Etapas da Unificação Italiana - 1859-1870

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As Unificações italiana e alemã
História - Prof.ª Izabela Gonçalves
Nacionalismo e Unificações
Conceitos Importantes
Nação

Joelza Rodrigue: Grupo humano cujos membros se identificam como portadores de uma mesma
identidade nacional, independente da diversidade religiosa, lingüística ou cultural existente no
interior do grupo.

G. de Freitas, Vocabulário de História: População unida pela origem, língua, religião, cultura,
interesses e vontade e estabelecida num território. Podem faltar alguns desses fatores de união,
mas nunca a vontade, pois nenhuma nação é nação sem o consenso, a vontade de ser nação.

Dic. Ciências Sociais: Pessoas unidas por uma consciência e cultura comuns. Embora ela ocupe
um mesmo território, levando seus membros a terem uma identidade de interesses sobre o lugar e
a terra, sua unidade vital provém de um sentimento profundo de sua própria história, de sua
religião ou de sua originalidade cultural ou lingüística.
Nacionalismo
ORIGENS DO NACIONALISMO
No século XIX, ao lado das ideologias liberais, democráticas e socialistas,, desenvolveu-se o nacionalismo,
que teve origem na Revolução francesa. Tradicionalmente, cada país era considerado uma espécie de “propriedade”
do rei e de sua família. Por isso cada indivíduo era súdito de determinado rei, e não um cidadão. Foi durante a luta
dos franceses contra o Absolutismo do rei, que aos poucos, eles deixaram de se considerar súditos para se tornarem
cidadãos. Como cidadãos os franceses tinham uma identidade: eram membros de uma comunidade nacional. Assim,
nasceu o sentimento de nacionalidade.
Todavia esse sentimento ganhou maior expressão durante as invasões napoleônicas, quando os povos dos
países invadidos uniram-se contra o invasor. A política do Congresso de Viena também foi responsável pelo
desenvolvimento do sentimento nacional. Em 1815 O Congresso de Viena dividiu a Polônia, entregando uma parte a
Rússia e outra a Prússia; a Bélgica perdeu a independência e foi anexada a Holanda; a Rússia obteve a Finlândia; a
Suécia dominou a Noruega.
Havia povos que pertenciam à mesma etnia, falavam a mesma língua e tinham a mesma tradição cultural e,
no entanto, estavam separados politicamente. Era o caso da Alemanha e da Itália.
Um dos principais alvos de crítica na Europa era a Áustria que, no passado, fora um poderoso Império. Os
estados alemães pertenciam formalmente ao domínio austríaco, sob o nome de “Confederação Germânica” . Além
disso a Áustria controlava parte do território Italiano, a Lombárdia-Veneza.
AGITAÇÕES NACIONAIS
De 1815 até o final do século, o continente Europeu conheceu inúmeras agitações sociais em favor das
nacionalidades. Os primeiros movimentos entre 1815 e 1830, estavam ligados aos ideais liberais. Líderes nacionais
lutavam contra estrangeiros, buscando fundar países politicamente unificados.
A partir de 1830, os movimentos nacionais vincularam-se também aos ideais democráticos. Além dos ideais
de liberdade, buscavam também a igualdade social, procurando incluir o princípio de soberania popular.
A ligação entre o ideal de libertação nacional e democracia apareceu ainda em 1832, no movimento da
Jovem Itália, de Giuseppe Mazzini, e nos movimentos revolucionários de 1848. Mazzini, em 1849, chega a ocupar
Roma e estabelecer ali uma república com pretensões democráticas.
Uma nova conjuntura se abre entre 1848 a 1870, caracterizada pela vitória das nacionalidades, sobretudo
por causa do êxito das unificações da Alemanha e da Itália. A unificação nacional nesses países ocorreu em
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detrimento dos anseios democráticos e populares.
Na realidade as unificações da Alemanha e da Itália ocorreram por iniciativa das monarquias sardopiamontesa, na Itália, e prussiana, na Alemanha. Forma movimentos de “cima para baixo”.
NACIONALISMO COMO IDEOLOGIA BURGUESA
Com as unificações italiana e Alemâ, a vitória do princípio das nacionalidades era indiscutível. A partir de
1870, o sentimento nacional vinculou-se ao amplo movimento de expansão capitalista, que entraram na era do
Imperialismo e do nacionalismo, dando origem a uma nacionalismo xenófobo, um dos principais motivos da eclosão
da Primeira Guerra mundial.
Na realidadde, o movimento das nacionalidades esteve ligado desde o início ao processo de expanção e
unificação do mercado. O ideal de unidade nacional agradava aos interesses de uma classe dominante.
Fonte: KOSHIBA, Luis; PEREIRA, Denise Manzi Frayze Pereira. História do Brasil no
contexto da História ocidental: ensino médio. 8ª ed.. São Paulo: Atual, 2003. p. 350-352.)
Chauvinismo


