 2 anos mais cedo. Como o desenvolvimento craniofacial é uma conformação complexa tanto de estruturas moles como duras, em conseqüência deste crescimento existem padrões determinantes para que esta face seja considerada harmônica, além disto é necessário abordarmos os aspectos de normalidade, para que possamos relacionar aos efeitos contrários de normalidade. 13 2 Sistema Estomatognático - Padrões Normativos No complexo do Sistema Estomatognático há uma perfeita sincronia e equilíbrio de todos os elementos que participam dos processos funcionais. Os tecidos moles (matrizes funcionais), em especial os músculos, são os componentes ativos deste processo, participando de toda estrutura muscular facial e para-facial, que exercem funções regidas por arcos-reflexos .Para termos uma visão ampla e dirigida dos desvios funcionais do Aparelho Estomatognático, fazse necessário conhecermos ainda que superficialmente as fases que compõe este processo. Através da descrição dos processos de deglutição, parece-nos lícito entender que existe uma conexão neurológica que realizam as ações musculares reflexas. Quando este processo se faz dentro dos limites de normalidade, isto é, todas as ações sinérgicas e antagônicas se realizando em equilíbrio, o efeito sobre o desenvolvimento será estimulante e definirá as formas e os contornos, como também estabilizará as disposições arquitetônicas das diversas estruturas da face. Nos parece importante discorrer sobre a participação empírica da arcada dentária no crescimento e desenvolvimento craniofacial, onde estes necessitam de estabilidade da harmonia para que exista pontos de contatos dentários que possibilitem a realização das funções do Sistema Estomatognático como um todo. 14 Os relatos de INTERLAND (1994), complementam que se estes pontos de contatos apresentam um equilíbrio satisfatório, as forças musculares agem adequadamente sobre a musculatura bucinatória, labial, lingual, de masséter e orbicular, sendo assim todos estes segmentos unem-se num só conjunto determinando a forma e a função do aparelho estomatognático . Como podemos observar, através da citação de LINDEN (1990), a face humana exibe uma multiplicidade de aspectos, onde as proporções entre altura, largura e profundidade diferem notavelmente de indivíduo para indivíduo. É observado uma grande diversidade na relação ântero-posterior e vertical do nariz, da maxila, da mandíbula e do mento; sendo que o conjunto destas características é observada não apenas na aparência externa, como também na morfologia do esqueleto craniofacial, muito variável, na relação entre os arcos mandibular e maxilar, na posição e na relação mútua dos dentes . A partir destes aspectos de normalidade podemos concluir que qualquer desvio funcional poderá levar a um efeito indesejável que agiria de forma contrária, condicionando as deformações morfológicas, como também romper as forças dentárias anteriores e posteriores levando a um desequilíbrio generalizado. 15 2.1 Alterações na Musculatura Orofacial em Pacientes tipo Classe II. A proposta em abordar estes aspectos concerne em fornecer conhecimentos específicos e essenciais no que se refere as eventuais alterações miofuncionais. Tais conhecimentos tornam-se indispensáveis tanto a Fonoaudiologia como a Ortopedia Funcional dos Maxilares, já que o nosso objetivo primordial, consiste em evitar recidivas de más oclusões e tornar nossos encaminhamentos mais precisos, conscientes e efetivos, pois quaisquer alterações sejam elas mínimas, podem ser suficientes como fator desencadeante de uma alteração recidivante. Como objetivo deste estudo é exemplificar as alterações musculares, especificaremos as mesmas num paciente com síndrome de classe II, onde BIANCHINI (1993), ressalta que os dentes são mantidos em alinhamento a partir do equilíbrio de forças musculares antagônicas que internamente estão representadas pela ação dos músculos da língua e externamente, os músculos orbicular, mentoniano e bucinador. Em contrapartida os pacientes Classe II divisão 1ª, mostram a postura dos lábios e língua, os lábios tem dificuldade de manter o selamento em função da distância existente entre ambos, resultado de