Déficit nas contas dificulta alta do PIB, diz economista

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Economia ­ Déficit nas contas dificulta alta do PIB, diz economista; veja repercussão
G1
01/09/2015
ECONOMIA
31/08/2015 18h23 ­ Atualizado em 01/09/2015 12h17
Déficit nas contas dificulta alta do PIB,
diz economista; veja repercussão
Governo prevê fechar 2016 no vermelho, mas projeta alta de 0,2% do PIB.
'Conta não fecha', afirma analista, que vê maior risco de rebaixamento.
Darlan Alvarenga e Karina Trevizan
Do G1, em São Paulo
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Pela primeira vez, o governo entregou ao Congresso Nacional um projeto de Orçamento prevendo
gastos maiores que as receitas (déficit). A estimativa para 2016 é de déficit de R$ 30,5 bilhões, o
que representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), disse o ministro Nelson Barbosa, do
Planejamento, nesta segunda­feira (31).
ESTIMATIVAS DO ORÇAMENTO
2016 Déficit de R$ 30,5 bilhões
Salário mínimo de R$ 865,50
Inflação de 5,4%
Crescimento da economia de 0,2%
O documento traz ainda a previsão
decrescimento econômico de 0,2% no ano
que vem. O mercado financeiro, porém, estima
umaretração de 0,4% em 2016.
Em entrevista no Palácio do Planalto nesta
segunda­feira (31), Nelson Barbosa afirmou
que o governo continuará adotando medidas
para melhorar os resultados das contas
públicas em 2016 por meio do aumento de
tributos e venda de participações acionárias,
além de novas concessões.
Analistas ouvidos pelo G1 consideraram a
projeção para o PIB pouco realista e avaliaram
que aumenta o risco de o Brasil perder o
chamado grau de investimento – espécie de
selo dados pelas agências de classificação de
Ministro da Fazenda diz que mira em
superávit fiscal em 2016
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Política
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Dilma Rousseff
Joaquim Levy
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Nelson Barbosa
risco para países considerados bons pagadores.
Veja abaixo a repercussão de especialistas em economia ouvidos pelo G1:
Jason Vieira, economista­chefe da Infinity Asset Management
"O problema é o seguinte: o governo ano passado errou no PIB e acho que vai errar de novo,
porque provavelmente não terá crescimento em 2016.
Renan Calheiros
Senado
Não sei se existe um ranço natural do governo
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Economia ­ Déficit nas contas dificulta alta do PIB, diz economista; veja repercussão
ORÇAMENTO 2016
Ministros entregaram projeto ao Congresso
déficit previsto: R$ 30,5 bilhões
entenda o que é déficit
inflação estimada: 5,4%
previsão para o PIB
impostos vão subir
repercussão política
repercussão no mercado
risco de corte da nota do país
beth cataldo: faltam reformas
rombo no INSS
aumento de gastos
em não soltar uma notícia dessa para não
parecer que o oficial em si está dando sinal de
que vai haver um recuo da economia. O
problema é que quando você se pauta no
crescimento do PIB, você tem um elemento
numérico e matemático nisso. Então, se você
não crescer nem 0,2%, quer dizer que o déficit
vai ser maior do que 0,5% do PIB.
O governo de certa maneira colocar que ele
entende que vai haver um processo não
recessivo e que vai ter um déficit primário, não
exime as agências de classificação de risco, de
repente, de não gostarem disso e tirarem o grau
de investimento do país."
Nelson de Sousa, economista e professor
de Finanças do Ibmec/RJ
"Não quero fazer um comentário com viés
político, mas é uma confissão de fracasso. É
mais ou menos estar dizendo: ‘Tem isso aqui
para gastar, tem isso para arrecadar e não
temos ideia de como fazer’.
primeira página
José Dirceu é indiciado na
Lava Jato
Outros 13 também foram indiciados,
entre eles, o ex­tesoureiro do PT João
Vaccari e o ex­diretor da Petrobras
Renato Duque. Agora, MP vai avaliar se
oferece denúncia.