Patriotismo exaltado, mais emocional do que racional. O nome deriva de Nicolas Chauvin, soldado francês
do século XIX. Depois de ferido dezessete vezes, mutilado em uma das mãos, na qual só restaram dois
dedos, e com grandes ferimentos nas costas e na fronte, foi condecorado e exaltado como exemplo de
patriota. Desde então, fazia questão de expor suas marcas de guerra e de fazer discursos com exagerado
sentimento nacionalista.
Um elemento importante do chauvinismo oitocentista consistiu na suposta superioridade moral, intelectual
ou material de um povo. Os outros povos eram vistos como “inferiores” e “atrasados” e deveriam ser
submetidos.
Fonte: Joelza Ester Rodrigue, História em Documento, p. 206-7
Risorgimento
Movimento atuante na península itálica entre 1815 e 1870, reunindo intelectuais, políticos, filósofos e
escritores. Defendia o liberalismo e a unificação da Itália.
Renascimento/ressurreição da Itália, fragmentada desde o fim do Império Romano.
Fonte: Alceu Pazzinato & Maria Helena Senise, História
Moderna e Contemporânea, p. 204.
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Para saber mais...
Unificação Italiana
“Fizemos a Itália; agora precisamos fazer os italianos.”
(D'AZEGLIO, Massimo (1792-1866). Apud HOBSBAWM, E. A era do capital:
1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.)
(Bandeira da Unificação Italiana)
Em 1852, Vítor Emanuel II, rei do Piemonte-Sardenha
nomeia Camillo Benso, o conde de Cavour, primeiro-ministro do
reino Sardo-Piemontês. Cavour era um antigo defensor da
unificação italiana sob um regime liberal e monárquico, que
pregava desde 1847 através do jornal Risorgimento
(=renascimento/ressurreição da Itália, fragmentada desde o fim
do Império Romano).
Giuseppe Garibaldi, patriota italiano. Partidário do
movimento Jovem Itália, liderado por Mazzini (ao qual aderiu
em 1833), teve de deixar o país em 1834, regressando catorze
anos depois. Sua vida foi dedicada ao sonho da unidade
italiana.
Participou de vários movimentos revolucionários na
América (Guerra dos Farrapos 1835-1845), tornando-se um
herói legendário antes mesmo da Unificação Italiana
Foi o maior articulador da unificação no Sul, sendo chefe
do grupo guerrilheiro Camisas Vermelhas.
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Carbonários
Sociedade secreta de tipo liberal e nacionalista surgida no Reino de Nápoles
para lutar contra o domínio napoleônico na região (1806-1815) e, mais tarde, contra o
absolutismo dos soberanos restaurados pelo Congresso de Viena. Por essa época,
organizou sublevações nos reinos de Nápoles (1820-1821) e do Piemonte (1821).
(Alceu Pazzinato & Maria Helena Senise, História Moderna e Contemporânea, p. 145.)
Unificação Alemã
“Não é com discursos, associações ou votação de maioria que se tomam as
grandes decisões (…) e sim com ferro e sangue.”
(Bismarck, discurso de setembro de 1862)
“Ao invés da Prússia se fundir à Alemanha, a Alemanha se fundiu à
Prússia.”
(Bandeira da Unificação Alemã)
Otto von Bismarck
Militar e político alemão. Pertence a
uma típica família de junkern e o seu pai é
capitão de cavalaria. Em 1862 é nomeado
primeiro-ministro e ministro dos Negócios
Estrangeiros de Guilherme I da Prússia. Durante
os primeiros anos do seu governo, Bismarck
entrega-se à sua obra política: a unidade alemã
e o estabelecimento do Império Alemão (o
Segundo Reich).
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A Comuna de Paris
Com a derrota na guerra Franco-Prussiana, Paris voltou a agitar-se.
A população não aceitava a derrota na guerra e era contrária aos acordos de
paz.
Republicanos e conservadores divergiam sobre os rumos a serem
seguidos após a derrota. Os republicanos pretendiam dar continuidade a
guerra, embora o exército estivesse fragilizado; os conservadores queriam
