Física de Quarks Manuel Malheiro ITA 1 I – Motivação. II – A História dos Quarks. III – O Modelo Padrão – Partículas elementares. IV – Física de Hádrons. V – Plasma de Quarks e Glúons. VI – Estrelas de Quarks ? VII – Projetos de Pesquisa no ITA 2 I- Motivação • Entendimento das interações fortes (QCD) • Os quarks como os graus de liberdade fundamentais. • O estudo da estrutura dos hádrons. • A busca de um novo estado da matéria, o plasma de quarks e glúons, no laboratório (RHIC) ou no universo (estrelas compactas). • Entendimento do diagrama de fase da QCD. 3 II – A História dos Quarks • Murray Gell-Mann ( 1929 - ). • Raios cósmicos ( 1959 ) e aceleradores ( 1954 ). • Partículas produzidas aos pares -> forma de um V . • Estranheza ( S ) -> nº quântico conservado na interação forte e violado . na interação fraca. • Partículas estranhas são produzidas aos pares via interação forte. • A origem da Estranheza? A busca de uma simetria. •1960 -> muitas novas partículas, Zoológico Subatômico ( Oppenheimer). • 1961 -> octetos, Simetria SU(3) 4 Eight-Fold Way ( Via dos oito preceitos ) Barions Decoupleto de Barions S=3/2 Mesons 5 Via dos oito preceitos do Budismo 1. Visão correta. 2. Intensão correta. 3. Discurso correto. 4. Ação correta. 5. Vida correta. 6. Esforço correto. 7. Pensamento correto. 8. Concentração correta. 6 Yuval Ne´eman – coronel do exército Israelense (1960). Tripletos – três partículas com carga fracionária. Bárions Mésons 7 Gell-Mann chamou essas três partículas de QUARKS. A Estranheza = Quark estranho s . Origem do nome QUARKS ( James Joyce – escritor irlandês) . “ Three quarks for muster Mark ”. Quarks são reais ou apenas entidades matemáticas? 1969 – Gell-Mann ganha o Prêmio Nobel sozinho! Sinais da existência dos Quarks no SLAC ( 1968 ) . 8 Teoria da Cromodinâmica Quântica - QCD Gell-Mann e Harald Fritzch ( 1972 ). Quarks com 3 cargas fortes = CORES. ( AZUL, VERMELHO, VERDE ) 8 Glúons responsáveis pela força entre os Quarks ( cor – anti-cor ) • Confinamento: a interação entre quarks aumenta com a distância. ⇒ Quarks livres nunca foram observados. z Liberdade Assimptótica: a interação entre quarks se torna fraca a pequenas distâncias. (Premio Nobel de Física de 2004). http://nobelprize.org/physics/laureates/2004/illpres/index.html 9 10 IV – Física de Hádrons QCD: hadrons são feitos de quarks quarks formam “sacolas”: baryons e mesons q q q q q Outras combinações são “exóticas” ! Ex: dibaryons, glueballs, híbridos... tetraquarks e pentaquarks ! 11 O que é o próton ? q q q q q MIT 1974 3 quarks livres dentro da sacola vácuo faz pressão q Tokio 2004 3 quarks presos por cordas em forma de “Y” vácuo comprime as linhas de campo 12 Excitações do Mar de Dirac gluon quark do mar antiquark do mar 13 O próton fica assim : q q q 14 V - Plasmas de Quarks e Glúons. Segundo a QCD, um sistema formado por hádrons, ao ser “aquecido” ou “comprimido”, deve passar por uma transição de fase, onde os constituintes desses hádrons estariam livres ou desconfinados. q qq qq q qq q q qq q qq q q q q q q q q q q q q q q q qq qq q q q qq q q qq q q q q q q q q q q q q q 15 16 Programas Experimentais com Íons Pesados Relativísticos s NN (GeV/c) 2000 LHC 200 RHIC 20 SPS 5 AGS SIS 1 17 • • • • Beam energy up to 100 GeV/A : 19.6, 62.4, 130, 200 GeV/A; Two independent rings (asymmetric beam collisions are possible); Beam species: from proton to Au: Au+Au, p+p, d+Au,Cu+Cu; Six interaction points: STAR, PHENIX, PHOBOS and BRAHMS 18 19 Por que colidir Íons Pesados a energias Relativísticas? Estudo do diagrama de fase da matéria nuclear z Quark-Gluon Plasma:“A locally thermally equilibrated state of matter in which quarks and gluons are deconfined from hadrons, so that color degrees of freedom become manifest over nuclear, rather than merely nucleonic, volumes.” z Portanto, precisamos de um sistema denso (em termos de energia), grande e que atinja o equilíbrio térmico... 