Discurso proferido pela Deputada Carmen Zanotto (PPS/SC) na

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Discurso proferido pela Deputada Carmen
Zanotto
(PPS/SC) na sessão de
/
/ de 2015.
Falta de aparelhos de radioterapia afeta milhões de
brasileiros
Senhor Presidente
Nobres Parlamentares
Os desafios nacionais referentes ao tratamento do câncer
têm sido pautados em reportagens no Programa Bom Dia
Brasil, da Rede Globo de Televisão.
As informações mais citadas têm a ver com diretriz da
Organização Mundial da Saúde (OMS) que prevê
necessidade de um aparelho de radioterapia para
cada 300 mil habitantes.
Na mesma matéria foi divulgado que o Brasil
precisaria ter 680 máquinas, mas o país tem apenas
357.
Na edição de hoje, pela manhã, o programa abordou
sobre os 80 aparelhos de radioterapia prometidos há
mais de três anos pelo governo federal.
Conforme foi noticiado ontem, pelo mesmo programa,
os aparelhos foram comprados, mas nenhum hospital
por ora recebeu as máquinas.
A matéria vai além, pois revela que nenhum dos
equipamentos chegou ao Brasil. Todos são de um
modelo de uma fabricante americana, destinados a 62
cidades do país.
A Rede Globo atribuiu a falta de planejamento e
excesso de burocracia para a demora.
Quero resgatar que nós da Frente Parlamentar de
Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer,
que tenho a honra, o compromisso e desafio de
presidir, havíamos antecipado esse assunto.
No último dia 2, de setembro, promovemos
audiência pública cujo tema foi a política de
fortalecimento para o enfrentamento do câncer no
país.
Essa iniciativa foi uma resposta ao requerimento que
remeti ao governo federal a fim de que nos fosse
compartilhado o quadro real nessa área do
tratamento do câncer.
Na oportunidade, o Departamento de Atenção
Especializada e Temática do Ministério da Saúde
apresentou o Plano de Expansão da Radioterapia do
SUS.
Portanto, muitas das informações debatidas na
reportagem foram previamente apresentadas na
referida audiência pública.
O Ministério da Saúde justificou ter conseguido nos
últimos quatro anos aumentar em 45% os recursos
para o tratamento do câncer no Brasil e ampliar em
25% o número de equipamentos para radioterapia.
Importa verificar o quanto esse assunto é
importante, tanto que tem repercutido
sistematicamente nos meios de comunicação.
É fácil compreendermos o interesse pelo assunto.
Em algumas cidades, o pacientes aguardam meses
para conseguir começar o tratamento do câncer.
A lei dos 60 dias como período máximo para se dar
início aos procedimentos, infelizmente, ainda não é
realidade.
As 80 máquinas recentemente compradas para
radioterapia, frisa a reportagem, ainda não entraram e
operação.
Enfim, senhor presidente.
Nós da Frente Parlamentar de Prevenção,
Diagnóstico e Tratamento do Câncer temos muito a
fazer.
Aliás, aproveito para informar que amanhã partirá
para Barretos, no interior do Estado de São Paulo,
uma Visita Técnica, formada por membros desta
Casa, para conhecer, in loco, as dependências do
Hospital de Câncer da cidade.
Essa unidade é reconhecida como referência
nacional no tratamento dessa enfermidade. Tem o
mérito de atender pessoas com câncer de todo o
Brasil, apoiado em programas de prevenção, ensino
e pesquisa. E é bom frisar, o hospital é totalmente
financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Retomando a repercussão que a Rede Globo vem
dando a respeito das condições logísticas para o
tratamento da doença, vale ressaltar que a imprensa
está atenta a esse desafio.
A sociedade clama por soluções e o mais
importante: as pessoas que lutam contra o câncer
tem a esperança, digo mais, tem o direito de serem
assistidas conforme preceitua nossa Carta Magna,
quanto a fazer do acesso à saúde uma questão de
cidadania.
Solicito que o pronunciamento seja dado como lido e
enviado ao programa Voz do Brasil para ser
divulgado.
Muito obrigada!
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