celebrar a paz e restaurar o regime monárquico.
Correntes políticas como os socialistas tinham outras pretensões,
como a instalação de uma república socialista. As condições para a
reorganização francesa eram complexas. Em fevereiro de 1871 foi eleita uma
nova Assembléia Nacional com liderança conservador e Adolfo Thiers foi
designado chefe do poder executivo. Thiers negociou o armistício, que
impunha pesadas multas à França e a diminuição de seu território. A
população revoltou-se contra o governo, pela humilhação provocada pelo
tratado, negociado em Frankfurt.
Em Paris, nas eleições locais, de março de 1971, o poder passou a
ser exercido pelos socialistas, que estabeleceram a liberdade de imprensa, a
consagração das reivindicações dos trabalhadores, como autogestão,
diminuição da jornada de trabalho, desapropriação de imóveis desocupados,
o fim da subvenção estatal à Igreja, garantia de ensino laico e gratuito, dentre
outras conquistas.
Esse governo constituído por socialistas e com participação de
anarquistas ficou conhecido como Comuna de Paris.
Após dois meses de governo houve uma violenta repressão, e o
governo central, liderado por Teens atacou Paris. Mais de 40 mil pessoas
foram presas, cerca de 15 mil foram executadas sem julgamento, e milhares
deportadas.
A Questão Romana
O papado foi um obstáculo para a
unificação italiana. Com o abandono das
tropas francesas, a cidade de Roma foi
anexada a Itália. O papa declarou-se
“prisioneiro do Vaticano” e não reconhecia o
novo estado. Este episódio ficou conhecido
como a “Questão Romana” e só foi resolvido
em 1929, Quando o papa Pio IX e o dirigente
italiano Benito Mussolini assinaram o Tratado
de Lactarão, pelo qual se reconhecia o
Vaticano como território independente, dentro
da capital Italiana.
Fonte: NETO, José A. de F; TASINAFO, Célio Ricardo. História
Geral e da Brasil. São Paulo: HARBRA, 2006. p. 462-3.
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De olho nas tabelas!
Produção Industrial na Europa
a)
1880
1815
1850-54
1880-84
b)
1800-14
1850-54
1880-84
c)
1800-14
1845-54
1875-84
Produção de carvão (milhões de toneladas)
Alemanha
França
Grã-Bretanha
11,2
1,2
0,9
16,2
9,2
5,3
50,2
65,2
20,2
158,9
Produção de ferro fundido (milhares de toneladas)
Alemanha
França
Grã-Bretanha
200
248
245
561
2.716
2.893
1.770
8.295
Consumo de algodão Bruto na Indústria têxtil
Alemanha
França
Grã-Bretanha
8
31,8
21,1
65
290
134,3
99,5
650
Fonte: Joelza Ester Rodrigue, História em Documento, p. 203.
Obs: O ferro e o carvão eram indispensáveis na indústria: o primeiro era usado na fabricação de máquinas,
carros, navios, trens..., e o segundo. Como matéria-prima para motores a vapor e nas siderúrgicas. Com isso,
eram fundamentais ao desenvolvimento econômico
da época.
O Império Austríaco e suas
múltiplas nacionalidades
O Império Austríaco, dominado pela secular dinastia dos
Habsburgo, participou de quase todos os conflitos
europeus do século XIX. Para entendermos este processo
é fundamental observarmos a composição das
nacionalidades que estavam sobre o domínio austríaco,
muitas delas inimigas. Quando o nacionalismo ganhou
forças no século XIX, o Império Austríaco tornou-se um
terreno fértil para as rebeliões que ameaçavam sua
integridade.
Os países que queriam ampliar seus domínios ou até
mesmo consolidar suas unificações a partir de
nacionalidades que estavam submetidas pelos
representantes da dinastia Habsburgo desafiavam a
Áustria, uma das monarquias mais importantes do
Congresso de Vieina.
Fonte: NETO, José A. de F; TASINAFO, Célio Ricardo. História Geral e da Brasil.
São Paulo: HARBRA, 2006. p. 462..
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Etapas da Unificação Alemã
1834
1ª ETAPA: UNIFICAÇÃO ECONÔMICA

