GENÓTIPO, FENÓTIPO E AMBIENTE

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GENÓTIPO, FENÓTIPO E AMBIENTE
Por: Paulo Cunha
O termo genótipo pode ser utilizado para designar um gene específico e a combinação
de alelos desse gene em um indivíduo. Podemos, assim, falar em genótipo quanto à
cor do cabelo, à cor da pele ou à predisposição a determinada doença.
É preciso diferenciar os genes das características que estes determinam.
Os genes são instruções que as células e os organismos utilizam para produzir
substâncias, estruturas, tecidos que definem suas características. A tradução das
instruções (genes) em características pode sofrer a interferência do meio no qual a
célula ou o organismo se encontra. Por isso, designasse como fenótipo a
manifestação do genótipo. As características manifestadas de um indivíduo referem
tanto a aspectos morfológicos como fisiológicos e comportamentais.
Muitos traços geneticamente condicionados podem ser alterados pelas condições
ambientais.
A cor da pele em seres humanos é um exemplo.
Os indivíduos podem apresentar diferentes genótipos para a cor da pele, mas estes
estão sujeitos ao estímulo da luz solar.
Levando em conta duas pessoas com o mesmo genótipo para cor da pele, uma com
exposição contínua ao sol e outra não, a primeira apresentará maior produção de
melanina (pigmento da pele) e, consequentemente, pele mais escura. No entanto, o
genótipo impõe um limite para a produção de melanina; o estímulo ambiental não
altera esse limite genético.
Os genes e o ambiente – Impressões Digitais
A pele na ponta dos dedos forma padrões elevados chamados cristas dérmicas que,
por sua vez, se alinham para formar alças, verticilos ou arcos. Uma técnica chamada
dermatoglifia (“escrita na pele”) compara o número de cristas que constituem estes
padrões para identificar e distinguir
pessoas. Os dermatóglifos são em parte
genéticos, pois alguns distúrbios (como
a síndrome de Down) são caracterizados
por padrões incomuns de cristas
dérmicas e, logicamente, têm uso
forense, para análise das impressões
digitais. O padrão de cristas dérmicas é
uma característica multifatorial.
O número de cristas em um padrão
digital é amplamente determinado por
genes, mas também responde ao
ambiente. Durante as semanas 6 até 13
do desenvolvimento pré-natal, o padrão
de cristas dérmicas pode ser alterado à
medida que o feto toca os dedos e os artelhos na parede do saco amniótico. Este
primeiro efeito ambiental explica por que as impressões digitais dos gêmeos idênticos,
que compartilham todos os genes, não são exatamente iguais.
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