cores primárias e secundárias alfredo volpi

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INTRODUÇÃO À TEORIA DA COR –
CORES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
ALFREDO VOLPI
Alfredo Volpi nasceu em Lucca, na Itália, em 14 de abril de 1896. Veio para o Brasil,
no ano seguinte, com os pais, que emigraram para São Paulo. Desde pequeno
gostava de misturar tintas e criar novas cores. Esse talento o levou a trabalhar como
pintor de frisos, florões e painéis nas paredes das mansões paulistanas.
Estudou na Escola Profissional Masculina do Brás e trabalhou como marceneiro,
entalhador e encadernador. Aos 16, ele pintou sua primeira aquarela. Aos 18 anos
de idade, ele pintou sua primeira obra de arte, sobre a tampa de uma caixa de
charutos, usando tinta a óleo.
Em 1925 iniciou sua participação em mostras coletivas. Até se firmar como pintor,
exerceu vários ofícios, como o de decorador de interiores. Autodidata em artes,
tornou-se membro do Grupo Santa Helena, nos anos 1940, onde conheceu o pintor
paulista Ernesto de Fiori, que iria influenciá-lo de maneira decisiva.
O grupo era formado por artistas paulistas que se reuniam no palacete Santa
Helena, desenvolvendo, durante as décadas de 30 e 40, pinturas que retratavam
cenas da vida e da paisagem dos arredores de São Paulo. Participou das primeiras
manifestações artísticas contra os modernistas de 1922, junto com outros pintores
do Grupo Santa Helena, como Bonadei, Rebolo, Clóvis Graciano, Pennacchi.
Volpi expôs no Salão de Maio e na 1ª Exposição da Família Artística Paulista, em
1938, ambos em São Paulo. No ano seguinte, depois de uma viagem a Itanhaém,
no litoral sul paulista, começou a pintar paisagens marinhas. Participou
do 7º Salão Paulista de Belas-Artes em 1940.
Treze anos depois, ganhou o prêmio de melhor pintor brasileiro,
na 2ª Bienal de São Paulo. A partir daí, tornou-se um pintor famoso.
Bienal de Veneza, várias retrospectivas (exposições com a obra do
autor) em museus e galerias, precederam a exposição Volpi 90 anos, no Museu de
Arte Moderna de São Paulo, no aniversário do artista, dois anos antes de sua morte.
Ao longo de quase um século de existência, Volpi passou por várias fases, recebeu
influências de pintores impressionistas e clássicos como Cézanne, Giotto, Ucello,
encontrando seu próprio caminho. Volpi criou sua própria linguagem na pintura e
evoluiu naturalmente das representações de cenas da natureza para produções
mais intelectuais, concebidas em seu estúdio.
Daí em diante suas obras seriam dominadas pelas cores e pelo estilo abstrato
geométrico. Exemplo marcante disso são suas bandeirinhas multicoloridas, que
se tornaram sua marca registrada. As formas geométricas e as trocas cromáticas
começaram nos anos 1970: Volpi preparava várias pinturas parecidas, alterando
cores, no que os críticos definem como uma combinação inventiva.
É a fase das bandeirinhas, sua maior contribuição para a arte brasileira moderna,
expressa em seu trabalho “Bandeiras e Mastros”. Só pintava com a luz do sol e se
envolvia totalmente com a criação de sua obra, o que incluía esticar o linho para as
telas. Depois de dominar a técnica da têmpera com clara de ovo, o artista nunca
mais usou tintas industriais “elas criam mofo e perdem vida com o passar do
tempo”, dizia.
Num processo típico de um pintor do Renascimento, fazia suas próprias tintas,
diluídas em uma emulsão de verniz e clara de ovo, em que ele adicionava pigmentos
naturais purificados (terra, ferro, óxidos, argila colorida por óxido de ferro) e
ressecados ao sol. Alfredo Volpi morreu em 28 de maio de 1988, aos 92 anos.
Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/alfredo-volpi.jhtm>. Acesso em: 15 ago. 2014
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