Fisiologia do Sistema Reprodutor Masculino

Propaganda
Fisiologia do Sistema Reprodutor
Masculino
Carla Cristina Zeppenfeld
Doutoranda Zootecnia
Introdução
• Durante a gestação, a diferenciação sexual se dá ou
não pela presença do hormônio antimülleriano e da
testosterona, onde a presença desses dois origina o
fenótipo masculino.
•Os testículos diferenciam-se durante a 6ª - 7ª
semana gestacional
Diferenciação sexual
Anatomia
Anatomicamente, o sistema reprodutor masculino é
compreendido pelas seguintes partes:
Testículos e espermatozóides
• Os espermatozóides são produzidos nos
túbulos seminíferos, no qual apresentam
inferiormente as células de Sertoli.
• Testículos: produção de enzimas e hormônios
(especialmente
testosterona),
necessários
espermatogênese.
Estruturas do sistema reprodutor masculino
Pênis:
touro, carneiro e porco têm uma estrutura fibroelástica. Ereção
por relaxamento do músculo retrator do pênis
garanhão: ereção por enchimento do corpo cavernoso
Órgãos acessórios
vesícula seminal e glândulas bulbouretrais grandes no porco
próstata: difusa no carneiro e bode, compacta no cão
Testículos
T. seminíferos  t. retos  rede testicular  epidídimo  v.
deferente  ampola  ducto ejaculatório  uretra
Vesículas seminais
• São duas, durante o ato sexual, cada uma destas
glândulas secreta o líquido seminal, um líquido
viscoso e amarelado, rico em nutrientes.
Próstata
• secreta no interior da uretra o líquido prostático, que
é esbranquiçado, leitoso e alcalino.
• pH alcalino importante para neutralizar a acidez no
interior dos canais deferentes e da vagina.
Glândulas bulbouretrais
• Característica lubrificadora
• 5% do sêmen
Sêmen
• Composição:
1. Líquido das vesículas seminais - quase 60%
2. Líquido proveniente da próstata - cerca de 30%
3.Outros líquidos e espermatozóide -cerca de 10%
• pH médio do sêmen: 7,5
Etapas para formação dos
espermatozóides
Espermatogônias  espermatócitos
primários  espermatócitos secundários 
espermátides  espermatozóides
Espermatogênese
Fonte: rbp.fmrp.usp.br
Espermatogênese em mamíferos
muito sensível às altas temperaturas corporais  antes da
maturidade sexual ou da estação reprodutiva testículos
descem para o escroto  temperatura 4-7oC mais baixa
Escroto possui músculos
Frio  músculos contraem  testículos se elevam
Calor  músculos relaxam  testículos descem
Barreira hematotesticular
→ permite criação de um meio adequado para os
espermatozóides. Por ex., ↑ K+ para manter
espermatozóides em repouso
→ evita passagem dos espermatozóides para o interstício →
provocaria reações inflamatórias
Células de Sertoli
• Realização da nutrição e transformação dos
espermatócitos em espermatozóides.
• Secreção dos hormônios
Fator Inibidor dos ductos de Müller
(MIF)
Estradiol: estimula a
espermatogênese
Inibina: controle da secreção de
FSH
Células de Leydig
• Produção de:
Testosterona
Estradiol
Dihidrotestosterona (DHT)
Controle Hormonal da Espermatogênese
Testosterona (Células de Leydig)
LH – Estimula secreção de testosterona
FSH – Estimula Cel. de Sertoli - Espermiação
Estrogênios – Cel. de Sertoli
GH – divisão inicial das espermatogônias
Hipotálamo - Hipófise
• Metabolismo da testosterona
• Secretada pelos testículos.
• Liga-se à albumina plasmática e a betaglobulina,
• 30 minutos a uma hora na corrente sanguínea,
• Liga-se ao tecido e é transformado em
diidrotestosterona na célula.
Funções da testosterona durante o
desenvolvimento fetal
• Desenvolvimento de caracteres sexuais
masculinos, formação do pênis, bolsa
escrotal, formação da glândula prostática,
das vesículas seminais e ductos genitais
masculinos.
Efeitos da testosterona sobre o
desenvolvimento das características
primárias e secundárias do adulto
• Após a puberdade: aumento do tamanho do
pênis, bolsa escrotal e testículos.
• Distribuição de pêlos corporais
• Efeitos sobre a formação de proteínas e
desenvolvimento muscular
• Efeito sobre o crescimento ósseo e a
retenção de cálcio
• Metabolismo basal
• Efeito sobre os eritrócitos
• Efeito sobre o equilíbrio hidroeletrolitico.
Hormônios do hipotálamo e da adeno-hipófise
• Controle das funções sexuais, começa com a
liberação do hormônio liberador das gonadotrópicas
(GnRH)
• Estimula a secreção de dois hormônios
(gonadotrópicos): luteinizante (LH) e folículo
estimulante (FSH)
• Hormônio luteinizante: secreção de testosterona
pelos testículos
• Hormônio folículo estimulante: espermatogênese
Hormônio liberador das gonadotropinas
(GnRH)
• Secreção: neurônios no hipotálamo;
sistema porta hipotalâmico-hipofisário;
• Transportado pelo sangue até a adenohipofise;
• Estimulação dos hormônios
gonadotrópicos LH e FSH .
Hormônio gonadotropina coriônica
• Liberado pela placenta, durante a gravidez;
• O mesmo efeito do LH
• Formação dos órgãos sexuais masculinos.
Controle hormonal das funções sexuais
masculinas
• Folículo-estimulante
secreta
• (FSH)
Fator liberador de gonadotropina
(GnRH)
Sistema porta
hipotalâmico hipofisário
hipófise anterior
Hormônios luteinizante
(LH)
Folículo-estimulante
(FSH)
Controle hormonal das funções sexuais masculinas
LH
Células de Leydig
Secreção de testosterona
FSH
Células de Sertoli
Formação de estrógenos
Espermiogênese
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
EM AVES
• Consiste em um par de testículos intraabdominais,
túbulos seminíferos, localizados no interior dos
testículos que transportam o espermatozóide até o
epidídimo.
• O ducto deferente origina-se do epidídimo,
seguindo paralelo ao ureter, onde penetra da
parede da cloaca.
• Não existem órgãos acessórios, como vesícula
seminal, próstata e glândula bulbo uretral.
Testiculos
• São oblongos (quando maduros e em atividade
sexual), ou cilíndricos (quando imaturos).
• O testículo esquerdo geralmente é maior que o
direito, e podem variar de tamanho dependendo da
maturidade sexual da ave, da espécie, tamanho e
do ciclo reprodutivo.
Figura : Aparelho reprodutor masculino. A) ave em
época reprodutiva, B) ave fora da época reprodutiva.
Fonte: MAINA, 1996
Curiosidades
Bovinos:
• A produção normal de espermatozóides depende de fatores
ambientais, (luminosidade, temperatura e estresse),
nutricionais e genéticos.
• Não adianta dar testosterona para o animal sem libido. Na
verdade, essa testosterona exógena faz com que ocorra
degeneração testicular.
• Puberdade não significa maturidade sexual. Alguns animais
iniciam sua primeira produção de espermatozóides ainda
jovens, porém não estão maduros sexualmente, pois eles
ainda não estão na sua normalidade de produção espermática,
e as vezes não apresentam estrutura corporal para efetuar a
cópula completa.
Download