uma discrepância óssea. O lábio inferior pode apresentar-se hipofuncionante ou incompetente e por sua vez o lábio superior evertido, e o músculo mentoniano em freqüente contração, em conseqüência do esforço excessivo para que ocorra o vedamento. Já no paciente classe II divisão 2ª, esquelética, a 16 postura em repouso da língua é elevada na porção dorsal e rebaixada no ápice em virtude da dimensão ântero-posterior reduzida, caracterizada pela desproporção maxilo-mandibular. Concluindo, os pacientes com maloclusão classe II divisão 2ª observase um vedamento labial normal, na maioria dos casos com alterações, não tão significativas em relação àqueles do grupo de classe II divisão 1ª. Ao abordarmos muito suscetivelmente as alterações musculares intra e extra orais dos portadores de má-oclusão classe II, se tornam um tanto superficial apenas a descrição dos aspectos característicos destas disfunções, pois se faz necessário exemplificar a atuação da Fonoaudiologia e Ortopedia Funcional dos Maxilares através da demonstração de interferências que ocorrem sobre o posicionamento das estruturas bucais e a relação com o crescimento desenvolvimento craniofacial. 17 e 2.2 Alterações Oclusais: Classe II divisão 1ª e Classe II divisão 2ª Entende-se por oclusão normal a adaptabilidade fisiológica e a ausência de manifestações patológicas, a variação desta normalidade determina os desvios morfológicos e funcionais, em especial da arcada dentária e da maxila. Com os estudos de ANGLE(1899), surgiu a proposta de um método para a classificação das más-oclusões, acreditava ele que o 1.º molar superior permanente, pelo fato de estar intimamente ligado ao complexo craniofacial, apresentava uma posição instável, enquanto que o 1.º molar inferior e o seu arco correspondente teriam posicionamento não estável e subsequente a maxila estaria permanentemente bem posicionada colocando distal ou mesialmente em relação a maxila, acreditando que a mesma seria a causadora da maloclusão. Inicialmente ANGLE (1983), definiu uma relação ântero-posterior estática normal para os dentes ocluirem, denominando como chave de oclusão molar normal, onde a cúspide mesiovestibular do 1.º molar permanente superior oclui no sulco formado pelas cúspides mesial e mediana do 1.º molar permanente inferior. Considerando esta chave de oclusão, ANGLE determinou uma classificação àqueles pacientes que apresentavam chave de oclusão molar e problemas de mau posicionamento dentário associados, e estes foram determinados portadores de maloclusão classe I, no entanto os indivíduos em que o molar inferior e todo o seu arco correspondente se posicionam distalmente em relação a maxila, incluem-se no grupo 18 de pacientes portadores de maloclusão classe II. Outras considerações foram citadas por ANGLE em relação a classe II, subdividindo-as de acordo com as características dentárias e faciais dos indivíduos denominando-os classe II divisão 1ª, onde a relação molar é em distoclusão em ambos os lados e seu arco correspondente , os incisivos superiores estão em vestíbulo versão, com um perfil adenoideano e um ângulo nasolabial diminuído. Já na classe II divisão 2ª a relação molar é em distoclusão em ambos os lados da arcada, os incisivos centrais superiores em linguoversão e os incisivos laterais superiores em vestíbulo versão, o arco superior mantém a forma de um “U”, determinando uma distância intercanina aumentada, diminuição da sobressaliência (overjet), aumento da sobremordida (overbite) pela supra erupção dos incisivos superiores e inferiores, uma curva de Spee exagerada, incisivos superiores em linguoversão, altura do terço da face diminuída, corpo da mandíbula longo e uma tendência a um crescimento horizontal com ângulo goníaco reto. Após termos referido a respeito da classificação destas más oclusões, poderemos compreender melhor, a funcionalidade dos Aparelhos Ortopédicos Funcionais em especial os do tipo FRANKEL e BIONATOR, onde discutiremos suas propriedades e os efeitos benéficos ao crescimento e desenvolvimento do crânio e da face, porém fundamentalmente sintetizar as alterações miofuncionais adaptação destes aparelhos. 