Química ambiental Profa: Ana Edith (folha 1) Metais pesados ´ Metal

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Química ambiental
Profa: Ana Edith
(folha 1)
Metais pesados
´
Metal pesado é o metal tóxico, que ingerido causa a morte.
A atividade humana vem aumentando os níveis de metais pesados
nos ecossistemas aquáticos naturais. Esses metais são provenientes
de atividades como a mineração, de indústrias de galvanoplastia, e
do
despejo
de
efluentes
domésticos.
A principal fonte de contaminação das águas de rios é a indústria,
com seus despejos de resíduos ricos em metais pesados. Veja fumaça
rica em metais como mercúrio, cádmio e chumbo, que se volatiliza
lançando
metal
pesado
a
longas
distâncias.
Do ponto de vista químico, a grave conseqüência parece não ter
solução, já que esses metais não podem ser destruídos e são
altamente reativos. A cada dia se fazem mais presentes em nossas
vidas, em aparelhos eletrodomésticos ou eletroeletrônicos e seus
componentes, inclusive pilhas, baterias e produtos magnetizados.
Mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel são alguns dos metais
pesados presentes nesses aparelhos. O chumbo é usado na soldagem
de computadores, e o mercúrio está no visor de celulares.
Os metais apenas são úteis em pequenas quantidades para o homem,
como o ferro, zinco, magnésio, cobalto que constituem a
hemoglobina. Mas se a quantidade limite desses metais for
ultrapassada, eles se tornarão tóxicos ocasionando problemas de
saúde
Cobre
O cobre é um metal essencial para plantas e animais, o problema está em
sua bioacumulação. É considerado metal pesado justamente por esta
característica, a de se acumular no organismo e gerar possíveis reações
tóxicas.
O cobre auxilia diversas funções orgânicas, como a mobilização do ferro
para a síntese da hemoglobina, a síntese do hormônio da adrenalina e a
formação
dos
tecidos
conjuntivos.
O efeito benéfico do cobre está em aliviar dores de origem inflamatória e
prevenir o aparecimento das doenças virais (gripes, resfriados), mas existe
um parâmetro: as dosagens efetuadas no sangue mostram cupremias (taxas
de cobre) elevadas, ou seja, o acúmulo maléfico relacionado à propriedade
do
cobre
de
ser
um
metal
pesado.
A deficiência de cobre causa anemia (síntese deficiente de hemoglobina),
por outro lado, seu excesso causa vômitos, intoxicação aguda e até mesmo a
morte. É preciso ter um acompanhamento médico quanto aos índices de
cobre no organismo. os procedimentos causadores da poluição:
As indústrias de tintas, de cloro, de plásticos PVC e as metalúrgicas,
utilizam em seus processos metais pesados como o mercúrio e vários outros,
esses metais são descartados nos cursos d’água após serem usados na linha
de produção. Mas não é só de indústrias que provém esse tipo de
contaminação, os incineradores de lixo urbano produzem
Mercúrio
A contaminação pode acontecer pelo lançamento do metal pesado em
ecossistemas aquáticos naturais, o grande problema é que esses metais não
podem ser destruídos e são altamente reativos. Uma vez que presentes
como poluentes de rios, lagos ou mares, fica impossível eliminá-los do meio.
Os efeitos tóxicos da ingestão de mercúrio são agudos e evidentes, entre
eles está a anúria (redução da secreção urinária) e diarreia sanguinolenta,
esses sintomas são perigosos e podem ser fatais.
Conheça os procedimentos que levam à contaminação por mercúrio:
• O descarte incorreto de telefones celulares pode comprometer o meio
ambiente, já que o mercúrio está presente no visor desses aparelhos;
• As indústrias que utilizam o mercúrio em seus processos podem deixá-lo
vazar (propositalmente ou acidentalmente) nos cursos d’água. As grandes
responsáveis por acidentes com metais pesados são as metalúrgicas, as
indústrias de tintas e de plásticos PVC;
• Os incineradores de lixo urbano produzem fumaça rica em mercúrio,
cádmio e chumbo, esses se volatilizam e lançam metal pesado a longas
distâncias
A tragédia ocorrida em Minamata, no Japão, a partir de 1950. Tudo
começou com o aparecimento dos primeiros peixes mortos no mar, e daí por
diante centenas de pessoas adoeceram com problemas no sistema nervoso.
