Resultados da atuação clínica do farmacêutico no

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS
SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Resultados da atuação clínica do
Farmacêutico
no processo de cuidado
Pablo Moura, Farm, Ph.D, MsC.
2014
Foco: CLÍNICO
“Centrado no paciente e na
formação de profissionais de
saúde preparados para atuar
nas linhas de cuidado
prioritárias para o SUS”
POSIÇÃO NO ORGANOGRAMA
O SERVIÇO DE FARMÁCIA É UM
SERVIÇO ESSENCIALMENTE CLÍNICO
Reorientação dos Indicadores
• Segurança do paciente
• Identificação e Resolução de Problemas Relacionados
à medicamentos
• Resultados clínicos
• Reorganização de procedimentos, fluxos operacionais e
indicadores com foco em resultados clínicos;
• Envolvimento expressivo na formulação de políticas,
diretrizes e protocolos institucionais - Promoção do URM;
• Maior participação na gestão de medicamentos nas
unidades assistenciais.
• Promoção de atividades de Farmacovigilância – Centrados
na avaliação de RAMs, Erros e quase falhas nos processos
FARMACÊUTICOS
AUXILIARES
EQUIPE 1997 EQUIPE 2013
13
36
-
33
PROJEÇÃO PARA EXPANSÃO DAS ATIVIDADES CLINICAS
•Necessidades: 55 FARMACÊUTICOS
POR QUÊ REESTRUTURAR AS ATIVIDADES?
•
RECONHECIMENTO DO SERVIÇO COMO CLÍNICO;
•
NECESSIDADE DE AMPLIAÇÃO DE ATIVIDADES COM FOCO NA SEGURANÇA DO
PACIENTE;
•
DEMANDA GERADA PELO PROCESSO DE ACREDITAÇÃO HOSPITALAR;
•
DEMANDA GERADA PELA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E DISCIPLINAS DA
GRADUAÇÃO;
•
INSTITUCIONALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES CLÍNICAS NO SERVIÇO.
8
REORIENTAÇÃO DE ATIVIDADES
•
CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES NAS UNIDADES
•
GRUPO 1
•
GRUPO2
•
GRUPO 3
•
GRUPO 4
9
REORIENTAÇÃO DE ATIVIDADES
GRUPO 1
• Check list de avaliação das enfermarias e avaliação do carro de parada;
• Orientação aos profissionais, implementação e auditoria das políticas da acreditação.
• Aplicar o check list das politicas.
10
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
COMPLEXO HOSPITALAR UNIV. PROF. EDGARD SANTOS
SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Rua Augusto Viana, s/nº Canela / Salvador / Bahia / Brasil
Cep.: 40110–060 Tel. ( 71 ) 3283–8085 / 8086 Fax : ( 71 ) 3283-8087
AVALIAÇÃO MENSAL DAS UNIDADES ASSISTENCIAIS
Data:_________________
Farmacêutico: ____________________________
Unidade:______________
Enfermeira: ______________________________
ÍTEM AVALIADO
CONTROLE DE TEMPERATURA:
1-Há termômetro para avaliação da temperatura ambiente?
2-Há registro diário desta temperatura ambiente em planilha adequada?
3-Há refrigerador exclusivamente para medicamentos, em boas condições de conservação e higiene?
4-Há termômetro para avaliação da temperatura refrigerada?
5-Há registro diário desta temperatura refrigerada em planilha adequada?
6-Os medicamentos armazenados no refrigerador estão corretamente dispostos?
7-Em caso de valores de temperatura fora dos parâmetros, medidas corretivas estão sendo adotadas?
ARMAZENAMENTO E ORGANIZAÇÃO:
8-O carro de Medicamento da enfermaria encontra-se em local que permite supervisão da enfermagem, sem facilitar acesso a terceiros?
9-As soluções de grande volume encontram-se em local arejado, sem evidência de vazamento?
10- As soluções de grande volume encontram-se organizadas por substância e apresentação?
11- As quantidades encontram-se dentro do padrão estabelecido para cada setor?
12-As soluções orais em uso pelos pacientes internados estão corretamente armazenados?
13- As soluções orais ou outros medicamentos prescritos, em uso pelos pacientes internados devidamente identificados com etiqueta
especial?
