O ENSINO DE GEOGRAFIA E AS NOVAS TECNOLOGIAS: POSSIBILIDADES PARA A EDUCAÇÃO CIDADÃ Jorge Ferreira de Lima Filho Bacharel em Geografia – IGDEMA/UFAL - [email protected] Paula Yone Stroh Doutora em Sociologia, Docente do IGDEMA/UFAL – [email protected] INTRODUÇÃO Este trabalho apresenta os primeiros resultados de pesquisa, realizada para Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Geografia, no Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (IGDEMA) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O estudo tem por eixo condutor problematizar alguns aspectos alojados nos novos desafios e fundamentos da ciência geográfica e a sua prática na educação básica frente às novas demandas sociais e tecnológicas que caracterizam a sociedade contemporânea brasileira, sob intensa fluidez do espaço geográfico e profunda transformação das relações sociais mediatizadas pelo constante desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s). SOCIEDADE, MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL NOVAS FORMAS DE PRODUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO E AS São enormes os desafios e as possibilidades emanadas no âmbito da sociedade contemporânea. Os incessantes progressos técnicos permitem novos usos dos territórios e consequentemente novas formas de produção do espaço geográfico. A profusão das informações é uma marca deste nosso momento histórico, caracterizado pelos intensos e constantes fluxos e fluidez de dados, materialidades e pessoas nas redes de comunicação e de circulação. Na sociedade globalizada no tempo do instantâneo, do simultâneo, novas racionalidades são moldadas e novos significados são atribuídos às categorias de análise social. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 1 O mundo de hoje é o cenário do chamado “tempo real”, porque a informação se pode transmitir instantaneamente. Desse modo, as ações se concretizam não apenas no lugar escolhido, mas também na hora adequada, conferindo maior eficácia, maior produtividade e maior rentabilidade aos propósitos daqueles que as controlam. (Santos e Silveira, 2001, pg 98). O componente tecnológico, em especial o virtual, redefine as noções de escala na relação tempo-espaço. Torna-se instrumento intrínseco à sociedade da informação. Ao permitir novas formas de conexões e interações humanas, confere novos sentidos às dualidades recíprocas entre o local e o universal. Compreender a evolução da sociedade e a sua relação com o meio geográfico, desde os tempos mais remotos até o atual estágio civilizatório, cada vez mais denso de instrumentos artificiais e de informação, é um exercício que pode ser subsidiado pelo estudo da evolução das técnicas. Segundo Santos (1997), podemos admitir que a história do meio geográfico pode ser grosseiramente periodizada em três etapas de determinações: o meio natural, o meio técnico, o meio Técnico-Científico-Informacional (MTCI). Sem o intuito de definir exaustivamente essas três etapas, compreende-se por meio natural, ou período pré-técnica, o período histórico em que o homem teve uma relação estritamente orgânica com a natureza, sem grandes transformações espaciais, embora a técnica já estivesse presente sob a forma particular de uma relação cultural entre o homem e a domesticação de plantas e animais. O meio técnico, ou período técnico, pode ser compreendido a partir do advento da máquina, ou do espaço mecanizado. Ainda de acordo com Santos (1997) os objetos que formam o meio não são, apenas, objetos culturais. São culturais e técnicos, ao mesmo tempo. Cabe pontuar que a razão do comércio e não mais da natureza prevalecia nesse período. [...] Nos últimos séculos, conhecemos um avanço dos sistemas técnicos, até que, no século XVIII, surgem as técnicas das máquinas, que mais tarde vão se incorporar ao solo como próteses, proporcionando ao homem um menor esforço na produção, no transporte e nas comunicações, mudando a face da Terra, alterando as relações entre países e entre sociedades e indivíduos. As técnicas oferecem respostas à vontade de evolução dos homens e, definidas pelas possibilidades que criam, são a marca de cada período da história. (Santos, 2008, pg. 62). Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 2 O MTCI pode ser compreendido como o período histórico, iniciado após a Segunda Guerra Mundial e incorporado mundialmente na década de 1970, na conjugação de três variáveis: Técnica, Ciência e Informação viriam a ditar as normas de produção do espaço geográfico, agora integrado internacional sob demandas do “mercado global”. Segundo Santos (1997), Neste período, os objetos técnicos tendem a ser ao mesmo tempo técnicos e informacionais, já que, graças à extrema intencionalidade de sua produção e de sua localização, eles surgem como informação. Já hoje, quando nos referimos às manifestações geográficas decorrentes dos nossos progressos, não é mais de meio técnico que se trata. Estamos diante da produção de algo novo, a que estamos chamando de meio técnico-científico-informacional. (Santos, 1997, pg.190). Os consideráveis progressos tecnológicos e correspondentes mudanças sociais alcançados neste período da história da humanidade estão, inegavelmente, apropriados pelas sociedades de maneira assimétrica, desigual. As formas, modos e graus de utilizar as tecnologias corroboram para o aprofundamento das desigualdades sociais e da segregação espacial. AS NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO DE GEOGRAFIA: NOVAS POSSIBILIDADES PARA A FORMAÇÃO CIDADÃ? As inovações tecnológicas desenvolvidas desde a segunda metade do século XX não ficaram restritas ao campo da produção industrial. A disseminação dos objetos técnicos envolveu diversas áreas da sociedade e estabeleceu novos parâmetros na forma de pensar e de se comunicar. Compreender as relações espaciais nesse momento, denominado por Milton Santos de “Técnico-Científico-Informacional”, requer nova racionalidade das ciências sociais, na missão de estudar o espaço em sua diversidade e totalidade, mediante profundas revisões de bases conceituais e epistemológicas que capacitem à incorporação dos paradigmas emergentes. Nesse contexto de reformulações na maneira de conceber o espaço em constante processo de transformação, a disciplina geográfica adota uma posição mais crítica a partir da segunda metade do século XX. O período compreendido entre os anos de 1960 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 3 e 1970 demarcou significativa mudança na orientação dos estudos geográficos. De certa forma influenciada pelos movimentos sociais na Europa e nos Estados Unidos, que revolucionaram comportamentos, deram visibilidade às minorias sociológicas (mulheres, homossexuais, negros) e iluminaram uma nova sensibilidade social para com o planeta. Neste cenário, o pensamento geográfico viria a incorporar postura e pensamento crítico frente às desigualdades sociais presentes nos espaços geográficos. Tal movimento traduzia clara ruptura com o pragmatismo do pensamento geográfico vigente até então, profundamente caracterizado pela ação descritiva-quantitativista dos geógrafos e pela estreita relação entre esses profissionais e a manutenção da ordem hegemônica mantida pelos Estados Nacionais. Entre os anos de 1970 e 1980 o pensamento geográfico crítico transpôs os limites fisiográficos da França, foco originário da corrente de pensamento, disseminando-se por outras latitudes e formações socioespaciais. A introdução da geografia crítica em território brasileiro correspondeu com um momento de reivindicações sociais contra a ditadura e em prol da redemocratização. Dentre o largo leque de autores contribuintes com o pensamento geográfico crítico, este trabalho toma por base as idéias lançadas por Milton Santos, as quais permitiram novos olhares para compreensão do espaço do homem, sob mediações das relações entre os sistemas de objetos e os sistemas de ações nos distintos usos dos territórios. Sua inestimável produção intelectual inscreveu um marco na análise dos países da periferia global frente aos imperativos da vida moderna, marcada pelos avanços tecnológicos e informacionais. Tais avanços convivem com a relação desigual e combinada de apropriação e uso social das novas materialidades disponíveis. Destarte, as sociedades periféricas assumem a tarefa de associar à necessidade de desenvolvimento técnico e crescimento econômico, formas mais justas e equitativas de desenvolvimento humano, na tentativa de corrigir os abismos sociais e a segregação espacial. Para construção social de um mundo menos desigual, no qual haja entendimento mais efetivo e sensibilidade das ações humanas no espaço, faz-se necessário compreender o processo de formação das consciências, com suas carências e perspectivas. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 4 Um ponto de partida pode estar na relação do indivíduo mais ou menos protagonista das mudanças com o seu sistema de educação. Como direito humano universal fundamental, a educação se inscreve como essencial ao desenvolvimento cognitivo e social, segundo critérios de temporalidade e de espacialidades distintas. Educação e Ciberespaço? Ensino à distância? Aprendizagem virtual? Tecnologias Intelectuais? Como pensar adequadamente na prática pedagógica frente aos signos da contemporaneidade? Quais os caminhos da educação na sociedade da tecnologia e da informação, muito especialmente nas sociedades periféricas? [...] o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que ampliam, exteriorizam e alteram muitas funções cognitivas humanas: a memória (banco de dados, hipertextos, fichários digitais [numéricos] de todas as ordens), a imaginação (simulações), a percepção (sensores digitais, telepresença, realidades virtuais), os raciocínios (inteligência artificial, modelização de fenômenos complexos). (Lévy, 