Modulo3-Aula14-Cuidados

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CUIDADOS PALIATIVOS
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2015
Do que vamos conversar?
Morte
Vida Mundo Espiritual
Vida na Terra
Reencarnação
Desencarnação
“Nosso esforço é para fazer com que
as pessoas estejam vivas até o dia
que elas morram”.
Ana Cláudia Quintana
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
O sofrimento e a proximidade da terminalidade
nos fazem reavaliar a vida e seus valores…
Valeu a pena?
Qual foi meu saldo?
Para onde irei depois da morte?
O que eu realizei deu sentido à minha vida e a de outros?
Qual legado estou deixando?
Como será minha morte?
Como ficará minha família?
Estarei sozinho quando acontecer?
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
O que seria Morrer Bem?
“Eu queria morrer como o meu pai,
dormindo...tranquilo...
E não gritando desesperadamente, como os
quarenta passageiros do ônibus que ele
dirigia...”
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Panorama Populacional
Expectativa de Vida
X
Esperança de Vida
Panorama Atual Óbito
•57 milhões morrem no mundo/ano
•33 milhões por DCNT
•39,4 milhões portadoras vírus HIV
•6 milhões morte/ano por câncer
•10 milhões novos casos CA por ano
•2030 – 15 milhões novos casos CA/ano
Dados 2012
Causa
Doenças crônicas não transmissíveis
Doenças cardiovasculares
Neoplasias
Doenças respiratórias
Diabetes mellitus
Outras doenças crônicas
Maternas, infantis e transmissíveis
Causas externas
Causas maldefinidas
Total
Óbitos
Não corrigidos
N
%
771.584
68,1
325.956
28,8
175.599
15,5
62.839
5,5
54.855
4,8
152.335
13,4
141.067
12,5
141.117
12,5
78.909
7
1.132.732
100,0
Corrigidos*
%
73,9
31,2
16,7
6,0
5,3
14,6
13,6
12,6
--100,0
Fonte: SVS/MS - 2010
História Cuidados Paliativos
Séc. V – Fabíola discípula de São Jerônimo
Hospice – Viajantes Ásia, África…
1967 – Christopher’s Hospice
Londres
Importância Controle da Dor
1º estudo sistemático com 1100 paciente com
CA avançado:
analgesia de horário
x
analgesia s/n
- Não ocorre dependência;
- Não há problemas com tolerância;
- Alívio real da dor.
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Robert Twycross (1970)
Visão Multidimensional da Dor
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Cuidados Paliativos
Paliativo → latim “pallium” = manto, capote.
Objetivos: - proporcionar melhor qualidade de vida;
- prevenir e aliviar o sofrimento de indivíduos e
familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade
da vida.
Conhecimento científico + humanismo = dignidade da vida →
morrer em paz
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
CUIDADOS PALIATIVOS
“É uma abordagem que promove a
qualidade de vida do paciente, e seus
familiares, que enfrentam doenças que
ameaçam a continuidade da vida, através
da prevenção e alívio do sofrimento.
Requer a identificação precoce, avaliação e
tratamento da dor e outros problemas de
natureza física, psicossocial e espiritual.”
(OMS, 2002)
Princípios dos Cuidados Paliativos
1- Promover o alívio da dor e outros sintomas
desagradáveis;
2- Afirmar a vida e considerar a morte como um
evento natural da vida;
3- Não acelerar nem adiar a morte;
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Cuidados Paliativos
Escala de Performance de Karnofsky ( físico e funcional)
100%
Sem sinais ou queixas, sem evidência de doença
90%
Mínimo sinais e sintomas, capaz de realizar suas atividades com esforço
80%
Sinais e sintomas maiores, realiza suas atividades com esforço
70%
Cuida de sí mesmo, não é capaz de trabalhar
60%
Necessita de assistência ocasional, capaz de trabalhar
50%
Necessita de assistência considerável e cuidados médicos frequentes.
40%
Necessita de cuidados médicos especiais.
Extremamente incapacitado, necessita de hospitalização, mas sem iminência de
morte.
30%
20%
Muito doente, necessita de suporte.
10%
Moribundo, morte iminente.
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
4- Integrar aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao
paciente;
- 95% - creem numa força superior
- 93% - gostariam que os médicos abordassem essas questões
No Brasil:
- 95% consideram a religião importante;
- 77% gostariam que os médicos considerassem os valores
espirituais;
- 48% gostariam que os médicos rezassem com eles.