Zollverein: união aduaneira dos Estados da Confederação
Germânica.
 Unifica mercados.
 Padroniza moedas.
 Exclui a Áustria e projeta a Prússia como o mais
forte Estado germânico.
 Promove expansão da agricultura, da indústria e
dos transportes.
Bismarck nomeado Chanceler da Prússia por Guilherme I (18611888)
1862
1864-1866
2ª ETAPA: ANEXAÇÃO DE DUCADOS DINAMARQUESES



1866
3ª ETAPA: GUERRA AUSTRO-PRUSSIANA
“Guerra das Sete Semanas”.
Aliança com reino do Piemonte-Sardenha, e com Napoleão III
(neutralidade).
•
Vitória da Prússia: Áustria é excluída da Confederação
Germânica.
•
Criação da Confederação Germânica do Norte, presidida
pelo rei da Prússia.


1867
1869-1871
1869
Aliança da Prússia com o Império Austríaco.
Anexação forçada de ducados dinamarqueses: Schlewswig Prússia, Holstein – Áustria.
Prússia toma Holstein da Áustria.
4ª ETAPA: GUERRA FRANCO-PRUSSIANA



1871

1871
1871-1918




Sucessão Espanhola: Guilherme I quer indicar o Príncipe
Leopoldo ao trono espanhol
Napoleão III teme outro Estado sob domínio dos Hohenzollern
na fronteira ocidental e ataca a Prússia após “Despacho e Elms”.
Aliança defensiva entre Confederações Germânicas do Sul e do
Norte
Exércitos germânicos invadem a França e cercam Paris durante
5 meses: Comuna de Paris (Primeira experiência de governo
socialista da História).
Fim do II Império Francês e fundação da III República.
França, derrotada na Guerra, é obrigada a pagar indenizações e
entregar os territórios da Alsácia e da Lorena, ricos em carvão:
Revanchismo Francês.
Guilherme I coroado Kaiser (=Imperador) em pleno Palácio de
Versalhes.
II REICH .
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Etapas da Unificação Italiana - 1859-1870
Unificação do Norte (industrializado) em direção ao Centro da
Península: liderança do reino de Piemonte-Sardenha com Cavour




1859

1859-1860
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

1860


Segunda Guerra de Independência.
Áustria ataca o Piemonte, provocada por Cavour.
Napoleão III envia tropas em apoio ao Piemonte.
Diminuição da influência austríaca na península itálica, com a
libertação de parte do reino Lombardo-Vêneto.
Anexações ao Reino Sardo-Piemontês (Lombardia, Parma,
Módena, Toscana, Parte dos Estados da Igreja – região mais
industrializada).
Condados de Nice e Savóia cedidos à França.
União voluntária dos governos do centro.
O reino Sardo-Piemontês anuncia intenção de tornar Roma a
capital da Itália.
Napoleão III retira seu apoio ao Piemonte.
Populações do centro da península se revoltam e apóia a
unificação.
Unificação do Sul (agrário) em direção ao Centro da Península:
liderança de Giuseppe Garibaldi

