Aula 2 - Instituto Siegen

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Aula 2
1. O cenário competitivo do século XXI
O cenário competitivo do século XXI
Qual é o limite de uma indústria? Quais produtos ela pode produzir?
O que uma farmácia moderna pode vender?
Qual a diferença entre um mercado e uma padaria?
Qual a vantagem das fusões de organizações de diferentes ramos de
atividade?
Definir a limite atual das indústrias pode ser mais complexo de determinar
que os próprios produtos por ela produzidos, como as redes de TV ABC, CBS,
Fox, HBO e outras que competem com a AT&T, Microsoft e Sony, por umas
entrarem nos mercados das outras, como a MSNBC, que pertence à fusão da
rede de TV NBC, que por sua vez pertence à GE e a Microsoft, que tem
parceria com outras organizações do ramo produtivo e de entretenimento.
Com o aumento exponencial da demanda por vídeo e as conexões móveis,
a Walt Disney se associou com empresas de celulares para oferecer este novo
produto para crianças.
Estes e outros exemplos demonstram como é difícil determinar os limites e
as estratégias das indústrias e como o mercado pode se tornar, de um dia para
outro, de favorável a saturado, como uma indústria pode ter o diferencial
competitivo de um ramo e no instante seguinte, uma gigante de outro setor se
aventura a ofertar produtos e serviços que não lhe pareciam naturais e então
se mostraram as donas do pedaço.
O pensamento gerencial tradicional, a economia de escala, grandes verbas
de marketing e outros artifícios para geração de competitividade já não mais se
demonstram eficazes com concorrente de peso e know-how num mercado
novo, que é comumente conhecida como hiperconcorrência.
A hiperconcorrência é descrita quando as hipóteses de estabilidade do
mercado são substituídas por conceitos de instabilidade inerente e mudanças.
A hiperconcorrência é a dinâmica das manobras estratégicas entre
concorrentes globais e inovadores.
Os principais drivers da hiperconcorrência são o surgimento de economia e
tecnologia globalizadas e mudanças tecnológicas, especificamente rápidas.
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A economia globalizada
O que é globalização?
Uma economia globalizada é aquela na qual bens, serviços, pessoas,
habilidades e idéias cruzam livremente as fronteiras geográficas. Relativamente
liberada das restrições artificiais, tais como tarifas, a economia globalizada
amplia e complica significativamente o ambiente competitivo de uma empresa.
Oportunidades e desafios interessantes estão associados ao surgimento da
economia globalizada. Por exemplo, a Europa, e não mais os Estados Unidos,
é atualmente o maior mercado mundial, com potenciais 700 milhões de
clientes. A União Européia e outros países da Europa Ocidental também têm
um PIB 35% maior do que o PIB Norte-Americano. A economia da China é
maior que a do Canadá. De 1986 a 2005 a China retirou 400 milhões de seus
habitantes da renda de US$1,00/dia. A Índia é a 4ª economia mundial. Até
2050 se estima que EUA, China, Índia, Japão, Grã-Bretanha, França,
Alemanha e Coréia do Sul sejam as maiores economias do mundo e que
Rússia e Itália irão retroceder.
A GE estima que 60% do crescimento de sua economia seja por conta de
suas instalações em países em desenvolvimento como China e Índia, muito
mais do que manter suas plantas apenas em países desenvolvidos.
Quais serão seus competidores locais e mundiais? Haverá concorrência ou
hiperconcorrência?
A GE estima que até 2024 a China será o maior mercado consumidor de
eletricidade e de financiamento de consumidores, outro dos negócios da GE.
A FEDEX estima que em não mais que 10 anos a maior parte do aumento
de sua receita será gerada por negócios fora dos EUA. O Brasil e a Índia são
dois mercados nos quais a FedEx está fazendo investimentos significativos.
A Marcha da Globalização
Globalização é a interdependência econômica cada vez maior entre os
países e suas organizações de acordo com o refletido no fluxo de bens e
serviços, capital financeiro e conhecimento através das fronteiras dos países.
Por que globalizar uma organização?
O que fazer com o excedente de produção? Diminuir os preços para
atender a demanda ou exportar?
Onde o minério de ferro é mais barato? Onde a mão de obra é mais barata?
Onde se fazem os melhores projetos? Onde se consome?
O Wal-Mart estou e desenvolveu um plano de negócios para os EUA,
aplicou o mesmo formato no Canadá com grande acerto, replicou no México, e
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obteve resultados acima da média. Com o plano aprendido e desenvolvido
expandiu seus negócios para Europa, América do Sul e Ásia, num total de
3.600 lojas sendo 1.500 internacionais e 330.000 funcionários.