20 Os vários estágios da colisão (?) 21 Partículas, partículas e mais partículas... Vista frontal e lateral do detetor 22 Identificação das Partículas no RHIC PHENIX TOF STAR π0 (PHENIX EMC) STAR Au+Au Preliminary 40% to 80% ρ0 f0 K0S 0.2 ≤ pT < 0.9 GeV/c ω K*0 ⎯Ξ+ BRAHMS 23 Modelos Térmicos Temperature Yield Mass Chemical Potential Quantum Numbers Hagedorn, Becattini, Braun-Munzinger, Cleymans, Letessier, Mekijan,Rafelski, Redlich,Stachel, Tounsi Assume: Ideal hadron resonance gas thermally and chemically equilibrated Recipe: grand canonical ⇒ partition function ⇒ density of particles of species j Input: measured particle ratios Output: temperature T and baryon-chemical potential μB 24 Modelos Térmicos Statistical models work well at AGS, SPS, and RHIC Hint that chemical and thermal equilibrium is reached (but no proof!) 25 Espectro de momento transversal Dependência exponencial: 2 dydmt purely thermal source T 1/mT dN/dmT d N ∝e − mt kT light heavy mT 26 O Diagrama de fase 27 VI – Estrelas de Quarks ? Novos Telescópios - Satélites Telescópio Chandra (Space Shuttle Colombia em 23/07/1999) Observações muito precisas Pulsares, Buracos negros, Planetas http://chandra.harvard.edu -Fotos Buraco Negro Supermassivo no centro da nossa galactia Sagittarius A* (6/01/2003) Animações da Web: supernova, estrela binária x-ray e buraco negro 28 29 Astrofísica Nuclear – Estrelas Compactas Formação e evolução estelar Seqüência Principal Supergigante Vermelha Nome Estrelas de Nêutrons Anãs Brancas Sol Explosão de Supernova M/MSol R (Km) ρ (g/cm3) 1–2 10 – 12 5 x 1014 1 1 5400 7x 105 3 x 106 1.4 Supernovas Estrelas de Nêutrons Estrelas Híbridas. Estrelas de Quarks? 30 Explosão Supernova 31 Regime de Altas Densidades Astrofísica Nuclear – Estrelas Compactas 32 33 Estrelas de Quarks? 34 STRANGE QUARK MATTER AND COMPACT STARS. Fridolin Weber (San Diego State U.), Prog.Part.Nucl.Phys.54:193-288,2005 astro-ph/0407155 35 VI – Projetos de Pesquisa no ITA Íons pesados (RHIC) Estrelas de Nêutrons • Alta temperatura (T ~ 150 MeV) Temperaturas baixas (T < 1MeV). • Baixas densidades bariônicas. Altas densidades (ρ ~ 10 ρo). • Conservação da Estranheza. Estranheza não é conservada. • Não há equilíbrio β . Há equilíbrio β. • • Os mésons dominam (π, Κ). Sistema carregado. Os bárions dominam (nêutrons). Sistema neutro. 36 1. Fase supercondutora de cor na QCD e modelos de quarks ( Marcelo Vidalis e M.M. ) Temperature Early universe Tc critical point ? quark-gluon plasma colour superconductor hadron gas nucleon gas nuclei CFL vacuum ρ0 baryon density Neutron stars 37 2. Efeitos de campo magnético em Magnetars ( Lubianka Ferrari (M) e M.M. ). 3. Estrelas politrópicas carregadas ( Eder Albuquerque (IC) e M.M. ). 4. Espectro mesônico de modelos relativísticos para mésons confinantes. ( Graça Hoinacki (M), Wilson Araújo (PD), Tobias Frederico ). 38 5. Estrutura de Bárions em Modelos de Quarks Relativísticos (Estudo de distribuição de carga e corrente dos quarks no interior do núcleon) ( Edson Suisso (PD), Wilson Araújo (PD), Tobias Frederico ). 6. Teoria Quântica de Campos na Frente de Luz. Corrente eletromagnética de sistemas compostos, e estrutura da função de onda para sistemas compostos em termos das suas componentes no espaço de Fock (componentes exóticas da função de onda de hádrons além da valência). ( Ádnei Marinho (D), Ediana Gambin (D), Tobias Frederico ). 7. Decaimento semileptônico de híperons e bárions pesados na frente de luz. ( Edson Suisso (PD), Wilson Araújo (PD), Tobias Frederico ). 39