1860





Garibaldi desembarca em Marsala com voluntários (Mil de
Garibaldi).
Apoio da população e de Cavour que envia 15 mil soldados.
Invasão do Reino das Duas Sicílias.
Invasão de Nápoles – O rei Fernando II é expulso.
O sul é unificado.
Garibaldi renuncia ao sonho de uma república italiana e entrega o
reino do sul para Vitor Emanuel visando não provocar conflitos.
Unificação Completa
1870



1871-1929

Vitor Emanuel alinha-se a Prússia na guerra Austro-Prussiana (com a
derrota da Áustria Veneza é incorporada à Itália).
Napoleão III retira as tropas francesas que protegiam Roma.
Os exércitos de Vitor Emanue lI tomam Roma, que vira capital da Itália
unificada.
Questão Romana (só será resolvida com a assinatura do Tratado de
Latrão)
Obs: Trentino e Ìstria continuam pertencendo à Áustria até 1919.
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Lendo a respeito
As Unificações
HOBSBAWM, E, J.. A Era do Capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. p. 107-116.
Fixando ...
Sentimento nacional e
nacionalismo
 A emergência de grandes potências
industriais no final do século XIX foi
acompanhada por um surto
nacionalista.
 O nacionalismo como ideologia
burguesa integra o processo de
expansão capitalista
 Há uma estreita relação entre
unificação nacional e hegemonia
política das classes dominantes.
 Os movimentos nacionais orientaramse no sentido da manutenção da ordem
social e da exclusão das classes
populares nos estados unificados.
As Unificações
 Entre 1860 e 1870, A Itália e a
Alemanha conseguem se unificar. As
unificações foram lideradas pelas
respectivas classes dominantes.
 A Itália conquistou a unificação sob a
direção do reino Sardo-Piamontês.
 A Alemanha se unificou sob a liderança
do reino da Prússia.
Fonte: KOSHIBA, Luis; PEREIRA, Denise Manzi Frayze
Pereira. História do Brasil no contexto da História ocidental:
ensino médio. 8ª ed.. São Paulo: Atual, 2003. p. 356.)
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1859/60
Cronologia
Aliança com a França e guerra contra a Áustria. O Piemonte anexa a
região Lombarda e Napoleão III ganha a região de Nice e de Sabóia
(Política das Compensações);
1860
Garibaldi desembarca na Sicília com os seus “Mil Camisas
Vermelha” e começa a unificação de baixo para cima
1866
Aliado à Prússia, de Bismarck, o Reino Sardo-Piemontês derrota a
Áustria e recebe Veneza;
1870/1871
A Guerra Franco-Prussiana deslocou o contingente militar francês de
Roma e garantiu a unificação italiana com a coroação de Victor
Emanuel II rei da Itália e a consagração de Roma como capital do
novo Estado europeu;
1871/1929
Questão Romana. O papa Pio IX não concordou com a unificação e
a transformação de Roma na capital da Itália. Essa Questão só foi
resolvida em 1929
(Prof. Luis Francisco, Vinícius Sabato e William Menezes)
Gabarito Exercícios do Livro – História Moderna e Contemporânea
Capítulo 16: p.175
2.
3.
4.
5.
d
c
a
Os movimentos de 1848 foram influenciados pelos ideais liberais e nacionalistas.
Capítulo 20: p.211
1. O norte liderou a unificação a partir de uma monarquia liberal, industrializando-se com a
mão-de-obra barata do sul.
2. a
3. b
4. e
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De Olho no Vestibular...
1. (Cesgranrio 91) Os movimentos nacionais, na Alemanha e na Itália, na 2ª metade do século
XIX, além das diferenças políticas têm como objetivo a:
a) unidade política e econômica como requisito para o desenvolvimento capitalista através do
fortalecimento do Estado e da integração geográfica dos mercados.
b) independência econômica frente à intervenção econômica inglesa com a manutenção de
estruturas de produção medievais.
c) valorização do arianismo como instrumento de recuperação do homem germânico e italiano e
criador do "espaço vital".
d) construção de um estado forte inspirado nos modelos orientais como base política para a
recuperação da posição que Itália e Alemanha haviam ocupado no final do século XVIII.
e) manutenção de uma política de proteção territorial contra os interesses franceses resultantes da
