CONVÊNIOS CNPq/UFU & FAPEMIG/UFU Universidade Federal de Uberlândia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DIRETORIA DE PESQUISA COMISSÃO INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2008 – UFU 30 anos BRUCELOSE EM EQÜINOS DE TRAÇÃO DE UBERLÂNDIA - MG 1 Leonardo Gomes Carrazza1 Faculdade de Medicina Veterinária(FAMEV)- Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Av. Pará, 1720 – Campus Umuarama – Bloco 2T. Cep: 38400-902, Uberlândia, MG. [email protected] Yara Franco Junqueira1 Faculdade de Medicina Veterinária(FAMEV) Paulo Roberto de Oliveira2 Faculdade de Medicina Veterinária(FAMEV) [email protected] Anna Monteiro Correia Lima-Ribeiro3 Faculdade de Medicina Veterinária(FAMEV) [email protected] Resumo: A brucelose eqüina vem recebendo atenção especial pelos pesquisadores nos últimos anos, em função dos prejuízos causados pelas lesões debilitantes nos animais positivos, sacrifício de animais doentes, e pela possibilidade de transmissão a outras espécies animais e aos seres humanos, constituindo-se desta forma numa zoonose. Poucos trabalhos tem abordado a doença na espécie eqüina, assim dispõe-se de poucas informações estatísticas a respeito da distribuição da doença a nível nacional e mundial. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência da doença em eqüinos que prestavam serviço de tração em áreas urbanas do município de Uberlândia-MG, para tanto foram utilizados testes sorológicos. Foram avaliadas até o momento 47 amostras de soro sanguíneo dos animais participantes desta pesquisa, para testar sua sensibilidade ao antígeno de Brucella abortus, através do teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT). Os resultados parciais da pesquisa indicam que 2,12% dos soros foram reagentes à Brucella abortus. Palavras-chave: Equus caballus, Brucella, Sorodiagnóstico, 2-Mercaptoetanol, Antígeno Acidificado Tamponado. 1. INTRODUÇÃO A brucelose é uma doença infecto-contagiosa transmitida por bactérias do gênero Brucella, de distribuição mundial, infecta diversas espécies de animais domésticos e até mesmo o homem. As bactérias do gênero Brucella apresentam-se como cocobactérias gram negativas, curtas (0,6 – 1,5 mm x 0,5 – 0,7 mm), não capsuladas, não esporuladas, aeróbicas ou microaerófilas, imóveis e podem apresentar-se em cultivos primários com morfologia colonial lisa ou rugosa (rugosa estrita ou mucóide). Esta morfologia está diretamente associada à composição bioquímica 1 1 – Acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. 2 – Orientador, professor titular do curso de Medicina Veterinária. 3 – Professora titular do curso de Medicina Veterinária. da molécula de lipopolissacarídeo da parede celular e para algumas espécies tem relação com a virulência. É uma bactéria intracelular facultativa (Poester, 1998; Campanã et al., 2003). As bactérias que pertencem ao gênero Brucella são descritas em seis espécies diferentes: Brucella abortus, Brucella melitensis, Brucella suis, Brucella ovis, Brucella canis e Brucella neotomae e, são parasitas intracelulares facultativos (Brasil, 2001). Dentre as espécies animais em que a doença já foi diagnosticada incluem bovinos, caprinos, suínos, cães, ovinos, eqüinos, bubalinos e ratos do deserto (Koloda, 2005). Eqüinos podem se infectar por Brucella abortus, Brucella suis e Brucella melitensis, sendo que em nosso meio a principal fonte de contaminação é a Brucella abortus, devido ao estreito contato dos eqüinos com o gado (Acha e Szyfres, 2001). Animais eliminam a bactéria em secreções vaginais, anexos fetais, fezes, leite urina e sêmem. Outros animais se infectam ao ingerir água e alimentos contaminados com esses materiais. A doença é transmitida para seres humanos a partir de animais contaminados via consumo de leite cru ou derivados não pasteurizados, por exposição de fazendeiros, trabalhadores de laticínios e matadouros, médicos veterinários e outros trabalhadores que manipulam ou que possam ter contato com os microorganismos de animais doentes. Dentre as doenças transmissíveis entre animais e o homem, a brucelose é a mais amplamente difundida pelo mundo, e tem grande importância na economia e na saúde animal, alem de ser uma importante zoonose (Vasconcellos et al., 1987). As portas de entrada para a bactéria são as mucosas orofaríngeas, conjuntivas, respiratórias, genitais, assim como pele com soluções de continuidade. Em animais os principais