19 e a atuação do fonoaudiólogo antes da 20 3 Aparelhos Reguladores de Função : BIONATOR e FRANKEL - Modo de Ação e Efeitos sobre as Funções Clássicas nos Pacientes Tipo Classe II A correção de uma maloclusão se dá na dependência das alterações promovidas pelos Aparelhos Funcionais sobre as estruturas dentoalveolares e esqueletais em todo o complexo craniofacial, tornando importante que consideremos alguns aspectos ou seja, para que tais alterações realmente ocorram, a direção, quantidade e a duração das forças oclusais necessitam ser modificadas, no intuito de permitir que estas forças tornem-se efetivas e ativas nas zonas de crescimento. A sistemática da aplicação das técnicas Ortopédicas compreendem vários tipos de aparelhos, mas enumerá-los não seria suficiente para explicar seus modos de ação. Surgiu assim a iniciativa em discriminar-mos especificamente a aplicação dos aparelhos de FRANKEL e BIONATOR na Classe II, nos fornecendo pré requisitos para a correlação com as alterações musculares e funcionais do Sistema Sensório Motor Oral, descrevendo tão diretamente a interferência destes sobre as funções de mastigação e deglutição. O propósito da ação do aparelho de FRANKEL, segundo HENRIQUES e FREITAS (1996), seria em promover diversas correções que se devem ao seu potencial de ação ortopédico. No paciente tipo classe II é determinado um padrão comum onde a musculatura peribucal deficitária por sua vez irão gerar alterações quanto às funções de mastigação e deglutição. Os autores ainda complementam que este tipo de aparelho consiste em atuar corrigindo a classe II por meio de uma protrusão mandibular, devido a mordida construtiva onde levam os 21 incisivos a uma relação final topo a topo bem como sobre a musculatura facial e mastigatória, pela aplicação de escudos que agem na parte posterior do vestíbulo. As descrições de FRANKEL (1984), ainda discorrem que a posição destes escudos proporcionam a distensão dos músculos, provocando um tracionamento do perióstio que por sua vez estimula o crescimento ósseo gerando uma alteração no desenvolvimento dentoalveolar, favorecendo a correção da atresia dos arcos dentários. Como enfatizam CARELS & STEENBGHE (1986), a subseqüência de todos estes processos traduz a eficácia da terapia dos aparelhos funcionais que é possível em virtude das alterações específicas na resposta reflexa do músculo masséter. De acordo com as definições anteriormente citadas por FRANKEL (1969), refere o resultado de uma pesquisa realizada com os aparelhos funcionais de FRANKEL onde demonstra que a relação da protrusão mandibular ocorre juntamente com uma redução da atividade eletromiográfica postural da porção superior e inferior do músculo pterigoídeo lateral, do masséter superficial e da porção anterior do digástrico e complementando ainda que vários autores advogam que ocorre um aumento da atividade do músculo pterigoídeo, durante o avanço mandibular onde há um maior crescimento condilar . Segundo os preceitos de CARELS & LINDEN (1987), o aumento em largura dos arcos dentários é devido a eliminação ou diminuição da pressão da 22 musculatura peribucal em virtude da ação dos escudos laterais. Tal mecanismo rompe o sinergismo entre a musculatura peribucal e a musculatura intraoral, aumentando a atuação de forças produzidas pela língua, no sentido lateral, proporcionando um aumento da largura dos arcos. A utilização deste aparelho influencia no irrompimento dos dentes no sentido lateral, vertical e ântero-posterior, promovendo a vestibularização das coroas dentárias pela ação dos escudos vestibulares que restringem as forças produzidas pela musculatura peribucal, alterando-a em tamanho e forma. Para que todas estas alterações dentoesqueléticas, proporcionadas pelo aparelho de FRANNKEL, permaneçam estáveis na correção das discrepâncias da má-oclusão classe II, GRABER e NEUMAN (1984), afirmam que o tratamento deste tipo de maloclusão deve ser preferencialmente realizado durante a dentição mista. Como se sabe existem duas classificações para esta má-oclusão ou seja, a Classe II divisão 1 e a Classe II divisão 2ª e que para a correção das mesmas, utiliza-se um aparelho idealizado por FRANKEL que é denominado FR1 aplicado