expansão napoleônica assentados numa perspectiva política conservadora.
2. (Uftpr 2006) Sobre a unificação italiana, é correto afirmar que:
I) Após o Congresso de Viena, a Itália foi dividida e transformada numa simples "expressão
geográfica", motivando o "Risorgimento".
II) A liderança na luta pela unificação coube ao reino do Piemonte-Sardenha, sob orientação de
Benito Mussolini.
III) Foi na década de 1870 que os italianos conquistaram Roma e completaram a unificação.
IV) A conquista da unidade deu origem à Questão Romana, monarquia italiana versus Papa, que
só foi resolvida com o tratado de Latrão, em 1929, quando foi criado o Estado do Vaticano.
Das proposições anteriores, são corretas somente:
a) II, III e IV.
b) I, III e IV.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) I e II.
3. (Uel 2001) Sobre a unificação da Itália (1870) e da Alemanha (1871), analise as afirmativas
abaixo:
I - Os movimentos liberais, que nesses países assumiram um aspecto fortemente nacionalista,
tiveram importante participação no processo de unificação.
II - A ausência de guerras ou revoltas marcou a unificação italiana e alemã.
III - O processo de unificação acelerou o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha e na Itália,
o que resultou em disputas que desembocaram na Primeira Guerra Mundial.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
b) Apenas a afirmativa III é verdadeira.
c) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
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d) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
e) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
4. (Uftpr 2008) A Itália foi uma nação que se unificou tardiamente, na segunda metade do século
XIX. Levando em conta os fatores históricos desse processo, é INCORRETO afirmar que:
a) as determinações do Congresso de Viena (1814 - 1815) assinalaram a divisão da Itália em sete
Estados submetidos parcialmente à ocupação austríaca.
b) o norte da Península Itálica era industrializado, com investimentos nos setores mecânicos e
ferroviários, na instalação de companhias de créditos e no estabelecimento de bancos e redes
comerciais.
c) após a unificação, a burguesia do sul da Península Itálica promoveu um desenvolvimento
capitalista a partir de um intenso surto de industrialização.
d) interessava à burguesia do norte da Península Itálica superar todos os obstáculos que
emperravam o crescimento capitalista. A Península Itálica, dividida em vários reinos, apresentava
diversas leis e impostos que retardavam a livre circulação das mercadorias.
e) no norte da Península Itálica se evidenciou a formação de uma burguesia industrial interessada
em fortalecer os empreendimentos capitalistas, combatendo o domínio das forças conservadoras.
5. (Pucmg 99) No processo de unificação da Itália de meados do século XIX, destacam-se,
EXCETO:
a) a preocupação da burguesia em evitar qualquer aliança com a massa camponesa.
b) a permanência de um sistema oligárquico que garante os interesses dos grandes proprietários
da terra.
c) a ação dos liberais moderados, liderado por Cavour, para impedir as tentativas revolucionárias.
d) a obtenção da unidade através do alargamento do Estado piemontês e não de um movimento
nacional.
e) o papel decisivo dos movimentos populares para a concretização da unidade italiana.
6. (Uepg 2001) Na Europa, na primeira metade do século XIX, surgiram idéias nacionalistas, como
afirmação dos princípios liberais aplicados à nação, entendida como um conjunto de indivíduos
dotados de liberdades naturais e unidos por interesses e idioma comuns, constituindo uma
"individualidade política" com direito a autodeterminação. Na segunda metade desse século, o
panorama político europeu caracterizou-se pela política das nacionalidades, e nesse contexto
ocorreram as unificações da Itália e da Alemanha.
Sobre a unificação da ltália, assinale o que for correto
(01) A idéia de unificação partiu das zonas de crescente desenvolvimento industrial,