prejuízos causados pela doença se referem a abortos, infertilidades, repetições de cio, nascimentos de filhotes fracos, diminuição na produção de leite, redução do tempo de vida produtiva do animal, custos para reposição de animais, limitações para comercialização de animais assim como carnes, leite e seus subprodutos e custos com tratamentos e programas de prevenção. No homem a doença pode se manifestar em sintomas como: mal estar, calafrios, sudorese, cansaço, fraqueza, febre, mialgia, anorexia, perda de peso, artralgia e orquite com dor testicular, disúria, dor ocular e alterações visuais, frequentemente apresentam linfadenomegalia, alem de esplenomegalia e hepatomegalia moderadas (Bennett e Plum, 1997). Devido à severidade dos sintomas, lesões e perdas econômicas causadas pela doença em animais e seres humanos, devem-se proceder com mecanismos de controle visando à erradicação da doença. Nos eqüídeos a brucelose manifesta-se sob a forma de lesões articulares crônicas e, raramente por abortamentos. Os tipos de lesões mais sugestivas da doença são representadas por inflamações em ligamentos, como bursites cervicais, nucais e interescapulares, popularmente denominadas “ mal da cernelha”, “ mal da cruz”, “ mal da nuca” ou “ abscesso de cernelha” (Vasconcellos et al., 1987). Figura 1: "mal da cernelha" em eqüino. 2 Em eqüinos a doença pode apresentar-se sobre formas clínicas como, infecção generalizada, osteoartites, tenosinovites, infertilidade em machos e abortos em éguas (Denny, 1973; Mccaughey e Kerr, 1967; Shotridge, 1967). Estudos realizados por diferentes autores relatam uma variação na prevalência de brucelose em eqüinos, que pode flutuar entre 0,5 e 40 %, sendo que esta variação pode ocorrer pelo tipo de antígeno, pelo tipo de exposição, ou pelo tipo de trabalho dos cavalos testados (Milk, 1974; Rojo, 1973). Dentre os testes sorológicos empregados no diagnóstico da brucelose, destacam-se como os mais amplamente utilizados: soroaglutinação lenta em tubos (SAL), soroaglutinação rápida em placa (SAR), ELISA, fixação de complemento (FC), antígeno acidificado tamponado (AAT) e a prova do 2-mercaptoetanol (2-ME), estes dois últimos adotados como provas definitivas para o diagnóstico da doença no Brasil, pelo Ministério da Agricultura (Megid et al., 2000). Figura 2: Amostra de soro reagente ao AAT. O fato dos eqüinos serem portadores do agente e o seu contato com outras espécies animais e o homem sugere também o impacto da doença nesta espécie sobre a saúde pública, uma vez que a brucelose é uma zoonose amplamente difundida no mundo, o presente trabalho teve como objetivo determinar a prevalência da brucelose em eqüinos de tração em áreas urbanas de Uberlândia-MG, bem como verificar a titulação de anticorpos dos animais suspeitos e positivos, e também esclarecer fatos sobre a epidemiologia da doença, associando os eventuais casos positivos, ao sexo, idade e raça dos animais e evidências clínicas. Apresenta resultados parciais de projeto de pesquisa de iniciação científica com bolsa de fomento da FAPEMIG. 2. METODOLOGIA Para a realização deste trabalho foram utilizadas até o momento amostras de sangue de 47 eqüinos de tração de áreas urbanas, provenientes de Uberlândia – MG, que prestavam serviço de frete, de um total de 120 amostras a serem utilizadas, obtidas estatisticamente por método preconizado pelo Centro Panamericano de Zoonoses - Cepanzo (1979).O sangue foi transportado para o Laboratório de Doenças Infecto-contagiosas da Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Após a coagulação, foi feita a obtenção dos soros. Os soros foram armazenados individualmente em tubos eppendorf e congelados. Após o descongelamento a análise das amostras foi realizada através do Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT). O antígeno utilizado foi aquele de maior prevalência entre os eqüinos: Brucella abortus. Para análise do perfil epidemiológico, um inquérito sócio-epidemiológico foi aplicado aos proprietários dos eqüinos no momento da coleta do sangue (Anexo 1). 