ICGMT. Fortaleza, 2010

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DECLARAÇÃO
DE FORTALEZA
A TERMOGRAFIA É UMA IMPORTANTE INVESTIGAÇÃO na área de saúde nas fases de
diagnóstico, tratamento e prognóstico em diferentes especialidades médicas e afins. Trata-se de método não invasivo, inócuo para a saúde humana, que se dedica ao registro da variação da produção
de calor do corpo humano e sua termorregulação. Investigando, deste modo a atividade vasomotora
referente aos sistemas neurovegetativo simpático, musculoesquelético, vascular e visceral.
A temperatura humana e um sinal vital que pode ser aferido em um único ponto (oral, axilar, timpânica, retal, esofágica, visceral) ou em diversos pontos cutâneos (termografia) para conhecer e controlar a
termorregulação e as doenças a ela relacionadas. Esta ultima de forma muito mais ampla e complexa
resulta no diagnostico de muito mais doenças devido espectro de informações registradas e analisadas
ao longo do tempo. Portanto, mapeando toda uma distribuição térmica e monitorando a atividade
vasomotora dos fenômenos biológicos neuroimunovasculares. Os compêndios clássicos de Fisiologia,
Imunologia e Patologia Médicas são fartos da descrição destes fenômenos biológicos envolvidos nas
mais diversas doenças, entretanto são muitas vezes despercebidos na pratica clinica por falta de sua
adequada identificação, interpretação diagnostica e o conhecimento do método.
A Termografia abrange o estudo dos fenômenos térmicos biológicos normais e sob condições especiais, como no estresse (produção e gasto de energia, distúrbios humorais, neuroimunológicos,
endócrinos e metabólicos), bem como, de várias doenças a estas condições relacionadas (alterações/
disfunções/anomalias térmicas, febre, hipertermia, hipotermia, inflamação, isquemia, neuropatias,
tumores, cicatrização). Assim sendo, a termografia, subárea de Termologia Médica, tem aplicação
dentro de diversas especialidades da área de saúde, médicas, afins e subáreas de atuação.
Na atualidade amplia-se seu emprego no registro da perfusão intravisceral perioperatória de órgãos
como fígado, coração, rins, pulmões, pâncreas, cérebro, extremidades durante procedimentos cirúr-
gicos. Bem como identificação de estados febris em epidemias infecto-contagiosas. Além do controle
terapêutico e prognóstico de diversas enfermidades, destes estudos resultando definidos padrões termográficos que se constituem em valiosos subsídios para prática médica.
Portanto, trata-se de exame complementar diagnóstico fundado em bases científicas sem qualquer
resquício de empirismo. Presente no rol de procedimento da Associação Médica Brasileira/Conselho
Federal de Medicina/Agência Nacional de Saúde sob denominação de termometria cutânea é realizada em quantidades de acordo com extensão do exame. Trata-se portanto de recurso diagnóstico
recente que necessita para sua plena realização de normas básicas, afim de que cumpra os objetivos
de mais uma investigação científica a serviço da classe médica no trato diário com seus pacientes.
Requisitos básicos para sua utilização correta na prática médica.
Consideradas as situações acima expostas e com o propósito de disponibilizar aos pacientes todos os
meios disponíveis para seu diagnóstico, tratamento e controle evolutivo, algumas recomendações essenciais surgiram desta reflexão sobre o tema que na seqüência estão detalhadas:
a) Quanto à indicação. Deve sempre guardar relação com o exame clínico efetuado no paciente.
Não deve o profissional se olvidar de que é recurso técnico complementar no diagnóstico e importante na evolução do estado mórbido e no controle de tratamento. Estas informações clínicas devem
constar obrigatoriamente da requisição do exame, com especial ênfase para o diagnóstico diferencial.