correspondendo basicamente aos interesses de setores da burguesia, desejosos de constituir um
amplo mercado nacional para seus produtos.
(02) O processo de unificação se desenvolveu no sentido norte/sul, a partir do Reino do PiemonteSardenha.
(04) O movimento nacionalista de Mazzini foi derrotado em 1830, mas recuperou força em 1849,
com a fundação da República Romana.
(08) O caráter popular e a radicalização dos movimentos de unificação nos anos de 1848 e 1849
levaram a burguesia a retirar o seu apoio, o que favoreceu a contra-revolução.
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(16) Concluído o processo de unificação, dois importantes problemas permaneceram: a Questão
Romana - recusa de Pio IX e seus sucessores em aceitar a perda de seus territórios - e a
existência de minorias italianas fora do território unificado.
7. (Ufg 2006) A unificação italiana, no final do século XIX, ameaçou a integridade territorial da
Igreja. Esse impasse resultou
a) no reforço dos sentimentos nacionalistas na Itália, provocando a expropriação das terras da
Igreja.
b) no envolvimento da Igreja em lutas nacionais, criando congregações para a expansão do
catolicismo.
c) na adoção de atitudes liberais pelo Papa Pio IX, como forma de deter as forças fascistas.
d) na assinatura do Tratado de Latrão, em 1929, quando Mussolini criou o Estado do Vaticano.
e) no "Risorgimento", processo em que segmentos ligados à Igreja defenderam a Itália
independente.
8. (Mackenzie 96)
"Em 18 de março a insurreição estourou (...), não esperava mais lhe dar sinais de vida. Durante
dois meses vivi na fornalha (...)"
(Émile Zola - carta a Paul Cézanne)
"Foi a primeira revolução proletária, o primeiro ensaio da ditadura do proletariado"
(Horácio Gonzáles)
O acontecimento do século XIX a que se referem as citações acima é:
a) o 18 Brumário de Luís Bonaparte.
b) a Revolução Francesa.
c) o Ensaio Geral.
d) a Comuna de Paris.
e) a Revolução de 1848.
9. (Ufrn 99) Sobre a unificação alemã o séc. XIX, Marionilde Magalhães afirma:
Desde o final do século XVIII, a criação de inúmeras associações resultou num determinado
patriotismo cultural e popular, num território dividido em estados feudais dominados por uma
aristocracia retrógrada. Tais associações se dirigem à nação teuta, enfatizando o idioma, a cultura
e as tradições comunitárias, elementos para a elaboração de uma identidade coletiva,
independentemente do critério territorial. E, de fato, esse nacionalismo popular, românticoilustrado (uma vez que pautado no princípio da cidadania e no direito à autodeterminação dos
povos), inspirará uma boa parcela dos revolucionários de 1848. Mas não serão eles a unificar a
Alemanha. Seus herdeiros precisarão aguardar até 1871, quando Bismarck realiza uma revolução
de cima, momento em que, em virtude do poderio econômico e da força militar da Prússia, a
Alemanha se unifica como Estado forte, consolidando-se a sua trajetória rumo à modernização.
[adaptação] MAGALHÃES, Marionilde D. B. de. A REUNIFICAÇÃO: enfim um país para a
Alemanha? Revista Brasileira de História. São Paulo: ANPUH/Marco Zero, v.14, n.28. 1994. p.102.
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Tendo-se como referência essas considerações, pode-se concluir que:
a) o principal fator que possibilitou a unificação alemã foi o desenvolvimento econômico e social
dos Estados germânicos, iniciado com o estabelecimento do Zollverein - liga aduaneira que
favoreceu os interesses da burguesia.
b) a unificação alemã atendeu aos interesses de uma aristocracia rural desejosa de formar um
amplo mercado nacional para seus produtos, alicerçando-se na idéia do patriotismo cultural e do
nacionalismo popular.
c) Na Alemanha, a unificação nacional ocorreu, principalmente, em virtude da formação de uma
identidade coletiva baseada no idioma, na cultura e nas tradições comuns.
d) na Alemanha, a unificação política pôde ultrapassar as barreiras impostas pela aristocracia
territorial, que via no desenvolvimento industrial o caminho da modernização.
10. (Ufrs 2000) Leia os itens abaixo que se referem a possíveis resultados imediatos da guerra