14-O local de preparo dos medicamentos apresenta boas condições de higiene?
IDENTIFICAÇÃO E ROTULAGEM:
15-Medicamentos em infusão estão devidamente identificados com rótulo padrão?
16-Medicamentos (incluindo os refrigerados) e almotolias após abertura estão devidamente identificados com rótulo padrão?
MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA (MAV)
17-Os medicamentos de alta vigilância (MAV) estão armazenados em local identificado e segregado dos demais medicamentos?
18-O acesso aos MAVs é restrito?
19- Os MAVs estão devidamente rotulados?
20- Existem cartazes de identificação dos MAVs nas unidades?
CARRO DE PCR:
21- O Carro de Parada da unidade encontra-se em local que facilite locomoção dentro da enfermaria e que permita supervisão da
enfermagem?
22-Este carro encontra-se lacrado no momento da inspeção?
23-A organização do carro estava conforme determinado: bandeja superior, gavetas e parte inferior com respectivos materiais definidos?
24-As quantidades estavam de acordo com o padrão?
SIM
NÃO
Não se
aplica
25-As validades destes eram superiores a 6 (ou pelo menos 3) meses?
26- Os medicamentos estavam dispostos em compartimentos individuais e identificados com rótulo da farmácia?
RESERVA DE MEDICAMENTOS:
SIM
NÃO
Não se
aplica
27-Neste setor há reserva de medicamentos?
28-Estes se encontram em local que permite supervisão da enfermagem, sem facilitar acesso a terceiros?
29- A reserva do setor atende a normatização prevista?
30- São mantidos nas enfermarias medicamentos não prescritos e não utilizados, que não são definidos para estoque de
reserva?
31-Existem amostras grátis de medicamentos armazenados na unidade?
32-Nas unidades que contemplam reserva de medicamentos psicotrópicos, os mesmos encontram-se em armário de
acesso restrito?
Observações:________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
REORIENTAÇÃO DE ATIVIDADES
GRUPO 2
•AVALIAÇÃO DAS PRECRIÇÕES NA DISPENSAÇÃO (AMBULATORIAL E HOSPITALAR).
•DOCUMENTAÇÃO DE INTERVENÇÃO E INFORMAÇÃO FARMACÊUTICA.
13
REORIENTAÇÃO DE ATIVIDADES
GRUPO 3
•ATIVIDADE CLÍNICA NA ENFERMARIA SEM SEGUIMENTO;
•ATIVIDADE CLÍNICA NOS AMBULATÓRIOS;
•AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO;
•INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA DIRETAMENTE COM O PRESCRITOR, OU ATRAVÉS DE
COMUNICAÇÃO INTERNA;
•CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA E ORIENTAÇÃO DE ALTA (Evitar discrepância entre o
que paciente utilizava e o que utilizará após a alta).
14
Intervenções Farmacêuticas por paciente-dia por
enfermaria
48
50
45
40
35
30
Série1
25
20
15
9
10
5
0
Avaliação da prescrição
Atividade Clínica
GRUPO 4
• SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DOS PACIENTES (CONTÍNUO, COM
ELABORAÇÃO DO PLANO DE CUIDADO, REAVALIAÇÃO E ANÁLISE DOS DESFECHOS);
• AVALIAÇÃO DA PRESCRIÇÃO;
• INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA DIRETAMENTE COM O PRESCRITOR, OU ATRAVÉS DE
COMUNICAÇÃO INTERNA;
• PARTICIPAÇÃO NAS VISITAS DAS UNIDADES;
• SEGUIMENTO CLÍNICO DE PACIENTES EM USO DE NPT (DISCUSSÃO COM A EQUIPE
SOBRE O USO DA NPT E OUTROS ASPECTOS CLÍNICOS).
16
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NAS ENFERMARIAS COM
FOCO NO PACIENTE
• Atividades de acompanhamento farmacoterapêutico nas unidades de
internação de cardiologia, psiquiatria, pediatria, oncohematologia e
infectologia;
• Participação nas visitas multiprofissionais, realizando intervenções
importantes para o cuidado do paciente;
• Detecção, prevenção e resolução de Problemas Relacionados a
Medicamentos (PRMs) durante o seguimento;
• Realização de conciliação medicamentosa.