Seu concorrente direto é o grupo Carrefour com 495.000 empregados,
operações em 31 países 15.430 lojas num total de 17.912m² de lojas. Não se
engane, pois apesar dos números, o Wal Mart é o maior verejo do mundo. O
Wal Mart ainda conta com outras marcas como Sam’s club, Big e mais 52
outras bandeiras, entre elas, o McDonalds de onde, apenas em 2004 obteve
47% de seu faturamento.
A Toyota enfatizou sua estratégia primária em confiabilidade e qualidade de
seus produtos, esta ação estratégica modificou o mercado mundial, pois
praticamente qualquer carro conta com um melhor atendimento e uma melhora
em sua qualidade para que as montadoras pudessem competir com a Toyota.
Seja no lado empresa ou cliente, ambos precisam lidar com outro fator de
competitividade globalizada, os funcionários se globalizaram e as pessoas
podem vir de qualquer lugar, o que tende homogeneizar os padrões de
qualidade.
No ramo econômico, no Brasil, o que se traduz como vantagem competitiva
de ser um player mundial, como o Banco Santander, DeutscheBank, Citi
Group, e outros, existe o fator de desvantagem competitiva que é quando as
companhias precisam se ambientar, como conhecido no Brasil com a
tropicalização. No Brasil, o único banco internacional que obteve sucesso foi o
grupo ABN, recentemente adquirido pelo grupo Santander, que aplica sua
estratégia no volume, no ganho de escala para garantir sua perpetuação.
A adaptação é importante para que o cliente aceite o estrangeiro, mas é
importante enfatizar que a administração estratégica deve entender que seu
mercado original ainda deve ser obedecido.
O processo de administração estratégica é o conjunto de completo de
compromissos, decisões e ações necessários para que a empresa obtenha
vantagem competitiva e retornos acima da média.
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Tecnologia e Mudanças Tecnológicas.
Difusão da tecnologia e tecnologias disruptivas
Analise abaixo a tabela de tempo de difusão das tecnologias:
Produto
Ano de
Invenção
População
americana
Telefone
TV
Rádio
PC
Internet
1860
1927
1906
1975
1969
71.330.477
193.883.810
141.360.953
250.783.573
228.899.049
Anos para
atingir 25%
da
população
35
26
22
16
7
Qual foi a
mais rápida?
Quando um produto atinge uma rápida disseminação pela população a
vantagem competitiva das organizações passa a ser a inovação destes
produtos. Por isso a regionalização é o primeiro diferencial competitivo das
organizações.
Atualmente, a média das organizações é de 12 a 18 meses para coletar
dados de mercado e a tomada de decisão em relação ao mercado e seus
concorrentes.
E a China?
A cultura local sustenta a imitação, imita-se de tudo, de iPhone (HiPhone),
pen drivers(Kinqstone), celulares (Nckia), notebooks (VAIC, LQ, Bell), pilhas
(SQNY), carros (Chevrolet => Cherry) a professores (Steven Zuckerberg =>
Wang Hongzhe). A vantagem competitiva dos chineses é a mão de obra
barata, o não cumprimento OMC ou qualquer outra norma.
Com a atual velocidade de difusão tecnológica as patentes já não mais
asseguram a vantagem competitiva das empresas.
As tecnologias disruptivas, aquelas que destroem o valor de uma tecnologia
existente e criam novos mercados, surgem com uma freqüência cada vez
maior nos mercados competitivos atuais. Pense nas oportunidades criadas a
partir de produtos como CD, Celulares, MP3, WiFi, Wii, entre outros.
Estas tecnologias podem acabar com o mercado das incumbents, que são
empresas estabelecidas no mercado e que podem quebrar, caso não se
adéqüem ao novo cenário competitivo, como é o caso da Iomega e seus zip
drives e os pen drives mais espaçosos.
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As economias nas Eras.
A primeira economia foi o escravocrata, depois do comércio, seguida pela
revolução industrial e agora a Era da informação. Qual será a próxima
economia?
Tendo considerado que a informação se tornou mais valiosa que o produto,
pois as tecnologias estão disponíveis no mercado, o que tornava a informação
cara e inútil, tendo em vista que o diferencial era a economia em escala,
patente e o domínio de uma tecnologia. Em breve a informação estará
disponível a todas as organizações com a criação e a difusão das redes
neurais, onde cada pequena empresa poderá ter sua base de conhecimento
(informação, inteligência e expertise) com base num banco de dados único e
público, como a Wikipédia.
A informação se tornará pouco valiosa, então o diferencial competitivo
será...
Exercício:
País
Impostos
Brasil
México
Guatemala
EUA
35%
30%
25%
8%
Erwin Alexander Uhlmann
Mão
Obra
$5/h
$4,8/h
$2,3/h
$25/h
de Matéria
base
$58/ton
$61/ton
$128/ton
$72/ton
Desenvolvimento
$25/h
$25/h
$209/h
$25/h
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