Batizaram a doença como “mal de Minamata”. Acreditavam se tratar de uma
epidemia infectocontagiosa, casas foram desinfetadas, porém a doença não
parou de fazer suas vítimas, chegando a milhares. O nascimento de crianças
defeituosas completava o triste quadro da vila de pescadores
Somente em 1968 a verdadeira causa veio à tona, se tratava do composto
cloreto de etil-mercúrio (C2H5HgCl). Esse composto organometálico era
proveniente de uma Indústria influente na região, que empregava boa parte
dos moradores. A referida Indústria, até então respeitada, lançava
poluentes nas águas que banhavam a baía de Minamata. Os resíduos tóxicos
surgiam da fabricação de Cloreto de Vinila, o processo se dava na presença
dos
catalisadores
sulfato
e
cloreto
de
mercúrio.
Como os habitantes de Minamata se alimentavam da pesca, não fica difícil
deduzir como tantas pessoas ficaram contaminadas. O mercúrio é altamente
tóxico e se acumula nos tecidos animais (peixes e moluscos). O metal pesado
percorre então a cadeia alimentar, passando do organismo das presas para o
dos
predadores.
A divulgação mundial do trágico acidente biológico se deu a partir de 1972,
quando o fotógrafo americano W. Eugene Smith fez a foto da menina
Tomoko Uemura. Tomoko tinha pernas e braços deformados e os sentidos
comprometidos: era cega, surda e muda, e faleceu cinco anos depois da
divulgação,
em
1977.
Somente em 1997 os últimos prejudicados pela tragédia de Minamata foram
habilitados a receber indenizações
Arsênio
O Arsênio é um elemento químico de símbolo As com número atômico 33 e
com massa atómica75 u, é um semimetal (metalóide) encontrado no grupo 15
(5A) da Classificação Periódica dos Elementos. Esse elemento é conhecido
desde a Idade Média, está entre os considerados metais pesados e pode ser
encontrado em meteoritos, o que significa que é um elemento comum no
Universo.
O arsênio pode ser liberado na natureza através de causas naturais, como o
contato da água de rios e nascentes com rochas que apresentam elevada
concentração do metal. Este elemento é considerado tóxico por ser um
semimetal pesado, tanto que suspeita-se que a morte de quem o apresentou
em 1520, o cientista Paracelso, pode ter sido causada por auto-ingestão de
sais
de
arsênio.
Existem mais mortes provocadas por Arsênio na História, como a de
Napoleão Bonaparte. Foram encontrados, através de exame pericial,
compostos de arsênio nos fios de cabelo do célebre Napoleão. Essa
contaminação provavelmente teve sua origem na cela onde esteve recluso na
ilha de Elba, onde havia materiais vinculados ao elemento Arsênio.
A intoxicação por Arsênio provoca em casos menos graves, o aparecimento
de feridas na pele que não cicatrizam, chegando a um estado mais crítico da
contaminação podem aparecer grandenas, danos a órgãos vitais e até câncer
de
pele.
Em
casos
de
ingestão
pode
levar
à
morte.
Na cidade de Bangladesh na Índia, no ano de 1995, foi revelada a
contaminação por arsênio nas águas consideradas potáveis, gerando uma
vasta crise de contaminação por este elemento tóxico. Até hoje estima-se
que cerca de 20 a 75 milhões de pessoas no país estão ameaçadas devido ao
arsênico
presente
na
água.
Mas, apesar de ser perigoso, o Arsênio tem suas utilidades como, por
exemplo, no endurecimento de ligas de cobre e chumbo e na fabricação de
certos tipos de vidros especiais
Bário
Metal alcalino terroso pertencente à família 2A de símbolo Ba, massa
atômica 137 u, número atômico 56 e à temperatura ambiente encontra-se no
estado sólido. O bário é um elemento químico tóxico, de aspecto prateado,
com alto ponto de fusão, que pode ser encontrado no mineral barita, não
sendo encontrado livre na natureza, devido à sua elevada reatividade.