na Classe II divisão 1ª que subdividem-se em 3 classes: “a, b e c”. O tipo “a” é dificilmente utilizado, sendo indicado basicamente para os casos de Classe I, assim o mais apropriado para a correção de classe II divisão 1ª é a do tipo “b” que apresenta um escudo em acrílico por lingual dos incisivos superiores, obtendo resultados satisfatórios com a mordida profunda, num trespasse horizontal menor que 7 mm. Já o aparelho tipo “c” é indicado para os casos mais acentuados de Classe II divisão 23 1ª, com trespasse horizontal maior que 7 milímetros. Na correção da Classe II divisão 2ª preconiza-se o FR2 que se difere do FR1 apenas pela adição de um arco de protrusão palatina superior e por uma modificação do apoio dos caninos superiores, desta forma promovendo uma estabilização positiva na maxila. Após termos referido a respeito da utilização do aparelho de FRANKEL, abordaremos aspectos que possam nos sugerir uma análise sobre as vantagens e desvantagens da adaptação do aparelho de BIONATOR. A denominação que resume o objetivo da adaptação do BIONATOR é “alinhar a arcada”. Como sintetiza WITZIG(1995), este tipo de aparelho tem o objetivo de corrigir uma maloclusão classe II, aumentando a dimensão vertical da oclusão trazendo mandíbula para baixo e para frente, quando necessário, desenvolvendo assim o terço inferior da face como um todo e também expandir lentamente as arcadas dentárias superior e inferior, em específico na região ântero-inferior. O fato do BIONATOR ser um aparelho removível é facilmente adaptado no vestíbulo e bem tolerado por crianças e adultos, que têm pouca dificuldade nas funções de fonação, mastigação, sendo muito importante na atuação sobre os tecidos moles, uma vez que as bochechas e a língua não estão preparadas para a fricção constante contra as superfícies metálicas irregulares uma vez que quando o paciente está usando o aparelho, somente é possível visualizar um fio 24 vestibular e uma pequena porção de acrílico transparente sobre os dentes inferiores. O tratamento ortopédico funcional é capaz de corrigir relações tipo classe II, onde o BIONATOR é considerado como um “construtor da face” ou como um “construtor da boca, pois produz uma oclusão ”completamente funcional”, corrigindo uma mandíbula retraída da classe II em uma relação molar classe I completa. Aumentando a dimensão vertical da oclusão e eliminando as sobremordidas profundas, aliviam as tensões da ATM e podem ampliar arcadas superior e inferior moderadamente estreitas, corrigindo a protrusão dos incisivos superiores, através da rotação da pré-maxila para trás e para distal, assim corrigindo a protrusão excessiva e auxiliando na vestibularização dos dentes ântero-inferiores que se apresentam lingualmente na arcada inferior. Este tipo de aparatologia também é capaz de eliminar o sulco subvestibular e liberar o lábio inferior que encontra-se retraído e distensionar o músculo orbicular dos lábios que comumente vem associada a protrusão excessiva. Como parte do processo de correção, a retrusão mandibullar severa se ameniza, promovendo a correção do mal posicionamento de língua e desta forma auxilia o padrão de deglutição que se apresentava atípica e que tanto interferia na terapia ortodontica. Pelo fato de ser um aparelho que atua como um dispositivo de grade, impede que a língua se interponha sobre as superfícies oclusais dos dentes posteriores, favorecendo a correção dos problemas verticais e a obtenção de um plano oclusal correto. Através desta intervenção, o aparelho leva a língua para trás, posicionando-a corretamente contra o palato mole, eliminando a sucção lingual, 25 durante a deglutição e contribuindo na restrição durante as funções de respiração e fonação. Pelo fato de manter a mandíbula em posição para baixo e em protrusão, o aparelho BIONATOR permite que a língua e as vísceras cervicais movimentem-se para anterior, devido um espaço intrabucal aumentado, propiciando uma melhor respiração. Ao determinarmos o modo de ação e os efeitos do aparelho de FRANKEL & BIONATOR nas funções clássicas de mastigação e deglutição na correção de classe II divisão1ª e 2ª, buscamos com tanta importância referir os insucessos no tratamento ortodôntico propondo um avaliação clínica sob uma visão fonoaudiológica pois constantemente observamos casos recidivantes na prática clínica. 