1998). Para Pierre Lévy, toda e qualquer reflexão séria sobre o devir dos sistemas de educação e formação na cibercultura deve estar apoiada nas transformações, em curso, relativas à própria relação com o saber. O saber-fluxo, o saber-transação de conhecimento, as novas tecnologias da inteligência individual e coletiva estão modificando profundamente os dados do problema da educação e da formação. O que deve ser aprendido não pode mais ser planejado, nem precisamente definido de maneira antecipada. (Lévy, 1998) O ambiente virtual através das páginas da internet são representações dos saberes coletivos e individuais. Nas páginas da web estão presentes idéias e anseios da sociedade. Ainda de acordo com Lévy, no ciberespaço o saber não pode ser mais concebido como algo abstrato ou transcendente, uma vez que ocupa lugar cada vez mais central nas relações sociais e nas atividades cotidianas. Isso significa considerar que a universalização do saber passa necessariamente pelo uso da web como ferramenta educacional. No Brasil, o problema da democratização do acesso à educação foi orientando por recursos tecnológicos, anteriores à web. Segundo Laymert Santos (1981), os primeiros esforços empreendidos Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 5 no sentido de compreender a necessidade de alterações significativas no sistema educacional brasileiro, a partir da introdução de novas tecnologias, ocorreram ainda na década de 1960. Envoltos em uma revolução técnica e informacional propiciada pela intensificação dos usos dos componentes aeroespaciais, em especial pelo desenvolvimento dos satélites orbitais, o governo brasileiro, viabilizou os primeiros estudos técnicos no sentido de adotar um sistema de comunicação e informação com capacidade para suprir as demandas de correção dos baixos níveis de adesão e qualidade do ensino público. Tal pretensão desenvolvida pelo governo brasileiro na época estava relacionada com o surgimento do projeto SACI (Satélite Avançado de Comunicações Interdisciplinares), que por sua vez era a aceitação explicita de uma proposta acadêmica desenvolvida na Universidade de Stanford (EUA), destinada a países em estágio de desenvolvimento como Brasil, Índia e Indonésia através da promoção do relatório ASCEND Report. [...] o SACI seria, assim, a primeira demonstração do total system approach, já que essa ótica comandava desde a concepção dos programas educativos até os dispositivos das salas de aulas, passando pelos sistemas de transmissão, o satélite e as estações receptoras. Por isso mesmo, o projeto se pretendia uma espécie de modelo vivo para outros programas que quisessem empregar tecnologias avançadas no ensino em países em desenvolvimento. (Santos, 1981, pg. 191). A proposta americana consistiu na “venda” de um sistema de comunicação via satélite, destinado principalmente ao desenvolvimento da teleducação, cujas justificativas de necessidade casavam com os anseios de melhorias socioeconômicas da sociedade brasileira, com as preocupações de Segurança Nacional e, dentro destas, o papel da educação como recurso estratégico para o desenvolvimento nacional, embora não houvesse nenhum esforço efetivo no sentido de corrigir as falhas estruturais do sistema educacional, restringindo a discussão à questão da ampliação de acesso ao ensino pelas massas populacionais. Para compreender como esse progresso tecnológico é atualmente incorporado pelos componentes curriculares da educação básica no Brasil, é necessário primeiramente analisar o discurso oficial existente nos parâmetros curriculares nacionais. Que tipo de indivíduo a escola está formando? Para que? Quais as noções de Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 6 sociedade e de cidadania estão presentes no processo de ensino e aprendizagem? Quais os reflexos socioespaciais de um modelo educacional gerido na ambigüidade de um país que possui dimensões continentais e múltiplas realidades políticas e temporais? Tais questões estão condicionadas, no Brasil, pelos sistemas de ensino atados às extremas desigualdades interregionais, nas quais estão conjugadas distintas capacidades de apropriação e uso das tecnologias pela sociedade brasileira. Segundo dados do IBGE (microdados PNAD), cerca de 18,5% da população brasileira possuía microcomputador domiciliar,em 2005, índice bem abaixo de países como Suíça, Estados Unidos, Suécia e Canadá, cujas taxas eram superiores a 76 computadores para cada grupo de 100 habitantes, segundo relatório da União Internacional de Telecomunicações. Os índices relativos à situação brasileira demandam maior atenção quando comparados entre unidades da Federação. Aqui merece destaque as disparidades entre os estados do Norte-Nordeste e os do Centro-Sul, dentre as quais Alagoas aparece com o maior indicador nacional de desigualdade digital, 75,6% e o Distrito Federal com o menor, 35,0%. Além da fraca existência física de