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Abordagem à religiosidade e a
espiritualidade
FICA -Puchalski
Faith
Vc considera uma pessoa religiosa ou espiritualizada?
Importance
A fé é importante em sua vida? Quanto?
Community
Vc participa de alguma Igreja ou comunidade espiritual?
Address
(Abordagem)
Como nós podemos abordar e incluir essa questão no seu
atendimento?
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Abordagem à religiosidade e a
espiritualidade
SPIRIT - Maugans
Spiritual belief
system
Personal
spirituality
Integração within
spiritual
community
Ritualizes
practices and
restricitions
Implications for
medical care
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Qual a sua crença religiosa?
Descreva as crenças e práticas de sua religião ou sistema
espiritual que vc aceita ou não.
Vc pertence a alguma igreja, templo ou outra forma de
comunidade espiritual? Qual a importância que vc dá a
isso?
Quais as práticas específicas de sua religião ou
comunidade espiritual? Quais os significados e restrições
dessas práticas?
Para qual desses aspectos espirituais/religiosos vc gostaria
que eu estivesse atento?
5- Oferecer um sistema de suporte que possibilite o
paciente viver tão ativamente quanto possível, até
o momento de sua morte.
6- Oferecer sistema de suporte para auxiliar os
familiares durante a doença e enfrentamento do luto;
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
7- Abordagem multiprofissional para focar as
necessidades dos pacientes e seus familiares,incluindo
o período do luto;
8- Melhorar a qualidade de vida e influenciar
positivamente no curso da doença.
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Conceitos
• Eutanásia: prática ativa de se interromper a vida de
um paciente com doença em estágio irreversível e
sem possibilidade de melhora.
“nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer
”.todos cuidados paliativos disponíveis, sem empreender ações
diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em
consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua
impossibilidade, a de seu representante legal”.
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA DE 2009
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Conceitos
• Distanásia: adiamento da morte do indivíduo, através
do uso de fármacos e aparelhagens que muitas vezes
proporcionam sofrimento desnecessário.
“ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante”.
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA DE 2009
• Mistanásia: Morte miserável, fora e antes da hora.
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Conceitos
•Ortotanásia:
morte natural, sem interferência da ciência,
permitindo morte digna, sem sofrimento, deixando a
evolução e percurso da doença.
“nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a
realização
de
procedimentos
diagnósticos
e
terapêuticos
desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os
cuidados paliativos apropriados”.
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA DE 2009
Teoria de Maslow
Espiritual
Psíquica = Sentimentos
Família
Física = Biologia
Social e Cultural
Esfera Existencial
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
Estrutura do Cuidados Paliativos
IPQ
IOT
1.
2.
3.
4.
5.
Controle sintomas
Ajuste clínico
Fornecimento notícias
Reunião familiar
Plano + Propostas
Ambulatório
Meses - Anos
Enfermaria
Semanas - Meses
INCOR
-Agudos com ↑ demanda hospitalar
-Familiar 24h
INTERCONSULTA
24 – 48h
Hóspice
Dias - Semanas
IC
-Pacientes com boa funcionalidade
-Boa estrutura residencial
-Fase final da vida
-↓ Demanda Hospitalar
-Sem condições de ir para casa
-Família 24h
Atendimento Domiciliar
ICR
Ambulatório de Luto Complicado
Serviços de Cuidados Paliativos
43 SERVIÇOS NO BRASIL
- 12 privados
- 07 filantrópicos
- 23 públicos
17 SERVIÇOS EM SÃO PAULO
- 08 privados
- 03 filantrópicos
- 06 públicos
•Enfermaria
•Ambulatório
•Assistência Domiciliar
•Hospital Dia
•Hospedaria (Hóspice)
•Hospital Especializado
Em 2050:
50 a 70% pessoas necessitarão de Cuidados Paliativos
Elizabete Mitsue Pereira
28 de maio de 2014
“Seja quando for que a vossa
vida se acabe, fica inteira. A
utilidade da vida não está no
prazo, mas no uso.Tal houve
que durou muito e viveu
pouco...”
Montaigne
Bibliografia
CARVALHO, R.C ; PARSONS, H.A , et cols _ Manual de Cuidados
Paliativos ANCP_ 2.ed.,Editora Meridional, Porto Alegre, 2012.
Vídeos:
Ana Claudia Quintana Arantes: Morte é um dia que vale a pena viver.
Elizabete Mitsue Pereira
18 de novembro de 2014
Obrigada!!!!
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