As áreas médicas diretamente relacionadas com a solicitação deste exame: todas.. Recomenda-se que
todas as sociedades de especialidades estudem e compreendam mais as indicações no âmbito de sua
própria área.
b) Quanto ao treinamento profissional. Deve ser realizado por profissional capacitado em centro de referência devidamente reconhecido. Deve o profissional além do conhecimento no método,
mas, também na área de especialidade que atuará.
c) Quanto ao procedimento. Deve seguir os princípios éticos de respeito ao paciente. A presença
de auxiliar durante o exame é imprescindível no respeito ao pudor do paciente. As normas técnicas
básicas de preparo ao exame, como estabilização térmica do paciente, bem como do ambiente de
procedimento, com controle da temperatura e umidade da sala, e posicionamento correto do paciente
para captação das imagens.
d) Quanto aos resultados dos exames. Os resultados deve ser fornecidos na forma de laudos
que tenham uma apresentação adequada, linguagem objetiva, clara e concisa. Todas as imagens
devem constar de escala de cores de referência para quantificação dos dados e avaliação qualitativa
da distribuição térmica. Lembrando sempre de que se trata de exame complementar diagnóstico a
clínica e demais exames complementares.
e) Quanto ao controle e seguimento de pacientes. Todos os resultados devem ser guardados
em arquivos computadorizados, respeitando o sigilo de informação, para posterior consulta ou comparação com exames mais recentes. No caso de controle de epidemias deve haver mecanismos para
rápida comunicação às instituições sanitárias.
f) Quanto às investigações periciais. Para documentação em casos de litígio a avaliação de
corpo inteiro é imprescindível na procura de todas as alterações e fenômenos anormais separando
as anormalidades envolvidas ou não com a lide. Portanto a análise de múltiplos segmentos segundo
exigências do Conselho Federal de Medicina levando-se em conta todos os itens acima.
Recomendam-se as instituições presentes neste certame que considerem estas diretrizes básicas indispensáveis ao método a fim de que a sua utilização seja feita por profissionais competentes com
treinamento em centros especializados aumentando desta forma, mediante o emprego de protocolos
próprios, para o correto diagnóstico de seus pacientes.
Fortaleza 08 de
outubro de 2010.
Roberto de Oliveira Rocha
Marcos Leal Brioschi
Adolfo Marcondes Amaral Neto
Manoel Jacobsen Teixeira
Charlize Kessin de Oliveira Sales
Francisco Miguel Roberto Moraes Silva
Vitor Hugo da Silveira Ferrão
Jorge Eduardo Fouto Matias
Irineu Alves Ferreira
Lin Tchia Yeng
Jesus Júnior
Mario Augusto Silva Freitas
Karina Rodrigues Subi
Francisco Erisvtow Nogueira
Nivaldo Teles
Giovanna Abreu Franco
Helena Hideko Seguchi Kaziyama
Gilberto Luiz de Paula
Rodrigo de Paula Alvarez Suarez
Wellington Luís Fagundes Braun
Hideki Hyodo
Daniel Colman
Aníbal Octávio de Castro Franco
Luciane Fachin Balbinot
Angelo Manoel G. Carstens
Cristina HF de Oliveira Nogueira
Antonio Carlos de Camargo Andrade Filho
Ho-Yeol Zhang
Jose Fernando Macedo
Hisashi Usuki
Márcia Maria Peixoto Leite
Kamayni Agarwal-Kozlowski
Rose Andreía Miranda Figueira
Robert Glenn Schwartz
Severino Alves Junior
Gheorghe Ovidiu Serbu
Tatiana Mesquita
Colatoni Alberto Tomas
Marcus Costa Araújo
Fabio Prieto
Railda Shesea Taveira Rocha do Nascimento
Joaquim Ricardo Cangue
Aura Conci
Tania Maria Moller Bastos
Leonardo Mozzaquatro
Geraldo Henrique Mascarenhas da Silva
Diogo Bonifácio
Thadeu Brenny Filho
Roger Remini
Joaci Oliveira de Araujo
Cesar Pereira Moreira da Silva
Paulo Alves de Freitas
William Magna Maldonado
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