DIVISÃO DAS UNIDADES POR GRUPO
UNIDADES
GRUPO 1
GRUPO 2
GRUPO 3
GRUPO 4
1A - UDAP
X
X
X
X
1B
X
X
X
X
1D
X
X
X
X
2A
X
X
X
2B
2C
X
X
X
X
X
X
2D
X
X
3B / ECT
X
X
X
X
3C
X
X
3D
X
X
X
4A
X
X
X
4B
X
X
4D
X
X
UTI
X
X
X
X
UCO
X
X
X
X
MPS - NECBA INFUSÃO
X
X
X
X
X
UNIDADE METABÓLICA
X
X
X
UPL - CPPHO
X
X
X
PRONTO ATENDIMENTO CPPHO
18
DIVISÃO DAS UNIDADES POR GRUPO
UNIDADES
CENTRO CIRÚRGICO
GRUPO 1
GRUPO 2
X
X
QUIMIOTERAPIA
X
X
DIALISE
X
X
ECO
X
RADIOLOGIA
X
PRONTO ATENDIMENTO HUPES
X
UDAI - LEITO DIA
X
ENDOSCOPIA
X
HEMODINÂMICA
X
NECBA/ INFUSÃO
X
GRUPO 3
GRUPO 4
X
AMN - HIV/ TUBERCULOSE
X
X
X
AMN - ANTICOAGULANTES
X
X
X
AMN - PARKINSON/ ALZHEIMER
X
X
AMN - PNEUMOLOGIA
X
X
AMN - DOR
X
X
AMN - HANSENÍASE
X
X
AMN - REUMATOLOGIA
X
X
AMN - NEUROESPASTICIDADE
X
X
AMN - DISLIPIDEMIA
X
X
AMN - SAÚDE MENTAL
X
X
X
19
Visita clínica: Enf. Infectologia
155 Problemas Relacionados a medicamentos 144(73,6%) reais e 41(26,4%) potenciais
n: 32 pacientes
PARTICIPAÇÃO NA VISITA MULTIPROFISSIONAL DA
ENFERMARIA DE PEDIATRIA DO COMPLEXO HUPES
FARMÁCIA SATÉLITE CPPHO
INDICADOR I- INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS
Tipo de intervenção
Aceitas
Não aceitas
Percentual de
intervenções aceitas
Ajuste de dose
207
11
94%
Indicação
158
22
87%
Modificação de posologia
98
5
95%
Forma Farmacêutica / Via
Adm.
25
3
89%
Total
488
41
92%
• Oncohematologia
PARTICIPAÇÃO NA VISITA MULTIPROFISSIONAL DA
ENFERMARIA DE PSIQUIATRIA DO COMPLEXO
HUPES
PARTICIPAÇÃO NA VISITA MULTIPROFISSIONAL DA
ENFERMARIA DE CARDIOLOGIA DO COMPLEXO
HUPES
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NAS ENFERMARIAS
COM FOCO NO PACIENTE
• Pacientes acompanhados e intervenções realizadas entre agosto
de 2012 e outubro de 2013 na unidades de cardiologia e
psiquiatria:
Unidade assistencial
Pacientes acompanhados
Intervenções realizadas
1D
201
558
3B
70
420
INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS NAS
ENFERMARIAS
• Paciente com história de AVC e IAM sem prevenção secundária
com AAS.
• PRM – indicação (necessidade do uso do medicamento).
• Intervenção Farmacêutica: sinalizado ao médico e sugerida a
prescrição do AAS.
INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS REALIZADAS NAS
ENFERMARIAS
• Paciente apresentou relato de tristeza e humor em alguns momentos
pouco deprimido. Prescrito fluoxetina 20mg/dia, sem diagnóstico de
depressão.
• PRM- indicação (tratamento farmacológico não necessário).
• Intervenção farmacêutica: discutido com o prescritor e sugerido a
suspensão da fluoxetina.
CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA
EVOLUÇÃO FARMACÊUTICA
EVOLUÇÃO FARMACÊUTICA
Farmácia Ambulatorial:
– Artrite Reumatóide,
– Pneumologia (Asma,
DPOC, Hipertensão
Pulmonar),
– Parkinson e Alzheimer,
Neuroespasticidade,
–
–
–
–
–
–
Anticoagulação,
HIV/AIDS,
Tuberculose,
Hanseníase,
Saúde Mental,
Dislipidemia.
Atendimento Ambulatorial
PRMs identificados no programa HIV/AIDS
PRMs ANO 2013
Adesão
44
Segurança - Sobredose
40
Segurança - RAM
21
Efetividade - Subdose
69
Efetividade - Medicamento Inadequado
8
Indicação - Tratamento farmacológico não necessário
16
Indicação - Necessita tratamento
23
N TOTAL: 221
0
10
20
30
40
50
60
70
Análise da qualidade de vida de pacientes em uso crônico
de anticoagulante oral em hospital universitário de Salvador/Bahia
Escore SF36
Escore DASS
62,2 (VR>50)
67,1 (VR<87,5)
Os pacientes apresentaram percepção positiva
em relação a qualidade de vida nos questionários genérico e especifico
.
Intervenções realizadas no programa de
controle de anticoagulação
Intervenções realizadas no programa de
controle da Asma grave
Foram registrados 62 Problemas Relacionados a Medicamentos (média de 3,87 por
paciente). Maior prevalência para RAM.
Foram registrados 62 Problemas Relacionados a Medicamentos (média de 3,87 por
paciente). Maior prevalência para RAM.
Dispensação
Total de intervenções realizadas por enfermaria
350
316
300
250
293
346
239
214
200
179
154
148
138
150
104
103
100
46
50
41
41
17
0
UTI
UCO
4A
3C
2A
2B
3D
1D
2D
4D
3B
2C
Diálise
1B
4B
Total de Informações Farmacêuticas por Enfermaria
80
72
70
60
60
51
51
50
50
39
37
40
31
30
30
30
22
17
20
16
15
10
0
1B
1D
2A
2B
2C
2D
3B
3C
3D
4A
4B
UTI
Diálise
UCO
Total de Pacientes em Seguimento Farmacoterapêutico
136
140
120
100
80
54
60
45
39
40
20
0
1D
2B
3B
4A
Intervenções Farmacêuticas Realizadas na Enfermaria
350
327
300
241
240
250
200
161
150
68
100
42
50
0
1D
1B
2B
3B
4A
UTI
Centro de Informação sobre Medicamentos
CENTRO DE FARMACOVIGILÂNCIA
Formulário de
Notificação de
Suspeita de
Reação Adversa a
Medicamento
do ComplexoHUPES
• Resultados – Exemplo:
TABELA 1: EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS DEVIDO
À SOBREDOSE (2003 – 2010)
Medicamento
Nº de
eventos
Eventos
Categoria
(NCC MERP)
Imipenem
5
Convulsões
Categoria F
Cefepime
1
Convulsão
Categoria F
Fenoterol
1
Tremores
Categoria E
As convulsões causadas pelo Imipenem e pelo Cefepime ocorreram devido ao
não ajuste de dose, considerando a função renal dos pacientes, que variava de
11,7 a 55,3 mL/min.
- DISCUSSÃO COM A EQUIPE MÉDICA -
GESTÃO DO RISCO
FARMACOVIGILÂNCIA
• Adoção de medidas para redução do risco;
• Comunicação aos profissionais de saúde da
existência do risco, as medidas adotadas e as
recomendações;
• Estabelece estratégias específicas de prevenção.
DIAS, M.F et al. Vigilância Sanitária e Gerenciamento do Risco em Medicamentos. Revista Fármacos &
Medicamentos, v. 34, mai/jun, 2005
COMISSÃO DE FARMÁCIA E
TERAPÊUTICA - CFT
• Elaboração e cumprimento de Protocolos Clínicos
Ex.: Antifúngicos, Antibioticoprofilaxia, Albumina Humana
2004
2011
ATUALIZAÇÕES DA SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS
A promoção e o desenvolvimento dos
Serviços farmacêuticos com foco na CLÍNICA
é uma estratégia fundamental para a
melhoria dos indicadores de qualidade em
uma instituição hospitalar.
Obrigado!!!
(71) 3283-8085
[email protected]
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