equipamentos tecnológicos nos domicílios brasileiros, há outras questões implicadas quanto ao manejo dos recursos tecnicos-informacionais para além das funções de mercado. No que tange ao ensino da disciplina geográfica, a incorporação dos novos paradigmas sociais e do pensamento geográfico crítico no ambiente escolar encontra resistências de diversas classes, ora esbarrando em problemas na formação dos professores de geografia, ora pela inexistência de equipamentos que possam fazer o nexo entre o aporte teórico e as possibilidades emanadas do ambiente virtual. A necessidade de repensar o ato de ensinar e fazer geografia nas escolas de ensino fundamental e médio no Brasil, a partir da utilização dos instrumentos tecnológicos e do suporte virtual, fica mais evidente quando constatamos que é cada vez maior o vínculo entre os jovens que freqüentam as séries do ensino básico e a faixa da população que mais utiliza internet no país. Segundo dados do IBGE/PNAD (2005), jovens com idade entre 13 e 19 anos estão entre as parcelas da sociedade que mais utilizam internet no Brasil. A proximidade entre os jovens e o ambiente virtual oferece um interessante caminho para refletir sobre os impactos das novas tecnologias na formação cognitiva e intelectual dos discentes da educação básica brasileira. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 7 Diante do fato de a juventude responder pelas altas taxas de vulnerabilidade social inscritas no território brasileiro, um conjunto de questões se afirma no tocante específico à educação, tais como: quais usos do meio Técnico-Científico-Informacional podem auxiliar na capacitação do indivíduo ao estágio de sujeito consciente produtor do espaço e não mero consumidor de mercadorias digitais? No caso particular da Geografia, disciplina obrigatória do ciclo básico da educação no Brasil, como adequar as possibilidades às mudanças incessantes? Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Geografia já apontam para esse caminho, Diante da revolução na informação e na comunicação, nas relações de trabalho e nas novas tecnologias que se estabeleceram nas últimas décadas, podemos afirmar: o aluno do século XXI terá na ciência geográfica importante fonte para sua formação como cidadão que trabalha com novas idéias e interpretações em escalas onde o local e o global definem-se numa verdadeira rede que comunica pessoas, funções, palavras, idéias. Assim compreendida, a Geografia pode transformar possibilidades em potencialidades (re)construindo o cidadão brasileiro. (Parâmetros Curriculares Nacionais). Embora se constitua um hiato entre o discurso pregado pelos PCN’s e a prática docente nas escolas, os geógrafos e os professores de geografia têm desafios, cuja complexidade não permite respostas prontas e imediatas. CONCLUSÃO A sociedade da informação constitui um marco na evolução da história da humanidade. Os avanços técnicos alcançados na produção das materialidades e as incalculáveis possibilidades de usos das tecnologias estão permitindo o surgimento de uma geração que inaugura uma nova forma de conhecer a realidade e de com ela se relacionar individual e coletivamente por meio das redes sociais. O componente virtual, símbolo deste momento, altera significativamente o ritmo das transformações espaciais, atribuindo-lhe um dinamismo e redefinindo significativamente o conceito de tempo-espaço. Porém, é inegável constatar que esse processo integra o mundo de maneira diversificada e seletiva, e que no discurso da globalização de povos, economias e culturas, sob os imperativos da circulação mais fluida do capital, se reproduzem as desigualdades e acentuam-se as disparidades socioeconômicas. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 8 As novas ferramentas de TCI se apresentam como possibilidades de democratização de acesso à educação, anseio nacional anterior a elas. E nesse sentido pode se tornar um caminho mais viável para compreensão atenta e crítica dos processos sociais. Como componente curricular obrigatório no ciclo básico da educação brasileira, a disciplina geográfica, que possui como objeto de estudo o espaço, assume determinada responsabilidade na tarefa de desvelar as contradições socioespaciais e contribuir com a formação de indivíduos conscientes e aptos a desenvolver a função de cidadão. BIBLIOGRAFIA BRASIL. IBGE. Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 25 de março. 2010. BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 10 de maio. 2010. LÉVY, Pierre. A Inteligência Coletiva. São Paulo: Edições Loyola, 1998. SANTOS, Laymert Garcia dos. Desregulagens. São Paulo: Brasiliense, 1981. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2008. SANTOS, Milton. SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: Território e Sociedade no Século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1997. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 9