3.1 Recidivas - Considerações Acerca dos Fatores Determinantes no Paciente Classe II Pós Tratamento Ortopédico Funcional Em estudos na área da Ortopedia Funcional dos Maxilares, enfatizase a ocorrência das recidivas de más-oclusões tipo classe II é freqüentemente discutida, porém pouco se refere ao diagnóstico fonoaudiológico. Encontramos 26 constantemente na literatura ortodôntica algumas citações que referem os fatores etiológicos destas anomalias dentárias. Na sua grande maioria os autores como REITAN(1975), defendem que é preciso um tempo para os tecidos moles se reorganizarem em volta dos dentes, uma consideração um tanto correta porém insuficiente, sendo que não somente os tecidos moles são responsáveis pela manutenção de um maloclusão. As funções clássicas de mastigação e deglutição são consideradas como ações isoladas e seria a falta de informação dos profissionais sobre o diagnóstico fonoaudiológico o principal motivo das freqüentes descrições sobre os processos recidivantes na literatura existente. Nas colocações de RIEDEL(1977), refere que é extremamente importante que ao avaliarmos um caso de recidiva, façamos a separação das mudanças resultantes da intervenção ortodôntica daquelas que eventualmente possam ter surgido se o tratamento não tivesse acontecido. O autor ainda discutiu um variado número de explicações a respeito das recidivas e as evidências na pesquisa clínica. Os dentes que foram movimentados tendem a retornar às suas posições anteriores, embora não seja válido para todos os movimentos dentários ou seja especificamente este conceito se aplica aos dentes incisivos do que os posteriores, cuja intercuspidação auxilia a retenção. A eliminação da etiologia da maloclusão evitará a recidiva. Em contra partida RIGH(1986) descreve sua posição a respeito destes fatores de interferência 27 ou seja, existem boas evidências histológicas de que é necessário algum tempo para os tecidos moles retornarem a posição normal após os movimentos dos dentes. Entretanto MOYERS (1984), defende o teorema que os dentes recentemente movidos não são mais vítimas de forças deslocadas e se existe uma desarmonia oclusal durante o engolir inconsciente, tem pouca importância que tipo de retentor é usado e por quanto tempo. Ao momento em que estes retentores forem removidos, ocorrerá o processo de recidiva até que a oclusão se harmonize com os músculos da face. A medida que os pesquisadores da ortopedia se concentraram nas dificuldades da recidiva, impulsionaram os campos de estudo da fonoaudiologia à relação entre a forma e a função. Embora tenhamos uma vasta rede de pesquisas na área da motricidade oral, é bom lembrar que muitas das hipóteses mantidas como excelentes técnicas de tratamento, torna-se ainda muito pequena para traduzir todas as manifestações patológicas de nossos pacientes. 28 4.0 Documentação Complementar: Eletromiografia- Mastigação e DeglutiçãoAtividade Muscular no Sistema Sensório Motor Oral O Sistema Estomatognático possui uma unidade morfofuncional consideravelmente complexa, constitui o que a neurofisiologia chama de um efeito comum, porque os mesmos órgãos com a mesma inervação, interferem em funções diferentes como a mastigação e deglutição, cada um desempenhando seu papel na unidade funcional deste sistema. O intuito de elucidar o comportamento do músculo masséter e a musculatura peribucal durante a deglutição e mastigação é bem exemplificado pelos estudos de TULLEY(1953) que contribuíram para a observação destas funções, onde observou que os indivíduos com deglutição normal, mostraram marcada contração do masséter e pequena atividade dos músculos bucofaciais e que, na deglutição com interposição lingual, a atividade do masséter foi pequena enquanto que a musculatura bucofacial, demostrou altos potenciais. A investigação dos autores HARRADINE & KIRSCHEN(1983), descrevem a inter-relação da musculatura perioral e o posicionamento dos dentes em indivíduos com maloclusão classe II de ANGLE não tratados. A atividade eletromiográfica dos