2 Graduado em Nutrição e pós-graduando em Nutrição Clínica pelo

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Anais do I Congresso de Saúde DeVry | UNIFAVIP - "Saúde Humanizada:
sujeitos, práticas e perspectivas em busca de uma qualidade de vida em sociedade" ISBN: 978-85-5722-008-9
ARTIGO ORIGINAL - NUTRIÇÃO CLÍNICA
PREVALÊNCIA DE MÁ NUTRIÇÃO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS ATENDIDOS NO CENTRO DE ONCOLOGIA DE
CARUARU- PERNAMBUCO
DANIELA OLIVEIRA PROCORIO, PEDRO HENRIQUE SIMÕES BEZERRA, ANA BOLENA DE LUNA SIQUEIRA, THAYS
KALLYNE MARINHO DE SOUZA
2
Graduado em Nutrição e pós-graduando em Nutrição Clínica pelo Centro
Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP/DeVry). Pós-graduando em
Prescrição de Fitoterápicos e Suplementação Nutricional Clínica e Esportiva pela
Universidade Cândido Mendes (UCAM).
3
Mestre em saúde humana e meio ambiente, Professor do Curso de Nutrição,
Centro Universitário do Vale do Ipojuca – (UNIFAVIP/DEVRY) Caruaru,
Pernambuco, Brasil.
4
Doutora em Nutrição (Bases Experimentais) – UFPE, Especialista em Nutrição
Clínica - Hospital das Clínicas/UFPE, Nutricionista – UFPE, Recife, Pernambuco,
Brasil.
Introdução: O câncer tem sido considerado uma enfermidade de grande
importância sanitária por sua alta mortalidade, sendo responsável pela maior
parte das mortes em todo o mundo, e também por outros fatores como a
diminuição da qualidade de vida tanto do paciente como dos seus familiares.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o câncer no Brasil tem ganhado grande
relevância pela sua elevada incidência nos últimos anos. Os fatores externos,
genéticos e alimentação inadequada são os maiores contribuintes para o
desenvolvimento da patologia. Objetivo: Avaliar o estado nutricional dos
pacientes oncológicos em tratamento em um Centro de oncologia de CaruaruPernambuco. Métodos: Foi realizado estudo transversal descritivo nos meses
setembro e outubro de 2015. Participaram do estudo homens e mulheres, adultos
e idosos com diferentes tipos de neoplasias. Após a leitura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido e autorização, os dados foram coletados;
através de um Questionário Socioeconômico e Demográfico, Avaliação Nutricional
Subjetiva- Produzida pelo Paciente e Avaliação Antropométrica. Resultados e
discursão: Do sexo feminino foram entrevistados 54% (n=27) e 46% (n=23) do
sexo masculino, com idades entre 27 e 92 anos, sendo 25 adultos e 25 idosos,
60% (n=30) possuíam doenças associadas como diabetes, hipertensão, artrite e
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doenças cardiovasculares, 60% (n-30) cursaram apenas o primeiro grau e 48%
(n=29) não são acompanhados por nutricionistas. Marques em um estudo com 61
pacientes com câncer, em um hospital particular na cidade de São Paulo,
observou que as características socioeconômicas e demográficas podem
influenciar na adesão aos tratamentos, porem em seu estudo não se identificou tal
fato, o que pode ser explicado pela presença de alto nível de escolaridade e
condições socioeconômicas satisfatórias. A presente pesquisa foi divergente,
verificou-se que a maioria, equivalente a 52%, cursou apenas o 1ºgrau, 60%
(n=30) relataram receber apenas 1 salário proveniente do auxilio doença e
aposentadoria, 92% (n=46) depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para
realizar os tratamentos e atendimentos médicos e 58% (n=29) não realizavam
atendimento nutricional, pois não era exigido pela clínica, e relataram não terem
condições financeiras para se locomover de suas cidades apenas para o
atendimento nutricional, já que grande parcela são de cidades circunvizinhas. Nas
características gerais foram observados os tumores de mama, próstata e no trato
gastrintestinal, sendo os que tiveram maior prevalência, 32% (n=16), 24% (n=12)
e 16% (n=8) respectivamente. Mais da metade dos pacientes já tinham realizado
cirúrgia ou estavam em quimioterapia. Em adultos, o parâmetro prevalente foi a
eutrofia sendo 18% (n=9) e em idosos o sobrepeso 30% (n=15). Em adultos, o
parâmetro prevalente foi a eutrofia sendo 18% (n=9) e em idosos o sobrepeso
30% (n=15).
A partir do peso habitual observou-se que os pacientes eram
classificados com alto índice de obesidade, e que mesmo 58% dos pacientes
tendo redução no seu peso, e com a diminuição da ingestão alimentar que
ocorreu em 44% dos indivíduos da amostra, o gasto energético ocasionado pela
ação tumoral e tratamentos não tornaram os pacientes desnutridos, apenas 22%
(n=11) foram classificados com baixo peso. Conclusão: Conclui-se que pacientes
com câncer por si só estão predispostos a sofrerem alterações em seu estado
nutricional, o que pode acarretar maiores complicações e até levá-lo a morte.
Grande parte dos pacientes diminuiu o seu peso corporal significativamente, e
mesmo a prevalência de má nutrição não ter sido alta, ressalta-se a importância
do acompanhamento nutricional periodicamente a fim de facilitar e favorecer os
tratamentos antineoplásicos, diminuir os efeitos colaterais e desconfortos
decorrentes dos mesmos, dando-lhes assim uma melhor qualidade de vida e
sobrevida.
Palavras chaves: Avaliação nutricional; Desnutrição; Câncer.
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Tipo de trabalho: Trabalho original
Área: Nutrição Clínica
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