Esse tipo de coisa gera mais pressão, mais
insegurança e mais instabilidade. Mas o déficit
terá que ser resolvido, e a forma de se resolver
isso é emitir moeda, o que é muito ruim, ou
emitir dívida, que implica em reajustar mais
ainda a taxa de juros, que já beira 14,5% ao
ano.
Infelizmente, estamos encaminhando para a
perda do grau de investimento. Isso não deve
ocorrer nos próximos 3 meses, mas estamos
dando passos nessa direção.
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de uma ação criminal
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da Petrobras que não
tem o que 'dedurar'
Após reunião, Cunha
diz manter relação
'institucional' com
Dilma
E o governo veio com essa previsão de crescimento de 0,2% do PIB em 2016. Acho que nem
mesmo o governo acredita nesse número. A conta não fecha. Falta realismo. A questão é que
precisamos ter uma reversão de expectativas."
Julio Miragaya, vice­presidente do Conselho Federal de Economia
“O Orçamento que foi encaminhado reflete a realidade. Seria muito difícil o país fazer superávit
primário. O que a gente tem é uma queda da receita por conta da própria retração da atividade
econômica e um crescimento gradativo das despesas, especialmente daquelas vinculadas a
gastos sociais, como educação e saúde, dos quais a própria sociedade não aceita redução. A
cobrança da sociedade é essa, e o Estado tem que atender. E aí não cabe no Orçamento.
Independentemente de problemas de gestão dos recursos públicos, existe uma cota de programas
sociais que não está cabendo no Orçamento. No ano passado, tentou­se usar alguns de artifícios
para driblar a real situação e agora estamos trabalhando com dado verdadeiro. Nessa equação,
não há como trabalhar com superávit primário.
Renan diz não
cogitar devolver
Orçamento
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Outro ponto importante é o gasto com juro da dívida pública em torno de 7,5% do PIB. Não basta
gerar um superávit primário, o fundamental é quanto o país está gastando com juros na dívida
pública. Eu prefiro ter um déficit de 0,5%, mas com gasto com juros a 4,5%, do que que gerar
superávit de 1% com gasto com juros de 6%. O fundamental está nessa conta.”
Tharcisio Souza Santos, diretor do MBA da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP)
“O dado é horrível. Isso não pode ficar desse jeito, vai ter que encontrar uma solução porque a Lei
de Responsabilidade Fiscal é muito clara: você não pode deixar o sistema de déficit primário. Foi
tudo mal feito, como sempre. Lançaram o balão de ensaio da CPMF e perceberam que não ia ter
clima para aprovar, então resolveram mandar do jeito que estava. O único ponto positivo é a
transparência do tamanho do déficit.
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Na realidade, isso significa uma garantia de que a relação entre a dívida e o PIB vai aumentar. O
governo precisava fazer uma reestruturação econômica cortando despesas, muito mais do que as
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Economia ­ Déficit nas contas dificulta alta do PIB, diz economista; veja repercussão
do ajuste fiscal, que só pesaram no bolso do contribuinte. Houve aumento de carga tributária aqui e
ali e uma judiação social, como o atraso do pagamento da primeira metade do pagamento aos
aposentados. Não é isso que tem que fazer. Tem que cortar na carne, reduzir os ministérios. A
redução pra 29 é absolutamente ineficaz, tem que fazer um negócio mais pesado – até porque
ninguém consegue governar com essa quantidade de ministros.
A previsão para o PIB, de alta de 0,2%, acho de um otimismo atroz. Neste ano, nós devemos fazer
um resultado negativo acima de 2% e no ano que vem, se tudo correr muito bem, cair 0,5%. A
economia está completamente parada, o resultado não é para fazer um crescimento de 0,2% que
vem. Estamos no meio de uma estagnação da brava. Naturalmente, não é nada parecido com a da
época do Collor de 1990, ainda tem poço para descer. Mas não vai ser muito melhor.”
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tópicos:
Dilma Rousseff, Joaquim Levy, Michel Temer, Nelson Barbosa, Renan
Calheiros,Senado
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