músculos orbicular superior e inferior da boca, o mentoniano e o masséter foi analisada na mastigação em repouso. Pôde-se registrar a atividade eletromiográfica durante o repouso e o selamento labial considerando importante a postura da mandíbula. As conclusões mostraram que não há qualquer diferença entre a postura de repouso e a mastigação sugerindo que os efeitos da atividade da 29 musculatura perioral na posição dentária são determinadas pela presença ou ausência de lábios competentes e através das considerações de LOWE & TAKADA(1984)podemos complementar este estudo, pois eles relatam que os indivíduos portadores de maloclusão classe II divisão 1ª e 2ª, durante a posição de repouso e em alguns movimentos da mandíbula como intercuspidação máxima podem promover um possível impacto da atividade do músculo orbicular da boca na posição final dos dentes especialmente na classe II divisão 1ª e 2ª, podendo ser de grande utilidade clínica no diagnóstico destas alterações. Os registros eletromiográficos durante a deglutição e mastigação, podem contribuir para o entendimento de como os indivíduos com alterações dentárias e funcionais comportam-se em atividades que exijam uma coordenação de grupos musculares. Nesse sentido as pesquisas na área de motricidade oral, abrimos um campo de estudo muito interessante, na medida em que possibilita a associação entre informações obtidas com uma técnica de investigação que nos possibilite conhecer outra áreas como a Ortopedia Funcional dos Maxilares, que tão grandemente pode contribuir para a efetividade de nosso diagnóstico clínico. 30 5 Análise dos Resultados Ao tomarmos a iniciativa de realizar esta pesquisa, nos fundamentamos em caracterizar os critérios utilizados pela Ortopedia Funcional dos Maxilares no que se refere aos aspectos de posturas dos órgãos e as funções clássicas do Sistema Estomatognático. Atualmente tornou-se importante para os profissionais do campo da fonoaudiologia, preocupar-se com os fatores causadores ou agravantes de uma máoclusão estabelecida, e com isto, prevenir a recidiva e o conseqüente fracasso no tratamento ortodôntico. A partir destas indicações iniciais, selecionamos para esta pesquisa 11 profissionais da odontologia especialistas em ortodontia com a mesma formação institucional. Para sintetizar estas colocações elaboramos um questionário, constituído por 10 perguntas, enviadas aos ortodontistas, onde o número de respostas foram suficientes para instituirmos parâmetros e correlacionarmos aos objetivos desta pesquisa. Após a análise dos resultados foi possível concluir que, o critério básico considerado pelos ortodontistas fonoaudióloga consiste em modificar ao encaminhar o seu paciente para a os padrões adaptativos da postura de língua 31 especificamente. Um dado um tanto significativo diz respeito a preocupação em corrigir a “deglutição atípica”, um termo ainda utilizado para caracterizar o paciente e dando pouca importância aos processos mastigatórios, fonatórios e respiratórios. Em todas as respostas dos ortodontistas, eles caracterizaram claramente a grande dificuldade que enfrentam ao orientar os familiares quando se tem a necessidade de uma avaliação fonoaudiológica, acreditando ser decorrente do desconhecimento dos pais sobre a atuação conjunta deste profissional com o ortodontista. Confirmando as nossas expectativas, pudemos observar que o ortodontista não realiza análise comparativa do paciente com o aparelho e na ausência dele, em relação a postura dos órgãos do Sistema Oral e das Funções Estomatognáticas, bem como uma posição incorreta ao avaliar os componentes deste Sistema na posição em decúbito dorsal. Tendo em vista a grande freqüência com que os profissionais da Fonoaudiologia têm em sua atividade clínica, pacientes em comum a ortodontia, devemos considerar que esta iniciativa é simplesmente o primeiro passo para as concordâncias em nossos encaminhamentos. Novas pesquisas se fazem necessárias, principalmente pela necessidade de garantirmos maior segurança e efetividade no acompanhamento de nossos pacientes. 