Todos os compostos de Bário que são solúveis em água ou em ácidos são
venenosos. O sulfato de bário é usado como contraste em radiografias de
estômago e intestino. Este procedimento não apresenta perigo, já que este
sulfeto é insolúvel, ou seja, não vai ser absorvido pelo estômago. Os sinais e
sintomas
de
intoxicação
por
bário
são:
• tremores, fibrilação muscular, hipertonia dos músculos da face e pescoço;
•
náuseas,
vômitos,
diarréia,
dor
abdominal;
•
agitação,
ansiedade;
•
crises
convulsivas
e
coma.
O sulfato de bário tem a capacidade de absorver radiação e por isso é útil
como carreador de rádio (Rd) em usinas nucleares, ele é facilmente oxidável
pelo ar. Os compostos de bário são usados em pequenas quantidades para a
produção de tintas e vidros, e também em foguetes pirotécnicos
Manganês
O manganês é um metal abundante que ocorre na forma de mineral. É
também um importante elemento para vida animal e vegetal, mas o consumo
ou a exposição elevada pode causar problemas graves. O elemento químico
Manganês pertence à classe dos metais de transição, possui número atômico
25,
pertence
ao
grupo
7
da
Tabela
Periódica.
O excesso de manganês acumulado no fígado e no sistema nervoso central
decorrente das exposições prolongadas por inalação, provoca sintomas do
tipo “Parkinson” (doença degenerativa), por esses e outros efeitos
prejudiciais é que o manganês é considerado tóxico e está na lista dos
metais
pesados.
A contaminação pode ocorrer por ingestão, pesquisas revelaram que pessoas
que consomem água com níveis de manganês acima da média apresentam
sintomas como rigidez muscular, tremores das mãos e fraqueza. Estudos em
animais constataram que o excesso de manganês no organismo provoca
alterações no cérebro, e ainda pode levar à impotência, pois danifica os
testículos.
É válido lembrar que o perigo está no excesso desse metal pesado, e a
deficiência de manganês causa perda de peso, além de afetar a função
pancreática e o metabolismo de carboidratos. A solução então é a ingestão
moderada desse mineral, o consumo ideal seria entre 1 a 5 mg por dia,
quantidade que se consegue através de alimentos como os grãos integrais,
leguminosas, nozes e chás.
Cádmio
O cádmio é um subproduto da mineração do zinco, é um metal raro que é
mais facilmente encontrado em ambientes aquáticos (águas de superfícies
subterrâneas), e possui a propriedade de ser insolúvel, por isso se acumula
nas gramíneas, em aves, gado, cavalos e na vida selvagem.
Já foi usado como amálgama por dentistas, atualmente tem aplicação em
baterias (cádmio-níquel) de celulares e em pilhas recarregáveis.
O cádmio foi considerado metal pesado através de estudos que avaliaram a
sua concentração em verduras plantadas, utilizando adubo proveniente da
compostagem de lixo orgânico. Os resultados revelaram que as hortaliças
continham níveis de cádmio que representavam riscos à saúde.
O organismo humano acumula cádmio e aos 50 anos o homem pode estar com
uma carga de 20 a 30 mg, concentrando-se nos rins e paredes das artérias.
A acumulação de cádmio no organismo acarreta vários problemas de saúde
como a doença “Itai-Itai”. Essa doença produz problemas no metabolismo,
gerando complicações: descalcificações, reumatismos. Efeitos mais graves
são decorrentes da alta concentração de cádmio, que destrói o tecido
testicular
e
as
hemácias
sanguíneas.
O cádmio foi considerado carcinogênico e seu acúmulo no organismo ainda é
responsável pelo desenvolvimento de hipertensão e doenças do coração, ele
está em mariscos, ostras e peixes de água salgada, alguns tipos de chá e na
fumaça
do
cigarro.
Ultimamente, a grande preocupação com relação à poluição ambiental é
resultante do descarte de baterias de telefones celulares e pilhas elétricas
que contém os metais tóxicos níquel e cádmio.
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