Franco-Prussiana de 1870.
I- A ocupação imperialista da Argélia pela França.
II- A fundação da Internacional pelos nacional-socialistas da Áustria.
III- O fim do II Império Francês de Luís Bonaparte e a instauração do II Reich.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
11. (Ufrs 2006) Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que está correta em relação ao
processo de unificação italiana, concluída na segunda metade do século XIX.
a) O Congresso de Viena concluiu o processo de integração nacional italiano na medida em que
este veio ao encontro dos interesses das elites locais.
b) O processo de unificação nacional resultou das fortes pressões da burguesia do sul do país,
cuja economia demandava um mercado interno homogêneo, dinâmico e integrado para a
colocação da sua moderna produção industrial.
c) A construção do Estado Nacional implicou enfrentar e expulsar as tropas de ocupação
pertencentes aos impérios britânico, russo e espanhol, estabelecidas na Península Itálica desde
os acontecimentos de 1848.
d) O movimento de unificação partiu das áreas mais industrializadas, teve forte presença de uma
burguesia interessada na ampliação do mercado interno e foi sustentado pela ideologia do
nacionalismo.
e) A consolidação da formação do Estado nacional italiano ocorreu com a anuência do papa Pio IX
e o reconhecimento, pelo primeiro-ministro Cavour, da existência e da soberania do Estado do
Vaticano, após as negociações da Questão Romana.
As Unificações italiana e alemã
História - Prof.ª Izabela Gonçalves
12. (Ufrs 2007) A Unificação Alemã, habilmente arquitetada por Otto Von Bismarck, realizou-se em
torno de guerras bem-sucedidas contra potências vizinhas.
Assinale a alternativa correta em relação às motivações e aos acontecimentos que
desencadearam esse processo de unificação.
a) A fragmentação política obstaculizava o pleno desenvolvimento comercial e industrial da região.
A unificação promoveria um mercado ágil e ampliado, com condições de enfrentar a concorrência
inglesa através da proteção governamental.
b) A unificação foi liderada pela Áustria, o mais poderoso dos Estados germânicos e sucessora do
extinto Sacro-Império, capaz de eliminar as pretensões da Prússia. Aliado da França, o país
austríaco contou com o seu apoio para vencer as resistências germânicas do sul.
c) A constituição, redigida por Bismarck, inaugurou uma era democrática nos estados alemães,
sob influência dos ideais da Revolução Francesa, baseados na soberania e na participação
popular.
d) As decisões do Congresso de Viena, ao reconhecerem o direito de independência da
Alemanha, foram fundamentais para a consolidação da unificação, pois inibiram as pretensões
italianas aos territórios do sul da Alemanha.
e) O processo de unificação alemã contou com o apoio da França, que, acossada pela
supremacia britânica, via no novo Estado um importante aliado na corrida imperialista.
13. (Unesp 2004) As unificações políticas da Alemanha e da Itália, ocorridas na segunda metade
do século XIX, alteraram o equilíbrio político e social europeu. Entre os acontecimentos históricos
desencadeados pelos processos de unificações, encontram-se
a) a ascensão do bonapartismo na França e o levante operário em Berlim.
b) a aliança da Alemanha com a Inglaterra e a independência da Grécia.
c) o nacionalismo revanchista francês e a oposição do Papa ao Estado italiano.
d) a derrota da Internacional operária e o início da União Européia.
e) o fortalecimento do Império austríaco e a derrota dos fascistas na Itália.
14. (Uel 99) As Unificações Italiana e Alemã alteraram profundamente o quadro político da Europa
no Século XIX, rearticulando um equilíbrio de forças que resultaria na
a) Primeira Guerra Mundial.
b) Revolução dos Cravos.
c) Guerra Civil Espanhola.
d) Revolta dos Cipaios.
e) Segunda Guerra Mundial.
Gabarito
1-a, 2-b ,3-c ,4-c ,5-e, 6-(todas estão corretas),7-d ,8-d ,9- a,10- c,11-d, 12-a,13-c,14-a .
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