32 6 Considerações Finais No presente trabalho, propusemo-nos em realizar inicialmente um estudo, onde avaliamos e descrevemos a postura habitual dos órgãos fonoarticulatórios na adaptação dos Aparelhos Ortopédicos de Frankel e Bionator em indivíduos portadores de maloclusão tipo classe II divisão 1ª e 2ª de ANGLE, de modo que pudéssemos descrever as distintas opiniões dos autores pesquisados. Todo aparelho funcional é um princípio efetivo para o tratamento da maloclusão tipo classe II. A seleção do aparelho deve ser baseada no diagnóstico adequado da má-oclusão e no conhecimento de seus efeitos, seus benefícios e suas possíveis limitações. Primeiramente descrevemos sobre o aparelho de FRANKEL, o qual produz pouco ou nenhum efeito àqueles restritivo na posição da maxila, sendo indicado casos onde a maxila encontra-se levemente protruida. O aparelho de FRANKEL exige uma grande cooperação do paciente no tempo de uso do aparelho, o qual permanece por um período de tempo prolongado, variando de 1 ano e meio a 2 anos, assegurando uma completa adaptação condilar. O aparelho de FRANKEL tem pouco efeito sobre o ângulo labial, aumenta a altura facial anterior, não sendo recomendado para jovens Classe II com padrão de crescimento dolicofacial, porém eficaz nos casos onde a maxila se encontra bem posicionada e a mandíbula numa posição retraída. 33 Na aparatologia desenvolvida por BALTERS, constitui-se de um aparelho chamado Bionator, facilmente removível, que se ajusta adequadamente e é bem tolerado pelos pacientes, não interferindo na fala e tão pouco na deglutição. As principais funções do Bionator são fundamentadas na correção das relações molares de classe II para a oclusão normal, movendo a mandíbula como um todo, favorecendo a estabilidade no final do tratamento devido a estimulação do crescimento condilar. O aumento da dimensão vertical, elimina a sobremordida e alivia a ATM tensionada. Convém ressaltar que a função do Bionator é de obter um maior espaço bucal e auxiliar na posição e função de língua e lábio mediante um estímulo de forças fisiológicas. Após o estudo efetuado sobre a utilização dos aparelhos de Frankel e Bionator, baseados na literatura pertinente aqui exposta, concluímos que, o aparelho de Frankel não favorece o trabalho fonoaudiológico pelo fato de ser desconfortável ao paciente e necessitar um segundo estágio com aparelhos fixos para assegurar um bom alinhamento e uma boa intercuspidação e não estimular o crescimento condilar. Já o Bionator apresenta uma terapia que facilita a intervenção fonoaudiológica, tanto na aplicação de exercícios isotônicos e isométricos como na readaptação dos padrões de deglutição, respiração, mastigação e fonação, bem porque é um aparelho de fácil manuseio e confortável aos tecidos moles . 34 Ao expor todas estas análises, o propósito deste estudo foi apresentar as vantagens e desvantagens do tratamento com os aparelhos de Frankel e Bionator . Parece-nos evidente a facilidade da utilização do aparelho Bionator na prática fonoaudiológica, porém a intervenção miofuncional em pacientes com aparelho de Frankel também se torna favorável para a manutenção dos padrões posturais e funcionais, mesmo sendo de difícil manuseio. Esperamos que com estes profundos conhecimentos, possibilitaremos aos profissionais da ortodontia o conhecimento da importância da avaliação fonoaudiológica na pré adaptação dos aparelhos ortopédicos funcionais. 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 01 ANGLE, E.H., Maxillary, Incisolabial Responses In Class II, Division 1 Treatment with Frankel and Adgewise. Angle Orthod. 83: 200-17, 1983 02 ANGLE, E.H., Oclusão: Conceitos e Discussões Fundamentais, Quintessense Editora Ltda. São Paulo, 1992, 121 a 134 pg. 03 BAUGHAN, B. et al. Determinação da maturidade esquelética através de radiografias carpais: sua importância no tratamento ortodôntico ortopédico - In Ortodontia Bases para a Iniciação - Porto Alegre - Ed. Artes Médicas - 1994 a 383p 04 BIANCHINI,E.M.G. A cefalometria nas alterações miofuncionais orais diagnóstico e tratamento fonoaudiológico Carapicuiba Pró-Fono 1995a 05 BUNDGAARD, M. Et Al Na Electrpmyogrphical Study pf The Effect of a Mandibular Lipbumper. Europ. J. Ortodont. 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