iii seminário da saúde pública e meio ambiente

III SEMINÁRIO DA SAÚDE PÚBLICA E MEIO AMBIENTE
A Abertura do seminário aconteceu às 13:00 hs do dia 19 de abril de 2017, no auditório
da Fatec de Jundiaí pelo coordenador do curso de Gestão Ambiental, professor Dr.
Francisco Del Moral Hernandez que abordou a importância do projeto Zika Vírus e dos
assuntos que permearam a programação, como Febre Amarela e a Reemergência de
doenças anteriormente controladas.
A terceira edição do Seminário de Saúde Pública e Meio Ambiente, organizado pela
professora Dra. Fernanda Cangerana, atividade integrante da III Jornada de Pesquisa,
Extensão e Cultura da Fatec Jundiaí, trouxe como tema doenças emergentes e
reemergentes para discussão. Maior problema de saúde pública da atualidade, as
doenças emergentes preocupam porque estão diretamente relacionadas aos problemas
ambientais que já haviam sido controlados no Século XX.
A Palestra sobre Zica Vírus foi ministrada pelo Prof. Dr Saulo Duarte Passos e contou
com a presença das profa. Tânia Rita Grritti Ferrareto e Fernanda Cangerana. O Prof.
Dr. Saulo é doutor em Medicina (Pediatria) e livre docente pela Universidade de São
Paulo. Atualmente é coordenador do projeto Coorte Zica Jundiaí que, sendo um projeto
muito amplo, envolve outras instituições, como USP, UNICAMP e Universidades no
exterior.
O Dr. Saulo tem experiência na área de
Medicina,
com
ênfase
em
Pediatria,
atuando principalmente na infectologia
pediátrica, nos seguintes temas: infecção
respiratória e infecção pelo Zika Vírus na
área materno-infantil.
Nesse projeto estão envolvidas várias cidades da região: Campo Limpo, Várzea
Paulista, Jarinu, Itupeva, Cabreúva, Jundiaí, Cajamar e Itatiba. A coorte está ativa há 1
ano e a perspectiva é de que dure 5 anos.
O Zika é o vírus e o mosquito Aedes Aegypti(vetor) é o vetor. O vírus está presente no
sêmen dos homens adultos contaminados, na saliva, na urina e no sangue permitindo
diferentes vias de transmissão. No feto causa sérios problemas. O projeto conta com
aproximadamente 700 mães cadastradas que estão sendo assistidas, sendo que
Jundiaí conta com 65% dos casos.
A Fatec é uma parceira com estagiários, alunos de Eventos, ADS, GAM e TI.
O vírus chegou no Brasil em 2015 e a doença
já é considerada uma Epidemia Global. A
doença que os fetos adquirem é a Síndrome
do
Zica
congênita
cujo
sintoma
mais
comentado é a microcefalia. A síndrome
causa muitas deficiências a partir dela, já que
40 % vão ter paralisia cerebral, 53% retardo
mental, muitas agora estão com doenças cardíacas.
Como mencionou o Dr. Saulo “Isso é um custo social muito grande. No Brasil já são
1.749 casos confirmados. Ele chega num momento que se conhece muito pouco sobre
ele. É tudo muito novo e sabemos apenas que prolifera muito rápido”. Estudos feitos
destacaram que as altas temperaturas, e a falta de saneamento básico são fatores que
favorecem. Lembrando que quando desmatamos o ambiente fica mais quente, e o
predadores do mosquito diminuem como também a contaminação dos rios matam os
peixes que se alimentavam das larvas dos mosquitos.
No nordeste o vírus age de uma forma diferente, ou seja, se comporta com mais
sintomas. Já na região sudeste, estudos e testes feitos confirmam que algumas pessoas
possuem o vírus mas nem todas desenvolvem a doença. No caso das grávidas, os filhos
só vão manifestar doenças como a microcefalia depois de alguns meses, há casos em
que as crianças já nascem com microcefalia e outros casos em que as mães abortam.
“Dr. Saulo demonstrou grande preocupação, com relação a como o vírus se comporta.
Estamos cada dia nos aprofundando, esse projeto agrega vários parceiros para estudos,
um deles a Unicamp. O maior desafio é não deixar de assistir as mães que fazem parte
do projeto para sabermos o comportamento dessa doença. Faz-se necessário cada dia
termos mais voluntários para nos ajudar. Agradecemos a Fatec e seus alunos de GAM”.
Febre Amarela e a Reemergência de Doenças Anteriormente Controladas
Primeiramente, podemos pensar que a solução para essas doenças seja fácil e
imediata, uma vez que já conhecemos o caminho que permitiu sua contenção anterior,
porém novos desafios se apresentam: o controle das variáveis ambientais é muito mais
difícil para uma população muito maior.
O vetor Aedes aegypti passou por modificações e está muito bem adaptado para nosso
ambiente urbano e suas mazelas; saneamento básico é o último quesito em
infraestrutura em nosso país; a educação básica é precária; o urbanismo não é realidade
nas grandes cidades. Informações constatam que várias doenças estão voltando, Sífilis,
Cólera, Tuberculose. A Comunidade Científica está muito preocupada porque os órgãos
competentes não estão dando importância. Os trabalhos Científicos são muito
importantes pois levam dados para Fóruns, Encontros e vários Eventos acadêmicos
onde poderão a vir ser publicados com total embasamento no assunto.
Apresentação de Trabalhos dos Discentes
Os alunos de
Gestão ambiental
apresentaram seus trabalhos a partir de 3 grupos:
•
Febre Amarela: Analisando a história para entender o surto atual com
Emerson Souza, Bianca Andriani Silva, Lara Lorrana dos Santos Veiga e
Isabella Souza Pereira Fontes.
•
Ciclo Silvestre da Febre Amarela com Camila Aparecida Gandini e Odair
Mineiro.
•
Os vetores: Aedes, Sabethes e Haemagogus com Lucilene de Fátima
Gomes Batista e Marcela Elizabeth da Costa Garcia.
A professora Dra. Fernanda Cangerana elogiou os trabalhos dos alunos de GAM e
deixou reflexões a seus alunos dizendo: “As doenças tropicais sempre foram
negligenciadas” frisou: “Os médicos cuidam das pessoas e vocês Gestores Ambientais
cuidam do Meio Ambiente.” Hoje sabemos que as políticas públicas em relação a
Saneamento Básicos ficam em último quesito, mas a Fatec não mede esforços para
continuar formando grandes profissionais. O curso de GAM teve no ano passado, a nota
máxima no MEC - 5.
Esse III Seminário de Saúde Pública e Meio Ambiente terminou com uma notícia muito
boa que o americano Bill Gates preocupado com o problema do Zika Vírus informou que
quer tornar o mosquito estéril, irá investir milhões de dólares em projetos
Brasileiros.”Que bom que a prevenção virá, não tem importância que seja com dinheiro
estrangeiro, todos ganham.”
A professora Fernanda agradece a presença de todos, principalmente do Dr. Saulo e
encerra o seminário dizendo ”O papel dos gestores ambientais é de grande importância
para a sociedade como um todo, porque dentro dos meios acadêmicos precisamos
caminhar para um Ecossistema Saudável”.
Foto e texto: Eliane Diana Nunes - Assessoria de Imprensa Fatec Jundiaí.