3 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados parciais do projeto de pesquisa identificaram o soro de 1 animal (2,12%) dos 47 soros de eqüinos testados reagente ao teste do AAT com antígeno de Brucella abortus. Aguiar et al. (2008) encontrou uma prevalência de 3,7% em eqüinos de áreas rurais, os resultados parciais deste trabalho indicam uma prevalência mais baixa em animais de áreas urbanas. Gráfico 1: Pesquisa de anticorpos contra Brucella abortus, através do teste do AAT, em eqüinos de tração de áreas urbanas de Uberlândia - MG, 2008. % Reagentes % Não Reagentes Com relação ao sexo, 24 dos animais examinados eram do sexo masculino e 23 do sexo feminino, sendo encontrado entre os machos 01 (4,16%) reagente positivo.Contrariando ao que se observa em bovinos, onde a maior prevalência é em fêmeas, neste estudo o único caso positivo foi encontrado em um eqüino do sexo masculino. Tabela 1: Pesquisa de anticorpos contra Brucella abortus de acordo com o sexo, através do teste do AAT, em eqüinos de tração de áreas urbanas de Uberlândia - MG, 2008. SEXO MASCULINO FEMININO TOTAL Nº EXAMINADOS 24 23 47 POSITIVOS 01 Z 01 % 4,16 Z 4,16 Quanto à faixa etária, 76,59% dos animais pesquisados possuíam idade superior a 6 anos, sendo que o animal positivo, encontrava-se na faixa de 10 a 12 anos. A idade elevada dos animais, revela o perfil dos eqüinos utilizados para este serviço. Tabela 2: Pesquisa de anticorpos contra Brucella abortus de acordo com a idade, através do teste do AAT, em eqüinos de tração de áreas urbanas de Uberlândia - MG, 2008. IDADE Nº EXAMINADOS POSITIVOS 0-2 2-4 4-6 6-8 8-10 10-12 12-14 15-16 TOTAL 1 3 7 17 10 4 1 4 47 Z Z Z Z Z 01 Z Z 01 % Z Z Z Z Z 2,12 Z Z 2,12 4 Tabela 3: Contacto entre os eqüinos examinados pelo teste do AAT com antígeno de Brucella abortus com diferentes espécies animais onde habitam, Uberlândia - MG, 2008. ESPÉCIES EM CONTATO Cães EXAMINADOS 37 POSITIVOS 01 % 2,70 Galinhas 12 Z Z Gatos 08 01 12,5 Eqüinos 36 01 2,77 Bovinos 05 Z Z Pombos 01 Z Z Patos 01 Z Z Suínos 04 Z Z Nota: O eqüino positivo tinha contacto com outros eqüinos, cães e gatos. 4. CONCLUSÃO Os resultados encontrados até o momento indicaram uma baixa prevalência (2,12%) da doença em eqüinos de tração que atuam em ecossistemas urbanos. O animal positivo pertencia ao sexo masculino, possuía 12 anos de idade e mantinha contacto com outros eqüinos, cães e gatos. 5. AGRADECIMENTOS - Aos técnicos do Laboratório de Doenças Infecto-contagiosas da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia – UFU; - À FAPEMIG pela bolsa de Iniciação Científica concedida. 6. REFERÊNCIAS Acha, P. N.; Szyfres, B., 2001, Zoonosis y enfermidades transmisibles comunes al hombre y a los animales. 3. ed. Washington: Organización Panamericana de la Salud, 2001. p. 28-56. Aguiar, D. M.; Cavalcante, G. T.; Lara, M. C. C. S. H.; Villalobos, E. M. C.; Cunha, E. M. S.; Okuda, L. H.; Stéfano, E.; Nassar, A. F. C.; Souza, G. O.; Vasconcellos, S. A.; Labruna, M. B.; Camargo, L. M. A.; Gennari, S. M., 2008, Prevalência de anticorpos contra agentes virais e bacterianos em eqüídeos do Município de Monte Negro, Rondônia, Amazônia Ocidental Brasileira Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., São Paulo, v. 45, n. 4, p. 269-276. Bennett, J. C.; Plum, F., 1997, Tratado de medicina interna. 20 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. v. 2, 2647 p. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Defesa Animal., 2001, Manual Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose – PNCEBT: legislação. Brasília. 47p. Campanã, R. N.; Gotardo, D. J.; Ishizuca, M. M., 2003, Epidemiologia e Profilaxia da Brucelose Bovina e Bubalina. Coordenadoria de Defesa Agropecuária CDA/SAA. Campinas, São Paulo. 20p. Cepanzo -Centro Panamericano De Zoonoses., 1979, Ramos Mejia. Procedimientos para estudos de prevalência por muestreo. Buenos Aires. 39p (Nota Técnica 18). Denny, H. R., 1973, A review of brucellosis in the horse. Equine Vet, v. 5, p. 121-125. Koloda, M., 2005, Cinética de produção de anticorpos em bezerras imunizadas com a cepa B19 de Brucella abortus (Frederick Bang, 1897). 69f. Tese (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 5 Mccaughey, W. J.; KERR, W. R., 1967, Abortion due to Brucella in thoroughored mare. Vet. Rec, v. 80, p. 186-189. Megid, J.; Ribeiro, M. G.; Marcos Jr., G.; Grocci, A. J., 2000, Avaliação das provas de soroaglutinação rápida, soroaglutinação lenta, antígeno acidificado e 2-mercaptoetanol no diagnóstico da brucelose bovina. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., São Paulo, v. 37. n. 5. Milk, M. E., 1974, Estudio serológico comparativo entre equinos vacunados con Brucella abortus cepa 19 y un equino infectado naturalmente con Brucella abortus. Tese (Licenciatura) - Fac. Med. Vet. Zoot, U.N.A.M, México. Poester, F. P., 1998, Vacinas Contra a Brucelose Bovina: Situação Atual e Perspectivas. Centro de Pesquisa Veterinária “Desidério Finamor”. Arquivo do Instituto Biológico de São Paulo, v.60, n.2 jul/dez. p. 37. Rojo, L. J., 1973, Estudio serológico sobre brucelosis en equinos de México. Tese (Licenciatura) Fac. Med. Vet. y Zoot, U.N.A.M, México. Shotridge, E. H., 1967, Two cases of suspected Brucella abortus abortium in mares. N. Z. Vet. J. (N.Z.), v. 15 p. 33-34. Vasconcellos, S. A.; Ito, F. H.; Côrtes, J. A., 1987, Bases para a prevenção da brucelose animal. Comum. Cient. Fac. Med. Vet. Zootec. USP, v.1, p. 25-36. 7. ANEXOS Anexo 1. Inquérito sócio-epidemiológico 1.INFORMAÇÕES REFERENTES AO PROPRIETÁRIO Nome do proprietário: ___________________________________________________ Endereço:_________________________________________CEP:________________ Telefone: _____________________________________________________________ Grau de escolaridade do proprietário: Primário 1° Grau 2° Grau Nível Superior Completo () () () () Incompleto () () () () 2. INFORMAÇÕES REFERENTES AO PLANTEL DE EQÜINOS N° total de animais (Distribuição por sexo e idade) ____________________________ Raça predominante:_____________________________________________________ Sistema de criação: Intensivo ( ) Semi-extensivo ( ) Extensivo ( ) Exploração principal:___________________________________________________ Idade do animal: ________ Tipo de Instalação: Galpão ( ) Baia Individual ( ) Não tem ( ) Baia Coletiva ( ) 6 Tipo de pastagem: ______________________________________________________ Alimentação: Lotes Vagos ( ) Pasto ( ) Volumoso ( ) Tipo de cobertura: Monta a campo ( ) Monta controlada ( ) Repetição de cio: Não ( ) Outros ( ) Inseminação artificial ( ) Sem controle ( ) Sim ( ) Sinais Clínicos sugestivos de Brucelose: Hiporexia: Não ( ) Sim ( Emagrecimento: Não ( ) Sim ( Febre: Não ( ) Sim ( Abcesso de cernelha Não ( ) Sim ( Abortos Não ( ) Sim ( Infertilidade Não ( ) Sim ( Concentrado ( ) Freqüência: _________________ ) ) ) ) ) ) Mortalidade média no ano, idade e sexo dos mortos: __________________________ Realiza algum tipo de manejo sanitário nos animais? Qual (is)?: ______________________________________________________________________ Os animais são vacinados contra alguma doença? Qual (is)?: ______________________________________________________________________ Tem alguma doença diagnosticada nos eqüinos do local? ______________________________________________________________________ Qual é a fonte de água oferecida aos animais? ______________________________________________________________________ 3. INFORMAÇÕES REFERENTES A OUTROS ANIMAIS DO LOCAL Há outras espécies animais na propriedade? Qual (is)?: Presença de animais sinantrópicos? Qual (is)? _______________________________________________________________________ Principais doenças diagnosticadas nas outras espécies: 7 BRUCELLOSIS IN EQUINES OF TRACTION OF UBERLÂNDIA - MG. Leonardo Gomes Carrazza Faculty of Veterinary Medicine(FAMEV) - Federal University of Uberlandia - UFU. Para Avenue, 1720 - Campus Umuarama - Block 2T. CEP: 38400-902, Uberlandia, Brazil. [email protected] Yara Franco Junqueira Faculty of Veterinary Medicine(FAMEV) Paulo Roberto de Oliveira Faculty of Veterinary Medicine(FAMEV) [email protected] Anna Monteiro Correia Lima-Ribeiro Faculty of Veterinary Medicine(FAMEV) [email protected] Abstract: The equine brucellosis has received special attention in light of debilitating injuries, the sacrifice of animals positive, and the possibility of transmission to other species of animals and humans. Few studies in the literature addressing the disease in equine species, so do not have exact numbers of the distribution of the disease nationally and worldwide. This study aimed to evaluate the prevalence of the disease in horses that serve traction in urban areas of the city of Uberlandia, Minas Gerais, both are used for serological tests. They were evaluated by the time of the sensitivity of serum samples from 47 animals, the antigen of Brucella abortus, through the test of antigen acidified buffered (AAT) for a total of 120 samples. The partial results of the survey indicate that 2.12% of sera were reagents to Brucella abortus. Keywords: Equus caballus, Brucella, serodiagnosis, 2-Mercaptoethanol, acidified buffered antigen. 8