MARÉS Argeu Vanz – oceanólogo, msc [email protected] DEFINIÇÃO Subida e descida periódicas do nível do oceano e de outros corpos de água ligados a ele (estuários, lagunas), causadas principalmente pela ação gravitacional da lua e do sol sobre a Terra. F = G. m1.m2 d2 TIPOS de MARÉGRAFOS •MECÂNICOS, ELETRÔNICOS, ECO-BATÍMETROS INVERTIDOS, APARELHOS SONAR (plataformas) •RADAR E PIEZOELÉTRICO Radar Piezoelétrico Mecânico TIPOS de MARÉGRAFOS •MECÂNICOS, ELETRÔNICOS, ECO-BATÍMETROS INVERTIDOS, APARELHOS SONAR (plataformas) •RADAR E PIEZOELÉTRICO Radar Piezoelétrico Mecânico TERMINOLOGIA PREIA-MAR (ou preamar) ou maré alta - nível máximo de uma maré cheia. BAIXA MAR ou maré baixa - nível mínimo de uma maré vazante. ESTOFO - curto período em que não ocorre qualquer alteração na altura de nível. MARÉ ENCHENTE - período entre uma baixa-mar e uma preia-mar sucessivas, quando a altura da maré aumenta. MARÉ VAZANTE - período entre uma preia-mar e uma baixa-mar sucessivas, quando a altura da maré diminui. ALTURA DA MARÉ - altura do nível da água, num dado momento, em relação ao plano do zero hidrográfico. ELEVAÇÃO DA MARÉ - altitude da superfície livre da água, num dado momento, acima do nível médio do mar. AMPLITUDE DE MARÉS - variação do nível das águas, entre uma preia-mar e uma baixa-mar imediatamente anterior ou posterior. TERMINOLOGIA MARÉ DE QUADRATURA - maré de pequena amplitude, que se segue ao dia de quarto crescente ou minguante. MARÉ DE SIZÍGIA - as maiores amplitudes de maré verificadas, durante as luas nova e cheia, quando a influência da Lua e do Sol se reforçam uma a outra, produzindo as maiores marés altas e as menores marés baixas. MARÉ METEOROLÓGICA - Sobreelevação do nível do mar causada por efeitos meteorológicos (vento, pressão atmosférica). A designação é imprópria seria uma sobreelevação do nível do mar. MARE VERMELHA - Nome comum para designar a proliferação excessiva de micro-algas (fitoplancton) em águas marinhas, de transição ou interiores, cujos pigmentos fotossintéticos dão tonalidade avermelhada, acastanhada ou esverdeada a essas águas. ZERO HIDROGRÁFICO - nível de referência a partir da qual se define a altura da maré; é variável de país para país, muitas vezes definida pelo nível da mais baixa das baixa-mares registradas (média das baixa-mares de sizigia) durante um dado período de observação maregráfica. •Sonda reduzida (Sr): altura de água entre o Zero Hidrográfico e o fundo. •Sonda à hora (sh): altura do nível de água acima do fundo, num determinado momento. SISTEMA SOL -TERRA - LUA SOL x LUA MASSA Sol: 1,9891 × 1030 kg Lua: 7,349 x 1022 kg DISTÂNCIA DA TERRA Lua: 384 405 km em média, Sol: 150 milhões de km em média LUA É A PRINCIPAL GERADORA DAS MARÉS Atração exercida pelo Sol é de apenas 46% da exercida pela Lua. R. Boczko IAG-USP R. Boczko IAG-USP R. Boczko IAG-USP R. Boczko IAG-USP R. Boczko IAG-USP MARÉ DE SIZÍGIA (VIVAS) E MARÉ DE QUADRATURA (MORTAS) (T = 29,5/2 DIAS) R. Boczko IAG-USP http://www.hidrografico.pt/glossario-cientifico-mares.php R. Boczko IAG-USP PRINCIPAIS CONSTITUINTES DA MARÉ ( Principais Componentes Harmônicos) Tide Número de Constantes Harmônicas dos Marégrafos da EPAGRI Ilha da Paz – 39 Porto de Itapoá - 46 São Francisco do Sul – 57 Bal. Camboriú – 43 Florianópolis – 59 Imbituba – 30 Laguna - 53 Bal. Rincão – 19 Passos de Torres - 17 NÚMERO DE FRANCO - F F = K1 + M2 + O1 S2 Luni-Solar Diurna K1 Principal Lunar Diurna O1 Principal Lunar M2 Principal Solar S2 (i) semidiurna se 0 ≤ F ≤ 0,25; (ii) mista se 0,25 < F ≤ 3,00; (iii) diurna se F > 3,00 TIPOS DE MARÉ Marés Semi-Diurnas Marés Diurnas Mistas VARIAÇÃO DA MARÉ NO LITORAL BRASILEIRO Classificação proposta por Davies (Dyer, 1973) LOCAIS COM ALTURAS DE MARÉ SUPERIOR A 5 m EXISTEM ALGUNS LUGARES NO PLANETA ONDE A AMPLITUDE DA MARÉ É MAIOR. •Na baía de Fundy, no Canadá, a diferença entre as marés alta e baixa chega a 18 metros. •No monte Saint-Michel, no litoral da França, 14 metros. •Na região de Derby, na Austrália, 11 metros. •Enseada de Cook, na costa sul do Alasca, a elevação atinge 9 metros MARÉ NO AMAZONAS Marégrafo na foz do rio Amazonas(PREAMAR) Marégrafo na foz do rio Amazonas(BAIXAMAR) SISTEMA ANFIDRÔMICO Linhas Azuis Mesma altura (co-range lines). Linhas Vermelhas Mesma fase = são as linhas que unem os pontos nos quais a preamar é simultânea (cotidal lines). fonte: Dean & Dalrymple, 1984 Em mar aberto as oscilações de nível são de poucos centímetros. Quando a onda se propaga na plataforma continental as variações aumentam. Maré M2 no Atlântico Sul Mesquita (1997) FORMAÇÃO DOS PONTOS ANFIDRÔMICOS O efeito Coriolis causa uma deflexão aparente nas correntes de maré, que no Hemisfério Norte ocorre para a direita, ou horária, e no Hemisfério Sul, antihorária. Esses movimentos rotacionais associados à influência da geometria das bacias oceânicas imprimem um caráter rotatório das ondas de maré em oceano aberto, dando origem aos sistemas anfidrômicos. FATORES NÃO ASTRONÔMICOS QUE INTERFEREM NA MARÉ CONFIGURAÇÃO DA COSTA BATIMETRIA FORÇANTES ATMOSFÉRICAS (VENTO, PRESSÃO ...) = Maré meteorológica HIDROGRAFIA MARÉ METEOROLÓGICA COSTA CATARINENSE ALAGAMENTOS OU SOBRELEVAÇÃO DO MAR - Maré de sizígia + Vento do Quadrante Sul + Centro de Baixa Pressão (Ciclone) e/ou passagem de Sistema Frontais (Frentes Frias) + Chuvas. MARÉ SECA - Maré de Sizígia + Vento Quadrante Norte + Centro de Alta Pressão. Obrigado !