MANEIRISMO Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve

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MANEIRISMO
Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até
por volta de 1610, um movimento artístico afastado conscientemente do modelo da
antiguidade clássica: o maneirismo (maniera, em italiano, significa maneira). Uma
evidente tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes começa a ser
sua marca, extrapolando assim as rígidas linhas dos cânones clássicos.
Alguns historiadores o consideram uma transição entre o renascimento e o barroco,
enquanto outros preferem vê-lo como um estilo, propriamente dito. O certo, porém, é
que o maneirismo é uma conseqüência de um renascimento clássico que entra em
decadência. Os artistas se vêem obrigados a partir em busca de elementos que lhes
permitam renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante o
renascimento.
Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa
nesse momento. Não só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de
Lutero. Carlos V, depois de derrotar as tropas do sumo pontífice, saqueia e destrói
Roma. Reinam a desolação e a incerteza. Os grandes impérios começam a se formar, e o
homem
já
não
é
a
principal
e
única
medida
do
universo.
Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma com destino a outras
cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um
espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e proporções
estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo maneirista. Mais
adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades européias.
Biografia de Francisco Rebolo
Em 1915 trabalhou como aprendiz de decorador. Como jogador de futebol, no
Corinthians, conquistou o título de Campeão do Centenário, em 1922. A partir de 1934,
depois de trabalhar como decorador, decidiu-se pela pintura e em seu ateliê no Edifício
Santa Helena, na Praça da Sé, formou um grupo de pintores que mais tarde seria
chamado por Mário de Andrade de o Grupo Santa Helena.
Integrou também as exposições da Família Artística Paulista. Participou da Bienal de
São Paulo (1951 e 1953). Obteve pequena medalha de ouro no Salão Paulista de Belas
Artes em 1936. Em 1954, o prêmio de viagem à Europa no Salão Nacional de Belas
Artes. Em 1973, o Museu de Arte Moderna de São Paulo inaugurou uma retrospectiva
de sua obra. Entre 1994 e 1995 integrou a mostra da Coleção Unibanco, na Casa da
Cultura de Poços de Caldas (MG) e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em
1996, o Centro Cultural Banco do Brasil inaugurou a exposição O Grupo Santa Helena,
no Rio de Janeiro.
Rebolo é considerado como um dos mais talentosos pintores do Grupo Santa Helena,
trabalhando as cores com maestria, para compor paisagens marcadas pelo refinamento
do meio-tom. Paisagista por excelência, pintou os arrabaldes, os limites da cidade, os
subúrbios de casas simples. Tudo isso com a simplicidade de quem não partilha de
referenciais teóricos rígidos.
CRONOLOGIA
1903 – Nasce em São Paulo.
1915 – Emprega-se como aprendiz de decorador.
1922 – É contratado pelo Esporte Clube Corinthians.
1926 – Estuda desenho decorativo.
1933 – Transfere seu atelier para o Edifício Santa Helena, é o início da sua carreira de
pintor.
1934 – abandona a profissão de jogador de futebol e intensifica contatos com o meio
artístico.
1935 – Expõe no III Salão Paulista de Belas Artes.
1936/38 - IV Salão Paulista de Belas Artes (medalha de ouro em 1936).
1936/37/40/42 - Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro (medalha de bronze e
prata).
1937/39/40 - Exposição da Família Artística Santa Helena.
1937/39 - Exposição da Família Artística Santa Helena.
1938/39 - Salão de Maio, São Paulo.
1938/40/41/42/44/49 - Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos (recebe o I Prêmio
Mário de Andrade em 1949).
1943 – Participa da exposição anti-eixista e doa quadros para o esforço de guerra antinazista.
1944 – Primeira individual na Livraria Brasiliense, em São Paulo.
1946 – Exposição individual na galeria Ita, São Paulo.
- Mostra “Pintura Brasileira Contemporânea”, no Chile.
1947 – Exposição circulante de artes plásticas, promovida pelo estado de São Paulo.
1948 – Exposição conjunta com Volpi e Zanini, na Galeria Domus, em São Paulo.
1951/53/55 – Integra a representação brasileira na Bienal de São Paulo.
1953/54/58/59 – Salão Nacional de Arte Moderna no Rio de Janeiro (prêmio Aquisição
em 1953 e prêmio “viagem ao exterior” em 1954).
1955 – Individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1956 – Curso de restauração no Vaticano.
1957 – Expõe na embaixada brasileira em Roma, onde se encontrava desde 1955.
- Museu de Arte Moderna de São Paulo.
- Volta ao Brasil.
1960 – Salão Paulista de Arte Moderna.
1961/64/65- Expõe na Galeria de Arte São Luís, São Paulo (mostra de óleos e
gravuras).
1965 – II Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília (participa com isenção
do júri).
1969 – Individual na Galeria Comodoro, São Paulo.
1972 – Participa da mostra “Temática Brasileira”, no Paço das Artes, em São Paulo.
- Executa painel para o Senado Federal.
1973 – Mostra retrospectiva no Museu de Arte Moderna em São Paulo.
1975 – Mostra “40 anos do Grupo Santa Helena”, no Paço das Artes, em São Paulo.
1976 – XIII Bienal de São Paulo.
1978 – Pinacoteca do Estado de São Paulo – “A paisagem na coleção da Pinacoteca”.
1980 – Morre, no dia 10 de julho
Algumas obras :
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